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  • Teste ergométrico: o exame da esteira que coloca o coração à prova 

    Teste ergométrico: o exame da esteira que coloca o coração à prova 

    O teste ergométrico, popularmente conhecido como exame da esteira, é um dos recursos mais utilizados pelos cardiologistas para avaliar como o coração se comporta diante do esforço físico. Ao contrário dos exames em repouso, ele coloca o organismo em movimento e pode revelar alterações que passariam despercebidas em condições normais.

    Por conta disso, esse exame se tornou muito importante no diagnóstico precoce de doenças cardíacas e no acompanhamento de quem já tem fatores de risco.

    O que é o teste ergométrico?

    O teste ergométrico é um exame que avalia o funcionamento do coração durante o esforço físico. Ele registra a atividade elétrica do coração, a frequência e a pressão arterial enquanto a pessoa caminha ou corre em uma esteira ou pedala em bicicleta ergométrica.

    A intenção do exame é identificar alterações que só aparecem quando o coração precisa trabalhar mais.

    Como o exame é feito?

    • A pessoa fica com eletrodos colados no peito, ligados a um aparelho de eletrocardiograma;
    • Caminha em uma esteira que vai aumentando a velocidade e a inclinação em etapas programadas, respeitando o cansaço de cada um;
    • Durante todo o exame, a pressão arterial também é monitorada;
    • O médico interrompe o teste caso a pessoa sinalize cansaço extremo, dor no peito, ou o profissional identifique arritmias ou outros indícios preocupantes.

    Em média, o exame dura 15 a 20 minutos, contando já com o aquecimento e a recuperação.

    Confira: Como o estresse afeta o coração e o que fazer para proteger a saúde cardiovascular

    Para que serve o teste ergométrico?

    O exame pode identificar:

    • Isquemia cardíaca: quando falta oxigênio no músculo do coração;
    • Arritmias desencadeadas pelo esforço físico;
    • Capacidade física e condicionamento;
    • Resposta da pressão arterial ao exercício.

    Quem deve fazer o teste ergométrico?

    O médico pode solicitar o exame para:

    • Pessoas com dor no peito, palpitações ou falta de ar;
    • Avaliar o risco em pacientes com fatores como pressão alta, diabetes, colesterol alto ou histórico de infarto na família;
    • Atletas ou praticantes de atividade física que precisam de liberação para esportes de alta intensidade;
    • Pacientes em acompanhamento após infarto ou cirurgia cardíaca.

    Veja mais: Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer

    Quem não deve fazer?

    O teste pode não ser indicado em casos de doenças cardíacas graves, limitações físicas ou quando existe um risco considerável de complicações. Nessas situações, o cardiologista pode escolher outros exames para avaliar o coração.

    Perguntas frequentes sobre teste ergométrico

    1. Precisa de preparo para o teste ergométrico?

    Sim. É importante usar roupas leves e tênis para o exame. Alguns remédios ou alimentos podem precisar ser ajustados ou suspensos antes, mas tudo conforme orientação médica.

    2. O teste ergométrico detecta infarto?

    Ele não mostra se a pessoa já teve um infarto antigo, mas pode indicar risco de um infarto futuro se aparecerem sinais de isquemia durante o esforço.

    3. Todo mundo pode fazer o exame?

    Não. Pessoas com doenças cardíacas graves ou problemas ortopédicos importantes geralmente não fazem o exame, e o médico substitui o teste por outra avaliação cardiológica.

    4. É possível fazer o teste ergométrico pelo SUS?

    Sim, o teste ergométrico está disponível no SUS, mas pode ter fila de espera em algumas regiões.

    5. Crianças ou idosos podem fazer o teste?

    Sim, desde que o médico tenha indicado e seja feito um acompanhamento também.

    6. O resultado sai na hora?

    O traçado é registrado no momento, mas o cardiologista precisa interpretá-lo para fazer o laudo, e isso pode demorar algum tempo.

    7. O teste ergométrico é o mesmo que ergometria?

    Sim, são nomes diferentes para o mesmo exame.

    O teste ergométrico dói?

    Não. O que pode acontecer é a pessoa sentir cansaço ou falta de ar, pois o esforço é parte do exame. Mas tudo é feito de forma controlada e segura, com o acompanhamento do cardiologista.

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