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  • 5 testes obrigatórios que devem ser feitos no recém-nascido

    5 testes obrigatórios que devem ser feitos no recém-nascido

    Logo após o nascimento, uma das primeiras medidas de cuidado com o bebê é garantir que ele passe pelos testes do recém-nascido, ou testes de triagem neonatal. Simples e rápidos, esses exames são fundamentais para detectar de maneira precoce doenças ou alterações que ainda não apresentam sintomas, mas que podem comprometer o desenvolvimento da criança se não forem tratadas a tempo.

    Realizados gratuitamente nas maternidades e postos de saúde, os testes ajudam a identificar condições que envolvem audição, visão, coração, metabolismo e fala. Quanto antes o diagnóstico é feito, maiores são as chances de o bebê crescer saudável e se desenvolver plenamente.

    Veja quais exames de triagem neonatal são obrigatórios por lei e devem ser feitos em todos os recém-nascidos. Eles têm como objetivo identificar precocemente doenças ou condições que, se tratadas logo no início da vida, podem garantir melhor desenvolvimento da criança.

    De acordo com o Ministério da Saúde, os principais são:

    Teste do pezinho

    O teste do pezinho é feito com algumas gotinhas de sangue retiradas do calcanhar do bebê, geralmente entre o 3º e o 5º dia de vida. Ele tem a função de rastrear doenças que não apresentam sinais logo após o nascimento, mas que podem trazer complicações sérias se não forem tratadas cedo.

    Hoje, o teste consegue identificar condições como:

    • Fenilcetonúria;
    • Hipotireoidismo congênito;
    • Fibrose cística;
    • Doenças falciformes;
    • Hiperplasia adrenal congênita;
    • Deficiência de biotinidase.

    Teste do olhinho

    O teste do olhinho serve para avaliar a saúde ocular logo no início da vida. O pediatra projeta uma luz nos olhos do bebê por meio de um aparelho específico. Se o reflexo for avermelhado ou alaranjado, é sinal de que a visão está normal. Caso o reflexo apareça esbranquiçado ou com alterações, a criança deve ser encaminhada ao oftalmologista para investigação.

    Teste do coraçãozinho

    O teste do coraçãozinho é feito com um oxímetro de pulso, um aparelhinho que mede a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos. Ele pode identificar, de forma precoce, problemas cardíacos congênitos.

    O exame deve ser realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento, antes de o bebê receber alta da maternidade.

    Teste da linguinha

    O teste da linguinha observa o frênulo da língua — aquela pequena membrana que fica embaixo dela e conecta à boca. Alterações nessa estrutura podem limitar os movimentos da língua e atrapalhar a pega correta durante a amamentação. A detecção precoce permite tratar e evitar dificuldades futuras na fala e na alimentação.

    Teste da orelhinha

    O teste da orelhinha verifica se o bebê ouve normalmente desde os primeiros dias de vida. Feito com um pequeno fone colocado no ouvido do recém-nascido, o exame é rápido, indolor e seguro. Ele permite detectar qualquer grau de perda auditiva ainda no início do desenvolvimento.

    Se alguma alteração for identificada, a equipe de saúde inicia o acompanhamento e o tratamento precoce, aproveitando a fase em que o cérebro do bebê está mais receptivo aos sons e à formação da fala.

    Quando a deficiência auditiva não é diagnosticada cedo, a criança pode ter atraso na fala, dificuldade de aprendizagem e até impactos sociais e emocionais. Por isso, o teste é obrigatório e essencial para garantir um bom desenvolvimento auditivo e linguístico.

    Leia também: Criptorquidia: o que é, causas, fatores de risco e cirurgia

    Perguntas frequentes sobre os testes do recém-nascido

    1. Todos os testes do recém-nascido são obrigatórios por lei?

    Sim. Os testes do pezinho, olhinho, coraçãozinho, linguinha e orelhinha são obrigatórios em todo o Brasil, conforme o Ministério da Saúde.

    2. Quando esses exames devem ser feitos?

    Eles são realizados ainda nos primeiros dias de vida. O teste do pezinho, entre o 3º e o 5º dia, e os demais, antes da alta da maternidade.

    3. O bebê sente dor durante os testes?

    Apenas o teste do pezinho envolve uma pequena picada no calcanhar. Os outros são indolores, rápidos e seguros.

    4. E se algum teste apontar alteração?

    O bebê será encaminhado para avaliação médica e acompanhamento especializado. A detecção precoce permite que o tratamento seja feito mais rápido.

    5. O teste do pezinho do SUS é o mesmo da rede particular?

    O teste ampliado oferecido por laboratórios particulares pode incluir mais doenças, mas o teste básico do SUS já rastreia as principais condições previstas em lei.

    6. É possível fazer os testes em casa?

    Não. Todos devem ser realizados por profissionais de saúde qualificados, em maternidades, postos de saúde ou laboratórios credenciados.

    7. O que acontece se os testes não forem feitos?

    A falta dessa triagem pode atrasar o diagnóstico de doenças graves, e isso pode comprometer o crescimento e o desenvolvimento do bebê.

    Veja mais: Teste da orelhinha: para que serve e como é feito

  • Teste da orelhinha: para que serve e como é feito

    Teste da orelhinha: para que serve e como é feito

    Com a chegada de um recém-nascido, há uma série de exames que devem ser realizados nos primeiros dias de vida para garantir que o bebê esteja saudável. Um deles é o teste da orelhinha, também conhecido como triagem auditiva neonatal (TAN), que ajuda a identificar precocemente possíveis alterações na audição.

    Segundo a Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, cerca de 1 em cada 1.000 crianças já nasce com surdez ou com algum grau severo de perda auditiva, caracterizada como congênita. O número pode ser ainda maior em crianças prematuras ou que apresentaram complicações durante a gestação ou o parto.

    Com a orientação de um especialista, reunimos as principais informações sobre o exame e como ele é feito, além de outros testes obrigatórios para recém-nascidos no Brasil.

    Para que serve o teste da orelhinha?

    O teste da orelhinha serve para verificar se o bebê apresenta algum grau de perda auditiva já nos primeiros dias de vida, o que permite identificar possíveis alterações de forma precoce.

    Quando isso acontece, os profissionais de saúde podem iniciar o acompanhamento e, se necessário, o tratamento ainda nos primeiros meses, fase em que o desenvolvimento da audição e da fala é mais intenso.

    Quando a deficiência auditiva não é diagnosticada logo cedo, a criança pode apresentar atrasos no desenvolvimento da fala, dificuldades de aprendizagem e até impacto na vida social e emocional.

    Afinal, o bebê começa a ouvir ainda na barriga da mãe, por volta do quinto mês de gestação. Desde cedo, os sons ajudam no seu desenvolvimento, especialmente na construção da linguagem.

    Quando existe alguma perda auditiva, mesmo que pequena, o bebê deixa de receber estímulos sonoros importantes — o que pode atrapalhar o aprendizado da fala e da comunicação.

    Como é feito o teste da orelhinha?

    O teste da orelhinha é feito por profissionais capacitados, geralmente fonoaudiólogos, ainda na maternidade. De acordo com o otorrinolaringologista Giuliano Bongiovanni, é um exame indolor, rápido, a criança mal percebe que está sendo feito e não depende da colaboração dela.

    No teste, uma pequena sonda, que parece um fone de ouvido macio, é colocada delicadamente na entrada do canal auditivo do recém-nascido — e é conectada a um aparelho que emite sons de baixa intensidade.

    O aparelho emite sons suaves e a sonda capta a resposta do ouvido interno do bebê (a cóclea). O ouvido de uma criança com audição normal, ao receber esses sons, produz um eco que o aparelho consegue registrar. Se a resposta for captada pelo aparelho, indica que a audição do pequeno está funcionando bem.

    E quando o teste apresenta alteração?

    Quando o teste aponta alguma alteração, Giuliano aponta que pode ser necessário a realização do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE), também conhecido como BERA, um exame complementar que verifica como o nervo auditivo e o cérebro respondem a estímulos sonoros, fornecendo dados mais precisos sobre o tipo e o grau da perda.

    Nessa etapa, também é feita a diferenciação entre crianças de baixo e alto risco. Nos bebês de baixo risco, em geral, Giuliano explica que as emissões otoacústicas (teste da orelhinha) já são suficientes.

    Já em crianças consideradas de alto risco (como as que tiveram complicações perinatais ou precisaram de internação em UTI), o BERA deve ser realizado desde o início, independentemente do resultado da triagem inicial.

    Uma vez identificado o tipo e o grau da perda, a criança é direcionada para um programa de intervenção precoce. O acompanhamento inclui a orientação da família, a adaptação ao uso de aparelhos auditivos ou implante coclear, quando indicado, e o início da terapia fonoaudiológica.

    Confira: Janela imunológica: como prevenir alergia alimentar em bebês

    Quando fazer o teste da orelhinha?

    O ideal é que o teste da orelhinha seja feito ainda na maternidade, antes da alta hospitalar. Isso costuma acontecer entre as primeiras 24 e 48 horas de vida.

    Se por algum motivo o bebê não fizer o teste ainda na maternidade, os pais ou responsáveis podem e devem procurar um serviço de saúde do SUS ou clínica especializada para realizar o exame gratuitamente até os 30 primeiros dias de vida.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria reforçam o protocolo conhecido como 1-3-6:

    1. 1 mês: o teste inicial de audição deve ser feito preferencialmente nas primeiras 24 a 48 horas de vida do bebê, ainda na maternidade, ou no máximo até o 1º mês de vida. Isso ajuda a identificar rapidamente se há alguma alteração auditiva;
    2. 3 meses: se houver alteração, um diagnóstico completo e aprofundado deve ser realizado por um fonoaudiólogo até os 3 meses de vida;
    3. 6 meses: se a perda auditiva for confirmada, o processo de intervenção, que pode incluir o uso de aparelhos auditivos ou implante coclear, deve ser iniciado o quanto antes, idealmente até os 6 meses de vida.

    O protocolo garante que, mesmo em casos de perda auditiva, a criança tenha tempo de iniciar a intervenção precoce e desenvolver fala e linguagem sem grandes prejuízos.

    É um teste obrigatório?

    Sim, a triagem auditiva neonatal é considerada um exame obrigatório em todo o Brasil, garantido por lei e pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, todos os hospitais e maternidades devem oferecer gratuitamente o exame a todos os recém-nascidos antes da alta hospitalar.

    Perguntas frequentes sobre teste da orelhinha

    1. O que os pais devem fazer se a maternidade não oferecer os testes?

    Se algum dos exames obrigatórios não for realizado na maternidade, os pais devem procurar imediatamente uma unidade de saúde do SUS para agendar.

    O sistema público garante todos esses testes de forma gratuita, e é um direito da criança recebê-los. Caso haja negativa do hospital, os responsáveis podem exigir a realização com base na legislação vigente.

    2. O bebê precisa de algum preparo para fazer os testes obrigatórios?

    Não, nenhum dos testes neonatais exige preparo especial. O bebê pode estar mamando, dormindo ou até mesmo chorando durante a realização. Para o teste do pezinho, a recomendação é apenas que ele seja feito entre o 3º e o 5º dia de vida, porque nesse período as doenças rastreadas ficam mais fáceis de identificar.

    3. O teste da orelhinha dói?

    Não, o exame é completamente indolor, não exige picadas, agulhas ou cortes. O bebê pode até estar dormindo durante o procedimento, que dura em torno de 5 a 10 minutos.

    4. Qual o valor do teste da orelhinha?

    O teste da orelhinha é gratuito em todo o Brasil porque é garantido por lei desde 2010. Todos os hospitais e maternidades, sejam públicos ou privados, devem realizar o exame sem custo para a família.

    5. O teste da orelhinha pode ser feito em crianças maiores?

    Sim, mas nesse caso já não é considerado triagem neonatal e pode exigir outros exames auditivos complementares. O recomendado é que todos os bebês façam até o primeiro mês de vida. Depois disso, existem outros métodos de avaliação da audição infantil, indicados pelo pediatra ou pelo otorrino.

    6. O que é o exame PEATE e quando ele é indicado?

    O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) é um exame complementar usado quando o teste da orelhinha apresenta alteração ou quando o bebê tem fatores de risco. Ele avalia como o nervo auditivo e o cérebro respondem aos estímulos sonoros, oferecendo informações mais detalhadas sobre o grau e o tipo de perda auditiva. É seguro, indolor e pode ser feito em bebês pequenos.

    Leia mais: Criptorquidia: o que é, causas, fatores de risco e cirurgia