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  • Tratamento da depressão em 2025: o que tem de novo 

    Tratamento da depressão em 2025: o que tem de novo 

    O tratamento da depressão tem evoluído rapidamente nos últimos anos. Em 2025, novas opções surgem para pessoas que já tentaram diferentes antidepressivos sem sucesso, além de alternativas específicas para situações como a depressão pós-parto.

    Essas inovações trazem esperança, mas é importante lembrar: os pilares do tratamento continuam sendo o acompanhamento médico, em que o psiquiatra define a melhor estratégia, a psicoterapia e os cuidados com o estilo de vida.

    O psiquiatra Luiz Dieckmann explica o que há de novo no tratamento da depressão em 2025.

    Escetamina em spray nasal: agora como tratamento único

    A escetamina em spray nasal já vinha sendo usada em casos de depressão resistente, mas precisava ser associada a outro antidepressivo oral.

    A novidade é que, em janeiro de 2025, ela foi aprovada nos Estados Unidos para uso como monoterapia, ou seja, pode ser prescrita sozinha. “Antes era necessário combiná-la com outro antidepressivo oral. Essa mudança abre novas possibilidades para pacientes que já tentaram vários remédios sem melhora”, conta o médico.

    Leia mais: O que é depressão e quais são os principais sintomas

    Psilocibina: psicodélicos no radar

    A psilocibina, substância presente em alguns cogumelos, ganhou destaque em 2025. Em junho, um estudo de fase 3 mostrou que uma única sessão, associada à psicoterapia, trouxe melhora significativa em pessoas com depressão resistente.

    “A psilocibina ainda não foi aprovada, mas o resultado reforça o potencial dos psicodélicos no tratamento, desde que usados em ambiente controlado”, detalha Dieckmann.

    Zuranolona: foco na depressão pós-parto

    Para mulheres com depressão pós-parto, uma novidade importante é a zuranolona, primeira medicação oral aprovada especificamente para essa condição. Ela foi aprovada em 2023 e, em 2025, já está disponível em alguns países.

    Essa opção representa um avanço, já que até então o tratamento era feito apenas com antidepressivos convencionais, sem foco específico nesse tipo de depressão.

    Veja também: O que é ansiedade e por que ela está aumentando

    Dextrometorfano + bupropiona: antidepressivo de ação mais rápida

    Outra combinação que ganhou espaço é a de dextrometorfano com bupropiona. Trata-se de um antidepressivo oral que age mais rápido do que os tradicionais e traz melhora em menos tempo para algumas pessoas.

    Essa rapidez pode ser decisiva em quadros graves, onde esperar semanas para o efeito dos antidepressivos comuns é um desafio.

    O que muda na prática?

    As novidades de 2025 ampliam as alternativas de tratamento. Agora, quem não responde aos antidepressivos convencionais tem opções como:

    • Escetamina em spray nasal, agora aprovada como monoterapia;
    • Psilocibina, ainda em estudo, mas com resultados promissores;
    • Zuranolona, voltada à depressão pós-parto;
    • Dextrometorfano associado à bupropiona, de ação mais rápida.

    Ainda assim, Dieckmann reforça: essas inovações não substituem os pilares do cuidado — acompanhamento médico regular, psicoterapia de qualidade e atenção ao estilo de vida.

    Leia mais: ‘Acordava com a sensação de que não conseguia respirar’: o relato de quem convive com ansiedade

    Perguntas frequentes sobre o tratamento da depressão em 2025

    1. O que é depressão resistente?

    É quando o paciente não apresenta melhora mesmo após tentar diferentes antidepressivos convencionais.

    2. O que muda com a escetamina em spray nasal?

    Em 2025, ela passou a ser aprovada como monoterapia, podendo ser usada sozinha em casos de depressão resistente.

    3. A psilocibina já pode ser usada no tratamento da depressão?

    Ainda não. Apesar de estudos de fase 3 mostrarem bons resultados, a psilocibina não tem aprovação clínica.

    4. A zuranolona está disponível no Brasil?

    Por enquanto não. A zuranolona está disponível apenas em alguns países, sendo a primeira medicação oral aprovada para depressão pós-parto.

    5. O que é a combinação de dextrometorfano com bupropiona?

    É um antidepressivo oral de ação mais rápida, indicado quando a resposta imediata é importante.

    6. Esses novos medicamentos substituem a psicoterapia?

    Não. A psicoterapia segue sendo um pilar essencial do tratamento, mesmo com os avanços farmacológicos.

    7. Quem pode ter acesso a essas novidades?

    O acesso depende da aprovação em cada país e, principalmente, da indicação médica. Apenas o psiquiatra pode avaliar a melhor opção em cada caso.

    Confira: Depressão adolescente: sinais e como ajudar com empatia

  • Como evitar dores ao usar computador e celular: um guia prático de ajustes na rotina 

    Como evitar dores ao usar computador e celular: um guia prático de ajustes na rotina 

    O uso frequente de computadores e celulares já faz parte da rotina de milhões de pessoas — seja no trabalho remoto, em escritórios tradicionais ou no lazer. Mas passar horas diante de telas pode trazer consequências, como dores no pescoço, nos ombros e na coluna.

    A fisioterapeuta Valéria Amador explica: “O uso prolongado de computador e celular força o corpo a adotar posições não naturais por longos períodos”. Mas afinal, como evitar dores ao usar computador e celular e proteger o corpo?

    Dores ao usar computador e celular: por que o uso de telas prejudica a postura?

    O corpo humano não foi feito para ficar parado em frente a uma tela por horas. Olhar para baixo para usar o celular ou permanecer sentado de forma inadequada no computador gera sobrecarga na coluna.

    “Quando olhamos para baixo, a cabeça — que pesa em média 5 kg — sobrecarrega a coluna cervical, causando tensão e desgaste das vértebras. O mesmo acontece com a coluna lombar quando não há apoio correto”, explica a fisioterapeuta.

    Um estudo com milhares de adolescentes mostrou que o tempo de tela está diretamente associado a dores na lombar e no pescoço. Cada hora extra de uso do computador por dia aumentava em 8,2% o risco de dor lombar.

    Para trabalhar, ajustes ergonômicos são indispensáveis

    Ergonomia significa adaptar o espaço ao corpo, e não o contrário. Pequenos ajustes já fazem grande diferença, segundo Valéria:

    • Monitor na altura dos olhos: evita inclinar a cabeça para frente.
    • Cadeira com apoio lombar: mantém quadris levemente mais altos que os joelhos.
    • Pés apoiados: totalmente no chão ou em um suporte.
    • Teclado e mouse bem posicionados: cotovelos a 90° e ombros relaxados.

    Além disso, faça pausas de 5 a 10 minutos a cada hora para aliviar a sobrecarga muscular e prevenir dores ao usar computador e celular a longo prazo.

    Cuidado com a síndrome do “pescoço de texto” ao usar o celular

    O hábito de curvar a cabeça para olhar o celular é uma das principais causas de dor cervical. Essa condição ficou conhecida como síndrome do pescoço de texto.

    A prevenção é simples: leve o celular até a altura dos olhos, e não o contrário. Evite também usar o celular deitado, principalmente em ângulos desconfortáveis. “A posição ideal é manter a cabeça neutra, reta, com o aparelho na altura dos olhos. Sempre que possível, use um apoio para segurar o celular”, orienta Valéria.

    Veja também: Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer

    Alongamentos para postura: exercícios para aliviar e prevenir incômodos

    Além da ergonomia, pequenos alongamentos ajudam a reduzir rigidez muscular e prevenir dores ao usar computador e celular. A fisioterapeuta sugere:

    • Retração da escápula: puxe os ombros para trás como se fosse segurar um lápis entre as costas. Segure por 5 segundos e repita 10 vezes.
    • Alongamento do pescoço: incline a cabeça para o lado e pressione levemente com a mão. Segure por 20 segundos e troque de lado.
    • Rotação do tronco: sentado, gire o tronco para um lado com apoio das mãos. Mantenha por 15 segundos e repita no outro lado.

    Esses exercícios podem ser feitos em pausas rápidas no trabalho. Caminhar, levantar os braços e girar os ombros também ajudam a ativar a circulação e aliviar a tensão acumulada.

    Leia mais: 8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia

    Perguntas frequentes sobre dores ao usar computador e celular

    1. Por que computador e celular causam dores no corpo?

    Porque forçam posições não naturais por muito tempo, sobrecarregando principalmente a coluna cervical e lombar.

    2. O que é a síndrome do pescoço de texto?

    É a dor e tensão no pescoço e ombros causada por olhar constantemente para baixo ao usar o celular.

    3. Qual é a posição ideal para usar o celular?

    Segurar o aparelho na altura dos olhos, manter a cabeça reta e evitar usá-lo deitado.

    4. Quais ajustes ergonômicos são essenciais no trabalho?

    Tela na altura dos olhos, cadeira com apoio lombar, pés bem apoiados e teclado/mouse posicionados corretamente.

    5. Quais exercícios ajudam a prevenir dores?

    Alongamentos de pescoço, retração da escápula e rotação do tronco, feitos regularmente ao longo do dia.

    Leia também: Exercícios para melhorar a postura no home-office: guia prático para evitar dores

  • Correr desgasta o joelho? Saiba quando a corrida pode ser prejudicial e como evitar problemas 

    Correr desgasta o joelho? Saiba quando a corrida pode ser prejudicial e como evitar problemas 

    A corrida é um dos esportes mais praticados no mundo, conhecida por beneficiar a saúde cardiovascular, ajudar no controle do peso e melhorar o bem-estar mental. Mas uma dúvida persiste: correr desgasta o joelho?

    A resposta depende de vários fatores: técnica, intensidade, peso corporal, fortalecimento muscular e até o tipo de tênis usado. “Se você não estiver preparado, a corrida pode, sim, ser prejudicial para os joelhos”, explica a especialista em educação física Tamara Andreato. Vamos entender melhor!

    Quando correr desgasta o joelho e pode ser prejudicial

    Segundo Tamara, a corrida desgasta o joelho quando há excesso de treinos, técnica incorreta, falta de fortalecimento ou sobrepeso. O impacto repetitivo em superfícies duras ou o uso de calçados inadequados aumenta o risco de dor e lesões.

    “É essencial seguir uma periodização adequada de intensidade e volume”, diz a especialista. Ou seja, não adianta correr longas distâncias semanais ou fazer treinos intensos sem preparo. “O exagero pode causar lesões, mas quando feita de forma adequada e individualizada, a corrida é benéfica”.

    A ciência reforça essa visão. Um estudo publicado em 2023 no Orthopaedic Journal of Sports Medicine mostrou que correr não está associado ao agravamento da osteoartrite do joelho e pode até proteger contra dor generalizada nessa articulação.

    Leia também: Quero começar a correr: preciso ir ao cardiologista antes?

    Fortalecimento para corredores: a chave para prevenir lesões

    O fortalecimento é fundamental para corredores, pois protege as articulações, inclusive os joelhos, que sofrem grande impacto. Quadríceps, glúteos, core e lombar funcionam como uma “armadura natural”, reduzindo sobrecarga.

    Com músculos preparados, a corrida fica mais estável e eficiente. “A musculação para corredores previne lesões, melhora o desempenho e aumenta a resistência”, destaca Tamara. Além disso, fortalece a técnica de corrida, melhora a postura e corrige desvios de movimento que poderiam gerar dor.

    Tênis e superfície: escolhas que fazem diferença

    A escolha do tênis também é determinante. O modelo precisa ser adequado para corrida e confortável. “Não adianta escolher apenas pela estética. Um tênis errado pode gerar desconforto e lesões”, alerta Tamara.

    Experimente o calçado na loja, caminhe e dê alguns trotes para sentir o ajuste. Muitas lojas especializadas oferecem esteiras para teste. Também é importante escolher modelos adequados à superfície: rua, pista ou trilha.

    Dor no joelho ao correr: sinal que não pode ser ignorado

    Sentir dor no joelho ao correr é um alerta. Forçar treinos pode agravar o problema. O ideal é parar e procurar um ortopedista para exames e diagnóstico.

    A dor pode estar ligada à falta de fortalecimento, técnica inadequada, excesso de treino ou ausência de alongamentos. Correr com dor, sem avaliação, pode afastar o atleta por longos períodos.

    Como correr sem prejudicar os joelhos

    Correr desgasta o joelho quando há erros de preparo. Veja alguns cuidados:

    • Iniciantes: alternar corrida e caminhada, progredindo de forma gradual (cerca de 10% por semana).
    • Intermediários: variar treinos de velocidade e resistência, sempre com periodização bem estruturada.
    • Volume: três a quatro sessões semanais para iniciantes; até cinco para experientes, equilibrando estímulo e recuperação.
    • Pessoas acima do peso: começar com treinos curtos, preferir superfícies menos rígidas e investir em fortalecimento muscular.

    O aquecimento também é indispensável. Alongamentos dinâmicos, educativos de corrida e 10 a 20 minutos de aquecimento leve ajudam a preparar músculos e articulações, reduzindo o impacto nos joelhos.

    Perguntas frequentes

    1. Correr desgasta o joelho?

    Não necessariamente. Quando feita com técnica e preparo, a corrida pode até proteger a articulação.

    2. Quais fatores aumentam o risco de dor e lesões?

    Excesso de treino, técnica incorreta, sobrepeso, falta de fortalecimento e uso de tênis inadequado.

    3. O fortalecimento muscular protege os joelhos?

    Sim. Ele reduz impacto, melhora a técnica e previne lesões.

    4. Como escolher o tênis certo?

    Priorize o conforto e a superfície de corrida. Experimente na loja e, se possível, teste correndo antes de comprar.

    5. O que fazer se sentir dor no joelho?

    Interrompa os treinos e procure avaliação médica para investigar a causa antes de voltar a correr.

    Leia também: Abdominais para perder barriga? Saiba o que realmente funciona

  • 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto 

    5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto 

    O infarto continua sendo uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, mas grande parte desses episódios pode ser evitada. De acordo com a cardiologista Juliana Soares, do Hospital Israelita Albert Einstein, mudanças no estilo de vida têm impacto direto na redução do risco de infarto.

    São pequenas escolhas no dia a dia que já fazem uma enorme diferença para manter o coração saudável. Confira cinco dicas simples.

    1. Mantenha uma alimentação equilibrada

    O prato é um dos maiores aliados (ou vilões) do coração. Prefira frutas, legumes, verduras, grãos integrais, leguminosas e peixes. Reduza frituras, ultraprocessados, excesso de sal e açúcar.

    A dieta mediterrânea é apontada em estudos como uma das mais protetoras contra doenças cardiovasculares.

    2. Faça atividade física diariamente

    Não tem como fugir: movimentar o corpo ajuda a controlar pressão, colesterol, glicemia e peso. O ideal é acumular pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana, segundo a OMS. Caminhar, pedalar, nadar ou dançar já valem. O importante é começar.

    3. Não fume

    O tabagismo é um dos maiores fatores de risco para infarto. As substâncias químicas do cigarro danificam as artérias e favorecem o acúmulo de placas de gordura.

    Parar de fumar pode reduzir o risco de infarto pela metade em poucos anos. Se necessário, procure ajuda para abandonar o cigarro. Atualmente, há diversos tratamentos contra o vício.

    4. Controle pressão, colesterol e glicose

    Esses parâmetros, muitas vezes silenciosos, dizem muito sobre a saúde do coração. Fazer exames com frequência ajuda a identificar alterações cedo e tratar antes de complicações.

    Saiba mais: Por que controlar o diabetes é tão importante para o coração

    5. Cuide do sono e do estresse

    Dormir mal e viver sob estresse constante prejudicam o coração. O sono ruim eleva a pressão arterial, enquanto o estresse estimula hábitos nocivos, como comer em excesso ou fumar.

    Procure dormir de 7 a 8 horas por noite. Para lidar com o estresse, aposte em meditação, alongamentos, pausas durante o dia e momentos de lazer.

    Leia também: Quando a falta de ar pode ser sinal de problema no coração

    Perguntas frequentes sobre prevenção do infarto

    1. O risco de infarto aumenta só com a idade?

    A idade é um fator relevante, mas hábitos ruins podem antecipar o risco de infarto em pessoas jovens.

    2. Existe exame específico para prever infarto?

    Não há um único exame para prever o infarto. O médico avalia pressão, colesterol, glicemia, ECG e, em alguns casos, exames de imagem para estimar o risco.

    3. Quem tem histórico familiar de infarto pode evitar a doença?

    Sim. Apesar da genética pesar, hábitos saudáveis reduzem bastante o risco.

    4. O risco de infarto é igual para homens e mulheres?

    Não. Homens jovens têm risco maior, mas após a menopausa o risco das mulheres se iguala ou até supera o dos homens, por isso é importante sempre fazer acompanhamento médico e ter hábitos saudáveis.

    5. Quem já teve um infarto pode evitar que aconteça de novo?

    Sim. Mudanças no estilo de vida, uso correto dos medicamentos e acompanhamento regular reduzem bastante as chances de um novo evento.

    6. Exercícios intensos aumentam o risco de infarto?

    Não, desde que a pessoa passe por avaliação médica antes. A atividade física regular protege o coração. O maior risco está em sedentários que fazem esforço repentino sem preparo.

    Confira também: Infarto em mulheres: sintomas silenciosos que merecem atenção

  • Queda de cabelo: o que causa e quando é preocupante? 

    Queda de cabelo: o que causa e quando é preocupante? 

    A queda de cabelo é um processo natural do organismo e, na maioria dos casos, não deve ser um motivo de preocupação. Na verdade, faz parte do ciclo de crescimento capilar perder fios diariamente (em média, entre 50 e 150 por dia), já que novos cabelos estão sempre em formação para substituir os que caem.

    No entanto, quando a queda ultrapassa esse limite ou surge acompanhada de sintomas como afinamento dos fios, falhas visíveis no couro cabeludo ou queda localizada, pode ser sinal de algum tipo de alopecia ou de uma condição clínica que merece atenção. Entenda mais!

    Quando a queda de cabelo é normal?

    Perder cabelo diariamente é absolutamente normal, e segundo a dermatologista Flávia Grazielle Carneiro, uma pessoa saudável perde cerca de 50 a 150 fios por dia.

    Isso acontece porque o cabelo passa por um ciclo natural de crescimento, repouso e queda, chamado ciclo capilar, dividido em três fases:

    • Anágena (crescimento): dura de 2 a 7 anos e corresponde a cerca de 85 a 90% dos fios;
    • Catágena (transição): dura algumas semanas, quando o fio para de crescer;
    • Telógena (repouso e queda): dura de 2 a 4 meses, quando o fio antigo cai e dá espaço para o nascimento de um novo.

    Além disso, alguns fatores do dia a dia também podem provocar um aumento momentâneo da queda de cabelo, como:

    • Estresse emocional: situações de tensão, ansiedade ou cansaço físico podem desregular temporariamente o ciclo capilar e levar a uma queda um pouco mais intensa. Com a rotina estabilizada, os fios tendem a se recuperar naturalmente;
    • Procedimentos químicos e escovas frequentes: tinturas, alisamentos e uso contínuo de chapinha ou secador podem fragilizar o fio e gerar quebra, prejudicando a aparência e a resistência dos cabelos;
    • Troca de estação: algumas pessoas podem notar mais fios caindo no outono (eflúvio telógeno sazonal). Costuma ser discreto e autolimitado e não ocorre com todos.

    No geral, se a quantidade de fios caindo está dentro da faixa considerada normal e não há falhas visíveis no couro cabeludo, dificilmente há motivo para preocupação imediata. Observe a evolução ao longo das semanas e adote hábitos que preservem a saúde capilar.

    Idade influencia na queda de cabelo?

    Sim. “Com a idade, ocorre uma redução natural da densidade capilar e um aumento da queda. Uma avaliação minuciosa é necessária para diagnosticar o que é normal e o que é patológico”, explica a dermatologista Flávia Grazielle Carneiro.

    Quando a queda de cabelo merece atenção?

    É importante ter atenção quando a perda de cabelo vai além do esperado ou vem acompanhada de outros sinais, como:

    • Queda repentina e intensa, perceptível em poucos dias ou semanas;
    • Surgimento de falhas no couro cabeludo ou áreas com menos cabelo;
    • Afinamento progressivo dos fios (topo da cabeça e entradas);
    • Coceira, dor, descamação intensa ou vermelhidão no couro cabeludo;
    • Histórico familiar de calvície (alopecia androgenética);
    • Associação com perda de peso, fadiga, unhas frágeis ou alterações hormonais.

    Nessas situações, procure um dermatologista. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de controlar a queda e estimular o crescimento de novos fios.

    Leia mais: Como tratar a alopecia e prevenir a queda de cabelo

    O que causa a queda de cabelo?

    A queda excessiva pode ter diferentes origens, como:

    Alopecia androgenética

    Conhecida como calvície hereditária, é a forma mais comum de queda em homens e mulheres. Há predisposição genética e ação de hormônios androgênicos, levando ao afinamento progressivo dos fios.

    Nos homens, predomina na frente e no alto da cabeça; nas mulheres, há perda difusa de volume sem áreas totalmente carecas.

    Eflúvio telógeno

    Queda repentina em que muitos fios entram ao mesmo tempo na fase de queda. Pode ser desencadeado por:

    • Deficiências nutricionais (ferro, zinco, proteínas);
    • Alterações hormonais (tireoidianas, pós-parto, menopausa);
    • Doenças infecciosas;
    • Cirurgias ou uso de medicamentos;
    • Estresse físico e emocional.

    Alopecia areata

    Doença autoimune em que o sistema de defesa ataca os folículos, causando falhas arredondadas no couro cabeludo (podendo atingir sobrancelhas, barba e outros pelos). Costuma ter recidivas, mas há tratamentos que ajudam no controle e na rebrota.

    Alterações hormonais

    Oscilações hormonais podem causar queda temporária ou acelerar perdas em predispostos, como:

    • Gravidez e pós-parto: eflúvio meses após o parto;
    • Menopausa: redução de estrogênio, fios menos densos;
    • Disfunções tireoidianas: hipo/hipertireoidismo afetam o ciclo capilar.

    Doenças autoimunes e dermatológicas

    Lúpus, psoríase e dermatite seborreica podem inflamar o couro cabeludo, gerar descamação, coceira e enfraquecimento dos fios.

    Hábitos de vida

    Dieta pobre em nutrientes, sono ruim, tabagismo e álcool enfraquecem os fios. O estresse pode desencadear ou agravar a queda e aumentar a percepção dos fios perdidos.

    Quais exames podem ser feitos para investigar?

    Em quedas intensas ou persistentes, o dermatologista pode solicitar:

    • Tricoscopia: exame com aumento que avalia couro cabeludo e fios;
    • Exames de sangue: para checar deficiências, hormônios e autoimunidade;
    • Biópsia do couro cabeludo: em casos selecionados, para análise do folículo.

    O que fazer em caso de queda excessiva de cabelo?

    Se notar queda acima do normal (tufos, falhas visíveis ou afinamento progressivo), procure um dermatologista. Enquanto isso, adote cuidados:

    • Alimentação equilibrada, rica em proteínas, ferro e vitaminas;
    • Evitar excesso de químicas e calor;
    • Usar produtos adequados ao couro cabeludo;
    • Reduzir estresse: sono adequado e atividade física;
    • Evitar penteados que tracionem os fios.

    O tratamento pode incluir loções estimulantes, medicamentos, suplementos e terapias capilares, conforme o diagnóstico.

    É possível evitar a queda de cabelo?

    Nem sempre é possível evitar, mas hábitos saudáveis ajudam a preservar os fios e reduzir o risco de queda acentuada:

    • Cuidar do couro cabeludo e manter boa higienização;
    • Garantir proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B na dieta;
    • Beber água ao longo do dia;
    • Alternar shampoo suave com fórmulas específicas (quando indicado);
    • Proteger do sol (chapéus/produtos com filtro UV);
    • Evitar químicas agressivas ou espaçá-las adequadamente;
    • Evitar dietas muito restritivas;
    • Reduzir estresse (exercícios, lazer, relaxamento);
    • Dormir bem;
    • Usar protetor térmico ao usar calor;
    • Evitar prender o cabelo molhado e elásticos muito apertados.

    Se notar sinais de queda acima do normal, associados a outros sintomas, busque orientação médica.

    Perguntas frequentes

    1. É normal perder cabelo todos os dias?

    Sim. Todo fio tem um ciclo de vida e, ao final, cai para dar lugar a outro. É normal perder de 100 a 150 fios/dia. Preocupe-se se a queda ultrapassa esse limite ou vier com afinamento e falhas.

    2. É verdade que o cabelo cai mais no outono?

    Alguns percebem queda um pouco maior (eflúvio sazonal). É discreto, temporário e não ocorre com todos; o crescimento costuma normalizar sozinho.

    3. A queda de cabelo pode estar ligada à alimentação?

    Sim. Deficiências de ferro, proteínas, zinco, vitamina D e vitaminas do complexo B estão associadas ao enfraquecimento e à queda. Dietas restritivas e jejum prolongado também prejudicam. Prefira dieta variada com carnes magras, ovos, leguminosas, oleaginosas, frutas, verduras e integrais.

    4. Quem faz química no cabelo tem mais chance de queda?

    Químicas não alteram o folículo, mas fragilizam o fio e aumentam a quebra (muitas vezes confundida com queda). Em excesso, pioram a densidade aparente.

    5. Lavar o cabelo todos os dias aumenta a queda?

    Não. A lavagem só desprende fios que já cairiam. Evitar lavar não reduz a queda e pode causar oleosidade excessiva, caspa, coceira e inflamação.

    Leia também: Queda de cabelo ou alopecia? Saiba quando investigar

  • Gordura no fígado: conheça os sintomas e como tratar essa doença 

    Gordura no fígado: conheça os sintomas e como tratar essa doença 

    Nos últimos anos, a doença hepática gordurosa não alcoólica, popularmente chamada de gordura no fígado, ganhou destaque nas consultas médicas. Isso porque os casos têm aumentado junto com o crescimento da obesidade, da síndrome metabólica e de seus componentes, como diabetes e hipertensão.

    Muitas vezes silenciosa, a condição costuma ser descoberta em exames de rotina. Mesmo assim, exige acompanhamento e mudanças de estilo de vida para evitar complicações graves, como cirrose e até câncer de fígado.

    O que é a gordura no fígado?

    A doença hepática gordurosa não alcoólica é um espectro de doenças do fígado caracterizadas pelo depósito de gordura dentro das células hepáticas. Dentro desse grupo estão:

    • Esteatose simples: apenas acúmulo de gordura, sem inflamação;
    • Esteato-hepatite não alcoólica: já apresenta inflamação e pode evoluir para fibrose, cirrose e carcinoma hepatocelular.

    Causas da doença hepática gordurosa não alcoólica

    A gordura no fígado é considerada multifatorial, ou seja, pode surgir por diferentes razões combinadas. Está fortemente ligada à síndrome metabólica, que inclui:

    • Obesidade abdominal;
    • Diabetes tipo 2;
    • Pressão alta;
    • Colesterol alto (dislipidemia);
    • Triglicérides elevados.

    Um dos pontos centrais é a resistência à insulina, quando o corpo não consegue usar o hormônio de forma adequada, o que aumenta o depósito de gordura no fígado e pode gerar inflamação.

    Em situações menos comuns, a condição pode estar associada a uso de certos medicamentos, drogas, exposição a toxinas, nutrição parenteral prolongada, desnutrição, perda de peso rápida ou cirurgias intestinais específicas.

    Leia também: 9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia

    Sintomas mais comuns

    Na maioria dos casos, a gordura no fígado não provoca sintomas. Quando presentes, os sinais podem incluir:

    • Fadiga;
    • Desconforto ou dor no abdome superior direito;
    • Indigestão (dispepsia).

    Em exames clínicos, é comum observar aumento da circunferência abdominal e gordura visceral. Em alguns pacientes, pode aparecer acantose nigricans (manchas escuras na pele), associada à resistência insulínica.

    Como é feito o diagnóstico?

    Por ser assintomática no início, a condição é geralmente identificada em exames de rotina. Entre os principais exames estão:

    • Exames laboratoriais: alteração de enzimas hepáticas e triglicérides;
    • Ultrassom abdominal: mais usado por ser acessível e capaz de indicar graus de esteatose;
    • Biópsia hepática: indicada em casos graves ou suspeita de esteato-hepatite, para avaliar a extensão do dano.

    Confira: 10 coisas para fazer hoje e ganhar mais anos de vida

    Tratamento

    Não existe medicamento específico para curar a gordura no fígado. O tratamento é baseado em mudanças de estilo de vida:

    • Adotar uma alimentação equilibrada;
    • Praticar atividade física regular;
    • Manter peso saudável;
    • Reduzir ou evitar bebidas alcoólicas.

    Alguns pacientes podem receber suporte com vitamina E ou medicamentos para controlar colesterol e resistência insulínica.

    Como prevenir gordura no fígado

    A prevenção está ligada a hábitos saudáveis, como:

    • Praticar atividade física;
    • Manter alimentação equilibrada;
    • Controlar obesidade abdominal, pressão alta, diabetes e triglicérides;
    • Realizar consultas médicas periódicas.

    Perguntas frequentes sobre gordura no fígado

    1. Gordura no fígado sempre dá sintomas?

    Não. A maioria dos casos é assintomática e descoberta em exames de rotina.

    2. A gordura no fígado pode virar cirrose?

    Sim. Se não tratada, pode evoluir para esteato-hepatite, fibrose e até cirrose.

    3. O consumo de álcool causa gordura no fígado?

    Não. O consumo excessivo de álcool leva à doença hepática alcoólica, que é diferente. Porém, quem já tem gordura no fígado deve evitar álcool.

    4. Como saber se a gordura no fígado é grave?

    Somente o médico pode avaliar por meio de exames laboratoriais, ultrassom ou biópsia.

    5. Perder peso ajuda no tratamento?

    Sim. A perda de peso gradual e saudável é uma das principais formas de reduzir a gordura hepática.

    6. Crianças podem ter gordura no fígado?

    Sim. Embora mais comum em adultos, também pode ocorrer em crianças com obesidade ou síndrome metabólica.

    7. Existe remédio que cura a gordura no fígado?

    Não. O tratamento é baseado em mudanças de estilo de vida, com possíveis medicamentos de suporte conforme indicação médica.

    Leia também: Alimentação saudável: o que é, benefícios e como ter

  • IMC: o índice avalia o peso, mas não conta toda a história 

    IMC: o índice avalia o peso, mas não conta toda a história 

    No consultório médico, na academia ou em calculadoras online, o IMC (Índice de Massa Corporal) é um dos parâmetros mais usados para avaliar se uma pessoa está dentro do peso considerado saudável, pois relaciona o peso e a altura e classifica em faixas que vão de baixo peso até obesidade grave.

    Apesar de ser prático e útil para identificar riscos em populações, o IMC não é perfeito. Ele não diferencia massa muscular de gordura corporal, por exemplo, o que pode gerar distorções, como no caso de uma pessoa musculosa que aparece como acima do peso ou daquela com aparência magra, mas com alto percentual de gordura.

    Como calcular o IMC?

    É bem fácil fazer a conta:

    IMC = peso (kg) ÷ altura² (m)

    Uma pessoa com 70 kg e 1,70 m de altura, por exemplo, tem IMC de 24,2 kg/m².

    Valores de referência de IMC

    Os valores de referência para adultos são:

    • Abaixo de 18,5: baixo peso
    • 18,5 a 24,9: peso normal
    • 25 a 29,9: sobrepeso
    • 30 a 34,9: obesidade grau I
    • 35 a 39,9: obesidade grau II
    • 40 ou mais: obesidade grau III

    Essa tabela é usada como ferramenta de triagem para riscos ligados ao excesso de peso, como diabetes tipo 2, pressão alta e problemas cardiovasculares.

    Leia mais: Alimentação saudável: o que é, benefícios e como ter

    Limitações: quando ele pode enganar

    Embora seja importante, fácil de calcular e traga uma boa noção de que faixa a pessoa está, o exame tem algumas limitações:

    • Pessoas muito musculosas: o IMC pode apontar sobrepeso ou obesidade, mesmo quando o percentual de gordura é baixo;
    • Falsos magros: pessoas com peso considerado normal podem ter excesso de gordura corporal e baixo percentual de massa magra, o que aumenta o risco metabólico;
    • Diferenças individuais: idade, sexo e etnia influenciam na composição corporal, mas não são considerados no cálculo.

    Por isso, o ideal é que o IMC seja avaliado junto com outros parâmetros, como percentual de gordura, circunferência da cintura e exames laboratoriais.

    Percentual de gordura: por que também importa?

    O percentual de gordura corporal mostra de fato quanto do peso é composto por gordura e quanto corresponde a músculos, ossos e água. Ele pode ser medido com equipamentos como bioimpedância ou dobras cutâneas.

    Uma pessoa pode ter IMC normal, mas percentual de gordura elevado (falso magro). Outra, porém, pode ter IMC de sobrepeso, mas ser muito musculosa e saudável.

    Por isso, especialistas defendem que olhar apenas para o IMC é como ver só a capa do livro, e é preciso avaliar o conteúdo, nesse caso, a composição corporal.

    Obesidade pré-clínica

    A partir de 2025, o diagnóstico da obesidade ganha um olhar mais sofisticado, não só com o IMC. Com base em recomendações científicas, hoje se passou a diferenciar dois estágios da obesidade: pré-clínica e clínica.

    Obesidade pré-clínica

    É o excesso de gordura corporal em pessoas saudáveis, ou seja, ainda sem sinais claros de disfunção metabólica ou física, mas com risco de desenvolver complicações como diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares.

    Obesidade clínica

    É a obesidade que já manifesta impacto funcional em órgãos ou na capacidade de fazer atividades básicas do dia a dia. Essa distinção traz mais sensibilidade ao diagnóstico e permite tomar atitudes preventivas antes que o problema piore.

    Perguntas frequentes

    1. O IMC é confiável?

    Sim, mas é uma medida de triagem. Funciona bem em grandes populações, mas pode falhar em avaliações individuais.

    2. Crianças usam a mesma tabela de IMC?

    Não. Para crianças e adolescentes, existem curvas específicas de crescimento que levam em conta idade e sexo.

    3. O IMC serve para idosos?

    O índice pode não refletir bem a composição corporal em idosos, já que a perda de massa muscular é comum nessa fase da vida.

    4. Percentual de gordura é mais importante que IMC?

    Não é que seja “mais importante”, mas sim mais específico. O ideal é avaliar os dois em conjunto.

    5. Qual percentual de gordura é considerado saudável?

    Depende do sexo, da idade e do quanto de atividade física a pessoa faz, mas em geral:

    • Homens: 10% a 20%
    • Mulheres: 18% a 28%

    6. Só corro riscos se tiver IMC alto?

    Não. Mesmo com IMC normal, fatores como percentual de gordura, colesterol, pressão arterial e estilo de vida também contam muito para a saúde.

    Leia também: 9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia

  • Sabonete íntimo é necessário? Conheça os cuidados e quando usar

    Sabonete íntimo é necessário? Conheça os cuidados e quando usar

    Com embalagens delicadas e promessas de limpeza suave e frescor, o sabonete íntimo é um produto desenvolvido especialmente para a higiene da região vaginal. Normalmente indicado para pessoas com uma pele mais delicada, ele tem uma fórmula pensada para respeitar o pH da área, que é naturalmente mais ácido.

    Mas será que ele é realmente necessário? A vagina, por ser um órgão autolimpante, consegue manter sozinha o seu equilíbrio interno, sem precisar de produtos específicos. Ainda assim, existem situações em que o sabonete íntimo pode ser útil — desde que usado com atenção e alguns cuidados básicos.

    Para que serve o sabonete íntimo?

    O sabonete íntimo é um produto desenvolvido para a higienização da região da vulva, ou seja, a parte externa da genitália feminina. Ele é formulado para ter um pH mais próximo ao da pele dessa área, geralmente entre 4,5 e 5,5, o que ajuda a reduzir irritações em pessoas mais sensíveis.

    De acordo com a ginecologista e obstetra Andrea Sapienza, o sabonete íntimo não deve ser usado internamente, ou seja, no canal vaginal. Isso porque a vagina tem sua própria flora — um conjunto de bactérias e fungos que convivem em equilíbrio, protegendo contra infecções. Quando há lavagens internas, o equilíbrio pode ser quebrado, aumentando o risco de corrimentos e infecções.

    Qual a diferença entre o sabonete íntimo e o sabonete comum?

    Tanto o sabonete íntimo quanto o comum fazem a mesma função, que é limpar a pele, mas existem algumas diferenças importantes entre eles.

    O sabonete comum, especialmente os em barra, costuma ser mais alcalino (pH mais alto) do que o ambiente natural da vulva — e isso faz diferença porque a mucosa da entrada vaginal é delicada e mais sensível ao ressecamento. Com o uso diário de sabonetes tradicionais, algumas pessoas podem sentir coceira ou até pequenas irritações.

    Já o sabonete íntimo foi formulado justamente para minimizar irritações. Ele apresenta um pH levemente ácido (em torno de 4,5 a 5,5), que se aproxima mais do equilíbrio natural da região vaginal. Isso significa que, em mulheres com maior sensibilidade, ele pode contribuir para reduzir incômodos e trazer uma sensação maior de conforto após o banho.

    A textura e a composição também podem ser diferentes. Os sabonetes comuns costumam ter fragrâncias mais fortes, corantes e detergentes que ressecam a pele, enquanto os sabonetes íntimos normalmente são líquidos, mais suaves e com fórmulas pensadas para não agredir a área.

    Leia também: Causas comuns de sangramento fora do período menstrual

    Existem benefícios de usar o sabonete íntimo?

    Os benefícios do sabonete íntimo são relativos. Para quem nunca apresentou irritação com sabonete comum, não existe necessidade de trocar. Ele já é suficiente para higienizar a região.

    No entanto, em casos de desconforto, ressecamento ou pele mais sensível, o sabonete íntimo pode ser uma boa alternativa. Segundo Andrea Sapienza, a suavidade da fórmula ajuda a reduzir incômodos.

    Vale destacar que o sabonete íntimo não previne infecções, nem altera a flora vaginal interna. Ele é apenas um produto complementar de higiene e deve ser usado corretamente.

    Quando o sabonete íntimo pode ajudar?

    Existem situações específicas em que o sabonete íntimo pode trazer maior conforto, como:

    • Sensibilidade cutânea: mulheres que sentem ardência ou ressecamento com sabonete comum;
    • Clima quente: durante o verão, o suor pode aumentar o desconforto na região;
    • Prática de atividades físicas: após exercícios intensos, a sensação de frescor pode ser maior com sabonete íntimo;
    • Pós-menopausa: nessa fase, a pele da região íntima tende a ficar mais ressecada, e sabonetes comuns podem agravar o quadro.

    É importante ressaltar novamente que, para mulheres sem queixas de irritação e desconforto, não há necessidade de usar um sabonete íntimo.

    Como usar sabonete íntimo?

    O sabonete íntimo deve ser usado apenas na parte externa da região genital (vulva), nunca dentro da vagina. Veja como fazer da forma correta:

    • Durante o banho, aplique uma pequena quantidade do sabonete íntimo na mão;
    • Passe suavemente na vulva (parte externa), sem esfregar em excesso;
    • Enxágue bem com água corrente, garantindo que não fiquem resíduos do produto;
    • Por fim, seque delicadamente com uma toalha limpa e macia, sem friccionar.

    Dica: o sabonete íntimo pode ser usado uma vez ao dia, durante o banho. Em excesso, pode causar ressecamento, mesmo sendo formulado para a região genital.

    Pode usar sabonete íntimo durante a menstruação?

    No período menstrual, é comum sentir a necessidade de caprichar na higiene íntima. O sabonete íntimo pode sim ser usado durante a menstruação, mas com moderação.

    A limpeza deve ser feita apenas na parte externa da vulva, pois a região já tem um sistema natural de proteção e não precisa de lavagens internas. O uso de produtos dentro da vagina ou duchas não é recomendado e pode causar um desequilíbrio na flora vaginal — o que aumenta o risco de infecções.

    Durante a menstruação, fatores como o uso de absorventes, o contato constante com o sangue e a transpiração deixam a região mais sensível. Por isso, é suficiente higienizar de forma suave, sem excesso de lavagens ao longo do dia.

    Leia mais: Seu ciclo está bagunçado? Saiba quando a menstruação irregular é sinal de alerta

    Como cuidar da saúde íntima?

    A vagina tem uma flora natural formada por bactérias boas que atuam como uma barreira de defesa, mas esse equilíbrio pode ser afetado por hábitos inadequados. Por isso, incluir alguns cuidados no dia a dia contribui para prevenir infecções, odores desagradáveis e desconfortos. Entre eles, é possível destacar:

    • Higienizar apenas a parte externa da vulva: não é preciso nem indicado lavar a parte interna, pois a vagina já possui um sistema natural de limpeza;
    • Preferir roupas íntimas de algodão: o tecido permite maior ventilação e evita o acúmulo de suor, reduzindo a chance de irritações;
    • Evitar roupas apertadas por longos períodos: peças muito justas aumentam a umidade local e podem facilitar a proliferação de fungos;
    • Trocar absorventes e calcinhas com frequência: manter a região sempre seca e limpa ajuda a evitar infecções;
    • Evitar duchas internas ou produtos perfumados: fragrâncias e substâncias químicas podem causar alergias e desequilibrar a flora vaginal.

    Além das medidas, é importante manter consultas ginecológicas regulares, que ajudam a identificar alterações precocemente, tirar dúvidas sobre higiene íntima e receber orientações específicas para cada fase da vida.

    Perguntas frequentes sobre sabonete íntimo

    1. Posso usar sabonete íntimo todos os dias?

    Sim, você pode usar o sabonete íntimo diariamente, mas sempre com moderação. O ideal é aplicá-lo apenas uma vez por dia, durante o banho. Usar o produto várias vezes ao dia pode ressecar a pele da vulva e até mesmo causar desconfortos.

    2. O sabonete íntimo pode ser usado dentro da vagina?

    Não, ele deve ser aplicado apenas na parte externa da região genital, nunca dentro da vagina. A cavidade vaginal já possui um sistema de autolimpeza eficiente, que mantém bactérias benéficas em equilíbrio.

    Inserir sabonetes, duchas ou qualquer produto interno pode causar desequilíbrio e irritação.

    3. Sabonete íntimo previne infecções?

    Não existem evidências científicas de que o sabonete íntimo possa prevenir infecções vaginais. Na verdade, quando usado de forma incorreta, principalmente em duchas internas ou em excesso, ele pode aumentar o risco de desequilíbrio da flora.

    O que realmente ajuda a prevenir infecções é a manutenção de bons hábitos, como usar roupas íntimas de algodão, evitar calças muito apertadas, trocar absorventes regularmente e ter uma alimentação equilibrada.

    4. Sabonete íntimo pode causar alergia?

    Sim, pode acontecer. Apesar de serem formulados para peles delicadas, alguns sabonetes íntimos contêm fragrâncias, corantes ou outros componentes químicos que podem causar reações alérgicas em pessoas mais sensíveis.

    Os sinais incluem coceira, vermelhidão, ardência ou inchaço. Nesses casos, o uso deve ser suspenso imediatamente e, se os sintomas persistirem, procure um ginecologista ou dermatologista.

    5. Qual o melhor sabonete íntimo?

    O melhor sabonete íntimo é aquele que respeita as características da sua pele e não causa irritação. Prefira fórmulas suaves, sem fragrâncias fortes, hipoalergênicas e com pH balanceado. Evite produtos com excesso de corantes, álcool ou substâncias muito químicas.

    O ideal é sempre testar com moderação no início e observar como seu corpo reage. Em caso de dúvidas, peça orientação ao seu ginecologista.

    Confira: Higiene menstrual: conheça os principais cuidados durante o ciclo

  • Como montar um prato saudável para todas as refeições? 

    Como montar um prato saudável para todas as refeições? 

    Quando o assunto é boa alimentação, é comum ter dúvidas de como montar um prato saudável. Afinal, ele precisa garantir energia, saciedade e todos os nutrientes que o corpo precisa ao longo do dia. E isso vale para todas as refeições — do café da manhã ao jantar, passando pelos lanches e até as bebidas que acompanham a comida.

    Na verdade, isso é mais simples do que parece: o segredo está em organizar bem os grupos alimentares, variar os ingredientes e dar preferência a alimentos in natura ou minimamente processados. Para esclarecer como aplicar isso na prática do dia a dia, conversamos com a nutróloga Flávia Pfeilsticker. Confira!

    O que significa ter um prato saudável?

    Um prato saudável e equilibrado é aquele que fornece ao corpo os nutrientes necessários na medida certa. Não existe alimento sozinho capaz de suprir tudo o que precisamos, logo, a base está na combinação.

    Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, a base da alimentação deve ser formada por alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, legumes, verduras, grãos, tubérculos, ovos, carnes, peixes e leite. Os alimentos devem ser combinados de maneira que ofereçam todos os nutrientes que o corpo precisa:

    • Carboidratos complexos: arroz integral, batata, mandioca, inhame, milho, pães e massas integrais;
    • Proteínas: feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha, ovos, carnes magras, frango, peixe;
    • Verduras e legumes: fonte de vitaminas, minerais e fibras;
    • Frutas: ricas em fibras, vitaminas e antioxidantes;
    • Gorduras boas: azeite de oliva, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas) e sementes (linhaça, chia, gergelim).

    “O equilíbrio vem não só da quantidade, mas também da qualidade dos alimentos escolhidos: carboidratos preferencialmente integrais, proteínas magras, gorduras boas e uma boa dose de vegetais coloridos”, complementa a nutróloga Flávia Pfeilsticker.

    É possível montar um prato saudável sem gastar muito?

    De acordo com Flávia, é totalmente possível montar um prato saudável com alimentos acessíveis e baratos. “Arroz, feijão, ovos, hortaliças da estação, frutas simples como banana e laranja, e azeite em pequenas quantidades já formam a base de uma alimentação nutritiva. A chave está em variar os alimentos ao longo da semana e evitar ultraprocessados”, explica a especialista.

    Na prática, isso significa apostar nos alimentos do dia a dia, comuns na mesa dos brasileiros, que são nutritivos e geralmente mais baratos. Comprar em feiras, sacolões e escolher produtos da safra ajuda a gastar menos e ainda garante variedade no prato.

    Confira: Qual a diferença entre nutricionista e nutrólogo?

    Como montar um prato saudável nas refeições?

    Café da manhã

    O café da manhã é considerado por muitos a refeição mais importante do dia, porque repõe a energia depois de horas de jejum. Quem costuma pular a refeição pode sentir queda de energia, dificuldade de concentração e fome exagerada ao longo do dia.

    Ele não precisa ser grande ou cheio de produtos industrializados, mas deve incluir carboidratos, proteínas e gorduras boas, presentes em alimentos como:

    • Pães integrais, aveia, tapioca, cuscuz;
    • Ovos mexidos, queijo branco, iogurte natural;
    • Banana, mamão, abacaxi, morango;
    • Castanhas, sementes ou um fio de azeite no pão.

    Almoço

    O almoço costuma ser a refeição mais completa do dia, fornece energia para a segunda metade do dia e, muitas vezes, concentra a maior variedade de alimentos. Para organizar o prato de forma prática e saudável, existe uma técnica bem simples, conhecida como “prato saudável”.

    A ideia é dividir visualmente o prato em quatro partes, garantindo equilíbrio entre nutrientes:

    • ½ do prato com vegetais: verduras e legumes crus ou cozidos, como alface, tomate, cenoura, abobrinha e brócolis;
    • ¼ do prato com proteínas: frango, peixe, carne magra, ovos ou leguminosas como feijão, lentilha e grão-de-bico;
    • ¼ do prato com carboidratos de qualidade: arroz integral, batata, mandioca, macarrão integral, quinoa.

    De acordo com Flávia, as gorduras devem estar presentes em pequenas quantidades, mas diariamente, por meio de fontes saudáveis. A divisão é simples, mas traduz o equilíbrio entre carboidratos, proteínas e gorduras.

    Outra dica interessante é apostar em temperos naturais! “Alho, cebola, ervas frescas, cúrcuma, gengibre e especiarias não só dão sabor como também oferecem compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, reduzindo a necessidade de excesso de sal e melhorando a qualidade da refeição”, complementa a nutróloga.

    Jantar equilibrado

    O jantar deve ser mais leve que o almoço, mas sem deixar de ser nutritivo. Ele pode seguir a mesma lógica do almoço, só que com porções menores e ingredientes mais fáceis de digerir, como:

    • Verduras e legumes: saladas variadas, sopas, refogados;
    • Carboidratos leves: arroz integral, batata-doce, inhame, cuscuz, quinoa;
    • Proteínas magras: frango desfiado, peixe, ovos, tofu.

    É importante evitar frituras, carnes gordurosas e refeições muito pesadas à noite, porque dificultam a digestão e atrapalham o sono.

    Lanches equilibrados

    Com a rotina corrida, é comum recorrer a salgadinhos, biscoitos recheados e refrigerantes durante os lanches, mas é possível ter opções práticas e e um prato mais saudável para incluir entre as refeições, como:

    • Frutas com oleaginosas, como banana e castanhas, maçã e amendoim torrado;
    • Iogurte natural com aveia, granola ou mel;
    • Sanduíche natural: pão integral com queijo branco e tomate;
    • Pipoca caseira: feita na panela, com pouco óleo e sal.

    Uma dica é ter sempre algumas opções à mão. Carregar uma fruta ou um mix de castanhas na bolsa evita recorrer a alimentos ultraprocessados.

    Quais bebidas posso tomar durante a refeição?

    Água deve ser sempre a primeira escolha, seguida de sucos naturais sem açúcar e chás não adoçados, como camomila ou hortelã. Durante as principais refeições, o ideal é consumir pequenas quantidades de líquidos, já que o excesso pode atrapalhar a digestão e até aumentar a ingestão calórica.

    Vale também ficar atento ao que evitar: refrigerantes, bebidas alcoólicas, sucos industrializados e outras opções ricas em açúcar.

    Leia também: Alimentação saudável: o que é, benefícios e como ter

    Erros mais comuns ao montar um prato saudável

    Alguns deslizes no dia a dia podem comprometer a qualidade da refeição, como:

    • Exagerar em um grupo alimentar, normalmente carboidratos;
    • Deixar de lado os vegetais;
    • Usar proteínas em excesso;
    • Consumir muito pouco;
    • Uso excessivo de frituras e temperos industrializados.

    De acordo com a nutróloga Flávia Pfeilsticker, um erro frequente é acreditar que saudável é sinônimo de restrição — quando, na verdade, equilíbrio significa diversidade e moderação.

    “Manter uma alimentação equilibrada é essencial para a prevenção de doenças e para o bom funcionamento do organismo. Uma dieta adequada ajuda a controlar peso, glicemia, colesterol, pressão arterial e até processos inflamatórios. Além disso, fornece energia de forma estável ao longo do dia, melhora o sistema imunológico e reduz o risco de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares”, finaliza a especialista.

    Perguntas frequentes sobre prato saudável

    Preciso comer salada em todas as refeições?

    Não é obrigatório em todas, mas é altamente recomendado. Verduras e legumes fornecem fibras, vitaminas e minerais essenciais que ajudam na digestão e na prevenção de doenças. Mesmo no café da manhã e nos lanches, é possível incluir vegetais em omeletes, sucos verdes ou até sanduíches naturais.

    Qual é a importância do arroz com feijão?

    O arroz com feijão é uma das combinações mais completas da alimentação brasileira. Enquanto o arroz fornece carboidratos e alguns aminoácidos, o feijão complementa com proteínas, fibras e ferro. Juntos, formam uma refeição que sustenta, é acessível e tem alto valor nutricional, sendo reconhecida como base saudável pelo próprio Guia Alimentar para a População Brasileira.

    Preciso cortar carboidratos para ter uma alimentação saudável?

    Não. Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo e não devem ser cortados sem necessidade. O que importa é escolher versões de melhor qualidade, como arroz integral, batata-doce, mandioca ou aveia, e equilibrar a quantidade no prato. Cortar carboidratos por completo pode levar à falta de energia e até a desequilíbrios nutricionais.

    Frutas entram no prato equilibrado ou só como sobremesa?

    As frutas podem ser consumidas como parte da refeição (em saladas, acompanhando pratos salgados ou até em preparações culinárias) ou como sobremesa natural, substituindo doces industrializados.

    O importante é que elas estejam presentes diariamente, já que fornecem fibras, vitaminas e antioxidantes que ajudam a fortalecer o sistema imunológico, proteger as células contra o envelhecimento precoce e melhorar o funcionamento do intestino.

    Preciso comer sempre no mesmo horário?

    Não é obrigatório ter horários fixos para comer, mas ter regularidade ajuda o corpo a manter um ritmo saudável. Pular refeições pode levar a exageros mais tarde.

    O ideal é respeitar a fome e evitar grandes intervalos sem comer, priorizando três refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e lanches leves se necessário.

    É melhor cozinhar em casa ou comprar pronto?

    Sempre que possível, cozinhar em casa é a melhor escolha. Além de mais econômico, permite controlar ingredientes e reduzir o uso de sal, açúcar, óleos e temperos industrializados. Refeições caseiras também mantêm a tradição cultural e fortalecem os laços entre a família.

    Quais temperos são mais saudáveis para usar no dia a dia?

    Prefira temperos naturais, como alho, cebola, ervas frescas (coentro, salsinha, manjericão), pimentas, açafrão e gengibre. Eles realçam o sabor e trazem benefícios à saúde. Já temperos prontos, como caldos em cubo ou molhos industrializados, são ricos em sódio e aditivos e devem ser evitados.

    Existe uma quantidade ideal de frutas por dia?

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de pelo menos cinco porções de frutas e vegetais por dia. Isso pode ser alcançado, por exemplo, com duas a quatro porções de frutas e o restante de vegetais distribuídos ao longo das refeições.

    Isso ajuda a garantir uma boa ingestão de fibras, vitaminas e minerais essenciais, que atuam na prevenção de doenças crônicas, fortalecem a imunidade e contribuem para o bom funcionamento do intestino.

    Leia mais: 10 alimentos para aumentar a imunidade (e como incluir na dieta)

  • Energia no pré-treino: veja ideias de refeições rápidas para quem treina cedo 

    Energia no pré-treino: veja ideias de refeições rápidas para quem treina cedo 

    Treinar logo cedo exige energia disponível, mas muitas vezes o tempo e o apetite reduzido pela manhã dificultam a escolha da refeição adequada, então o ideal é escolher refeições rápidas. Comer algo antes da atividade física pode ajudar na performance e na recuperação, mas não é algo indispensável, já que muitos treinam em jejum.

    “Quem treina logo cedo não precisa obrigatoriamente comer antes”, enfatiza a nutricionista Serena Del Favero. Segundo ela, tudo depende do objetivo, do tipo de treino e da individualidade.

    Café da manhã pré-treino: o que priorizar?

    A especialista explica que, no café da manhã pré-treino, os carboidratos devem ser a base, já que fornecem combustível imediato (energia) para os músculos, garantindo disposição e intensidade no treino.

    Além disso, as proteínas entram como suporte para reduzir a degradação muscular e fornecer aminoácidos que serão usados no processo de recuperação e síntese proteica após o exercício.

    E as gorduras? Segundo a especialista, elas devem aparecer em pequenas quantidades. “Elas ajudam na saciedade, mas em excesso podem atrasar a digestão”.

    Exemplos de refeições rápidas para quem treina cedo

    Quando o treino acontece cedo, a praticidade é muito importante, por isso refeições rápidas são ideais. A especialista sugere opções leves e equilibradas, que fornecem carboidratos de boa qualidade e proteínas de fácil digestão:

    • Banana com aveia e mel;
    • Iogurte natural com fruta picada;
    • Pão integral com queijo branco ou ovo;
    • Vitamina de fruta com leite ou bebida vegetal;
    • Shake de whey protein com banana;
    • Tapioca recheada com ovo ou frango desfiado;
    • Iogurte com granola.

    Essas combinações ajudam a manter energia sem causar desconforto, sendo ajustáveis conforme o tempo disponível antes do treino.

    Treinar cedo em jejum ou alimentado?

    Quem treina pela manhã pode optar por treinar em jejum caso não consiga fazer uma refeição logo cedo. “A escolha entre treinar alimentado ou em jejum depende do objetivo, da intensidade do treino e da tolerância individual”, diz a nutricionista.

    Treinar em jejum pode ser viável em treinos leves a moderados ou para pessoas bem adaptadas, já que o corpo utiliza estoques de glicogênio e gordura como energia.

    “Porém, em treinos intensos de força ou sessões longas, o jejum pode comprometer a performance e aumentar a degradação muscular”.

    Pessoas que preferem treinar em jejum devem dar uma atenção maior à última refeição do dia anterior, já que esse acaba sendo o seu pré-treino. Nesses casos, é importante fazer refeições completas, com boas fontes de proteínas, carboidratos e gorduras boas.

    Pré-treinos líquidos podem ser a solução

    Se você não gosta de treinar em jejum, mas também não se sente confortável em comer algo, os pré-treinos líquidos são uma ótima alternativa, já que são de fácil digestão.

    “Smoothies, shakes proteicos com fruta ou iogurte batido são boas alternativas, garantindo energia e aminoácidos de forma prática”.

    Apenas evite nesse momento ingerir gorduras e fibras, mesmo que seja apenas uma refeição líquida. Segundo a especialista, ambos podem retardar o esvaziamento gástrico e causar desconforto durante o exercício.

    Leia também: Abdominais para perder barriga? Saiba o que realmente funciona

    Treino sem queda de energia

    Manter a energia no treino não depende apenas do tipo de alimento. Em treinos curtos, apenas a alimentação pré-treino com boas fontes de carboidratos pode ser suficiente.

    “Em sessões mais longas ou intensas, porém, pode ser necessário incluir reposição durante o exercício para garantir energia contínua e evitar queda de desempenho”, fala a especialista.

    Corredores de longas distâncias, por exemplo, costumam usar géis de carboidrato durante os treinos para manter a energia alta. Mas isso só é realmente necessário em treinos muito longos, o que não costuma ser a recomendação geral para a maioria das pessoas.

    Como resume a nutricionista, o segredo está no equilíbrio: escolher alimentos leves, ricos em carboidratos e proteínas, evitando exageros que atrapalhem a digestão. Assim, mesmo com pouco tempo pela manhã, é possível garantir energia, preservar a massa muscular e manter a qualidade do treino.

    Perguntas frequentes

    1. Preciso sempre comer antes de treinar cedo?

    Não. Quem tolera bem o jejum pode treinar sem comer, especialmente em treinos leves. Mas, para treinos de força e intensidade, um pré-treino, mesmo que leve, é recomendado. Aposte nas refeições rápidas.

    2. Como equilibrar os macronutrientes no café da manhã pré-treino?

    A base deve ser carboidratos, acompanhados de proteína magra. A gordura é dispensável nesse momento.

    3. Quais refeições rápidas funcionam melhor no pré-treino?

    Banana com aveia, iogurte com fruta, pão integral com ovo ou queijo, shake de proteína, tapioca com frango ou ovo.

    4. O que fazer se não tenho apetite de manhã?

    Pré-treinos líquidos, como shakes ou smoothies, são boas opções. O jantar do dia anterior também precisa ser reforçado, principalmente para quem treina em jejum.

    5. É melhor escolher comida sólida ou líquida?

    Depende da tolerância e do tempo disponível. As sólidas saciam mais, mas demoram a digerir; líquidas são práticas e rápidas. Ambas podem cumprir o papel, desde que os macronutrientes estejam em equilíbrio.

    6. Como evitar desconfortos gastrointestinais?

    Optando por refeições leves e evitando alimentos ricos em gordura e fibras antes do treino.

    Leia também: 10 alimentos para aumentar a imunidade (e como incluir na dieta)