Tag: saúde caradiovascular

  • PCR ultrassensível: o que é, para que serve e valores de referência

    PCR ultrassensível: o que é, para que serve e valores de referência

    Quando o organismo está convivendo com algum processo inflamatório ou infeccioso, ele aciona mecanismos de defesa para controlar o problema, como ocorre com o aumento da proteína C reativa no sangue.

    Produzida pelo fígado, ela circula rapidamente pela corrente sanguínea e funciona como um sinal de que o sistema imune está em alerta, mesmo quando você não apresenta sintomas.

    Como pequenas variações do marcador já podem indicar inflamações discretas, o exame de PCR ultrassensível se tornou importante para detectar alterações mínimas, avaliar risco cardiovascular e acompanhar doenças que envolvem inflamação contínua no corpo.

    O que é a proteína C reativa ultrassensível?

    A proteína C reativa é uma proteína produzida pelo fígado e liberada na corrente sanguínea quando o organismo enfrenta um processo inflamatório ou infeccioso, mesmo que muito discreto. Ela é usada para avaliar a possibilidade de existir alguma infecção ou inflamação não visível, além de avaliar o risco que uma pessoa tem de desenvolver doenças cardiovasculares.

    Segundo a cardiologista Juliana Soares, o exame PCR ultrassensível utiliza um método mais sensível para detectar a presença da PCR mesmo em concentrações muito baixas.

    Para que serve o exame PCR ultrassensível?

    O exame PCR ultrassensível serve para identificar uma inflamação crônica de baixo grau no organismo, algo que muitas vezes não causa sintomas, mas está fortemente associada ao desenvolvimento e rompimento de placas de gordura nas artérias (processo chamado aterosclerose) — o que podem levar a situações como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

    Por isso, ele é usado como um marcador de risco cardiovascular, ajudando a estimar a probabilidade de ocorrer um evento cardíaco mesmo em quem não apresenta sinais evidentes de doença.

    A avaliação permite identificar pessoas que, mesmo com exames tradicionais aparentemente normais, podem estar vivendo um processo inflamatório contínuo que eleva de forma discreta o risco para o coração.

    Para complementar, o PCR ultrassensível é útil para monitorar a resposta ao tratamento da inflamação, que pode incluir desde mudanças no estilo de vida até o uso de medicamentos.

    Importante: o resultado do PCR não mostra qual é a causa da inflamação ou da infecção, apenas indica que o organismo está reagindo a algum processo inflamatório. Por isso, o médico precisa avaliar o valor encontrado junto do histórico de saúde da pessoa e, se necessário, solicitar outros exames para identificar a origem do problema de forma precisa.

    Como o exame é feito?

    O exame PCR ultrassensível é simples e feito por meio de uma coleta de sangue, realizada em laboratório ou unidade de saúde. A amostra é enviada para análise, onde técnicas mais sensíveis conseguem identificar quantidades muito pequenas da proteína C reativa circulando no organismo.

    Na maior parte dos casos, não é necessário fazer jejum para o exame, apesar de alguns serviços possam solicitar conforme o protocolo interno. O ideal é que a coleta seja feita quando a pessoa estiver sem sinais de infecção, febre ou inflamação recente, porque qualquer quadro agudo eleva temporariamente o valor e interfere na interpretação.

    O resultado é liberado em unidades de miligrama por litro (mg/L), e a interpretação deve sempre feita por um médico, considerando o contexto clínico, fatores de risco associados, histórico pessoal e outros exames que compõem a avaliação cardiovascular.

    Valores de referência do PCR ultrassensível

    A interpretação do PCR ultrassensível é feita a partir da quantidade da proteína C reativa no sangue, medida em miligrama por litro (mg/L). A leitura dos valores ajuda a entender se há uma inflamação discreta no organismo e qual é o risco cardiovascular associado.

    Os resultados do exame costumam ser avaliados em duas situações diferentes:

    Indicadores relacionados ao risco cardiovascular

    • Abaixo de 0,1 mg/dL: risco baixo;
    • Entre 0,1 e 0,3 mg/dL: risco intermediário;
    • Acima de 0,3 mg/dL: risco elevado.

    Indicadores relacionados a infecções ou inflamações agudas

    • Entre 1,0 e 5,0 mg/dL: quadro compatível com infecções virais ou inflamações leves;
    • Entre 5,1 e 20,0 mg/dL: sugestivo de infecções bacterianas ou inflamações sistêmicas;
    • Acima de 20,0 mg/dL: associado a infecções graves, queimaduras extensas ou traumas importantes.

    É importante ressaltar que a interpretação de qualquer exame laboratorial, incluindo a PCR, deve sempre ser feita por um médico, correlacionando os resultados com o histórico clínico e outros exames do paciente.

    Com que frequência o exame deve ser feito?

    A frequência do exame varia de pessoa para pessoa e depende dos fatores de risco, do estado de saúde e do tipo de acompanhamento necessário, segundo Juliana.

    No começo, o médico costuma pedir o PCR ultrassensível para entender o risco cardiovascular inicial, junto com outros exames. Depois, o teste pode ser repetido para verificar se o tratamento e as mudanças de hábitos estão funcionando.

    Assim, o PCR ultrassensível pode ser feito novamente ao longo do acompanhamento, sempre junto dos exames de rotina.

    Qual a diferença entre PCR comum e PCR ultrassensível?

    De acordo com Juliana, a diferença principal está na sensibilidade do exame. A proteína C reativa aparece no sangue quando o organismo enfrenta inflamação ou infecção, mas a capacidade de detectar pequenas quantidades varia conforme o tipo de teste.

    O PCR comum só identifica valores acima de um certo limite, funcionando melhor para investigar inflamações ou infecções agudas.

    Por outro lado, o PCR ultrassensível detecta quantidades muito pequenas da proteína, permitindo avaliar inflamação crônica de baixo grau ligada ao risco cardiovascular. Por isso, o objetivo de cada exame é diferente.

    Quais fatores podem causar o aumento do PCR ultrassensível?

    Os fatores de risco ligados às doenças cardiovasculares costumam gerar inflamação contínua no organismo, segundo Juliana, o que aumenta a PCR ultrassensível:

    • Diabetes e resistência à insulina;
    • Sedentarismo;
    • Hipertensão;
    • Obesidade;
    • Tabagismo;
    • Doenças inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, lúpus e vasculites;
    • Infecções bacterianas ou virais.

    Como reduzir o PCR ultrassensível?

    Primeiro de tudo, para reduzir os níveis de PCR, é necessário tratar a causa responsável pela inflamação — seja uma infecção ou uma doença autoimune, com antibióticos ou anti-inflamatórios, conforme indicado pelo médico.

    Ao mesmo tempo, adotar mudanças no estilo de vida ajuda a controlar a inflamação de baixo grau que costuma elevar o PCR ultrassensível ao longo do tempo, como:

    • Prática regular de atividade física, mesmo em intensidade moderada;
    • Alimentação rica em frutas, verduras, legumes, peixes, azeite e alimentos naturais;
    • Redução do consumo de ultraprocessados, açúcar e gordura saturada;
    • Perda de peso quando há excesso, especialmente da gordura abdominal;
    • Abandono do cigarro;
    • Controle da glicemia e da resistência à insulina;
    • Sono adequado e rotina de descanso regular;
    • Melhora do estresse por meio de lazer, meditação, respiração ou terapia;
    • Uso de medicações orientadas pelo médico, como estatinas, quando necessário.

    Vale destacar que apenas um médico pode prescrever tratamentos ou medicamentos para reduzir a inflamação. Não se automedique!

    Leia também: Suspeita de infarto: conheça os erros que colocam vidas em risco e saiba como agir

    Perguntas frequentes

    Por que o PCR ultrassensível é importante para o coração?

    A formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose) ocorre quando há inflamação contínua no endotélio. A PCR ultrassensível funciona como um alerta para esse tipo de inflamação discreta, mostrando que o organismo pode estar construindo um ambiente de risco para aterosclerose, rompimento de placas e eventos como infarto ou AVC.

    A interpretação permite planejar medidas de prevenção de forma mais precisa.

    O PCR ultrassensível pode estar alto mesmo sem sintomas?

    A inflamação de baixo grau costuma acontecer de forma silenciosa, sem febre, dor ou qualquer sinal claro de que o organismo está reagindo a algum estímulo. A PCR ultrassensível consegue identificar alterações inflamatórias que não costumam causar sintomas imediatos, mas aumentam o risco cardiovascular com o passar dos anos.

    A pessoa pode se sentir bem, trabalhar normalmente e não apresentar nenhum desconforto, e ainda assim ter um valor de PCR mais alto por causa dessa inflamação discreta que atua de forma contínua nos vasos sanguíneos.

    Infecções pequenas podem alterar o exame?

    Qualquer infecção recente, desde resfriados até inflamações dentárias, pode aumentar a PCR temporariamente. O sistema imunológico libera proteínas inflamatórias para combater o agente infeccioso, e isso aparece no exame.

    Por isso, o valor só deve ser interpretado quando a pessoa estiver bem, sem sintomas e sem sinais de infecção recente. Quando existe dúvida sobre o momento da coleta, o médico pode orientar a repetição do exame para evitar interpretações erradas.

    A PCR ultrassensível pode ajudar a identificar risco em pessoas com exames normais?

    Existem pessoas com colesterol e glicemia dentro da normalidade, mas que mantêm inflamação mínima e contínua, o que a PCR ultrassensível permite identificar.

    Quando o valor está alto, mesmo com outros exames normais, isso indica que o organismo já enfrenta uma inflamação contínua que favorece a formação e a instabilidade de placas dentro das artérias. Assim, o médico consegue orientar mudanças mais específicas para proteger o coração a longo prazo.

    O consumo de álcool pode alterar o PCR ultrassensível?

    O álcool, quando consumido em excesso, aumenta a inflamação no fígado, no estômago e nos vasos sanguíneos, criando um ambiente que sobrecarrega todo o organismo.

    A longo prazo, ocorre elevação da PCR e crescimento do risco cardiovascular, já que a inflamação contínua afeta a pressão, o metabolismo e o funcionamento dos tecidos.

    Até o uso moderado, se for frequente, pode influenciar a resposta inflamatória e manter o corpo em estado de alerta permanente. A redução do álcool costuma ser acompanhada de queda da PCR, melhora do bem-estar, sono mais estável e recuperação gradual das funções metabólicas.

    Confira: Dor no ombro esquerdo pode ser infarto? Saiba como identificar

  • Cortisol: o que é, como diminuir e sinais de que está alto

    Cortisol: o que é, como diminuir e sinais de que está alto

    Presente na maioria dos processos fisiológicos do corpo humano, o cortisol funciona como um dos principais hormônios de adaptação do organismo, porque ajuda o corpo a reagir a estímulos externos, equilibrar a produção de energia ao longo do dia e modular a forma como cada pessoa responde a situações de estresse físico ou emocional.

    Mas você sabe por que ele é conhecido como hormônio do estresse? Conversamos com a cardiologista Juliana Soares para entender o impacto do cortisol alto na saúde, como identificar alterações nos níveis do hormônio e medidas que podem ajudar a diminuir seus efeitos.

    Afinal, o que é cortisol?

    O cortisol é um hormônio da classe dos glicocorticóides, produzido pelas glândulas adrenais (ou suprarrenais), que ficam localizadas acima dos rins. Ele participa de vários processos do organismo, contribuindo para regular a produção de energia, controlar a resposta inflamatória, manter a pressão arterial estável e ajustar a forma como o corpo reage a situações de alerta.

    De acordo com Juliana, ele é chamado de hormônio do estresse porque sua liberação aumenta principalmente diante de situações de estresse físico ou emocional. Ele ajuda o corpo a produzir mais energia, estimulando o fígado a liberar glicose e ajustando a pressão arterial para que a pessoa consiga enfrentar momentos de tensão com mais preparo.

    A cardiologista também explica que o cortisol favorece a vasoconstrição das artérias, ajudando a manter a pressão arterial — além de seguir um ritmo natural conhecido como ciclo circadiano: níveis mais altos pela manhã para estimular o despertar e níveis mais baixos à noite para facilitar o descanso.

    Cortisol alto faz mal?

    Apesar do efeito rápido do cortisol ser adequado ao organismo, ele pode trazer problemas para a saúde quando se mantém alto de forma crônica e prolongada, segundo Juliana.

    A produção aumentada mantém o corpo em estado constante de alerta, algo que deveria acontecer apenas em situações pontuais, e não diariamente.

    Entre os efeitos no coração e no sistema cardiovascular, a especialista destaca:

    • Aumento da pressão arterial, por causa da constrição dos vasos sanguíneos;
    • Maior retenção de sódio e água, o que contribui para elevar ainda mais a pressão;
    • Desequilíbrio no perfil de colesterol, com aumento do colesterol ruim e dos triglicerídeos;
    • Elevação da glicose no sangue, já que o fígado libera mais açúcar, favorecendo a resistência à insulina;
    • Maior risco de diabetes, devido ao excesso prolongado de glicose circulante;
    • Acúmulo de gordura abdominal (obesidade central), associado a maior risco cardiovascular;
    • Aumento do risco de infarto e AVC, pela soma de alterações na pressão, glicemia e colesterol;
    • Perda de massa muscular, causada pelo aumento do catabolismo e maior quebra de proteínas.

    O que pode causar o cortisol alto?

    O cortisol alto pode surgir quando o organismo permanece em estado de alerta por mais tempo do que deveria, devido a fatores do dia a dia que mantêm a liberação acelerada e desregulam o equilíbrio natural. Alguns dos principais fatores incluem:

    • Estresse crônico, ligado ao acúmulo de responsabilidades, pressão no trabalho, conflitos emocionais ou rotina sem pausas;
    • Privação de sono, já que noites curtas ou mal dormidas desorganizam o ciclo circadiano, que controla a liberação do hormônio;
    • Ansiedade persistente, que mantém o sistema nervoso em alerta e estimula a produção contínua de cortisol;
    • Treinos físicos muito intensos sem descanso adequado, que funcionam como estresse para o organismo;
    • Alimentação desregulada, com excesso de açúcar, cafeína e ultraprocessados, que favorecem maior liberação do hormônio;
    • Doenças como depressão, síndrome de Cushing ou resistência à insulina, que podem alterar o funcionamento das glândulas adrenais;
    • Uso prolongado de corticoides, já que medicamentos dessa classe interferem diretamente no eixo que regula o cortisol.

    Quais os sintomas do cortisol alto?

    A identificação dos sintomas de cortisol alto pode ser difícil no começo, porque muitos sinais aparecem de forma discreta e se confundem com cansaço comum. Entre os mais frequentes, é possível destacar:

    • Ganho de peso, especialmente na região abdominal e no rosto, conhecido como “face de lua cheia”;
    • Aumento da pressão arterial, causado pela constrição dos vasos sanguíneos;
    • Elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), devido ao estímulo constante do fígado para liberar mais açúcar;
    • Perda de massa muscular, mesmo com aumento de peso, por causa da maior quebra de proteínas;
    • Alterações emocionais, como ansiedade, irritabilidade e dificuldade de concentração;
    • Mudanças no humor, com maior risco de depressão;
    • Distúrbios de sono, incluindo insônia e noites de sono de má qualidade.

    Ter cortisol baixo também pode ser um problema?

    Quando a produção do cortisol diminui além do esperado, o corpo perde a capacidade de responder bem ao estresse e de manter o equilíbrio de energia ao longo do dia.

    Segundo Juliana, isso pode estar relacionado a uma condição conhecida como insuficiência adrenal (ou doença de Addison), na qual as glândulas suprarrenais não conseguem produzir cortisol em quantidade suficiente.

    Os principais sinais de cortisol baixo incluem:

    • Cansaço extremo que não melhora com descanso;
    • Fraqueza muscular;
    • Perda de peso sem explicação;
    • Tontura e queda de pressão;
    • Episódios de hipoglicemia;
    • Náuseas e mal-estar;
    • Irritabilidade e dificuldade de manter o foco.

    A condição exige avaliação médica, porque o organismo depende do cortisol para manter a pressão arterial, regular a glicose e responder a situações de estresse.

    Como é feita a avaliação dos níveis de cortisol?

    A avaliação dos níveis de cortisol é feita por meio de exames que medem a quantidade do hormônio no organismo ao longo do dia, já que a produção varia naturalmente entre manhã e noite. Juliana aponta os principais exames:

    • Cortisol sérico (sangue): coletado normalmente pela manhã, quando o hormônio está no pico natural. Ele ajuda a identificar aumentos ou quedas importantes na produção;
    • Cortisol urinário de 24 horas: a urina é coletada durante um dia inteiro para medir a quantidade total de cortisol livre produzida no período. É útil para investigar aumento persistente do hormônio;
    • Cortisol salivar noturno: avalia a concentração do hormônio à noite, horário em que o nível deveria estar baixo. Valores elevados ajudam no diagnóstico de produção excessiva de cortisol.

    Vale destacar que o resultado sempre deve ser interpretado junto com a avaliação do ritmo diário do hormônio, do histórico da pessoa e de outros exames complementares.

    Como diminuir o cortisol alto e mantê-lo em equilíbrio?

    Como o cortisol é o hormônio do estresse, a melhor maneira de diminuir os níveis é ajustar hábitos diários para ajudar o organismo a sair do estado constante de alerta. Algumas mudanças na rotina já fazem diferença, como:

    • Prática regular de atividade física, que ajuda no metabolismo e na regulação hormonal;
    • Alimentação balanceada, evitando estimulantes em excesso, como cafeína e açúcar;
    • Higiene do sono, mantendo sono adequado e regular, evitando telas à noite e buscando um ambiente escuro e confortável;
    • Técnicas de relaxamento, como respiração profunda;
    • Manter vida social e momentos de lazer, que reduzem o estresse e ajudam a equilibrar os níveis de cortisol.

    Se mesmo com ajustes na rotina, técnicas de relaxamento, alimentação equilibrada e melhora do sono, os sintomas de desequilíbrio persistirem, é fundamental procurar ajuda de um médico.

    A longo prazo, o cortisol alto pode favorecer o ganho de peso, prejudicar o metabolismo, aumentar o risco cardiovascular e alterar o funcionamento de vários sistemas do organismo.

    Leia também: Tirzepatida é aprovada para apneia do sono: o que isso significa

    Perguntas frequentes

    Dormir mal aumenta o cortisol?

    O ato de dormir pouco ou dormir com interrupções altera o ciclo circadiano, que controla a liberação natural do hormônio. O corpo interpreta a privação de sono como um estressor e mantém a liberação alta mesmo quando deveria reduzir.

    Além disso, uma noite mal dormida faz o organismo despertar cansado, menos focado e ainda mais vulnerável ao estresse do dia seguinte, criando um ciclo prejudicial. Com o tempo, o padrão interfere no humor, na memória, na regulação da glicose e na disposição física.

    O uso de café e energéticos aumenta o cortisol?

    O consumo frequente de cafeína estimula o sistema nervoso central e aumenta a liberação do hormônio, especialmente quando ingerido em grande quantidade ou próximo da hora de dormir.

    A substância prolonga o estado de alerta e prejudica o descanso, favorecendo um padrão de liberação irregular do hormônio. O uso de energéticos também interfere no ritmo natural do organismo, aumentando a sensação de tensão e contribuindo para noites mal dormidas.

    Qual vitamina regula o cortisol?

    A vitamina mais associada ao controle natural do cortisol é a vitamina C, que atua diretamente no funcionamento das glândulas adrenais, responsáveis pela produção do hormônio.

    Quando o organismo enfrenta períodos longos de estresse, a demanda por vitamina C aumenta, e o corpo passa a utilizá-la mais rapidamente. Por isso, o consumo regular de alimentos ricos no nutriente ajuda a evitar uma liberação exagerada de cortisol e favorece uma recuperação mais rápida após momentos de tensão.

    Algumas boas fontes de vitamina C incluem laranja, kiwi, acerola, morango, pimentão e brócolis são boas fontes. Além da vitamina C, a vitamina D e algumas vitaminas do complexo B também contribuem para o equilíbrio emocional e para o bom funcionamento do sistema nervoso.

    Qual o melhor remédio para baixar o cortisol?

    A escolha do remédio para baixar o cortisol depende totalmente da causa do desequilíbrio, então existe um medicamento único indicado para todas as pessoas.

    O tratamento pode incluir reposição hormonal, ajuste de doses de corticoides já usados ou medicamentos específicos para condições como síndrome de Cushing.

    Quando o aumento está relacionado ao estresse, ansiedade ou depressão, o médico pode recomendar outras abordagens, como terapia, mudanças de estilo de vida ou, em alguns casos, medicamentos para estabilizar o humor e diminuir a resposta ao estresse. É fundamental não se automedicar!

    O cortisol alto afeta a imunidade?

    Quando o hormônio fica elevado por muito tempo, a resposta imunológica fica prejudicada, fazendo com que o organismo tenha mais dificuldade para combater vírus e bactérias. Como consequência, infecções simples podem surgir com mais frequência e em intervalos menores.

    A inflamação também aumenta, deixando o corpo em constante desgaste. A pessoa começa a sentir mais cansaço, demora mais para se recuperar de doenças e nota maior sensibilidade a alergias e irritações na pele.

    O cortisol muda ao longo do ciclo menstrual?

    O hormônio pode sofrer alterações durante o ciclo menstrual, especialmente em períodos de maior sensibilidade emocional ou dor. A fase pré-menstrual costuma deixar o organismo mais reativo, o que facilita o aumento temporário da resposta ao estresse.

    No entanto, quando a oscilação se torna intensa e interfere na rotina, vale conversar com um ginecologista para investigar possíveis desequilíbrios hormonais associados.

    Veja mais: Colesterol HDL: o que é, valores e como aumentar