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  • 9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia 

    9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia 

    Entre compromissos de trabalho, estudos e vida pessoal, é comum fazer escolhas rápidas e práticas quando o assunto é alimentação. Fast-food, ultraprocessados e excesso de açúcar entram facilmente na rotina, mas o consumo a longo prazo pode trazer problemas sérios à saúde — como pressão alta, diabetes, obesidade e até complicações cardíacas.

    Por outro lado, pequenas escolhas alimentares, feitas de maneira consistente, podem fazer toda a diferença na qualidade de vida. Trocar refrigerante por água, incluir frutas no lanche, reduzir o sal e optar por refeições caseiras, por exemplo, contribuem para prevenir doenças e fortalecer o organismo.

    Pensando nisso, reunimos 7 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças e que podem ser colocados em prática no dia a dia de forma simples. Confira!

    Qual a relação entre hábitos alimentares e prevenção de doenças?

    Segundo Flávia Pfeilsticker, os hábitos alimentares impactam diretamente condições como diabetes, pressão alta e problemas cardiovasculares.

    Isso acontece porque cada grupo alimentar desempenha funções específicas no organismo. Alimentos ricos em fibras ajudam a controlar o açúcar no sangue, gorduras boas protegem as artérias, frutas e verduras fortalecem o sistema imunológico e até a forma como distribuímos as refeições ao longo do dia influencia nos níveis de energia e no equilíbrio hormonal.

    Da mesma forma, uma alimentação rica em ultraprocessados, sal, açúcar e gorduras saturadas aumenta a inflamação, favorece o ganho de peso, eleva colesterol e pressão arterial — favorecendo o surgimento de doenças que poderiam ser evitadas.

    Mas afinal, quais mudanças podemos incluir no dia a dia para construir uma rotina alimentar que faça diferença real na saúde? Confira, a seguir!

    1. Aposte em frutas, verduras e legumes todos os dias

    Frutas, verduras e legumes fornecem vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes que participam de diversas funções no corpo — incluindo a defesa do organismo.

    “A vitamina C, presente em frutas cítricas, e compostos de vegetais coloridos, como betacaroteno e flavonoides, auxiliam as células de defesa e cicatrização a trabalharem melhor e reduzirem processos inflamatórios”, explica a nutróloga Flávia Pfeilsticker.

    Além disso, as fibras presentes nos alimentos ajudam a controlar o apetite, evitando exageros em outras refeições. Quanto maior a variedade de cores no prato, mais completa será a oferta de nutrientes ao corpo.

    Uma dica prática é tentar incluir pelo menos três cores diferentes de vegetais no almoço e no jantar. Já no café da manhã ou nos lanches, aposte em frutas frescas, salada de frutas ou até smoothies.

    2. Dê preferência a grãos integrais e leguminosas

    Arroz integral, aveia, feijão, lentilha e grão-de-bico são ricos em fibras, minerais e proteínas vegetais. Eles têm baixo índice glicêmico, liberando energia de forma mais lenta e evitando picos de glicose no sangue — o que é fundamental para reduzir o risco de diabetes tipo 2.

    As fibras presentes nos grãos integrais também alimentam a microbiota intestinal, o conjunto de bactérias benéficas que ajudam na digestão e na defesa do organismo.

    3. Escolha proteínas magras e boas fontes de gordura

    Carnes brancas, peixes, ovos e leguminosas oferecem proteínas de qualidade sem excesso de gordura saturada. Entre eles, os peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha, ajudam a proteger o coração, controlando colesterol e triglicérides.

    Já as boas gorduras estão em alimentos como azeite de oliva, castanhas, sementes de chia e linhaça. Elas melhoram a saúde das artérias, reduzem inflamações e contribuem para o funcionamento do cérebro.

    Leia mais: Dieta mediterrânea para pressão alta: como funciona

    4. Diminua o consumo de ultraprocessados, sal e açúcar

    Produtos industrializados, como refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos e fast food, são ricos em sódio, açúcar e aditivos químicos.

    “Menos sal diminui o risco de hipertensão e, consequentemente, de complicações cardíacas e renais. Já o menor consumo de açúcar previne obesidade, diabetes e doenças metabólicas. Pequenos ajustes no dia a dia, como evitar refrigerantes e produtos ultraprocessados, já trazem grandes benefícios”, aponta Flávia Pfeilsticker.

    5. Coma com regularidade e evite longos jejuns

    Pular refeições pode parecer uma solução para “controlar calorias”, mas na prática desequilibra o metabolismo. Longos jejuns favorecem a compulsão alimentar e aumentam a chance de fazer escolhas menos saudáveis ao longo do dia.

    Manter refeições regulares, com intervalos de 3 a 4 horas, ajuda a estabilizar os níveis de glicose no sangue e evita sobrecarga no organismo. Isso também dá ao corpo a energia necessária para o dia a dia.

    6. Beba bastante água (todos os dias)

    A água está presente em todas as funções do corpo: transporte de nutrientes, regulação da temperatura, funcionamento dos rins e manutenção da pele. Mesmo uma leve desidratação já pode causar fadiga, dor de cabeça e dificuldade de concentração.

    A recomendação geral costuma ser de 2 litros por dia, mas a quantidade ideal varia de pessoa para pessoa. Uma forma prática de calcular é multiplicar o seu peso corporal por 0,03. Isso significa que cada quilo corresponde a cerca de 30 ml de água.

    Na prática, uma pessoa com 70 quilos, por exemplo, precisa de aproximadamente 2,1 litros de líquidos por dia para manter o corpo bem hidratado. No entanto, é importante lembrar que cada organismo é diferente, e fatores como idade, nível de atividade física, clima e até condições de saúde podem aumentar ou reduzir essa necessidade.

    7. Coma com calma e em boa companhia

    Fazer as refeições correndo, em frente à TV ou ao celular, atrapalha a digestão e aumenta o risco de comer mais do que o necessário. Mastigar devagar permite sentir melhor os sabores e dá tempo para o cérebro registrar a saciedade.

    8. Compre em locais que valorizam alimentos naturais

    Feiras livres, sacolões e hortifrutis oferecem mais variedade de frutas, legumes e verduras frescas — além de preços geralmente melhores, tornando-os uma ótima opção para encher a geladeira com opções in natura.

    Outra dica é planejar as compras semanais: quando a despensa está bem abastecida de alimentos naturais, as chances de recorrer a comidas industrializadas diminuem.

    9. Desconfie de propagandas “milagrosas”

    Produtos que prometem emagrecimento rápido, energia imediata ou resultados quase mágicos normalmente escondem fórmulas cheias de aditivos e açúcares. É importante questionar propagandas e não se deixar levar apenas por embalagens chamativas.

    Sempre que surgir dúvida sobre um alimento ou suplemento, busque a opinião de profissional de saúde ou consulte fontes confiáveis.

    Veja mais: Creatina: benefícios, como tomar e cuidados importantes

    Como começar a mudar hoje?

    A mudança de hábitos não precisa acontecer de uma vez. Mesmo numa rotina agitada, você pode adotar pequenas metas, que se tornam consistentes ao longo do tempo. Veja algumas dicas:

    • Substitua refrigerantes por água saborizada com frutas;
    • Inclua uma fruta no café da manhã ou no lanche da tarde;
    • Troque pães e massas brancas por versões integrais;
    • Reduza gradualmente o açúcar no café ou no chá;
    • Planeje refeições semanais para evitar recorrer a ultraprocessados;
    • Mantenha uma garrafa de água sempre por perto.

    “O corpo responde positivamente a mudanças em qualquer fase da vida. Substituir gradualmente alimentos ultraprocessados por opções naturais, incluir mais vegetais, reduzir o consumo de álcool e manter atividade física são passos que, com o tempo, melhoram exames laboratoriais e diminuem o risco de doenças crônicas”, finaliza a nutróloga Flávia Pfeilsticker.

    Perguntas frequentes

    1. É verdade que reduzir o sal diminui a pressão alta?

    Sim! O excesso de sódio é um dos principais fatores de risco para aumentar a pressão arterial, que, por sua vez, aumenta a chance de infarto, AVC e problemas renais. Mas, reduzir o sal não significa perder o sabor: temperos naturais como alho, cebola, ervas frescas, pimenta e limão realçam o gosto dos alimentos sem prejudicar a saúde.

    2. Comer de 3 em 3 horas é obrigatório?

    Na verdade, não existe uma regra única. O mais importante é não passar longos períodos em jejum, porque isso pode causar compulsão alimentar e descontrole da glicemia em algumas pessoas. Para quem sente fome com mais frequência, fracionar a alimentação em 5 ou 6 refeições pequenas pode ser útil.

    3. Proteínas são importantes só para quem treina?

    As proteínas são importantes para todos, pois participam da formação de músculos, tecidos, hormônios e enzimas. Elas também ajudam na recuperação do corpo e no fortalecimento do sistema imunológico.

    Fontes magras como frango, peixe, ovos, feijão e lentilha devem estar presentes diariamente no prato. Quem pratica atividade física tem uma demanda maior, mas mesmo pessoas que não treinam precisam de proteína para manter a saúde em dia.

    4. É possível reverter hábitos alimentares ruins depois de anos?

    Sim! Mesmo que a pessoa tenha passado anos se alimentando mal, o corpo responde positivamente quando mudanças são feitas. Substituir ultraprocessados por alimentos frescos, incluir mais legumes e reduzir o consumo de açúcar e álcool já mostra resultados em exames laboratoriais em poucos meses. A longo prazo, essas mudanças diminuem o risco de doenças crônicas e aumentam a expectativa de vida.

    5. O café faz mal à saúde?

    Depende. Em doses moderadas (2 a 3 xícaras por dia), o café pode ser benéfico para a saúde, pois contém antioxidantes e auxilia na concentração. O problema está no excesso, que pode causar insônia, ansiedade, palpitações e até refluxo.

    Outro ponto importante é evitar adicionar muito açúcar ou consumir versões industrializadas, como cafés prontos e cheios de aditivos.

    6. Posso beber líquidos durante as refeições?

    Sim, mas com moderação. Quantidades pequenas de água não atrapalham a digestão. O que pode causar desconforto é beber em excesso durante as refeições, principalmente refrigerantes e bebidas gaseificadas, que aumentam a distensão abdominal. Se possível, priorize a hidratação ao longo do dia e não apenas nos horários das refeições.

    7. É verdade que comer fibras ajuda a emagrecer?

    Sim. As fibras aumentam a sensação de saciedade, retardam a digestão e ajudam a controlar a absorção de gorduras e açúcares. Isso evita picos de glicose e reduz a vontade de beliscar. Além disso, as fibras favorecem o trânsito intestinal, o que melhora a saúde digestiva. Boas fontes são frutas, verduras, legumes, cereais integrais e leguminosas.

    8. Comer rápido demais faz mal?

    Sim. Mastigar pouco e engolir rápido pode causar má digestão, azia, refluxo e maior ingestão de calorias, já que o cérebro demora alguns minutos para registrar a saciedade. Criar o hábito de comer devagar, mastigar bem e prestar atenção na refeição ajuda o corpo a processar melhor os alimentos e controlar o apetite.

    Leia também: Qual a diferença entre nutricionista e nutrólogo?

  • Alimentação saudável: o que é, benefícios e como ter  

    Alimentação saudável: o que é, benefícios e como ter  

    Do café da manhã corrido até o jantar em família, tudo o que você coloca no prato tem impacto direto na saúde, energia e bem-estar. Afinal, a alimentação é um dos principais pilares da qualidade de vida e, quando feita de forma adequada, pode prevenir doenças, aumentar a disposição e até melhorar o humor. Mas, na prática, o que significa ter uma alimentação saudável?

    Conversamos com a nutróloga Flávia Pfeilsticker para entender melhor os benefícios de uma rotina alimentar equilibrada, aprender na prática como adotar uma alimentação saudável e identificar os sinais de que algo pode não estar indo bem. Confira!

    O que é uma alimentação saudável?

    Uma alimentação saudável é aquela que garante todos os nutrientes necessários para o corpo funcionar bem, sem excessos ou deficiências. Isso significa oferecer energia, vitaminas, minerais, fibras e proteínas na medida certa — priorizando alimentos naturais ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais, feijões, carnes, ovos e leite.

    Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, uma alimentação saudável e equilibrada deve:

    • Atender às necessidades do corpo: cada pessoa tem exigências nutricionais diferentes, seja uma criança em fase de crescimento, uma gestante, um idoso ou um atleta;
    • Respeitar a cultura alimentar: valorizar a comida típica da região, receitas de família e modos de preparo que fazem parte da identidade cultural;
    • Ser acessível: a comida saudável precisa ser possível de manter no dia a dia, usando ingredientes disponíveis no mercado ou feira local;
    • Basear-se em práticas sustentáveis: dar preferência a alimentos locais, da estação e produzidos de forma que causem menos impacto ambiental.

    No geral, uma rotina alimentar saudável é comer de um jeito que nutre o corpo, mas também traz prazer, preserva tradições e cabe na rotina de cada pessoa.

    Quais os benefícios da alimentação saudável?

    1. Prevenção de doenças crônicas

    O Brasil vive uma transição nutricional significativa: se por um lado a desnutrição infantil diminuiu, por outro o sobrepeso e a obesidade avançaram em todas as idades. Hoje, segundo a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um em cada dois adultos e uma em cada três crianças já estão acima do peso.

    Adotar uma dieta equilibrada é fundamental para reverter a tendência, ajudar a manter o peso sob controle e reduzir o risco de doenças crônicas como hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade e até alguns tipos de câncer.

    2. Mais energia e disposição

    Alimentos frescos, ricos em fibras e nutrientes, ajudam a regular o metabolismo e manter a energia estável ao longo do dia. Em contrapartida, produtos ultraprocessados costumam provocar picos de glicose seguidos de quedas bruscas, o que deixa a pessoa cansada e sem disposição.

    3. Melhora da saúde mental

    Estudos mostram que dietas ricas em vegetais, frutas e grãos estão ligadas a menores índices de depressão e ansiedade. Além disso, o simples ato de compartilhar refeições em família ou em grupo fortalece vínculos sociais e aumenta a sensação de bem-estar.

    4. Melhor sono

    Alimentos ricos em magnésio, como sementes, oleaginosas, espinafre e abacate, ajudam a relaxar os músculos e reduzir a ansiedade — favorecendo o descanso. Já refeições muito pesadas, com excesso de gordura saturada e ultraprocessados no jantar, dificultam a digestão e podem provocar insônia ou sono agitado.

    5. Fortalecimento da imunidade

    Um dos principais benefícios da alimentação saudável é a melhora do sistema imunológico. Nutrientes como vitamina C, vitamina D, ferro, zinco e probióticos são fundamentais para que o corpo esteja preparado para enfrentar vírus e bactérias. Uma dieta rica em frutas cítricas, vegetais variados, leguminosas e alimentos fermentados ajuda a reduzir o risco de gripes recorrentes, infecções e inflamações.

    6. Mais concentração e memória

    Alimentos ricos em ômega-3, como peixes de água fria (salmão, sardinha, atum), ajudam a proteger as células cerebrais e favorecem a memória. Castanhas, nozes e vegetais de folhas verdes fornecem antioxidantes e vitaminas que melhoram a circulação sanguínea e a oxigenação do cérebro — melhorando o foco e a concentração.

    7. Melhora da digestão

    Uma dieta rica em fibras, presente em frutas, verduras, legumes, cereais integrais e sementes, ajuda a regular o trânsito intestinal e evitar problemas como constipação e inchaço abdominal. Além disso, beber água regularmente potencializa o efeito das fibras.

    Por outro lado, o excesso de ultraprocessados, fast food e bebidas açucaradas tende a desequilibrar a flora intestinal, prejudicando não só a digestão, mas também a absorção de nutrientes.

    Como classificar os alimentos?

    Para facilitar, o Guia Alimentar para a População Brasileira divide os alimentos em quatro grupos principais, sendo eles:

    • Alimentos in natura ou minimamente processados: frutas, verduras, legumes, grãos, ovos, leite, carnes, arroz, feijão. Eles devem ser a base da alimentação;
    • Ingredientes culinários processados: óleos, manteiga, sal, açúcar. Podem ser usados em pequenas quantidades para temperar ou cozinhar;
    • Alimentos processados: pães, queijos, conservas podem fazer parte da dieta, mas com moderação;
    • Alimentos ultraprocessados: refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos, salgadinhos devem ser evitados, pois contêm excesso de sal, açúcar, gorduras ruins e aditivos.

    Como ter uma alimentação saudável no dia a dia

    Adotar uma alimentação mais saudável não significa começar com mudanças radicais, e sim dar passos consistentes no dia a dia, afirma a nutróloga Flávia Pfeilsticker.

    “Muitas pessoas acreditam que é preciso cortar totalmente açúcar e frituras para se alimentar bem. Na prática, não se trata de proibição absoluta, mas de moderação: a restrição gera compulsão. O consumo eventual de doces ou frituras não compromete a saúde, desde que a base da alimentação seja equilibrada”, explica a especialista.

    Pequenas mudanças no dia a dia já são suficientes para transformar o seu relacionamento com a comida, como:

    1. Monte pratos coloridos

    O primeiro passo é olhar para o prato e avaliar se há variedade, pois quanto mais colorida for a refeição, maior será a diversidade de nutrientes ingeridos.

    Cada tonalidade indica a presença de vitaminas e minerais específicos: o laranja da cenoura e da abóbora, por exemplo, contêm betacaroteno, importante para os olhos e a pele. Já o verde-escuro das folhas, como couve e espinafre, é rico em ferro, cálcio e fibras, que auxiliam na formação dos ossos, na prevenção da anemia e no bom funcionamento do intestino.

    “Incluir mais frutas, verduras e legumes, reduzir ultraprocessados e preferir alimentos frescos já é um grande começo. Planejar as compras e organizar a rotina de refeições também ajuda a evitar escolhas por impulso”, aponta Flávia Pfeilsticker.

    2. Priorize alimentos in natura ou minimamente processados

    A base de uma alimentação saudável deve ser composta por alimentos de verdade: frutas, verduras, legumes, cereais integrais, arroz, feijão, carnes frescas, peixes, ovos e leite.

    Eles fornecem vitaminas, minerais, fibras e proteínas que o corpo aproveita melhor. Ao contrário dos ultraprocessados, não têm excesso de aditivos, corantes ou conservantes. Quanto mais natural for o alimento, mais saudável e nutritivo ele será no prato.

    3. Reduza o consumo de ultraprocessados

    Refrigerantes, biscoitos, salgadinhos, embutidos, macarrão instantâneo e cereais açucarados são ricos em açúcar, sódio, gorduras ruins e aditivos artificiais. Além de pouco nutritivos, são formulados para serem consumidos em excesso.

    O consumo frequente está diretamente ligado ao aumento de obesidade, hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas. Isso não significa nunca mais consumir os alimentos, mas entender que eles não devem estar presentes no dia a dia.

    4. Beba água

    A água é fundamental para o transporte de nutrientes, regulação da temperatura do corpo, bom funcionamento do intestino e até da pele. Muitas vezes, a sensação de cansaço ou dor de cabeça tem relação com a falta de hidratação.

    O ideal é beber água ao longo do dia, sem esperar a sede aparecer. Substituir a água por refrigerantes ou sucos artificiais não traz o mesmo benefício, já que essas bebidas carregam açúcar e aditivos que aumentam as calorias da dieta e podem favorecer o ganho de peso.

    5. Planeje as refeições

    A correria do dia a dia faz com que muitas pessoas recorram a lanches rápidos, fast food e pedidos de aplicativo. Uma forma prática de evitar isso é planejar a semana: organizar a lista de compras, cozinhar em casa quando possível e até preparar marmitas para levar ao trabalho ou à faculdade. Ter sempre alimentos frescos e prontos ajuda a tomar decisões mais saudáveis.

    6. Coma com atenção e prazer

    Fazer as refeições com calma, sentado à mesa e, de preferência, acompanhado, melhora a digestão e favorece a sensação de saciedade. O chamado “comer consciente” evita exageros, já que você percebe melhor os sinais de fome e satisfação.

    Além disso, compartilhar refeições com familiares ou amigos fortalece vínculos sociais e torna a alimentação um momento de prazer e convivência.

    7. Evite dietas restritivas

    De acordo com Flávia, um dos principais riscos para quem está começando são os modismos alimentares e as dietas extremamente restritivas.

    Uma dieta restritiva é aquela que corta de forma intensa ou até elimina totalmente determinados grupos de alimentos ou nutrientes da alimentação diária. Normalmente, ela reduz drasticamente calorias, carboidratos, gorduras ou até proteínas.

    Apesar de oferecerem resultados rápidos, essas estratégias não são sustentáveis e podem gerar deficiências nutricionais importantes — além de queda de energia, fraqueza, perda de massa muscular e até problemas hormonais. Em muitos casos, também pode levar ao “efeito sanfona”, em que a pessoa emagrece rápido, mas recupera o peso logo depois por não conseguir manter as restrições.

    Alimentação saudável de crianças e adolescentes

    Para crianças, a alimentação saudável é essencial para crescer bem, fortalecer a imunidade e ajudar no desenvolvimento do cérebro. Nessa fase, o corpo está em formação e cada nutriente é importante para garantir energia, saúde e boa concentração.

    Vale lembrar que nenhum alimento isolado é capaz de oferecer tudo o que o organismo precisa — por isso, a variedade é fundamental.

    • Nos primeiros dois anos de vida, a orientação é que o bebê seja mantido em amamentação exclusiva até os seis meses de vida, seguido da introdução alimentar com frutas, legumes, cereais e proteínas de forma natural, sem açúcar ou ultraprocessados;
    • Na infância, a base da alimentação deve ser feita de alimentos frescos e preparados em casa. Comer em família também ajuda, já que as crianças aprendem pelo exemplo. Quando os pais valorizam frutas, verduras e refeições caseiras, os filhos tendem a seguir o mesmo caminho.

    O consumo frequente de ultraprocessados na infância, como refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e fast food, está diretamente associado ao aumento dos índices de obesidade infantil e ao desenvolvimento precoce de doenças crônicas já na adolescência, como hipertensão e diabetes tipo 2.

    Por isso, investir numa rotina alimentar desde cedo é fundamental para garantir o crescimento adequado da criança, bom desempenho escolar e proteção contra problemas de saúde no futuro.

    Como saber se a alimentação atual está prejudicando a saúde?

    Segundo a nutróloga Flávia Pfeilsticker, alguns sinais simples já mostram quando a alimentação não vai bem. Cansaço frequente, dificuldade de concentração, ganho de peso sem explicação, prisão de ventre ou diarreia são indícios de que os hábitos alimentares precisam de ajustes.

    Além dos sintomas do dia a dia, exames laboratoriais com alterações, como colesterol, glicemia e triglicérides, podem indicar que a alimentação está favorecendo o desenvolvimento de doenças crônicas.

    “Embora seja possível começar sozinho, o acompanhamento médico e nutricional é muito útil, especialmente para quem já tem doenças como diabetes, hipertensão ou obesidade”, finaliza Flávia.

    Perguntas frequentes

    1. Preciso cortar totalmente doces e frituras para ser saudável?

    A resposta é não. A alimentação saudável é sobre equilíbrio, não sobre restrição. Doces e frituras podem estar presentes em momentos específicos, desde que não façam parte da rotina diária. O problema surge quando esses alimentos ocupam mais espaço que frutas, verduras, legumes e proteínas.

    2. Como montar um prato saudável no dia a dia?

    Uma forma prática de montar um prato saudável é pensar em equilíbrio: metade com vegetais, um quarto com carboidratos como arroz integral, batata ou mandioca e o outro quarto com proteínas, que podem ser carne, frango, peixe, ovos ou leguminosas como feijão e lentilha.

    3. Qual a diferença entre processados e ultraprocessados?

    Os processados são alimentos que passam por alterações para ganhar maior durabilidade, mas ainda preservam boa parte de suas características originais, como queijos, conservas e pães. Eles podem fazer parte da alimentação, desde que consumidos com moderação.

    Já os ultraprocessados passam por diversas etapas industriais, são feitos com ingredientes artificiais e geralmente contêm aditivos químicos, excesso de sal, açúcar e gorduras ruins. Entre eles, podemos citar os refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e embutidos como salsicha e presunto. Eles devem ser evitados no dia a dia.

    4. Comer à noite engorda?

    Na verdade, o que importa é a qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos ao longo do dia, não apenas o horário. Comer à noite só será um problema se houver exagero ou escolhas muito calóricas e pesadas, que atrapalham a digestão e o sono.

    5. Preciso comer de três em três horas?

    Não existe uma regra universal. Algumas pessoas se adaptam bem a refeições mais frequentes e menores, enquanto outras preferem intervalos maiores. O importante é não passar longos períodos em jejum para evitar exageros depois e, principalmente, respeitar os sinais de fome e saciedade.

  • 10 coisas para fazer hoje e ganhar mais anos de vida 

    10 coisas para fazer hoje e ganhar mais anos de vida 

    Viver mais é muito bom. Mas viver mais com saúde é ainda melhor. Hoje, a ciência já sabe que várias coisas simples na rotina podem ajudar a ganhar anos de vida no calendário e, de quebra, deixar o dia a dia muito mais leve.

    O cardiologista Giovanni Henrique Pinto, do Hospital Albert Einstein, resume bem. “Os 5 hábitos mais comprovados para viver mais são alimentação balanceada, atividade física regular, sono de qualidade, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebida alcoólica”, conta.

    “A isso, somam-se manter peso saudável, controlar pressão, colesterol e glicemia e cultivar relações sociais, reduzindo o estresse”.

    O que fazer para viver mais – e bem

    Venha saber em mais detalhes e como você pode aplicar essas recomendações no seu dia a dia e ter mais longevidade.

    1. Coma bem, mas com prazer

    Nada de radicalismos. O que funciona mesmo é alimentação balanceada: muitos vegetais, frutas, grãos integrais, azeite, oleaginosas, peixes e carnes magras. “Padrões alimentares como o mediterrâneo ou DASH são cardioprotetores”, explica o cardiologista.

    E o que evitar? Afaste-se de alimentos ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gorduras ruins, como saturada e trans. Essas simples alterações já fazem parte de hábitos para viver mais.

    2. Mantenha-se em movimento

    Você não precisa correr maratonas para ter longevidade, a não ser que este seja um objetivo de vida. A atividade física regular, porém, é essencial para viver mais e melhor. Caminhar, pedalar, nadar ou dançar já valem muito. “A recomendação é de ao menos 150 minutos semanais de atividade moderada”, reforça o médico.

    3. Durma bem

    Sono ruim não traz só uma aparência cansada. Ele realmente envelhece por dentro. “O sono inadequado e não reparador, com menos de 6h ou mais de 9h por noite, aumenta o risco de pressão alta, arritmias e diabetes”, alerta o cardiologista. A meta, então, é dormir de 7 e 9 horas de sono reparador por noite, para adultos, para ganhar mais anos de vida.

    4. Diga não ao cigarro

    O cigarro encurta a vida, e isso não é brincadeira. Parar de fumar aos 40 anos, por exemplo, elimina cerca de 90% do risco extra de mortalidade causado pelo tabagismo. “Mesmo entre 45 e 54 anos, parar de fumar pode fazer a pessoa recuperar cerca de 6 anos de vida”, afirma o médico.

    5. Consuma álcool com moderação

    Se você tem costume de ingerir bebidas alcoólicas, faça isso de forma moderada. O excesso está ligado a doenças do coração, do fígado e a vários tipos de câncer.

    6. Controle peso, pressão e exames

    Manter um peso saudável e fazer check-ups regulares é bem importante e fazem parte dos hábitos para viver mais. “Medir pressão, colesterol, glicemia e função dos rins, além de eletrocardiograma e, se necessário, teste ergométrico ou outros exames cardiológicos ajudam a detectar doenças silenciosas”, orienta o especialista.

    7. Movimente os músculos também

    Aqui vai mais uma dica para viver mais. Não é só o exercício aeróbico que conta, o treino de força faz diferença e é recomendado também. O ideal é reservar dois dias por semana de musculação ou exercícios resistidos que ajudam a preservar ou aumentar os músculos.

    8. Cuide da sua mente

    O estresse crônico é um ladrão de anos de vida. “Ele eleva hormônios como adrenalina e cortisol, que aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca”, explica o cardiologista.

    “Isso aumenta o risco de pressão alta, arritmias, infarto e até um problema no coração induzido pelo estresse, a síndrome de Takotsubo ou ‘síndrome do coração partido’”, detalha o especialista.

    Quem quer viver mais se programa para fazer pausas, ter hobbies e momentos de relaxamento na rotina.

    9. Cultive bons relacionamentos

    Amigos e família fazem bem para o coração além do sentido figurado. Estudos mostram que conexões sociais reduzem estresse e podem até prolongar a vida em comparação com quem vive na solidão. Cultivar essas amizades são hábitos saudáveis para viver mais.

    10. Nunca é tarde para começar

    Talvez você pense que já passou da idade para mudar e ter bons hábitos para viver mais, mas o cardiologista garante que não.

    “Mesmo começando aos 40 ou 50 anos, mudanças de estilo de vida reduzem rapidamente o risco cardiovascular e aumentam a expectativa e a qualidade de vida”, diz o médico.

    “Estudos mostram que mudanças saudáveis mesmo após os 50 anos reduzem risco de infarto, AVC e morte prematura. Nunca é tarde para parar de fumar, começar a se exercitar e adotar hábitos saudáveis”, aconselha.

    7 práticas que mais encurtam a vida

    • Fumar;
    • Excesso de peso, especialmente aquele na região da barriga;
    • Sedentarismo;
    • Alimentação ultraprocessada;
    • Pressão alta não tratada;
    • Colesterol alto;
    • Diabetes mal controlado.

    “Esses fatores, juntos, são responsáveis por mais de 70% das mortes cardiovasculares evitáveis”, alerta o médico.

    Perguntas frequentes sobre como viver mais

    1. Existe uma dieta ideal para viver mais?

    Sim. Padrões como a dieta mediterrânea e DASH, ricas em vegetais, frutas, grãos integrais, azeite e peixes, são protetores do coração.

    2. Quantos minutos de exercício devo fazer por semana?

    Pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de intensa, mais dois dias de treino de força, como musculação, por exemplo.

    3. Dormir demais faz mal?

    Sim. Mais de 9 horas por noite de forma habitual pode estar associado a maior risco de doenças. Dormir menos que 7 horas por dia, no entanto, também faz mal.

    4. Parar de fumar depois dos 50 anos ainda vale a pena?

    Sim. O risco de infarto e morte precoce cai significativamente, mesmo em idades mais avançadas. É sempre melhor mudar hábitos do que esperar ainda mais tempo.

    5. O estresse realmente pode matar?

    Sim. O estresse crônico eleva hormônios que sobrecarregam o coração e aumentam as chances de doenças graves.

    6. Quais exames médicos ajudam na prevenção?

    Pressão arterial, colesterol, glicemia, função dos rins, eletrocardiograma e, quando indicado, teste ergométrico ou outros exames cardiológicos.

    7. Posso viver mais mesmo se tiver histórico familiar de doenças cardíacas?

    Sim. Hábitos saudáveis podem reduzir o impacto da genética.

    8. Preciso cortar totalmente o álcool para viver mais?

    Não necessariamente, mas é preciso moderação. Quanto menos, melhor para a saúde a longo prazo.