Tag: saúde cardiovascular

  • Novas metas de colesterol em 2025: valores mais rígidos para proteger seu coração 

    Novas metas de colesterol em 2025: valores mais rígidos para proteger seu coração 

    As metas de níveis de colesterol no Brasil ficaram mais exigentes. Em 2025, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e outras entidades atualizaram as diretrizes de dislipidemia para refletir estudos recentes e evidências de que menos colesterol “ruim” significa menor risco de infarto, AVC e outras complicações cardíacas.

    Com isso, os valores de LDL-c (colesterol “ruim”), colesterol não-HDL e lipoproteína(a) foram revisados e ajustados conforme o risco cardiovascular de cada pessoa.

    A ideia é tornar as metas mais individualizadas, ou seja, quem tem risco baixo terá metas diferentes de quem tem risco muito alto ou risco extremo. O novo documento reforça também o uso de exames adicionais como medição de Lipoproteína(a) para refinar a avaliação de risco.

    O que mudou nas metas de colesterol no Brasil em 2025

    As mudanças principais foram:

    • Introdução da categoria risco extremo, além de risco muito alto;
    • Metas de LDL-c mais baixas para todos os grupos de risco;
    • Meta para colesterol não-HDL-c também definida (ou seja, o “colesterol mal total”, que inclui outras frações além do LDL);
    • ApoB passou a ter valores de corte específicos, dependendo do risco;
    • Lp(a) recomendado para dosagem ao menos uma vez na vida, para pessoas com risco elevado ou histórico familiar.

    Tabela comparativa: metas antigas versus metas novas

    Aqui está uma tabela para facilitar a comparação entre os valores antigos e os novos valores de LDL-c / não-HDL-c / apoB conforme a diretriz de 2025 da Sociedade Brasileira de Cardiologia:

    Categoria de risco Meta antiga de LDL-c* Nova meta de LDL-c (2025) Meta de não-HDL-c (2025) Meta de apoB (2025)
    Baixo risco ~ < 130 mg/dL < 115 mg/dL < 145 mg/dL ~ 100 mg/dL
    Risco intermediário ~ < 115–120 mg/dL < 100 mg/dL < 130 mg/dL ~ 90 mg/dL
    Risco alto < 100 mg/dL < 70 mg/dL < 100 mg/dL ~ 70 mg/dL
    Risco muito alto < 70 or < 50 mg/dL (dependia da diretriz) < 50 mg/dL < 80 mg/dL ~ 55 mg/dL
    Risco extremo Não havia categoria oficial < 40 mg/dL < 70 mg/dL ~ 45 mg/dL

    Por que essas metas de colesterol ficaram mais rígidas?

    Há várias razões para toda essa mudança:

    • Há evidência científica crescente de que níveis mais baixos de LDL-c reduzem consideravelmente o risco de eventos cardiovasculares como infarto e AVC;
    • Muitos pacientes com risco elevado ou histórico cardíaco não estavam atingindo as metas antigas; com metas mais rígidas, espera-se melhor prevenção;
    • Introdução de novos marcadores ou medidas como Lp(a) e apoB, que ajudam a identificar risco que não aparecia apenas olhando o LDL-c.

    O que isso significa para você

    • Se você for de baixo risco cardiovascular, será solicitado manter o LDL-c abaixo de ~ 115 mg/dL, enquanto antes o valor aceitável era mais alto;
    • Se estiver em risco intermediário, alto ou muito alto, pode ter metas ainda mais rigorosas, como < 70 mg/dL ou < 50 mg/dL;
    • Para quem já teve infarto, AVC ou tem doença multivascular, a categoria de risco extremo implica meta de LDL-c < 40 mg/dL;
    • Além de tomar remédios. quando indicados, aderir ao estilo de vida saudável tornou-se ainda mais importante. Ou seja, cessar tabagismo, ter dieta saudável e fazer atividade física são fundamentais para o tratamento.

    Leia mais: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

    Perguntas frequentes sobre as novas metas de colesterol

    1. Todos precisam alcançar essas metas baixas de LDL-c?

    Não. As metas de colesterol dependem do seu risco cardiovascular: idade, histórico de infarto/AVC, doenças associadas, genética. Pessoas com risco baixo têm metas menos rígidas; risco extremo demanda valores muito baixas.

    2. O que é o risco extremo?

    É a nova categoria da diretriz que inclui pessoas que, mesmo usando tratamento potente (como estatinas ou combinação de medicamentos), continuam com aterosclerose ativa, ou já têm doença em várias artérias, ou um evento recente como infarto ou AVC.

    3. Como saber meu LDL, não-HDL ou apoB?

    Você precisa de exames de sangue solicitados pelo médico. Com ele e com o seu histórico de saúde, o especialista vai avaliar qual categoria você se enquadra e indicar o melhor tratamento.

    4. Existe risco em deixar o LDL muito baixo?

    Até hoje, estudos mostram que metas mais baixas de LDL-c são seguras e trazem benefícios, especialmente em risco elevado. Mas como todo tratamento, deve ter acompanhamento médico.

    5. Quanto tempo leva para ver diferença das metas de colesterol mais rígidas?

    Depende de cada pessoa, tratamento e adesão. Mudanças no estilo de vida (dieta, exercício) podem mostrar efeito em semanas a meses. Medicamentos ajudam em meses, mas avaliação contínua é importante.

    6. E se eu já tomo estatina ou medicamento para colesterol, mas não atinjo a nova meta de colesterol?

    O médico pode ajustar tratamento: dose maior, mudar medicamento, combinar com ezetimiba ou outras terapias, sempre considerando segurança, possíveis efeitos colaterais e seu perfil de risco.

    7. Preciso mudar meus hábitos se quero seguir essas metas de colesterol?

    Sim. Alimentação saudável, exercício regular, evitar fumar, controlar peso, glicose e pressão são partes importantíssimas para o controle do colesterol.

    Leia também: Colesterol alto tem solução! Veja como é o tratamento

  • Relógios inteligentes que medem frequência cardíaca: valem a pena? 

    Relógios inteligentes que medem frequência cardíaca: valem a pena? 

    Os relógios inteligentes, ou smartwatches, conquistaram espaço no pulso de quem gosta de tecnologia, esportes ou deseja acompanhar a saúde mais de perto no dia a dia. Entre suas funções mais usadas, em determinados modelos, está a medição da frequência cardíaca, recurso que transformou esses gadgets em pequenos monitores pessoais do coração.

    Mas, afinal, como esses dispositivos medem os batimentos? Eles são confiáveis? E até que ponto podem ajudar o médico a cuidar melhor do paciente?

    Como os smartwatches medem a frequência cardíaca?

    A maioria dos relógios inteligentes utiliza uma tecnologia chamada fotopletismografia:

    • Pequenos sensores de luz verde iluminam os vasos sanguíneos do pulso;
    • A variação na quantidade de luz refletida indica o fluxo de sangue a cada batimento;
    • O aparelho traduz esses sinais em números de frequência cardíaca (batimentos por minuto).

    Alguns modelos mais avançados também incluem sensores elétricos, parecidos com os do eletrocardiograma, capazes até de registrar um traçado básico da atividade elétrica do coração.

    Vantagens dos relógios inteligentes

    • Acompanhamento contínuo: monitoram os batimentos ao longo do dia, inclusive durante o sono e exercícios, permitindo observar variações que podem ser relatadas ao médico.
    • Alertas em tempo real: alguns modelos notificam quando os batimentos estão muito altos, baixos ou irregulares.
    • Incentivo à saúde: estimulam a prática de exercícios e a adoção de hábitos mais saudáveis.

    Limitações e cuidados

    • Precisão variável: movimento, suor, pele fria ou tatuagens podem interferir na leitura.
    • Não detectam todas as arritmias: mesmo os modelos avançados não substituem exames como o Holter de 24h.
    • Necessidade de interpretação médica: os números só têm significado quando avaliados por um cardiologista.
    • Risco de ansiedade: acompanhar batimentos constantemente pode gerar preocupações desnecessárias em pessoas saudáveis.

    Leia também: Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca

    O que os médicos pensam sobre os smartwatches?

    Para cardiologistas, os smartwatches são uma ferramenta complementar. Eles ajudam a levantar hipóteses e antecipar consultas quando alertas aparecem com frequência, mas não substituem uma avaliação clínica completa.

    Ou seja, são ótimos para acompanhar tendências e aumentar a consciência sobre a saúde, mas não devem ser usados como diagnóstico.

    Perguntas frequentes sobre relógios inteligentes e frequência cardíaca

    1. Os smartwatches podem substituir exames como o eletrocardiograma?

    Não. Eles fornecem dados úteis, mas não têm a mesma precisão dos exames médicos.

    2. Todo smartwatch mede batimentos cardíacos?

    Não. É preciso verificar se o modelo tem um sensor específico para frequência cardíaca.

    3. O relógio pode detectar arritmias?

    Alguns modelos avançados conseguem indicar ritmos irregulares, mas não substituem o diagnóstico feito por exames clínicos.

    4. É seguro confiar apenas no smartwatch para monitorar o coração?

    Não. Eles são ferramentas de apoio, mas o acompanhamento médico é essencial.

    5. Idosos podem usar esses dispositivos?

    Sim. Eles podem ser muito úteis, desde que haja orientação sobre como interpretar os dados.

    6. Os dados do relógio podem ser compartilhados com o médico?

    Sim. Muitos aplicativos permitem exportar relatórios, que podem auxiliar o cardiologista no acompanhamento.

    Leia mais: Arritmia cardíaca: quando os batimentos fora de ritmo merecem atenção

  • Triglicérides: do combustível do corpo ao risco para o coração 

    Triglicérides: do combustível do corpo ao risco para o coração 

    O resultado do exame de sangue chegou e, entre colesterol, glicemia e outras siglas, lá estão eles: os triglicérides. Apesar do nome complicado, trata-se de um dos exames mais importantes para avaliar a saúde cardiovascular.

    Quando estão em níveis corretos, funcionam como reserva de energia para o corpo. Mas, quando se elevam demais, podem indicar risco aumentado para doenças do coração e até pancreatite. Por isso, sociedades médicas no Brasil e no mundo reforçam a importância de acompanhar esses valores.

    O que são triglicérides?

    Os triglicérides são um tipo de gordura que circula no sangue e que o corpo utiliza como fonte de energia. Sempre que uma pessoa se alimenta, parte do que consome — especialmente carboidratos e gorduras — é transformada em triglicérides e armazenada nas células de gordura. Entre as refeições, eles são liberados para fornecer combustível aos músculos e outros tecidos.

    Além da alimentação, o fígado também pode produzir triglicérides, principalmente quando há excesso de calorias. É por isso que dietas ricas em açúcar, massas, pães e bebidas alcoólicas aumentam os níveis dessa gordura no sangue.

    Ou seja: os triglicérides têm função importante, mas quando permanecem em níveis muito altos aumentam o risco de doenças cardiovasculares e, em casos extremos, de pancreatite.

    Valores de referência de exame de triglicérides

    • Normal: abaixo de 150 mg/dL
    • Limítrofe: entre 150 e 199 mg/dL
    • Alto: entre 200 e 499 mg/dL
    • Muito alto: acima de 500 mg/dL

    O que causa triglicérides altos?

    Entre os principais fatores estão:

    • Alimentação rica em açúcares, frituras e álcool;
    • Excesso de peso e obesidade;
    • Sedentarismo;
    • Doenças como diabetes descontrolado e hipotireoidismo;
    • Uso de alguns remédios (corticoides, diuréticos, anticoncepcionais).

    Valores acima de 500 mg/dL exigem atenção imediata, pois aumentam o risco de pancreatite aguda. Já níveis muito baixos podem estar relacionados à desnutrição, dietas restritivas ou doenças do fígado.

    Leia mais: Colesterol alto: entenda os riscos, causas e como prevenir

    Como manter os triglicérides sob controle?

    • Praticar exercícios físicos regularmente;
    • Reduzir consumo de açúcar, massas, pães e frituras;
    • Evitar bebidas alcoólicas;
    • Manter um peso saudável;
    • Seguir corretamente o tratamento médico, quando indicado.

    Perguntas frequentes sobre triglicérides

    1. Triglicérides e colesterol são a mesma coisa?

    Não. Ambos são gorduras no sangue, mas com funções diferentes: o colesterol participa da produção de hormônios e membranas celulares, enquanto os triglicérides armazenam energia.

    2. O exame de triglicérides precisa de jejum?

    Na maioria dos laboratórios, sim: entre 8 e 12 horas de jejum. O ideal é confirmar com o laboratório.

    3. Só dieta resolve triglicérides altos?

    Em muitos casos, sim. Mas quando os níveis estão muito elevados, pode ser necessário o uso de medicamentos prescritos pelo médico.

    4. Álcool aumenta triglicérides mesmo em pequenas quantidades?

    Sim. A bebida alcoólica é uma das principais causas de aumento dos triglicérides.

    5. Crianças podem ter triglicérides altos?

    Sim. Crianças com sobrepeso e má alimentação também podem apresentar triglicérides elevados.

    6. Triglicérides altos sempre causam sintomas?

    Não. Na maioria das vezes, a condição é silenciosa e só aparece no exame de sangue. Em casos extremos, podem surgir depósitos de gordura na pele, em forma de pequenas pápulas.

    7. É possível reduzir triglicérides rapidamente?

    Sim. Ajustes na alimentação — como reduzir açúcar e álcool — já podem diminuir os valores em semanas. No entanto, o acompanhamento médico é essencial.

    Veja também: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

  • Quantos infartos acontecem por ano no Brasil e o que aumenta esse risco 

    Quantos infartos acontecem por ano no Brasil e o que aumenta esse risco 

    Você já deve ter ouvido falar que o infarto é uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil, e isso não é exagero. Segundo o Ministério da Saúde, acontecem de 300 mil a 400 mil casos de infarto agudo do miocárdio por ano no país. Além disso, aproximadamente em cada 5 a 7 casos, há morte.

    Esse número alto importa para todo mundo, porque o infarto não escolhe idade. Embora seja mais comum em pessoas mais velhas, alguns fatores de risco — muitos deles ligados ao estilo de vida — aumentam muito a probabilidade de pessoas jovens também sofrerem um infarto.

    O que é infarto agudo do miocárdio

    O infarto agudo do miocárdio acontece quando uma artéria do coração fica bloqueada por uma placa de gordura, coágulo ou outro impedimento, cortando ou reduzindo severamente o fluxo de sangue para parte do músculo cardíaco.

    Essa falta de sangue pode danificar ou matar células do coração e causa sintomas como dor no peito, falta de ar, suor frio e tontura. Quanto mais rápido chegar atendimento médico, maiores as chances de salvar o tecido cardíaco e reduzir danos.

    Fatores de risco: quem está mais vulnerável

    Pouca gente infarta por acaso. Há uma série de fatores que aumentam bastante as chances:

    • Tabagismo: um dos maiores inimigos do coração, prejudica os vasos, favorece placas de gordura nas artérias e provoca inflamação;
    • Colesterol alto: excesso de colesterol LDL e triglicerídeos altos elevam o risco de obstrução arterial;
    • Pressão alta: força os vasos, danifica artérias e facilita obstruções;
    • Diabetes: aumenta de 2 a 4 vezes o risco de infarto, devido ao impacto da glicose alta nos vasos;
    • Obesidade e gordura abdominal: aumentam inflamação e riscos metabólicos;
    • Sedentarismo: piora colesterol, pressão, glicemia e peso;
    • Histórico familiar: parentes próximos com infarto aumentam a vulnerabilidade;
    • Estresse, ansiedade e sono ruim: fatores psicossociais que também pesam no risco cardíaco.

    Outros fatores que merecem atenção

    • Idade: o risco cresce com o passar dos anos;
    • Sexo: homens têm infartos mais cedo; nas mulheres, o risco aumenta após a menopausa;
    • Condições socioeconômicas: acesso limitado à saúde e alimentação adequada aumenta a gravidade dos casos.

    O que você pode fazer hoje para evitar infartos

    • Parar de fumar ou não começar;
    • Praticar atividade física regular (caminhar, pedalar, nadar);
    • Manter alimentação equilibrada, com mais frutas, legumes e verduras;
    • Controlar glicemia, colesterol e pressão com acompanhamento médico;
    • Dormir bem e reduzir o estresse;
    • Fazer check-ups regulares, especialmente a partir dos 40 anos — antes, se houver histórico familiar.

    Perguntas frequentes sobre infarto no Brasil

    1. Quantos casos de infarto ocorrem por ano no Brasil?

    Estima-se que ocorram entre 300 mil e 400 mil casos de infarto agudo do miocárdio anualmente.

    2. Quantas pessoas morrem por infarto no país?

    Em cada 5 a 7 casos de infarto, ocorre um óbito. A taxa de mortalidade é alta.

    3. Jovens também infartam?

    Sim. Internações por infartos em pessoas de 30 a 40 anos estão aumentando, especialmente em quem tem fatores de risco como sobrepeso, sedentarismo e histórico familiar.

    4. Ter diabetes realmente aumenta muito o risco?

    Sim. Pessoas com diabetes têm de 2 a 4 vezes mais chances de sofrer infarto.

    5. E o tabagismo? Qual é seu impacto?

    É um dos principais fatores de risco: fumar inflama e danifica os vasos, favorecendo o acúmulo de placas de gordura.

    6. Mudanças no estilo de vida realmente ajudam?

    Sim. Alimentação saudável, atividade física, controle de pressão, glicemia e colesterol, sono de qualidade e menos estresse reduzem significativamente o risco.

    7. O que fazer se alguém suspeita que está infartando?

    Diante de dor no peito intensa, irradiação para braço, mandíbula ou costas, falta de ar, suor frio ou náusea, procure atendimento de urgência imediatamente. Quanto mais rápido o atendimento, melhores as chances de recuperação.

  • Ecocardiograma na gestação: por que é essencial para cuidar do coração da mãe e do bebê 

    Ecocardiograma na gestação: por que é essencial para cuidar do coração da mãe e do bebê 

    A gravidez é um momento de intensas transformações no corpo da mulher e de grande expectativa para a chegada do bebê. Nesse período, cada exame de pré-natal é essencial para garantir que a gestação siga saudável. Entre eles, o ecocardiograma na gestação ganhou destaque, pois permite avaliar tanto o coração da mãe quanto o do bebê em formação.

    Indolor, seguro e feito por ultrassom, o exame ajuda a identificar alterações cardíacas precocemente, contribuindo para a prevenção de complicações e a escolha do tratamento mais adequado quando necessário.

    O que é o ecocardiograma?

    O ecocardiograma é um exame de imagem que utiliza ondas de ultrassom para mostrar o coração em tempo real. Ele não usa radiação, é indolor e totalmente seguro durante a gestação.

    Com ele, é possível avaliar o tamanho do coração, o movimento das válvulas, a força de bombeamento e o fluxo de sangue. Na gravidez, os principais tipos são:

    • Ecocardiograma transtorácico: feito colocando o aparelho sobre o peito da mãe, avaliando seu coração.
    • Ecocardiograma fetal: semelhante ao ultrassom de rotina, em que um gel é aplicado no abdome da gestante e o transdutor gera imagens detalhadas do coração do bebê.

    Leia também: Gravidez e coração: o que muda e quais são os riscos

    Por que o ecocardiograma na gestação é importante?

    Para a mãe

    Durante a gestação, o coração da mulher trabalha mais, já que precisa bombear sangue para ela e para o bebê. O exame pode ser indicado em casos de:

    • Doença cardíaca já conhecida;
    • Sintomas como falta de ar, palpitações ou inchaço excessivo;
    • Histórico de pressão alta ou sopros no coração.

    O exame avalia válvulas, força do músculo cardíaco e circulação sanguínea, permitindo detectar alterações precocemente e orientar o tratamento adequado.

    Para o bebê

    O coração do bebê começa a se formar muito cedo e passa por várias etapas até estar completo. O ecocardiograma fetal ajuda a identificar malformações antes do nascimento, sendo recomendado especialmente em situações como:

    • Alterações suspeitas nos ultrassons de rotina;
    • Histórico familiar de cardiopatias congênitas;
    • Gestantes com diabetes, pressão alta, lúpus ou uso de certos medicamentos;
    • Gravidez de risco ou idade materna avançada;
    • Infecções virais durante a gestação, como rubéola.

    O exame pode ser feito a partir da 18ª semana, mas as melhores imagens costumam ser obtidas entre a 24ª e a 28ª semana.

    Como é feito o ecocardiograma na gestação?

    O procedimento é simples e semelhante ao ultrassom do pré-natal. A mãe permanece deitada, um gel é aplicado no abdome e o transdutor capta imagens em tempo real do coração do bebê.

    Não há necessidade de jejum e não existem riscos para a mãe ou o bebê.

    Confira: Bronquiolite em bebês: sintomas e quando procurar o médico

    Prevenção e cuidados gerais

    O ecocardiograma é uma parte do pré-natal que pode fazer diferença quando solicitado no momento certo. Algumas orientações incluem:

    • Manter o pré-natal em dia;
    • Relatar sintomas novos, como dor no peito, palpitações ou falta de ar;
    • Realizar todos os exames solicitados;
    • Seguir o tratamento indicado pelo médico para proteger mãe e bebê.

    Perguntas frequentes sobre ecocardiograma na gestação

    1. O ecocardiograma é seguro durante a gravidez?

    Sim. O exame é feito com ultrassom, não utiliza radiação e não traz riscos para a mãe nem para o bebê.

    2. Qual a diferença entre ecocardiograma fetal e transtorácico?

    O transtorácico avalia o coração da mãe, enquanto o fetal analisa o coração do bebê em formação.

    3. Quando o ecocardiograma fetal deve ser feito?

    Pode ser realizado a partir da 18ª semana, mas a janela ideal é entre a 24ª e a 28ª semana, quando as imagens são mais nítidas.

    4. Toda gestante precisa fazer ecocardiograma?

    Não necessariamente. Ele pode ser indicado para todas, mas é especialmente importante em casos de risco, como doenças cardíacas maternas ou suspeita de malformação no bebê.

    5. Preciso de algum preparo para o exame?

    Não. O ecocardiograma não exige jejum nem cuidados prévios.

    Leia também: Diabetes gestacional: o que é, sintomas, o que causa e como evitar

  • Primeiros socorros em emergências cardíacas: o que realmente salva vidas 

    Primeiros socorros em emergências cardíacas: o que realmente salva vidas 

    Dor no peito, falta de ar, palpitações, desmaios ou até uma parada cardíaca. Situações como essas assustam — e com razão. As emergências cardíacas são graves e podem colocar a vida em risco em poucos minutos. Por isso, saber os primeiros socorros em emergências cardíacas até a chegada do socorro especializado é fundamental.

    A cardiologista Juliana Soares, do Hospital Albert Einstein, reforça que, independentemente da situação, o essencial é agir com rapidez e manter a calma.

    Infarto: como reconhecer e agir

    O infarto agudo do miocárdio acontece quando uma artéria do coração fica entupida e impede o fluxo de sangue para o músculo cardíaco. É uma emergência que requer atendimento imediato.

    Principais sintomas do infarto:

    • Dor no peito, que pode irradiar para costas, pescoço ou braço;
    • Falta de ar;
    • Náuseas;
    • Suor frio;
    • Tontura.

    O que fazer em caso de infarto:

    • Ligue imediatamente para o SAMU (192) e informe sintomas e localização;
    • Mantenha a pessoa calma, sentada ou deitada;
    • Afrouxe roupas apertadas;
    • Não ofereça água ou alimentos;
    • Pergunte sobre uso de medicamentos. Se o SAMU orientar, dê um comprimido de AAS 100 mg para mastigar.

    Desmaios: primeiros socorros

    Os desmaios (síncopes) podem ter diversas causas, incluindo alterações cardíacas.

    • Coloque a pessoa deitada de costas, em local seguro;
    • Levante as pernas para favorecer o fluxo de sangue para o cérebro;
    • Afrouxe as roupas e proteja a cabeça;
    • Verifique se está respirando;
    • Chame ajuda médica.

    Se o desmaio estiver associado a dor no peito, falta de ar ou palpitações, a situação é considerada uma emergência.

    Leia mais: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

    Palpitações: quando se tornam urgência

    As palpitações — aquela sensação de batimentos rápidos ou irregulares — podem assustar, mas nem sempre são graves.

    • Ajude a pessoa a se sentar ou deitar;
    • Mantenha a calma;
    • Se houver sintomas associados (dor no peito, falta de ar, tontura ou suor excessivo), chame o SAMU imediatamente.

    Parada cardíaca: cada minuto conta

    A parada cardíaca é a situação mais grave: o coração para de bater, a pessoa fica inconsciente e não respira ou apresenta respiração agônica.

    • Ligue imediatamente para o SAMU (192);
    • Deite a pessoa de barriga para cima, em superfície dura;
    • Inicie massagem cardíaca:
      • Posicione as mãos no centro do tórax;
      • Entrelace os dedos;
      • Faça compressões rápidas e firmes, de 100 a 120 por minuto;
      • Continue até a chegada do socorro;
      • Se possível, reveze a cada 2 minutos para não perder força.
    • Se houver desfibrilador externo automático (DEA), use-o conforme instruções.

    “Saber o que fazer nestes minutos iniciais pode fazer a diferença entre a vida e a morte”, reforça a cardiologista.

    Confira: Drogas e coração: os riscos reais que você precisa conhecer

    Perguntas frequentes sobre primeiros socorros em emergências cardíacas

    1. Qual a primeira coisa a fazer diante de um infarto?

    Ligar para o SAMU (192) imediatamente. Nunca tente dirigir até o hospital por conta própria.

    2. Posso dar água ou alimento a alguém com dor no peito?

    Não. A pessoa deve permanecer em repouso, sem ingerir nada, até avaliação médica.

    3. Quando devo suspeitar que uma palpitação é grave?

    Se vier acompanhada de dor no peito, falta de ar, tontura ou suor frio, é uma emergência.

    4. Como saber se é desmaio simples ou parada cardíaca?

    No desmaio, a pessoa retoma a consciência em segundos ou minutos. Na parada, ela permanece inconsciente, não respira e não responde a estímulos.

    5. E se eu não souber fazer massagem cardíaca?

    Mesmo sem treinamento, pressione com força e ritmo no centro do peito até o SAMU chegar. Isso aumenta muito as chances de sobrevivência.

    Veja também: Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca

  • Arritmia cardíaca: quando os batimentos fora de ritmo merecem atenção

    Arritmia cardíaca: quando os batimentos fora de ritmo merecem atenção

    A palavra arritmia costuma assustar, mas nem sempre ela representa um risco imediato. Antes de tudo, é importante entender o que significa: a arritmia é uma alteração no ritmo do coração, quando os batimentos ficam irregulares.

    O coração possui um sistema elétrico formado por células que geram e conduzem impulsos responsáveis pelos batimentos. Quando esse sistema falha, surgem as arritmias. Isso pode fazer com que o coração bata muito rápido (taquicardia), muito devagar (bradicardia) ou de forma completamente desordenada.

    Sintomas da arritmia cardíaca

    Os sintomas podem variar bastante: algumas pessoas percebem apenas palpitações (aquela sensação de coração acelerado ou fora de ritmo), enquanto outras apresentam sinais mais sérios, como tontura, fraqueza, falta de ar, dor no peito ou até desmaios.

    É importante lembrar que nem todo mundo com arritmia apresenta sintomas, por isso é importante se consultar com um médico de tempos em tempos.

    Quando a arritmia é perigosa?

    Muitas arritmias são benignas e não representam risco imediato. No entanto, em alguns casos, elas podem trazer complicações sérias, como:

    • Acidente Vascular Cerebral (AVC): quando o sangue se acumula no coração, podem se formar coágulos que migram para o cérebro;
    • Insuficiência cardíaca: arritmias podem reduzir a capacidade do coração de bombear sangue adequadamente;
    • Parada cardíaca: em situações graves, a arritmia pode levar à interrupção total dos batimentos, sendo potencialmente fatal.

    Veja também: Eletrocardiograma: entenda para que serve e quem deve fazer o exame

    Sinais de alerta: quando procurar atendimento médico

    Procure ajuda médica imediatamente se a arritmia vier acompanhada de:

    • Tontura intensa;
    • Desmaio ou perda de consciência;
    • Dor no peito;
    • Falta de ar importante.

    Nessas situações, a avaliação rápida do médico é fundamental para reduzir riscos e evitar complicações.

    Tratamento da arritmia cardíaca

    O tratamento depende do tipo de arritmia e da gravidade dos sintomas. Em alguns casos, pode não ser necessário nenhum medicamento. Em outros, o médico pode indicar desde remédios até procedimentos mais específicos, sempre com o objetivo de regular o ritmo cardíaco e reduzir os riscos associados.

    Confira: Como o estresse afeta o coração e o que fazer para proteger a saúde cardiovascular

    Perguntas frequentes sobre arritmia cardíaca

    1. Arritmia cardíaca sempre é grave?

    Não. Muitas arritmias são benignas, mas algumas podem causar complicações sérias. A avaliação médica é essencial para diferenciar.

    2. Como saber se estou tendo uma arritmia?

    A sensação de palpitações, coração acelerado, tontura, falta de ar ou desmaios podem indicar arritmia. O diagnóstico definitivo é feito com exames como eletrocardiograma ou Holter 24h.

    3. Arritmia pode causar morte súbita?

    Sim, nos casos mais graves, a arritmia pode levar a uma parada cardíaca. Por isso, os sinais de alerta não devem ser ignorados.

    4. Quem tem arritmia pode praticar exercícios físicos?

    Depende do tipo e da gravidade da arritmia. O médico deve avaliar caso a caso antes de liberar atividades físicas.

    5. Qual a diferença entre taquicardia e arritmia?

    A taquicardia é quando o coração bate muito rápido. Já a arritmia é um termo mais amplo, que inclui esses batimentos rápidos, os lentos ou os irregulares.

    6. Existe prevenção para arritmia cardíaca?

    Manter hábitos saudáveis, tratar doenças como pressão alta, além de evitar o excesso de álcool, cafeína e cigarro, ajudam a reduzir o risco.

    7. Toda palpitação é sinal de arritmia?

    Não. Palpitações podem acontecer em situações de estresse, ansiedade ou esforço físico. Mas se forem frequentes ou acompanhadas de sintomas, é importante investigar.

    Leia também: Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca

  • Holter 24h: como o exame ajuda a flagrar arritmias ocultas 

    Holter 24h: como o exame ajuda a flagrar arritmias ocultas 

    O coração nem sempre mostra seus segredos durante os minutos de uma consulta médica ou em um eletrocardiograma comum. Algumas alterações, como arritmias e pausas nos batimentos, acontecem de forma intermitente e podem não aparecer no exame convencional.

    Nesses casos, o Holter 24h é indicado. Esse exame registra continuamente a atividade elétrica do coração ao longo de um dia inteiro e é considerado uma ferramenta essencial para avaliar palpitações, arritmias e outras alterações que surgem em momentos específicos da rotina.

    O que é o Holter 24h?

    O Holter 24h é um exame que monitora de forma contínua a atividade elétrica cardíaca por 24 horas ou mais (há versões de até 48h ou 72h). Ele funciona como um eletrocardiograma portátil, permitindo observar como o coração se comporta durante as atividades diárias e também durante o sono.

    Como o exame é feito?

    • A pessoa vai até o consultório ou laboratório para instalar o aparelho;
    • Pequenos eletrodos são fixados no peito e conectados a um gravador portátil preso à cintura, ombro ou peito;
    • O equipamento registra todos os batimentos cardíacos por 24 horas;
    • O paciente deve manter um diário com atividades, horários de alimentação e sintomas;
    • Após 24 horas, o aparelho é retirado para análise dos registros.

    Leia mais: Check-up cardíaco: quais exames fazer e com que frequência

    Para que serve o Holter 24h?

    O exame pode ser solicitado para:

    • Investigar arritmias cardíacas;
    • Avaliar sintomas como palpitação, tontura, desmaios e sensação de coração acelerado;
    • Monitorar se medicamentos para controlar os batimentos estão funcionando;
    • Observar o funcionamento de dispositivos como marcapassos;
    • Detectar alterações que não aparecem em exames de curta duração, como o eletrocardiograma.

    Veja mais: Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca

    Quem deve fazer o Holter 24h?

    O cardiologista pode recomendar o exame para pessoas com:

    • Palpitações frequentes;
    • Desmaios sem causa aparente;
    • Tonturas ou sensação de fraqueza;
    • Histórico de arritmias ou doenças cardíacas;
    • Acompanhamento após cirurgias cardíacas ou implante de marcapasso.

    Perguntas frequentes sobre Holter 24h

    1. O Holter 24h dói?

    Não. O exame é indolor e não invasivo.

    2. Posso tomar banho durante o exame?

    Não. O aparelho não pode ser molhado. O banho deve ser feito apenas após a retirada do equipamento.

    3. O Holter atrapalha o sono?

    Os aparelhos atuais são pequenos, então raramente atrapalham o sono.

    4. Crianças podem usar o Holter 24h?

    Sim. O exame é seguro em qualquer idade, desde que indicado pelo médico.

    5. O resultado sai na hora?

    Não. Os registros precisam ser analisados pelo cardiologista, que emite o laudo posteriormente.

    6. O Holter substitui o eletrocardiograma comum?

    Não. O exame é complementar: o ECG mostra um retrato do momento, enquanto o Holter acompanha o coração por um período mais longo.

    7. É possível usar o Holter por mais de 24 horas?

    Sim. Existem versões de 48h ou 72h, de acordo com a necessidade e indicação médica.

    Confira: Palpitações no coração: o que pode ser e quando procurar atendimento médico

  • 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto 

    5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto 

    O infarto continua sendo uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, mas grande parte desses episódios pode ser evitada. De acordo com a cardiologista Juliana Soares, do Hospital Israelita Albert Einstein, mudanças no estilo de vida têm impacto direto na redução do risco de infarto.

    São pequenas escolhas no dia a dia que já fazem uma enorme diferença para manter o coração saudável. Confira cinco dicas simples.

    1. Mantenha uma alimentação equilibrada

    O prato é um dos maiores aliados (ou vilões) do coração. Prefira frutas, legumes, verduras, grãos integrais, leguminosas e peixes. Reduza frituras, ultraprocessados, excesso de sal e açúcar.

    A dieta mediterrânea é apontada em estudos como uma das mais protetoras contra doenças cardiovasculares.

    2. Faça atividade física diariamente

    Não tem como fugir: movimentar o corpo ajuda a controlar pressão, colesterol, glicemia e peso. O ideal é acumular pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana, segundo a OMS. Caminhar, pedalar, nadar ou dançar já valem. O importante é começar.

    3. Não fume

    O tabagismo é um dos maiores fatores de risco para infarto. As substâncias químicas do cigarro danificam as artérias e favorecem o acúmulo de placas de gordura.

    Parar de fumar pode reduzir o risco de infarto pela metade em poucos anos. Se necessário, procure ajuda para abandonar o cigarro. Atualmente, há diversos tratamentos contra o vício.

    4. Controle pressão, colesterol e glicose

    Esses parâmetros, muitas vezes silenciosos, dizem muito sobre a saúde do coração. Fazer exames com frequência ajuda a identificar alterações cedo e tratar antes de complicações.

    Saiba mais: Por que controlar o diabetes é tão importante para o coração

    5. Cuide do sono e do estresse

    Dormir mal e viver sob estresse constante prejudicam o coração. O sono ruim eleva a pressão arterial, enquanto o estresse estimula hábitos nocivos, como comer em excesso ou fumar.

    Procure dormir de 7 a 8 horas por noite. Para lidar com o estresse, aposte em meditação, alongamentos, pausas durante o dia e momentos de lazer.

    Leia também: Quando a falta de ar pode ser sinal de problema no coração

    Perguntas frequentes sobre prevenção do infarto

    1. O risco de infarto aumenta só com a idade?

    A idade é um fator relevante, mas hábitos ruins podem antecipar o risco de infarto em pessoas jovens.

    2. Existe exame específico para prever infarto?

    Não há um único exame para prever o infarto. O médico avalia pressão, colesterol, glicemia, ECG e, em alguns casos, exames de imagem para estimar o risco.

    3. Quem tem histórico familiar de infarto pode evitar a doença?

    Sim. Apesar da genética pesar, hábitos saudáveis reduzem bastante o risco.

    4. O risco de infarto é igual para homens e mulheres?

    Não. Homens jovens têm risco maior, mas após a menopausa o risco das mulheres se iguala ou até supera o dos homens, por isso é importante sempre fazer acompanhamento médico e ter hábitos saudáveis.

    5. Quem já teve um infarto pode evitar que aconteça de novo?

    Sim. Mudanças no estilo de vida, uso correto dos medicamentos e acompanhamento regular reduzem bastante as chances de um novo evento.

    6. Exercícios intensos aumentam o risco de infarto?

    Não, desde que a pessoa passe por avaliação médica antes. A atividade física regular protege o coração. O maior risco está em sedentários que fazem esforço repentino sem preparo.

    Confira também: Infarto em mulheres: sintomas silenciosos que merecem atenção

  • Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca 

    Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca 

    Sentir o coração disparar de repente é uma experiência que assusta qualquer pessoa. Muitas vezes, essa aceleração é apenas uma resposta natural do corpo — pode acontecer durante a prática de exercícios, em situações de estresse ou logo após um susto.

    Mas nem sempre é algo passageiro. Em alguns casos, os batimentos rápidos e fora do ritmo podem indicar uma arritmia cardíaca, um distúrbio no sistema elétrico que comanda o funcionamento do coração. Reconhecer essa diferença é muito importante para saber quando é hora de procurar ajuda médica.

    O que causa batimentos acelerados?

    É normal que nosso coração acelere em resposta a vários fatores, como durante um exercício físico, uma emoção forte ou um susto. “Isso é chamado de taquicardia sinusal, um ritmo cardíaco normal, apenas mais rápido”, explica o cardiologista Pablo Cartaxo.

    Uma arritmia cardíaca, por outro lado, é uma alteração nesse ritmo considerado normal. Na arritmia, o coração pode bater rápido demais (taquiarritmia), mas também devagar demais (bradiarritmia) ou de forma totalmente irregular.

    “A arritmia é como uma falha no ‘circuito elétrico’ que comanda o coração, podendo ocorrer até mesmo em repouso”, diz o médico.

    Ou seja, os batimentos acelerados podem ter relação ou não com arritmias. Algumas causas são normais e fisiológicas, outras estão ligadas a doenças e a outros problemas:

    • Acelerações normais (sinusais): esforço físico, ansiedade, estresse, excesso de cafeína, febre e desidratação;
    • Causas não cardíacas: alterações da tireoide, apneia do sono, desequilíbrio de eletrólitos no sangue;
    • Causas cardíacas: cicatrizes de infarto, dilatação das câmaras do coração ou doenças congênitas que afetam o sistema elétrico.

    Além disso, ansiedade e estresse também podem causar aceleração sem ser, de fato, uma arritmia cardíaca. “Eles ativam o sistema de ‘luta ou fuga’ do corpo, liberando adrenalina, e um dos efeitos diretos é o aumento da frequência cardíaca”, diz o médico.

    Essa é uma sensação desconfortável, mas que não costuma representar perigo. No entanto, em pessoas com predisposição, picos de estresse podem servir de gatilho para arritmias verdadeiras.

    Sinais de alerta de arritmia cardíaca

    As palpitações já merecem investigação, mas há sintomas que exigem ainda mais atenção, já que podem estar relacionados a uma arritmia cardíaca:

    • Tontura ou sensação de desmaio;
    • Desmaio (síncope);
    • Falta de ar intensa;
    • Dor ou desconforto no peito.

    Esses sinais indicam que a arritmia cardíaca pode estar comprometendo a circulação sanguínea do corpo, o que requer atendimento médico imediato.

    Exames de diagnóstico e tratamento para arritmias

    O diagnóstico começa no consultório, com avaliação clínica detalhada. Mas, como muitas arritmias são intermitentes, exames complementares são indispensáveis:

    • Eletrocardiograma (ECG): registra a atividade elétrica do coração no momento do exame;
    • Holter 24 horas: monitora continuamente os batimentos ao longo de um dia inteiro;
    • Ecocardiograma: avalia a estrutura e a função do coração;
    • Teste ergométrico (teste de esforço): analisa como o coração reage durante atividade física.

    O médico destaca que nem toda arritmia cardíaca precisa de tratamento. Há arritmias benignas que não exigem intervenção, mas o tratamento é fundamental quando há risco de complicações.

    “A intervenção é indicada quando a arritmia causa sintomas, afeta a qualidade de vida ou, mais importante, quando representa risco de complicações graves, como AVC, interferência na função cardíaca ou morte súbita.”

    Nesses casos, o tratamento das arritmias depende do tipo e da gravidade. Em alguns pacientes, o controle pode ser feito apenas com medicamentos antiarrítmicos.

    Quando há maior risco, podem ser indicados procedimentos como a ablação por cateter, que elimina os focos elétricos anormais, ou o implante de dispositivos, como o marca-passo.

    Veja mais: Teste ergométrico: o exame da esteira que coloca o coração à prova

    Fatores de risco para arritmias e como prevenir

    Algumas condições aumentam a probabilidade de desenvolver arritmias:

    • Idade avançada;
    • Pressão alta;
    • Diabetes;
    • Obesidade;
    • Consumo excessivo de álcool ou cafeína;
    • Tabagismo;
    • Apneia do sono;
    • Presença de doença cardíaca prévia, como a coronariana.

    A prevenção de arritmias envolve cuidados com o estilo de vida e controle de doenças associadas.

    “Isso inclui dieta balanceada, atividade física regular, gerenciamento do estresse, sono de qualidade, moderação no álcool e na cafeína e, fundamentalmente, o tratamento adequado de condições como pressão alta e diabetes”, reforça o especialista.

    O check-up cardiológico regular é a melhor forma de identificar e tratar problemas precocemente.

    Leia mais: Falta de ar: quando pode ser problema do coração

    Perguntas Frequentes sobre arritmia e batimentos acelerados

    1. Batimentos acelerados sempre indicam arritmia cardíaca?

    Não. Eles podem ser apenas resposta a esforço físico, ansiedade, febre ou consumo de cafeína.

    2. Como diferenciar taquicardia normal de arritmia cardíaca?

    Na taquicardia sinusal (“normal”) o coração bate mais rápido, mas o ritmo continua organizado e previsível, comum em situações como esforço físico e estresse. Já nas arritmias, o ritmo se torna irregular ou anormal, podendo acelerar, desacelerar ou apresentar batidas fora de ordem, mesmo em repouso.

    3. A ansiedade pode causar palpitações perigosas?

    Geralmente não, mas pode funcionar como gatilho para arritmias em pessoas predispostas.

    4. Quais exames ajudam a diagnosticar arritmia?

    Eletrocardiograma, Holter de 24h, ecocardiograma e teste ergométrico são os principais.

    5. Toda arritmia precisa de tratamento?

    Não. Algumas são benignas. O tratamento é necessário quando causam sintomas, afetam a vida ou oferecem risco de complicações.

    6. Quais fatores aumentam o risco de arritmia?

    Idade avançada, pressão alta, diabetes, obesidade, álcool, cafeína, tabagismo, apneia do sono e doenças cardíacas.

    7. Como prevenir arritmias?

    Com estilo de vida saudável, controle de doenças como hipertensão e diabetes, sono de qualidade, menos estresse e check-ups regulares.

    Confira: Palpitações no coração: o que pode ser e quando procurar atendimento médico