Autor: Dra. Juliana Soares

  • Infarto x angina: entenda a diferença entre os dois problemas no coração 

    Infarto x angina: entenda a diferença entre os dois problemas no coração 

    A dor no peito é um dos sintomas que mais assustam e fazem as pessoas correrem para o pronto-socorro. E não é à toa, afinal, essa dor pode estar relacionada a um infarto, uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Mas nem sempre o coração está em colapso. Em muitos casos, trata-se de angina, um aviso de que o músculo cardíaco está sofrendo por falta de oxigênio, condição que também precisa de atenção médica.

    Enquanto a angina funciona como um alerta e indica que há obstrução parcial das artérias, o infarto acontece quando o bloqueio é tão intenso que parte do músculo cardíaco começa a morrer.

    O que é a angina?

    A angina é uma dor ou desconforto no peito causado pela redução temporária do fluxo de sangue para o coração. Normalmente surge em situações de esforço físico, estresse ou emoções intensas. A angina tem algumas características:

    • A dor costuma durar poucos minutos e melhora com repouso;
    • Pode irradiar para braço, pescoço, costas ou mandíbula;
    • Pode indicar a presença de placas de gordura (aterosclerose) nas artérias coronárias.

    A angina não é um infarto, mas mostra que o coração já está sofrendo e precisa de investigação médica.

    O que é o infarto?

    O infarto agudo do miocárdio ocorre quando uma artéria do coração é bloqueada totalmente e impede que o sangue chegue a uma parte do músculo cardíaco. Sem o sangue que fornece oxigênio, as células daquela região começam a morrer.

    • A dor é mais intensa e prolongada, não melhora apenas com repouso;
    • A pessoa também pode sentir falta de ar, suor frio, náusea e sensação de desmaio;
    • É uma emergência médica grave, que exige atendimento imediato para reduzir o risco de morte.

    Leia mais: Dor no peito: aprenda a diferenciar quando é um problema do coração

    Principais diferenças entre angina e infarto

    Característica Angina Infarto
    Causa Redução temporária do fluxo de sangue Bloqueio total de uma artéria
    Dor Surge por causa de esforço/estresse, dura minutos Intensa, prolongada, mesmo em repouso
    Alívio Melhora com repouso ou medicamentos Não melhora com repouso
    Gravidade É um sinal de alerta e o médico precisa ser avisado É uma emergência com risco de morte

    Quando procurar ajuda?

    Em qualquer situação de dor no peito, é importante não ficar esperando para ver se melhora. Na dúvida, procure atendimento médico imediato, especialmente se a dor vier acompanhada de sintomas como falta de ar, suor frio, tontura ou náusea. O diagnóstico precoce de infarto pode salvar vidas.

    Perguntas frequentes sobre infarto e angina

    1. A angina pode virar infarto?

    Sim. A principal causa de angina é o depósito de placas de gordura nas artérias (aterosclerose). Se não tratada a tempo, a obstrução da artéria pode causar infarto.

    2. Existe diferença na dor da angina e do infarto?

    Sim. A angina costuma durar poucos minutos e melhorar com repouso, já o infarto pode causar dor mais intensa e prolongada, que não passa sem tratamento.

    3. Quem tem angina precisa de cirurgia?

    Nem sempre. O tratamento pode incluir remédios, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, procedimentos como cateterismo ou ponte de safena.

    4. O que fazer se a dor no peito aparecer em casa?

    Ligue imediatamente para o serviço de emergência (192) e evite dirigir sozinho para o hospital.

    5. Mulheres têm sintomas diferentes de infarto?

    Sim. Nas mulheres, os sinais podem ser menos típicos, como falta de ar, cansaço intenso, dor no estômago ou náusea.

    6. Quem já teve angina precisa de acompanhamento para sempre?

    Sim. A angina indica doença arterial coronariana, que é crônica e requer acompanhamento contínuo para evitar complicações.

    Leia mais: Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca

  • Vitamina B12: o que é, para que serve e como identificar carência ou excesso 

    Vitamina B12: o que é, para que serve e como identificar carência ou excesso 

    Pouca gente pensa nela no dia a dia, mas a vitamina B12 é uma daquelas substâncias que fazem diferença em quase tudo no corpo. Do sangue ao cérebro, do metabolismo à energia, ela atua em processos vitais sem os quais não estaríamos funcionando direito. Quando falta, os sintomas podem ir muito além do cansaço: envolvem anemia, memória e muitas outras coisas.

    Apesar da importância, ainda há muita confusão sobre o tema. Será que só quem não come carne precisa se preocupar? É uma vitamina “milagrosa” para melhorar a memória? E será que o excesso pode fazer mal?

    As respostas não são tão simples quanto parecem, e entender o papel da B12, onde encontrá-la e como manter os níveis adequados é bem importante para a saúde em qualquer idade. Entenda mais.

    O que é a vitamina B12 e por que ela importa

    A vitamina B12, também chamada cobalamina, é uma vitamina solúvel em água e importante para tarefas essenciais no corpo:

    • Participa da formação de glóbulos vermelhos, e evita anemia por falta de vitamina B12;
    • Ajuda na saúde do sistema nervoso, pois mantém as células nervosas e suas respectivas capas protetoras (mielina);
    • Age na síntese de DNA e no metabolismo das células.

    Diferentemente de muitas vitaminas, nosso corpo consegue armazenar B12 no fígado, de modo que os estoques geralmente demoram até anos para se esgotar se a ingestão for interrompida.

    Benefícios comprovados da vitamina B12

    Quando os níveis de B12 estão adequados, observam-se benefícios como:

    • Produção saudável de sangue e prevenção de anemia macrocítica;
    • Manutenção da função neurológica, como equilíbrio, sensibilidade e memória;
    • Apoio para a energia celular em processos metabólicos;
    • Proteção do DNA e papel na regeneração celular.

    Sintomas da deficiência de vitamina B12

    A falta de B12 pode causar vários sinais, sendo que muitos deles são silenciosos no início:

    • Cansaço excessivo (fadiga persistente), um dos primeiros sintomas relatados;
    • Palidez, fraqueza e falta de ar, por conta da anemia macrocítica;
    • Formigamento, dormência nas mãos e pés; dificuldade de caminhar ou equilíbrio alterado;
    • Confusão mental, perda de memória, alterações cognitivas ou emocionais;
    • Outras manifestações, como língua inchada ou sensível, alterações de humor, dores musculares e digestão alterada.

    Se a deficiência for prolongada, alguns prejuízos neurológicos podem se tornar irreversíveis, por isso é importante ficar atento aos sintomas e consultar um médico quando necessário.

    Riscos do excesso de vitamina B12

    Embora seja raro, o excesso de B12 pode acontecer, especialmente por quem faz suplementação sem acompanhamento médico ou nutricional. Os possíveis sintomas de excesso de B12 são:

    • Erupções cutâneas, coceira ou reações alérgicas;
    • Náuseas, desconforto abdominal, vômitos ou diarreia;
    • Fadiga, fraqueza corporal.

    Felizmente, o organismo costuma eliminar o excesso de B12 pela urina em muitos casos, o que torna a hipervitaminose menos comum.

    Onde encontrar vitamina B12 (alimentos e fontes)

    A vitamina B12 é encontrada essencialmente em alimentos de origem animal. Algumas fontes ricas são:

    • Fígado bovino, carne vermelha, vísceras;
    • Carne de frango e ovos;
    • Peixes, frutos do mar (ostras, mariscos);
    • Leite, queijos e outros laticínios;
    • Alimentos fortificados (em alguns cereais, produtos vegetais fortificados).

    Para quem segue dietas veganas ou vegetarianas estritas, é comum precisar recorrer a alimentos fortificados ou à suplementação, mas sempre com orientação médica ou nutricional.

    Níveis ideais e diagnóstico

    A vitamina B12 é mensurada por meio de exame de sangue e os valores de referência podem variar entre laboratórios, mas uma faixa comum de normalidade é: entre aproximadamente 200 e 900 pg/mL.

    • Valores abaixo de aproximadamente 200 pg/mL sugerem deficiência significativa;
    • Valores entre 200–300 pg/mL são considerados uma “zona limite” e, nesses casos, alguns exames complementares podem ser solicitados pelo médico para confirmar a deficiência (como ácido metilmalônico ou homocisteína);
    • Valores acima de 900 pg/mL podem indicar excesso ou necessidade de investigação de outras causas.

    Se o nível de B12 estiver baixo, o médico ou nutricionista pode pedir exames adicionais para investigar absorção.

    Veja também: Proteína para ganhar massa muscular: veja quanto você precisa por dia

    Suplementação: quando e como fazer

    A suplementação de B12 só deve ser feita com indicação médica ou de nutricionista, após diagnóstico de deficiência ou necessidade específica.

    As formas de suplementação são:

    • Oral: doses elevadas de cianocobalamina ou outros compostos podem ser usados quando o trato digestivo ainda absorve;
    • Injeções (intramuscular ou subcutânea): em casos de má-absorção, lesão gástrica ou deficiência grave;
    • Spray nasal ou outras vias especiais: para quem não tolera comprimidos ou tem restrições digestivas.

    A dose utilizada varia conforme a gravidade da deficiência, a causa da deficiência e o paciente individualmente. É importante saber que interromper a suplementação ou ajustar a dose sem supervisão médica pode causar problemas ou mascarar outras doenças.

    Como prevenir a deficiência de vitamina B12

    • Consumir regularmente alimentos de origem animal ou produtos fortificados;
    • Fazer check-ups periódicos, especialmente em populações de risco (idosos, veganos, pós-cirurgias gástricas);
    • Evitar uso prolongado e sem acompanhamento de medicamentos que interfiram na absorção (inibidores de bomba de prótons, metformina);
    • Tratar doenças digestivas ou condições que prejudiquem absorção intestinal.

    Perguntas frequentes sobre vitamina B12

    1. A deficiência de vitamina B12 dá sinais claros, mesmo sem fazer exame?

    É possível suspeitar por sinais como fadiga constante, formigamentos, palidez, alterações de memória ou humor. Mas somente o exame de sangue pode confirmar.

    2. Um valor de 250 pg/mL é “normal”?

    Está num limbo, ou seja, nem claramente baixo, nem alto. Exames complementares podem ajudar o médico a entender se é normal ou não.

    3. Tomar suplemento de B12 engorda?

    Não. A B12 não é uma vitamina que acumula calorias e nem causa ganho de peso.

    4. Quem mais precisa monitorar B12?

    Veganos estritos, pessoas idosas, pacientes com doenças gástricas ou intestinais, após cirurgia bariátrica, uso de determinados medicamentos.

    5. Se estiver tomando multivitamínico com B12, preciso de mais?

    Depende. A dose presente no multivitamínico pode ser suficiente para manter níveis normais, mas não para corrigir deficiência. Avaliação médica é importante para entender se há deficiência ou excesso.

    6. Excesso de B12 é perigoso?

    Em geral, o corpo elimina o excesso. Mas níveis muito altos por suplementação inadequada ou doenças subjacentes devem ser investigados por médico.

    Leia também: Compulsão alimentar ou exagero pontual? Entenda as diferenças e quando procurar ajuda profissional

  • Ela perdeu 25 kg: ‘Minha relação com o corpo e saúde antes do emagrecimento era das piores’

    Ela perdeu 25 kg: ‘Minha relação com o corpo e saúde antes do emagrecimento era das piores’

    Mudar de vida nunca é simples: exige coragem, persistência e dedicação. Foi exatamente assim com Suzane Nascimento, advogada de 35 anos, que durante anos conviveu com o sedentarismo, o tabagismo e hábitos alimentares desregrados até perceber que sua saúde estava em risco. Hoje, depois de um longo processo, ela celebra não apenas um corpo transformado, mas uma nova relação consigo mesma.

    “A minha relação com o meu corpo e a minha saúde antes do emagrecimento era das piores. Eu não era uma pessoa que me preocupava muito com isso, além de ser fumante. Eu fui fumante durante 15 anos e decidi parar de fumar logo quando comecei esse processo de perda de peso”, conta.

    O ponto de virada para a perda de peso

    Uma cena aparentemente banal foi o gatilho para Suzane repensar sua vida.

    “Eu fui ao parque com meu cachorro, com o meu noivo na época, e andei do estacionamento para dentro do parque. Era janeiro e fiquei muito cansada e suando muito. Até então eu honestamente nem lembro se tinha me pesado, mas lembro que aquilo me preocupou bastante. Aí resolvi, naquele mês de janeiro ou fevereiro, procurar um médico. Achei que aquilo não estava muito certo”.

    Mais do que o incômodo físico, o episódio trouxe uma sensação de alerta. Ela procurou um especialista, começou a prestar atenção ao corpo e, pela primeira vez, encarou a balança com seriedade. Decidiu então iniciar uma mudança radical: parou de fumar, contratou uma nutricionista, voltou para a academia e ajustou toda a rotina.

    “Eu mudei tudo ao mesmo tempo porque, para mim, não ia funcionar se eu fizesse as coisas aos poucos. Então foi superdifícil, obviamente. Mas se eu tivesse feito de outro jeito, não teria conseguido”.

    Essa decisão exigiu disciplina desde o início, mas também coincidiu com um desafio emocional inesperado. Durante o processo de emagrecimento, seu noivo foi diagnosticado com leucemia.

    “Pensei que eu poderia me afundar ou eu poderia pegar a tristeza que eu estava sentindo e focar em alguma coisa que fizesse bem para mim. Foi quando foquei ainda mais na academia”.

    Apoio da terapia e da psiquiatria para a mudança de hábitos

    O processo não foi apenas físico, focado apenas na perda de peso. Para dar conta da carga emocional e da mudança de hábitos, Suzane buscou ajuda psicológica e médica.

    “Fiz terapia para poder processar tudo isso da melhor forma e tive tratamento psiquiátrico”, lembra. No início do processo ela usou medicamentos para poder passar por essa fase.

    “Me ajudou muito. Eu era contra esse tipo de uso de medicamento, até mesmo os psiquiátricos de ansiedade e depressão, mas percebi que são mecanismos que ajudam a gente a chegar no objetivo e a melhorar”.

    Ela conta que, em primeiro lugar, começou a fazer terapia e depois buscou ajuda psiquiátrica. “Isso me fez entender que os medicamentos iam me ajudar ainda mais no processo e contribuíram muito para enfrentar a doença do meu noivo sem voltar para os velhos hábitos”, recorda.

    Reaprendendo a comer

    Uma das mudanças mais difíceis foi ter uma alimentação equilibrada. Suzane conta que cresceu com o chamado “paladar infantil”, muito ligado a frituras, doces e fast-food.

    “Eu sempre adorei fritura, fast-food e comidas de criança mesmo. Foi um processo difícil sair disso para escolher uma alimentação saudável”, conta.

    Para não se perder na rotina, adotou estratégias práticas:

    • Fazer marmitas e congelar refeições para não cair em desculpas após o trabalho;
    • Reservar parte do domingo para cozinhar toda a semana;
    • Comer em casa antes de ir a festas ou churrascos, evitando exageros.

    “No começo tive que cortar drasticamente as coisas que eu gostava para poder me acostumar com alimentação saudável. Hoje a minha relação com a comida é completamente diferente”, conta.

    “Mesmo fora de casa, sempre opto por refeições saudáveis. Coloco legumes e salada primeiro no prato, depois proteína, um pouco de arroz e feijão. Isso aprendi com o tempo, consultando nutricionista e mudando a alimentação”.

    Leia também: Como montar um prato saudável para todas as refeições?

    A disciplina nos treinos

    A rotina de exercícios se tornou a base da transformação de Suzane. “Às vezes acordo às 4h50 da manhã para treinar, porque a estratégia que funciona comigo é treinar cedo. Sei que o resto do dia pode dar errado, mas já garanti meu treino. A sensação do pós-treino é o que me motiva”.

    Suzane treina musculação seis vezes por semana, corre de quatro a cinco vezes e, às vezes, inclui pilates. “Descanso só no domingo. Quando estou animada vou ao parque correr, mas geralmente domingo é pra não fazer nada”, fala.

    Ela comenta que o desânimo às vezes faz parte do percurso. “Tem hora que você quer desistir de tudo, comer um McDonald’s e não acordar cedo para treinar. Mas vou falar: os resultados, quando aparecem, viram um vício. No começo é muito difícil, demora para ver, mas quando começam a aparecer, viram motivação”.

    Mais que estética: saúde física, mental e emocional

    Suzane conta que, para o processo de emagrecimento, teve que passar por mudanças em todas as esferas possíveis: físicas, mentais e emocionais.

    “Foi um conjunto. Do mesmo jeito que é um conjunto para chegar nos objetivos. Não dá para trabalhar só uma coisa. Se você não cuida da mente, não cuida do corpo. Eu não acho que funciona escolher só uma coisa. Para mim não funciona. Preciso fazer tudo de uma vez. Se fosse aos poucos, eu desistiria”.

    Essa visão integrada também foi o que a manteve longe do cigarro, mesmo em momentos de grande dor.

    “Quando meu noivo ficou doente, eu tinha uns quatro, cinco meses de processo, já tinha parado de fumar. Pensei: ‘se eu não voltar a fumar nesse momento, nunca mais volto’. E realmente não voltei”.

    Para isso, ela passou a focar ainda mais nas coisas que faziam bem sem se vitimizar.

    “Foi a melhor coisa que fiz. No final, não pude salvá-lo, mas fiquei bem comigo mesma. Poderia ter perdido tudo: autoestima, emprego, um monte de coisa. Ele não estaria aqui de qualquer forma, mas eu teria que recomeçar do zero. Então decidi minimizar esses impactos”.

    Conquistas e próximos objetivos

    O processo já dura mais de três anos e rendeu resultados expressivos: perda de cerca de 25 quilos de gordura e ganho de massa magra.

    “Não é uma coisa de meses. Ainda tenho gordura pra perder. Vou no meu tempo, respeitando meu corpo e meus limites, pois tenho muita coisa pra conquistar ainda. Não cheguei no meu objetivo. Sempre preciso ter uma meta pra não desistir. Quando melhoro uma coisa, coloco na cabeça que preciso melhorar outra”.

    Ela conta que, parte do processo, é sempre buscar algo para melhorar.

    “O corpo, a mente e o físico nunca vão estar num limite de dizer: ‘estou bem’. Às vezes até chega perto, mas é importante manter a melhor versão e não desistir. Os hábitos bons, quando a gente aprende, não quer largar. Quem entra nisso e vê os benefícios que traz para o dia a dia não desiste”.

    Conselho de quem viveu na pele

    Ao olhar para trás, Suzane faz questão de destacar a importância da paciência e da persistência. Vai ter desânimo, vontade de desistir, mas os resultados vêm!

    “Meu conselho para quem está começando é: não desistir. É um processo difícil, mudar hábitos não é fácil. Mas uma coisa eu garanto: uma vez que você começa e se dedica, só vai ter benefícios”.

    Ela lembra que orientação profissional é sempre importante no processo, principalmente com relação ao acompanhamento nutricional. Mas, para começar, basta força de vontade!

    “Há métodos como aplicativos de treino que já ajudam muito. Antes de ter personal trainer, comecei o processo usando treinos prontos ou com ajuda de professores de academias de rede. Já perdi uns 10 quilos assim”.

    “Para quem está começando, digo: continue, tenha paciência, porque os resultados vêm e, quando vêm, é a melhor sensação do mundo. Esse é meu conselho”.

    Benefícios do emagrecimento para a saúde

    A cardiologista Juliana Soares, que integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein, explica que buscar e manter um peso saudável vai muito além da estética: é um investimento na saúde. O excesso de peso está associado a maior risco de pressão alta, diabetes tipo 2, colesterol alto e doenças cardiovasculares.

    Ao emagrecer de forma equilibrada, com acompanhamento profissional, o corpo reduz a sobrecarga sobre o coração, melhora a circulação, controla melhor a glicose no sangue e diminui a inflamação crônica que prejudica o organismo.

    Do ponto de vista cardiovascular, a perda de peso pode ajudar a regular a pressão arterial, reduzir o risco de infarto e AVC e melhorar a função do coração.

    Além disso, estar em um peso saudável significa ter mais disposição para atividades físicas, melhor qualidade do sono e mais bem-estar. Em resumo: emagrecer com saúde significa ganhar qualidade e expectativa de vida.

    *Cada caso é único. Consulte sempre um médico.

    Leia também: ‘Acordava com a sensação de que não conseguia respirar’: o relato de quem convive com ansiedade

  • 12×8 já não é normal: nova diretriz muda o que entendemos por pressão alta 

    12×8 já não é normal: nova diretriz muda o que entendemos por pressão alta 

    Se você sempre considerou 12×8 como pressão normal, essa ideia pode estar mudando. A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025 revisitou as faixas de pressão e agora classifica 120/80 mmHg como pré-hipertensão, isto é, uma zona de alerta onde se espera que ações preventivas sejam intensificadas antes que a pressão suba de fato.

    Essa redefinição busca identificar mais cedo quem está em risco de evoluir para pressão alta e ajuda a estimular intervenções, como ajustes no estilo de vida, antes que danos mais sérios apareçam.

    O que mudou com a nova diretriz?

    A diretriz agora considera que valores de pressão arterial sistólica entre 120 e 129 mmHg ou pressão arterial diastólica entre 80 e 84 mmHg se encaixem na nova categoria de pré-hipertensão.

    Antes, muitos desses valores eram vistos como normais ou limítrofes; a mudança indica que agora há uma faixa “normal elevada” que exige atenção.

    Além disso, as metas de tratamento também foram ajustadas: o tratamento com remédios continua indicado para pressão ≥ 140/90 mmHg, mas para pacientes com pressão entre 130–139/80–89 mmHg e alto risco cardiovascular, já se recomenda considerar tratamento se as medidas não medicamentosas não forem suficientes.

    Na Europa, as diretrizes de 2024 da ESC (European Society of Cardiology) introduziram a categoria Elevated BP (pressão elevada) para 120–139 / 70–89 mmHg, reforçando que mesmo esse nível intermediário merece atenção. Elas mantêm o valor de hipertensão plena quando ≥ 140/90 mmHg, mas reconhecem que muitos pacientes com pressões intermediárias têm risco aumentado de eventos cardiovasculares.

    Tabela comparativa: antes × agora

    Faixa de pressão Classificação antiga* Nova classificação (2025)
    < 120 / < 80 mmHg Pressão ótima / normal Pressão arterial não elevada (antes “ótimo”)
    120–129 / 80–84 mmHg Normal ou limítrofe Pré-hipertensão
    130–139 / 85–89 mmHg Limítrofe ou hipertensão leve Pré-hipertensão ou estágio leve, dependendo do risco
    ≥ 140 / ≥ 90 mmHg Hipertensão (estágios 1, 2, 3) Pressão alta confirmada, tratamento com remédios indicado

    Por que essa mudança importa para você?

    • Detecção precoce: reconhecer pressão 12×8 como algo que merece atenção permite agir cedo, antes que se transforme em pressão alta.
    • Intervenções preventivas mais intensas: reforça medidas como dieta, redução de sal, atividade física e controle de peso.
    • Tratamento personalizado: quem está nessa faixa pode ser monitorado mais de perto e receber orientações adicionais conforme o risco.

    Confira: Pressão alta: como controlar com a alimentação

    O que fazer se sua pressão for 12×8 ou algo nessa casa?

    • Meça a pressão corretamente: 2 ou mais medições em dias diferentes, em condições calmas, com aparelho confiável.
    • Faça mudanças no estilo de vida: controle o sal, perca peso se necessário, alimente-se de forma saudável e pratique atividade física regular.
    • Monitore mais de perto: o médico pode solicitar medições domiciliares ou MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial).
    • Avalie o risco cardiovascular global: colesterol, glicemia/diabetes, tabagismo, entre outros fatores.
    • Reavalie: se após 3 meses as medidas não forem suficientes e houver alto risco, o médico pode considerar iniciar medicamentos.

    Veja mais: Como controlar pressão alta com mudanças no estilo de vida

    Perguntas frequentes sobre 12×8 e a nova diretriz

    1. Então ter pressão 12×8 agora significa que estou “pré-hipertenso”?

    Sim. A diretriz 2025 reclassifica 120/80 mmHg como início da categoria de pré-hipertensão, não mais como valor normal absoluto.

    2. Isso significa que todo mundo com 12×8 precisa tomar remédio?

    Não necessariamente. A reclassificação serve para aplicar medidas preventivas precoces. Os remédios continuam indicados principalmente para pressão ≥ 140/90 mmHg ou, em casos de 130–139/80–89 mmHg e alto risco, se as mudanças de estilo de vida não bastarem.

    3. Qual aparelho usar para medir a pressão corretamente?

    Use aparelhos validados e meça corretamente: sentado, costas apoiadas, sem falar durante a medição, após alguns minutos de repouso.

    4. Isso está alinhado com as diretrizes internacionais?

    Sim. A Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) introduziu a categoria Elevated BP para 120–139 / 70–89 mmHg e reconhece que essa faixa intermediária merece atenção.

    5. Com que frequência devo medir minha pressão se estiver nessa faixa 12×8?

    Em geral, com maior frequência: medições domiciliares, eventualmente MAPA, e acompanhamento periódico com seu médico.

    6. E se minha pressão estiver ligeiramente acima, como 121/82?

    Você ainda cai na faixa de pré-hipertensão segundo a nova diretriz. A recomendação é reforçar estilo de vida e monitorar de perto.

    Leia também: MAPA: o exame que analisa a pressão arterial por um dia inteiro

  • Metanol em bebidas: saiba o que fazer na suspeita de intoxicação

    Metanol em bebidas: saiba o que fazer na suspeita de intoxicação

    Imagine beber algo aparentemente normal, como uma dose de gin, vodka ou cachaça, e, horas depois, descobrir que aquilo pode estar comprometendo sua visão ou até a vida. Isso é o que acontece em casos de intoxicação por metanol, um dos riscos mais graves de bebidas alcoólicas adulteradas.

    Atualmente, o Brasil enfrenta surtos desse tipo, com diversos casos e mortes confirmadas. As autoridades estão em alerta máximo, pois é importantíssimo que a população entenda o perigo e saiba identificar os sinais para agir rápido.

    Entenda mais a seguir.

    O que é o metanol e por que é tão tóxico?

    O metanol, também chamado de álcool metílico ou álcool da madeira, é um composto químico com fórmula CH₃OH, usado em processos industriais, solventes, combustível e como matéria-prima para produtos químicos.

    O perigo aparece quando o metanol é ingerido, seja isso de forma acidental ou por meio da adulteração de bebidas, e metabolizado no organismo. Dentro do corpo, o metanol é transformado no fígado em formaldeído e, depois, em ácido fórmico — este último é altamente tóxico, pois se acumula no corpo e causa acidose (aumento de acidez no sangue) e dano celular, especialmente ao nervo óptico.

    O resultado dessa ingestão pode ser cegueira, falência múltipla de órgãos e morte.

    Por que adulteram bebidas com metanol?

    Adicionar metanol a bebidas é uma prática criminosa e que mata. As razões costumam ser:

    • Custo baixo: o metanol é mais barato que o etanol de qualidade;
    • Aumentar teor alcoólico aparente: adulterantes simulam que a bebida é “mais forte”;
    • Esquemas clandestinos: distribuidores ou falsificadores buscam lucro rápido, o que compromete a segurança da bebida.

    O metanol não tem gosto diferente do etanol, ou seja, quem bebe não percebe a diferença no momento, apenas nos efeitos depois.

    Apesar de perigoso, esse tipo de adulteração já foi confirmado em diversos casos no Brasil nos últimos dias.

    Dá para identificar uma bebida adulterada pelo sabor ou aparência?

    Infelizmente, muitas vezes não. O metanol pode ser misturado sem alterar visivelmente cheiro, cor ou sabor da bebida. Ou seja, não é possível identificar uma bebida adulterada com metanol.

    Por isso, confiar em marcas conhecidas, evitar bebidas de procedência duvidosa e desconfiar de preços muito baixos são medidas importantes. No momento, enquanto as autoridades estão investigando para saber mais informações, é aconselhável evitar bebidas de procedência duvidosa, especialmente destilados artesanais ou de baixo custo.

    Sinais e sintomas da intoxicação por metanol

    Os efeitos da intoxicação costumam aparecer entre 12 e 24 horas após a ingestão, porém podem acontecer até 72h. Isso pode atrasar a identificação ou a ligação com a bebida ingerida.

    Sintomas iniciais (fase latente):

    • Dor de cabeça;
    • Náuseas e vômitos;
    • Dor abdominal;
    • Tontura, confusão mental;
    • Fraqueza.

    Sintomas mais graves (conforme intoxicação progride):

    • Visão turva, manchas, intolerância à luz;
    • Cegueira parcial ou completa;
    • Acidose metabólica (respiração rápida, tontura, choque);
    • Convulsões, coma;
    • Falência de órgãos e risco de morte.

    É importante, portanto, procurar atendimento médico imediato já ao sentir os sintomas iniciais, para iniciar o tratamento de reversão da intoxicação. Aguardar os sintomas mais graves pode resultar em um quadro irreversível.

    O que o metanol pode causar no corpo?

    • Cegueira irreversível: danos ao nervo óptico e retina;
    • Lesão cerebral: pela toxicidade celular e acidose;
    • Falência de órgãos em decorrência da acidose metabólica;
    • Acidose severa: desequilíbrio letal no organismo;
    • Morte, em casos de ingestão significativa ou tratamento tardio.

    Isso torna a intoxicação por metanol uma emergência médica verdadeira.

    Leia também: 10 alimentos para aumentar a imunidade (e como incluir na dieta)

    Tratamento da intoxicação por metanol

    Existe tratamento para intoxicação por metanol, mas ele precisa ser imediato e em ambiente hospitalar. Quanto antes for iniciado, menores os danos. Ou seja, se ingerir bebida alcoólica e sentir qualquer sintoma, na dúvida, procure atendimento médico o mais rápido possível.

    Medidas principais de tratamento:

    • Estabilização: suporte respiratório, hidratação, correção de distúrbios químicos;
    • Antídotos: inibir a enzima álcool desidrogenase para evitar que o metanol vire formaldeído/ácido fórmico;
    • Fomepizol (preferido);
    • Etanol como alternativa, dado sob supervisão;
    • Hemodiálise: remoção rápida do metanol e seus metabólitos tóxicos, especialmente em casos graves ou acidose pronunciada;
    • Bicarbonato de sódio: para corrigir a acidose metabólica;
    • Ácido folínico/folato: auxilia no metabolismo do formiato, pois acelera a metabolização dele e ajuda a reduzir a toxicidade;
    • Monitoramento intensivo e cuidados de suporte até recuperação.

    Se o atendimento for rápido, as chances de reduzir sequelas e risco de morte aumentam muito.

    Perguntas frequentes sobre intoxicação por metanol

    1. Beber álcool adulterado com metanol causa sintomas rápidos?

    Não necessariamente. Os sintomas costumam surgir 12 a 24 horas após a ingestão, porém pode demorar até 72h para surgir, pois o metanol demora para gerar seus efeitos tóxicos. É preciso ficar atento a qualquer sinal a partir da ingestão até alguns dias depois.

    2. É possível reverter cegueira causada por metanol?

    Em alguns casos muito precoces, sim, desde que com tratamento imediato. Mas muitas vezes a lesão ao nervo óptico é irreversível.

    3. Tomar água ou induzir vômito ajuda?

    Não. Essas medidas não removem o metanol já absorvido e podem atrasar o tratamento correto.

    4. Se eu tiver ingerido uma bebida alcoólica suspeita, devo ficar em observação por quanto tempo?

    Por pelo menos 72 horas, pois os sintomas podem tardar a aparecer.

    5. Qual medicamento é usado como antídoto?

    O fomepizol é o mais indicado. Se não estiver disponível, o etanol pode ser usado sob supervisão médica.

    6. Bebidas com sabor forte indicam metanol?

    Essa não é uma forma confiável de saber se há ou não metanol na bebida. A adulteração geralmente acontece sem modificar sabor, cor ou odor.

    Leia mais: Deficiências nutricionais em adultos: aprenda a identificar sinais no dia a dia e prevenir riscos

  • Queimaduras: causas, tipos e o que fazer em cada situação 

    Queimaduras: causas, tipos e o que fazer em cada situação 

    Um descuido na cozinha, o sol forte do verão, o contato com produtos de limpeza ou até acidentes com eletricidade. As queimaduras podem acontecer em segundos, mas os danos à pele e ao corpo podem durar muito mais tempo. Entender os tipos de queimaduras, como agir nos primeiros socorros e quando procurar ajuda médica pode fazer toda a diferença na recuperação.

    O que é uma queimadura?

    A queimadura é uma lesão provocada por agentes externos capazes de danificar a pele e, em casos mais graves, atingir tecidos mais profundos, músculos e até ossos. Ela pode ser causada por diferentes fatores:

    • Agentes físicos (térmicos): fogo, líquidos quentes, vapores ou superfícies aquecidas;
    • Eletricidade: contato com fios, tomadas, eletrodomésticos ou até raios;
    • Radiação: desde acidentes nucleares até a mais comum, a exposição solar excessiva;
    • Produtos químicos: como soda cáustica, solventes, ácidos, alvejantes ou outros produtos de uso doméstico/industrial;
    • Agentes biológicos: contato com alguns animais e plantas, como águas-vivas, taturanas e urtigas.

    Tipos de queimaduras: conheça os graus

    As queimaduras são classificadas de acordo com a profundidade da lesão:

    • 1º grau: atingem apenas a camada mais superficial da pele, a epiderme. Causam vermelhidão, inchaço leve e dor suportável. Não formam bolhas;
    • 2º grau: chegam até a segunda camada da pele (derme). Além da vermelhidão e do inchaço, podem formar bolhas dolorosas e até desprendimento da pele;
    • 3º grau: são as mais graves, pois destroem todas as camadas da pele e podem alcançar músculos e ossos. A pele pode ficar esbranquiçada ou escura por conta da morte do tecido (necrose). Muitas vezes não doem, pois os nervos também são destruídos. São lesões de alto risco de infecção e complicações.

    Além da profundidade, os médicos também avaliam a extensão da lesão, o quanto da pele foi atingida. Para isso, pode-se utilizar:

    • Regra dos 9: em adultos, cada parte do corpo representa uma porcentagem específica, sempre em múltiplos de 9 (exemplo: um braço equivale a 9%, a frente do tronco a 18%, etc.);
    • Regra da palma da mão: a palma da própria mão do paciente, quando aberta e contando os dedos próximos uns dos outros, corresponde a 1% da sua superfície corporal.

    O que fazer em caso de queimadura?

    As medidas iniciais fazem toda a diferença:

    • Afaste-se da fonte causadora (apague o fogo rolando no chão, desligue o aparelho da tomada, retire roupas contaminadas por produtos químicos);
    • Retire anéis, pulseiras, piercings e próteses próximas à área queimada, antes que a região inche;
    • Resfrie a área queimada com água corrente fria (jato leve, nunca use gelo);
    • Em queimaduras químicas, lave bastante a área com água corrente para remover resíduos;
    • Em queimaduras elétricas, não toque na vítima até desligar a fonte de energia.

    O que não fazer nunca em caso de queimaduras

    Muitos costumes populares atrapalham mais do que ajudam. Evite:

    • Passar manteiga, óleo, pasta de dente, clara de ovo, pó de café ou qualquer outra substância caseira;
    • Usar gelo diretamente sobre a pele;
    • Furar bolhas ou arrancar tecidos grudados na lesão;
    • Ficar tocando na área queimada sem necessidade.

    Se não puder chegar imediatamente a um serviço de saúde, cubra a queimadura com um pano limpo e úmido até conseguir atendimento.

    Quando procurar atendimento médico?

    • Queimaduras de 2º grau extensas ou em regiões delicadas (rosto, mãos, pés, genitais);
    • Qualquer queimadura de 3º grau;
    • Queimaduras elétricas e químicas;
    • Casos em que a dor é intensa, tem sinais de infecção ou há dificuldade de movimentar a área.

    Tratamento para queimaduras

    O tratamento varia conforme o grau e a extensão da queimadura. De forma geral, envolve limpeza adequada, hidratação da pele e medicamentos para aliviar a dor e favorecer a cicatrização.

    Em situações graves, pode ser necessário:

    • Hidratação direto na veia, por soro (endovenosa);
    • Cuidados para manter a respiração e as vias aéreas seguras;
    • Cirurgias, como enxertos de pele ou limpeza profunda.

    O tratamento muitas vezes exige uma equipe multiprofissional, que pode incluir médicos, enfermeiros e psicólogos. Isso porque, além das cicatrizes físicas, as queimaduras podem deixar marcas emocionais, afetando a autoestima e a qualidade de vida.

    Veja também: Alongamentos simples para aliviar dores musculares: veja quando e como praticar

    Perguntas frequentes sobre queimaduras

    1. Queimadura de sol é considerada grave?

    Na maioria dos casos, a queimadura solar é de 1º grau e melhora sozinha com hidratação da pele e bastante líquido. Mas se houver bolhas grandes, febre ou mal-estar, é importante procurar atendimento médico.

    2. É verdade que pasta de dente ajuda em queimadura?

    Não. Produtos caseiros como pasta de dente, manteiga ou óleo podem irritar ainda mais a pele e atrapalhar a cicatrização.

    3. Queimaduras sempre deixam cicatriz?

    Nem sempre. Queimaduras leves geralmente cicatrizam sem deixar marcas. Já as mais profundas podem deixar cicatrizes e até exigir cirurgias reparadoras.

    4. Em caso de queimadura elétrica, o que fazer primeiro?

    Antes de ajudar a vítima, desligue a fonte de energia. Só depois é seguro prestar os primeiros socorros.

    5. Quando uma queimadura precisa de cirurgia?

    Queimaduras de 3º grau ou que atingem grandes áreas podem exigir procedimentos como enxertos de pele para favorecer a cicatrização.

    6. Posso tratar uma queimadura leve em casa?

    Sim, desde que seja de 1º grau. Basta resfriar a pele com água corrente fria, hidratar a região e evitar exposição ao sol. Mas se houver dúvida sobre a gravidade, procure avaliação médica.

    Leia também: Fisioterapia preventiva: cuidar antes da dor aparecer pode mudar sua saúde

  • Novas metas de colesterol em 2025: valores mais rígidos para proteger seu coração 

    Novas metas de colesterol em 2025: valores mais rígidos para proteger seu coração 

    As metas de níveis de colesterol no Brasil ficaram mais exigentes. Em 2025, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e outras entidades atualizaram as diretrizes de dislipidemia para refletir estudos recentes e evidências de que menos colesterol “ruim” significa menor risco de infarto, AVC e outras complicações cardíacas.

    Com isso, os valores de LDL-c (colesterol “ruim”), colesterol não-HDL e lipoproteína(a) foram revisados e ajustados conforme o risco cardiovascular de cada pessoa.

    A ideia é tornar as metas mais individualizadas, ou seja, quem tem risco baixo terá metas diferentes de quem tem risco muito alto ou risco extremo. O novo documento reforça também o uso de exames adicionais como medição de Lipoproteína(a) para refinar a avaliação de risco.

    O que mudou nas metas de colesterol no Brasil em 2025

    As mudanças principais foram:

    • Introdução da categoria risco extremo, além de risco muito alto;
    • Metas de LDL-c mais baixas para todos os grupos de risco;
    • Meta para colesterol não-HDL-c também definida (ou seja, o “colesterol mal total”, que inclui outras frações além do LDL);
    • ApoB passou a ter valores de corte específicos, dependendo do risco;
    • Lp(a) recomendado para dosagem ao menos uma vez na vida, para pessoas com risco elevado ou histórico familiar.

    Tabela comparativa: metas antigas versus metas novas

    Aqui está uma tabela para facilitar a comparação entre os valores antigos e os novos valores de LDL-c / não-HDL-c / apoB conforme a diretriz de 2025 da Sociedade Brasileira de Cardiologia:

    Categoria de risco Meta antiga de LDL-c* Nova meta de LDL-c (2025) Meta de não-HDL-c (2025) Meta de apoB (2025)
    Baixo risco ~ < 130 mg/dL < 115 mg/dL < 145 mg/dL ~ 100 mg/dL
    Risco intermediário ~ < 115–120 mg/dL < 100 mg/dL < 130 mg/dL ~ 90 mg/dL
    Risco alto < 100 mg/dL < 70 mg/dL < 100 mg/dL ~ 70 mg/dL
    Risco muito alto < 70 or < 50 mg/dL (dependia da diretriz) < 50 mg/dL < 80 mg/dL ~ 55 mg/dL
    Risco extremo Não havia categoria oficial < 40 mg/dL < 70 mg/dL ~ 45 mg/dL

    Por que essas metas de colesterol ficaram mais rígidas?

    Há várias razões para toda essa mudança:

    • Há evidência científica crescente de que níveis mais baixos de LDL-c reduzem consideravelmente o risco de eventos cardiovasculares como infarto e AVC;
    • Muitos pacientes com risco elevado ou histórico cardíaco não estavam atingindo as metas antigas; com metas mais rígidas, espera-se melhor prevenção;
    • Introdução de novos marcadores ou medidas como Lp(a) e apoB, que ajudam a identificar risco que não aparecia apenas olhando o LDL-c.

    O que isso significa para você

    • Se você for de baixo risco cardiovascular, será solicitado manter o LDL-c abaixo de ~ 115 mg/dL, enquanto antes o valor aceitável era mais alto;
    • Se estiver em risco intermediário, alto ou muito alto, pode ter metas ainda mais rigorosas, como < 70 mg/dL ou < 50 mg/dL;
    • Para quem já teve infarto, AVC ou tem doença multivascular, a categoria de risco extremo implica meta de LDL-c < 40 mg/dL;
    • Além de tomar remédios. quando indicados, aderir ao estilo de vida saudável tornou-se ainda mais importante. Ou seja, cessar tabagismo, ter dieta saudável e fazer atividade física são fundamentais para o tratamento.

    Leia mais: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

    Perguntas frequentes sobre as novas metas de colesterol

    1. Todos precisam alcançar essas metas baixas de LDL-c?

    Não. As metas de colesterol dependem do seu risco cardiovascular: idade, histórico de infarto/AVC, doenças associadas, genética. Pessoas com risco baixo têm metas menos rígidas; risco extremo demanda valores muito baixas.

    2. O que é o risco extremo?

    É a nova categoria da diretriz que inclui pessoas que, mesmo usando tratamento potente (como estatinas ou combinação de medicamentos), continuam com aterosclerose ativa, ou já têm doença em várias artérias, ou um evento recente como infarto ou AVC.

    3. Como saber meu LDL, não-HDL ou apoB?

    Você precisa de exames de sangue solicitados pelo médico. Com ele e com o seu histórico de saúde, o especialista vai avaliar qual categoria você se enquadra e indicar o melhor tratamento.

    4. Existe risco em deixar o LDL muito baixo?

    Até hoje, estudos mostram que metas mais baixas de LDL-c são seguras e trazem benefícios, especialmente em risco elevado. Mas como todo tratamento, deve ter acompanhamento médico.

    5. Quanto tempo leva para ver diferença das metas de colesterol mais rígidas?

    Depende de cada pessoa, tratamento e adesão. Mudanças no estilo de vida (dieta, exercício) podem mostrar efeito em semanas a meses. Medicamentos ajudam em meses, mas avaliação contínua é importante.

    6. E se eu já tomo estatina ou medicamento para colesterol, mas não atinjo a nova meta de colesterol?

    O médico pode ajustar tratamento: dose maior, mudar medicamento, combinar com ezetimiba ou outras terapias, sempre considerando segurança, possíveis efeitos colaterais e seu perfil de risco.

    7. Preciso mudar meus hábitos se quero seguir essas metas de colesterol?

    Sim. Alimentação saudável, exercício regular, evitar fumar, controlar peso, glicose e pressão são partes importantíssimas para o controle do colesterol.

    Leia também: Colesterol alto tem solução! Veja como é o tratamento

  • Relógios inteligentes que medem frequência cardíaca: valem a pena? 

    Relógios inteligentes que medem frequência cardíaca: valem a pena? 

    Os relógios inteligentes, ou smartwatches, conquistaram espaço no pulso de quem gosta de tecnologia, esportes ou deseja acompanhar a saúde mais de perto no dia a dia. Entre suas funções mais usadas, em determinados modelos, está a medição da frequência cardíaca, recurso que transformou esses gadgets em pequenos monitores pessoais do coração.

    Mas, afinal, como esses dispositivos medem os batimentos? Eles são confiáveis? E até que ponto podem ajudar o médico a cuidar melhor do paciente?

    Como os smartwatches medem a frequência cardíaca?

    A maioria dos relógios inteligentes utiliza uma tecnologia chamada fotopletismografia:

    • Pequenos sensores de luz verde iluminam os vasos sanguíneos do pulso;
    • A variação na quantidade de luz refletida indica o fluxo de sangue a cada batimento;
    • O aparelho traduz esses sinais em números de frequência cardíaca (batimentos por minuto).

    Alguns modelos mais avançados também incluem sensores elétricos, parecidos com os do eletrocardiograma, capazes até de registrar um traçado básico da atividade elétrica do coração.

    Vantagens dos relógios inteligentes

    • Acompanhamento contínuo: monitoram os batimentos ao longo do dia, inclusive durante o sono e exercícios, permitindo observar variações que podem ser relatadas ao médico.
    • Alertas em tempo real: alguns modelos notificam quando os batimentos estão muito altos, baixos ou irregulares.
    • Incentivo à saúde: estimulam a prática de exercícios e a adoção de hábitos mais saudáveis.

    Limitações e cuidados

    • Precisão variável: movimento, suor, pele fria ou tatuagens podem interferir na leitura.
    • Não detectam todas as arritmias: mesmo os modelos avançados não substituem exames como o Holter de 24h.
    • Necessidade de interpretação médica: os números só têm significado quando avaliados por um cardiologista.
    • Risco de ansiedade: acompanhar batimentos constantemente pode gerar preocupações desnecessárias em pessoas saudáveis.

    Leia também: Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca

    O que os médicos pensam sobre os smartwatches?

    Para cardiologistas, os smartwatches são uma ferramenta complementar. Eles ajudam a levantar hipóteses e antecipar consultas quando alertas aparecem com frequência, mas não substituem uma avaliação clínica completa.

    Ou seja, são ótimos para acompanhar tendências e aumentar a consciência sobre a saúde, mas não devem ser usados como diagnóstico.

    Perguntas frequentes sobre relógios inteligentes e frequência cardíaca

    1. Os smartwatches podem substituir exames como o eletrocardiograma?

    Não. Eles fornecem dados úteis, mas não têm a mesma precisão dos exames médicos.

    2. Todo smartwatch mede batimentos cardíacos?

    Não. É preciso verificar se o modelo tem um sensor específico para frequência cardíaca.

    3. O relógio pode detectar arritmias?

    Alguns modelos avançados conseguem indicar ritmos irregulares, mas não substituem o diagnóstico feito por exames clínicos.

    4. É seguro confiar apenas no smartwatch para monitorar o coração?

    Não. Eles são ferramentas de apoio, mas o acompanhamento médico é essencial.

    5. Idosos podem usar esses dispositivos?

    Sim. Eles podem ser muito úteis, desde que haja orientação sobre como interpretar os dados.

    6. Os dados do relógio podem ser compartilhados com o médico?

    Sim. Muitos aplicativos permitem exportar relatórios, que podem auxiliar o cardiologista no acompanhamento.

    Leia mais: Arritmia cardíaca: quando os batimentos fora de ritmo merecem atenção

  • Triglicérides: do combustível do corpo ao risco para o coração 

    Triglicérides: do combustível do corpo ao risco para o coração 

    O resultado do exame de sangue chegou e, entre colesterol, glicemia e outras siglas, lá estão eles: os triglicérides. Apesar do nome complicado, trata-se de um dos exames mais importantes para avaliar a saúde cardiovascular.

    Quando estão em níveis corretos, funcionam como reserva de energia para o corpo. Mas, quando se elevam demais, podem indicar risco aumentado para doenças do coração e até pancreatite. Por isso, sociedades médicas no Brasil e no mundo reforçam a importância de acompanhar esses valores.

    O que são triglicérides?

    Os triglicérides são um tipo de gordura que circula no sangue e que o corpo utiliza como fonte de energia. Sempre que uma pessoa se alimenta, parte do que consome — especialmente carboidratos e gorduras — é transformada em triglicérides e armazenada nas células de gordura. Entre as refeições, eles são liberados para fornecer combustível aos músculos e outros tecidos.

    Além da alimentação, o fígado também pode produzir triglicérides, principalmente quando há excesso de calorias. É por isso que dietas ricas em açúcar, massas, pães e bebidas alcoólicas aumentam os níveis dessa gordura no sangue.

    Ou seja: os triglicérides têm função importante, mas quando permanecem em níveis muito altos aumentam o risco de doenças cardiovasculares e, em casos extremos, de pancreatite.

    Valores de referência de exame de triglicérides

    • Normal: abaixo de 150 mg/dL
    • Limítrofe: entre 150 e 199 mg/dL
    • Alto: entre 200 e 499 mg/dL
    • Muito alto: acima de 500 mg/dL

    O que causa triglicérides altos?

    Entre os principais fatores estão:

    • Alimentação rica em açúcares, frituras e álcool;
    • Excesso de peso e obesidade;
    • Sedentarismo;
    • Doenças como diabetes descontrolado e hipotireoidismo;
    • Uso de alguns remédios (corticoides, diuréticos, anticoncepcionais).

    Valores acima de 500 mg/dL exigem atenção imediata, pois aumentam o risco de pancreatite aguda. Já níveis muito baixos podem estar relacionados à desnutrição, dietas restritivas ou doenças do fígado.

    Leia mais: Colesterol alto: entenda os riscos, causas e como prevenir

    Como manter os triglicérides sob controle?

    • Praticar exercícios físicos regularmente;
    • Reduzir consumo de açúcar, massas, pães e frituras;
    • Evitar bebidas alcoólicas;
    • Manter um peso saudável;
    • Seguir corretamente o tratamento médico, quando indicado.

    Perguntas frequentes sobre triglicérides

    1. Triglicérides e colesterol são a mesma coisa?

    Não. Ambos são gorduras no sangue, mas com funções diferentes: o colesterol participa da produção de hormônios e membranas celulares, enquanto os triglicérides armazenam energia.

    2. O exame de triglicérides precisa de jejum?

    Na maioria dos laboratórios, sim: entre 8 e 12 horas de jejum. O ideal é confirmar com o laboratório.

    3. Só dieta resolve triglicérides altos?

    Em muitos casos, sim. Mas quando os níveis estão muito elevados, pode ser necessário o uso de medicamentos prescritos pelo médico.

    4. Álcool aumenta triglicérides mesmo em pequenas quantidades?

    Sim. A bebida alcoólica é uma das principais causas de aumento dos triglicérides.

    5. Crianças podem ter triglicérides altos?

    Sim. Crianças com sobrepeso e má alimentação também podem apresentar triglicérides elevados.

    6. Triglicérides altos sempre causam sintomas?

    Não. Na maioria das vezes, a condição é silenciosa e só aparece no exame de sangue. Em casos extremos, podem surgir depósitos de gordura na pele, em forma de pequenas pápulas.

    7. É possível reduzir triglicérides rapidamente?

    Sim. Ajustes na alimentação — como reduzir açúcar e álcool — já podem diminuir os valores em semanas. No entanto, o acompanhamento médico é essencial.

    Veja também: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

  • Desfibrilador automático: o aparelho que pode salvar vidas em minutos 

    Desfibrilador automático: o aparelho que pode salvar vidas em minutos 

    Quando uma pessoa sofre uma parada cardíaca, o tempo é o fator mais crítico. A cada minuto sem atendimento, as chances de sobrevivência caem em torno de 7% a 10%, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Por isso, encontrar um desfibrilador automático em locais como shoppings, aeroportos ou estádios pode ser a diferença entre a vida e a morte.

    Os desfibriladores externos automáticos (DEA) foram desenvolvidos justamente para esses momentos. Pequenos, portáteis e fáceis de usar, eles podem ser manuseados não apenas por médicos, mas por qualquer pessoa presente no local, seguindo as instruções do aparelho.

    O que é um desfibrilador e para que serve?

    O coração funciona a partir de impulsos elétricos que coordenam os batimentos. Quando há uma arritmia grave, como a fibrilação ventricular, esses impulsos ficam desorganizados e o coração perde a capacidade de bombear sangue. O desfibrilador emite um choque controlado, capaz de “resetar” o sistema elétrico e permitir que o coração volte ao ritmo normal.

    Sem essa intervenção rápida, a pessoa pode evoluir para morte súbita em poucos minutos.

    Como funcionam os desfibriladores automáticos (DEA)?

    • Ligar o aparelho: basta abrir a caixa e apertar o botão de ligar;
    • Instruções de voz e imagens: o aparelho orienta cada passo para salvar a vítima;
    • Colocação dos eletrodos: adesivos são fixados no peito da vítima, conforme indicado;
    • Análise do ritmo cardíaco: o DEA verifica automaticamente se o choque é necessário;
    • Aplicação do choque: se indicado, o aparelho avisa quando apertar o botão e alerta para que todos se afastem.

    Importante: o equipamento só libera o choque se realmente for necessário, garantindo segurança mesmo quando usado por leigos.

    Quem pode usar o DEA em locais públicos?

    O DEA foi desenvolvido para que qualquer pessoa possa usá-lo em emergências. O aparelho guia o socorrista com comandos de voz. Ainda assim, cursos de primeiros socorros e RCP aumentam a confiança de quem presta o socorro.

    Onde os desfibriladores automáticos estão disponíveis?

    É cada vez mais comum encontrar DEAs em locais como:

    • Aeroportos e rodoviárias;
    • Shoppings e centros comerciais;
    • Estádios e ginásios esportivos;
    • Escolas, universidades e academias;
    • Estações de metrô e prédios públicos.

    Geralmente, ficam em caixas de vidro sinalizadas e com alarmes que disparam quando abertas, indicando emergência.

    Confira: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

    Importância do DEA em espaços públicos

    • Velocidade: o tempo até a chegada da ambulância pode ser longo; o DEA aumenta as chances de sobrevivência até o socorro;
    • Maior chance de vida: quando usado nos primeiros 3 a 5 minutos, pode elevar em até 70% a chance de sobrevivência;
    • Complemento da RCP: o desfibrilador deve ser usado junto com compressões torácicas.

    Perguntas frequentes sobre desfibriladores automáticos

    1. O DEA pode ser usado em qualquer pessoa que desmaia?

    Não. Ele só é indicado em casos de parada cardíaca por arritmias graves. O aparelho identifica se o choque é necessário.

    2. Preciso ser médico para usar um desfibrilador automático?

    Não. O DEA foi projetado para uso por leigos, com instruções claras em voz alta e imagens.

    3. O choque do DEA pode machucar quem está por perto?

    Não, desde que todos se afastem no momento do disparo, conforme orienta o aparelho.

    4. O DEA substitui a massagem cardíaca (RCP)?

    Não. As compressões devem começar imediatamente e o DEA deve ser usado assim que possível.

    5. O aparelho pode errar na análise?

    Não. Ele só reconhece arritmias que exigem choque. Se não houver necessidade, não dispara.

    6. Qual a diferença entre desfibrilador automático (DEA) e manual?

    O manual é usado por profissionais em hospitais. O DEA é automático, guiado por voz, e pode ser usado em locais públicos por qualquer pessoa.

    Leia também: Ecocardiograma: saiba mais sobre o exame que mostra detalhes do coração