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  • Por que beber água é tão importante para os rins e a bexiga?

    Por que beber água é tão importante para os rins e a bexiga?

    Você já deve saber que beber água diariamente é necessário para manter várias funções do corpo humano. Ela participa de praticamente todos os processos vitais e, quando não é consumida o suficiente, pode causar desequilíbrios no funcionamento do organismo.

    No caso do sistema urinário, a água é fundamental para que os rins filtrem o sangue de forma adequada e eliminem as impurezas por meio da urina. Quando não bebemos água em quantidade suficiente, o urologista Willy Baccaglini explica que os rins passam a concentrar a urina.

    Isso não significa, necessariamente, uma piora imediata de rins e bexiga — mas interfere em mecanismos fundamentais do dia a dia que mantêm o organismo equilibrado. Vamos entender mais essa relação, a seguir.

    Por que a hidratação é tão importante para o corpo humano

    A água representa cerca de 60% do peso corporal e participa de praticamente todas as reações químicas do organismo. Ela atua na digestão, ajuda na absorção de nutrientes, regula a temperatura corporal, lubrifica articulações e transporta substâncias vitais pelo sangue. Sem ela, o corpo não consegue realizar processos básicos — como eliminar resíduos e manter o equilíbrio de sais minerais.

    O corpo humano não armazena água por longos períodos, o que torna importante repor constantemente o que é perdido pelo suor, respiração e urina. Se uma pessoa bebe pouca água, o corpo começa a priorizar funções vitais e surgem sinais de desequilíbrio, como cansaço, tontura, dor de cabeça, queda de pressão e urina escura.

    Os rins, em especial, precisam de um fluxo constante de líquido para funcionar. Eles filtram o sangue e eliminam substâncias que o corpo não precisa mais. Já a bexiga armazena e expele a urina — algo que só ocorre de forma saudável quando o consumo de água é suficiente.

    Como a água ajuda a proteger a bexiga e os rins?

    O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, que atuam juntos para filtrar o sangue e eliminar substâncias não aproveitadas pelo organismo — garantindo equilíbrio interno e proteção contra toxinas.

    Ao longo do dia, a ingestão adequada de água mantém o fluxo urinário constante, dilui minerais presentes no sangue e favorece a eliminação de resíduos antes que eles se acumulem e formem cristais ou cálculos renais.

    Por outro lado, quando o corpo não recebe água suficiente, a urina fica mais concentrada, com maior quantidade de sais e substâncias que podem se depositar nas vias urinárias, aumentando o risco de infecções e pedras nos rins.

    Além disso, a filtração renal depende da pressão e do volume de sangue que chegam aos rins. Com uma boa hidratação, o sangue circula em volume ideal, garantindo a remoção constante das impurezas e ajudando a manter os níveis de pressão arterial equilibrados.

    No caso da bexiga, ela é responsável por armazenar a urina produzida pelos rins até o momento de ser eliminada. Quando bebemos a quantidade ideal de água, o enchimento ocorre com mais frequência, estimulando o ato de urinar ao longo do dia. Isso promove uma limpeza natural do trato urinário, impedindo que microrganismos permaneçam por longos períodos e se multipliquem — o que pode causar infecções.

    Por fim, a água também auxilia no controle da pressão arterial ao permitir que os rins mantenham o equilíbrio de sódio e potássio no sangue, preservando a saúde renal de forma contínua.

    Riscos da desidratação para o sistema urinário

    Quando a ingestão de líquidos é insuficiente, o corpo logo dá sinais de desequilíbrio, que podem incluir:

    • Urina escura e com odor forte;
    • Dor lombar e desconforto, indicando sobrecarga nos rins;
    • Infecções urinárias recorrentes;
    • Cálculos renais (pedras nos rins), que podem causar dor intensa;
    • Retenção de líquidos e inchaço.

    Em casos mais graves, a desidratação crônica pode contribuir para insuficiência renal, quando os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue de forma eficiente.

    Quanta água devemos beber por dia?

    A quantidade ideal de água por dia varia conforme o peso e as necessidades de cada pessoa. De modo geral, recomenda-se cerca de 30 ml por quilo de peso corporal — o que corresponde a pouco mais de dois litros por dia para um homem com 75 quilos, por exemplo.

    De acordo com Willy Baccaglini, é importante ter cuidado ao substituir a água por outras bebidas. Água com gás, refrigerantes zero e até sucos não devem ocupar o lugar da água, especialmente as gaseificadas, que contêm muito sódio e podem causar desequilíbrios.

    As melhores opções complementares são sucos naturais e água de coco, que também hidratam, mas devem ser consumidos com moderação devido ao valor calórico e teor de eletrólitos. Em excesso, podem até provocar desidratação se substituírem a água pura.

    Sinais de que o corpo está desidratado

    A sede é o primeiro alerta, mas outros sinais mostram que o corpo precisa de mais líquido:

    • Urina escura e em pequena quantidade;
    • Boca seca e língua áspera;
    • Cansaço e dor de cabeça;
    • Pele seca e sem brilho;
    • Tontura e sonolência;
    • Irritabilidade e dificuldade de concentração.

    Willy complementa que, em muitos casos, a desidratação é confundida com fome ou ansiedade — e pode se manifestar com vontade de comer. Em situações graves, pode causar confusão mental, pressão baixa e aumento da frequência cardíaca. Crianças e idosos são mais vulneráveis, pois muitas vezes não percebem a necessidade de beber água.

    Beber muita água é perigoso?

    Na maioria das vezes, beber bastante água não representa riscos, pois o corpo tende a equilibrar naturalmente o volume ingerido. Apenas em casos de consumo exagerado e compulsivo — o que é raro — pode ocorrer uma condição chamada hiponatremia, caracterizada pela baixa concentração de sódio no sangue.

    Nessa situação, a pessoa pode apresentar sonolência e lentidão no raciocínio. Porém, é muito difícil ocorrer intoxicação por água, já que o corpo normalmente impede a ingestão excessiva antes de chegar a esse ponto.

    Veja mais: Bexiga hiperativa: entenda mais sobre quando o controle da urina fica difícil

    Perguntas frequentes

    Beber água ajuda a prevenir infecção de urina?

    Sim. A ingestão adequada de água mantém o fluxo urinário constante, impedindo que bactérias se fixem nas paredes da bexiga. Quando a urina é diluída e o trato urinário é “lavado” com frequência, as chances de infecção diminuem. Urinar após relações sexuais e não segurar a urina também são medidas preventivas importantes.

    Beber café, chá ou refrigerante ajuda na hidratação?

    Não. Apesar de conter água, essas bebidas têm cafeína e compostos com leve efeito diurético, o que aumenta a eliminação de líquidos e pode favorecer a desidratação se consumidos em excesso. Além disso, refrigerantes e chás industrializados contêm muito sódio e açúcar, o que sobrecarrega os rins.

    A cor da urina realmente indica o nível de hidratação?

    Sim. Urina clara ou levemente amarelada indica boa hidratação. Já urina escura e com odor forte mostra concentração de resíduos, sinal de que o corpo precisa de mais líquidos. Se a urina estiver muito escura ou avermelhada, procure um médico para investigar possíveis problemas renais ou urinários.

    Como saber se estou com pedra nos rins?

    As pedras nos rins causam dor intensa na região lombar, que pode irradiar para o abdômen, virilha ou órgãos genitais. Também podem ocorrer ardor ao urinar, vontade frequente de urinar e, às vezes, náuseas, vômitos ou febre. Apenas exames de imagem, como ultrassonografia, confirmam o diagnóstico.

    Ficar muito tempo sem ir ao banheiro urinar faz mal?

    Sim. Reter a urina por longos períodos pode causar inflamações, infecções e enfraquecimento dos músculos da bexiga. A urina parada também favorece a multiplicação de bactérias, aumentando o risco de infecção urinária.

    Como posso criar o hábito de beber mais água todos os dias?

    Inclua pequenas mudanças na rotina:

    • Beba um copo de água ao acordar;
    • Mantenha uma garrafinha por perto (no trabalho, bolsa, mesa de cabeceira);
    • Dê um gole sempre que fizer pausas ou checar o celular;
    • Use alarmes ou aplicativos de lembrete;
    • Não espere sentir sede — a sede é sinal de desidratação;
    • Coma alimentos ricos em água (melancia, laranja, pepino);
    • Estabeleça metas diárias de ingestão.

    Veja também: 5 hábitos diários que ajudam a prevenir doenças urológicas

  • Excesso de sal: por que é perigoso para o coração e os rins

    Excesso de sal: por que é perigoso para o coração e os rins

    O sal é um ingrediente presente em quase todas as refeições. No entanto, quando em excesso, ele pode ser muito prejudicial à saúde. Consumir muito sal está ligado um risco maior de pressão alta, sobrecarga dos rins e aumento do risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.

    Venha entender a fundo por que o excesso de sal pode fazer tão mal a sua saúde e aprenda a deixar a comida saborosa mesmo usando o sal em menor quantidade.

    O que é considerado excesso de sal no Brasil?

    O sal, quimicamente conhecido como cloreto de sódio (NaCl), é muito importante para funções corporais, como o equilíbrio de fluidos e a transmissão de impulsos nervosos.

    “Porém, quando ingerido em quantidade excessiva, pode trazer riscos à saúde”, alerta Giovanni Henrique Pinto, médico especialista em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    É considerado excesso de sal quando se consome mais do que 5g por dia (cerca de 2g de sódio), ou o equivalente a mais do que uma colher de chá rasa.

    O problema é que, no Brasil, o consumo médio chega a quase o dobro disso, muito por conta dos alimentos industrializados, como pães, molhos e embutidos, que escondem quantidades altas de sódio.

    Como o excesso de sal prejudica coração e rins?

    Quando consumimos muito sal, nosso corpo retém mais água para diluí-lo e manter uma concentração adequada no sangue. Isso aumenta o volume de sangue nos vasos e obriga o coração a trabalhar mais, aumentando a pressão nas paredes das artérias, a chamada pressão arterial, e isso pode provocar pressão alta.

    “Nem todo mundo é igualmente sensível ao sódio. Há uma condição chamada ‘sensibilidade ao sal’, que varia geneticamente e é mais comum em algumas populações, como idosos ou pessoas com histórico familiar de hipertensão”, explica o médico.

    Os rins também sofrem com esse excesso de sal. Como são eles que filtram o sódio do sangue, esse esforço constante para eliminar o excesso pode causar danos e prejudicar a saúde dos rins ao longo do tempo.

    4 principais riscos do consumo excessivo de sal

    De acordo com o dr. Giovanni, os principais problemas associados ao excesso de sal incluem:

    • Pressão alta: o sal (sódio) em excesso aumenta a pressão sanguínea.
    • Problemas nos rins: os rins têm dificuldade para eliminar tanto sódio, o que pode levar a danos crônicos.
    • Inchaço: o corpo retém água para equilibrar o sódio, causando inchaço.
    • Risco cardiovascular: maior probabilidade de infarto e AVC.

    6 alimentos ricos em sal que você não imagina

    Boa parte do sal que consumimos não vem do saleiro. Ele está escondido em alimentos industrializados e ultraprocessados, como:

    • Embutidos, como presunto, salame e salsicha;
    • Queijos amarelos;
    • Pães, bolachas e biscoitos;
    • Temperos prontos e molhos industrializados;
    • Salgadinhos;
    • Fast-food.

    “Nesses alimentos temos muito ingredientes ocultos, como aditivos e conservantes, que podem conter altos níveis de sódio”, destaca o médico.

    Como reduzir o sal sem perder o sabor: 4 dicas práticas

    Reduzir o sal não significa comer comida sem graça. Há várias maneiras de temperar de forma saborosa e ter uma alimentação saudável com baixo consumo de sódio:

    • Use ervas frescas ou secas como alecrim, orégano, salsinha, manjericão;
    • Adicione alho e cebola para dar mais sabor;
    • Substitua o sal por limão ou vinagre em saladas e carnes;
    • Experimente pimentas frescas ou em pó, que dão gosto e estimulam o apetite.

    “É importante estar consciente dos alimentos que você consome, ler os rótulos nutricionais, cozinhar mais em casa e usar alternativas saudáveis para temperar os alimentos. Pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na sua saúde a longo prazo”, diz o médico.

    Por que é tão difícil comer menos sal?

    Além do costume, o dia a dia corrido favorece o consumo de comidas prontas e industrializadas. Segundo o médico, o maior desafio é mudar o paladar e os hábitos. “As pessoas se acostumam ao sabor salgado dos alimentos e podem achar difícil adaptar-se a uma dieta com menos sal”, conta.

    Outro problema é a dificuldade de encontrar opções saudáveis e com bom preço, principalmente em grandes cidades, onde comer fora de casa se tornou rotina. Restaurantes por quilo, lanchonetes e fast-foods costumam exagerar no sal para realçar o sabor dos alimentos.

    A falta de informação também é outra questão. O cardiologista adverte que nem todos sabem como ler rótulos nutricionais ou identificar alimentos com muito sódio, assim como nem todo rótulo deixa claro o que realmente contém no produto.

    Políticas públicas e educação para reduzir o sal

    Campanhas de conscientização, leis de rotulagem e iniciativas do governo têm ajudado os consumidores a fazer escolhas melhores em relação ao sal. No Brasil, os rótulos de alimentos precisam destacar o alto teor de sódio, o que já é um grande avanço.

    “Em nosso país, a normatização da rotulagem nutricional clara e obrigatória ajuda os consumidores a identificarem alimentos com alto teor de sódio e a fazerem escolhas mais saudáveis”, comenta o especialista.

    Por fim, Giovanni acredita que se deve incentivar a indústria alimentícia a reformular os produtos para reduzir a quantidade de sal, açúcar e gordura, o que tornaria os alimentos industrializados mais saudáveis.

    Perguntas frequentes sobre excesso de sal

    1. Quanto sal posso consumir por dia?

    A Organização Mundial da Saúde recomenda:

    • Adultos: máximo 5g de sal por dia (1 colher de chá)
    • Crianças: até 2g de sal por dia
    • Realidade brasileira: consumo médio de 9g/dia (80% acima do recomendado)

    2. Todo tipo de sal faz mal?

    O problema está no excesso, não no tipo. Sal rosa, marinho ou light têm sódio e devem ser usados com moderação.

    3. Como saber se um alimento tem muito sal?

    Leia os rótulos. Se tiver mais de 400 mg de sódio por porção, já é considerado alto.

    4. O que fazer para mudar o paladar?

    Reduza o sal aos poucos e use mais temperos naturais. Com o tempo, seu paladar se adapta.

    5. Comer menos sal melhora a pressão?

    Sim. Reduzir o sódio pode ajudar a controlar a pressão e diminuir o risco de problemas no coração e nos rins.

  • Pressão alta e rins: como proteger a saúde renal

    Pressão alta e rins: como proteger a saúde renal

    A pressão alta é conhecida como um fator de risco para doenças cardíacas, mas o que muita gente não sabe é que ela também pode comprometer os rins, órgãos essenciais para filtrar o sangue e manter o corpo funcionando bem. Quando a pressão alta não é controlada, a saúde dos rins sofre.

    E o mais alarmante é que, quando os danos aparecem, muitas vezes já é tarde demais, como os casos de insuficiência renal. Entender essa relação é o primeiro passo para prevenir complicações graves.

    Neste artigo, você vai entender como a hipertensão afeta os rins, quais são os sinais de alerta, e que mudanças você pode fazer na sua vida para proteger a saúde dos rins.

    O que é pressão alta e por que ela prejudica os rins?

    A pressão alta, ou hipertensão arterial, acontece quando a pressão do sangue nas artérias está constantemente alta, acima de 130×85 em pelo menos duas medições. Ela pode atingir pessoas de todas as idades, mas é mais comum entre idosos, pessoas com diabetes, obesidade, doenças cardíacas e histórico familiar de doenças renais.

    A grande armadilha é que, muitas vezes, os sintomas da pressão alta não são percebidos e ela vai causando danos silenciosamente. Além de coração e cérebro, os rins também são afetados e podem perder parte de sua função com o tempo.

    Como a pressão alta afeta os rins?

    Os rins filtram o sangue, mandam toxinas embora e mantêm o equilíbrio de líquidos dentro do organismo. Quando a pressão está sempre alta, os vasos sanguíneos que irrigam os rins sofrem. Isso reduz o fluxo de sangue e dificulta o trabalho dos rins.

    “Da mesma forma, a doença renal crônica pode desencadear um aumento dos níveis da pressão, o que também eleva o risco de doenças cardiovasculares e morte”, diz Edilza Câmara Nóbrega, médica cardiologista pelo InCor-HCFMUSP.

    4 doenças renais relacionadas à hipertensão

    As doenças renais mais comuns causadas ou agravadas pela pressão alta são as abaixo.

    1. Nefroesclerose hipertensiva

    É quando os vasos sanguíneos dentro dos rins vão sendo danificados pela pressão alta. Com o tempo, isso causa cicatrizes e os rins vão perdendo a capacidade de funcionar. É uma das principais causas de falência dos rins em quem tem pressão alta.

    2. Glomeruloesclerose

    Os glomérulos são como filtros minúsculos dentro dos rins. Essa doença endurece e danifica esses filtros. A pressão alta pode piorar esse problema, dificultando ainda mais o trabalho dos rins.

    3. Lesão renal aguda

    É quando os rins param de funcionar de repente. Pode acontecer por várias razões, e a pressão alta descontrolada é uma delas. Nesse caso, o corpo não consegue eliminar bem as toxinas, o que pode ser perigoso e precisa de atenção médica urgente.

    4. Doença renal policística

    É uma condição hereditária, ou seja, passa de pais para filhos, em que se formam vários cistos (bolsas cheias de líquido) nos rins. Esses cistos crescem com o tempo e a pressão alta pode fazer a doença evoluir mais rápido.

    Sinais de que os rins podem estar sendo afetados pela pressão alta

    A maioria dos problemas renais evolui sem sintomas no começo. Mas, com o tempo, alguns sinais podem indicar que os rins estão comprometidos. Veja alguns deles.

    Inchaço

    Quando os rins não conseguem eliminar o excesso de líquido do corpo, ele pode se acumular nas pernas, tornozelos e pés, causando inchaço. Esse costuma ser um dos primeiros sinais de problema renal.

    Mudanças na urina

    Preste atenção se você começar a urinar muito mais ou muito menos que o normal, se a urina estiver escura, com sangue ou se formar muita espuma. Essas alterações podem indicar que algo não vai bem com os rins.

    Cansaço sem motivo aparente

    Se você anda se sentindo muito cansado, mesmo dormindo bem e sem estar doente, pode ser que os rins não estejam filtrando o sangue como deveriam.

    Náuseas e vômitos

    Quando os rins não funcionam direito, o corpo acumula substâncias que deveriam ser eliminadas. Isso pode causar enjoo e até vômitos frequentes.

    Falta de apetite

    Se você tem sentido menos vontade de comer sem uma causa clara, isso também pode estar ligado a um problema nos rins. Vale investigar com um médico.

    Coceira no corpo

    O acúmulo de resíduos no sangue pode causar coceira constante na pele, principalmente quando os rins começam a falhar.

    Falta de ar

    O acúmulo de líquido no corpo, por causa do mau funcionamento dos rins, pode chegar aos pulmões e dificultar a respiração.

    Confira: Falta de ar: quando pode ser problema do coração 

    Dor nas costas

    Dor nas costas na região lombar também pode estar relacionadas a problemas renais.

    Como proteger seus rins da pressão alta?

    “Para controlar a pressão alta e evitar danos renais é fundamental adotar uma abordagem abrangente que inclua tanto medidas medicamentosas quanto mudanças no estilo de vida”, comenta Edilza. Veja o que fazer.

    Remédios

    Remédios para pressão alta devem ser usados quando o médico prescrever. “Mesmo que a pressão esteja sob controle, não pare os remédios por conta própria”, alerta a cardiologista.

    7 mudanças no estilo de vida para proteger seus rins

    • Boa alimentação: frutas, legumes, grãos integrais e menos sal. A dieta DASH é ótima para isso.
    • Exercício físico regular: 30 minutos de caminhada ou outra atividade aeróbica quase todos os dias.
    • Controlar o peso: manter o peso adequado ajuda a reduzir a pressão arterial.
    • Evitar cigarro e bebida alcoólica: eles prejudicam o sistema cardiovascular e renal.
    • Gerenciar o estresse e dormir bem: um bom sono e técnicas de relaxamento ajudam a controlar a pressão.
    • Acompanhamento médico: faça exames de sangue e urina regularmente e meça a pressão com frequência.
    • Medir a pressão arterial em casa: usar aparelhos em casa pode ajudar a acompanhar o tratamento da hipertensão e evitar problemas nos rins.

      Saiba mais: Excesso de sal: por que é perigoso para o coração e os rins

    Perguntas frequentes sobre pressão alta e saúde dos rins

    1. Toda pessoa com pressão alta terá problemas nos rins?

    Não necessariamente. Mas quando a pressão alta não é tratada, ela pode, sim, afetar os rins com o tempo.

    2. Quem tem problema nos rins pode ter pressão alta?

    Sim. Há uma relação de mão dupla entre doença renal e pressão alta, ou seja, um problema nos rins pode causar pressão alta.

    3. Como saber se meus rins estão sendo afetados?

    Com exames de creatinina, taxa de filtração glomerular e exame de urina, pedidos por um médico.

    4. Só o remédio resolve a pressão alta?

    Os remédios são importantes, mas os hábitos saudáveis fazem toda a diferença no controle da pressão alta.

    5. A alimentação faz diferença na saúde dos rins?

    Sim. Comer bem, com pouco sal e alimentos naturais, ajuda a controlar a pressão alta e a saúde dos rins.

    6. Quais exames devo fazer para acompanhar minha saúde renal?

    Os principais exames são a dosagem de creatinina no sangue, a taxa de filtração glomerular (TFG) e o exame de urina tipo 1. Eles ajudam a identificar alterações na função dos rins, mesmo antes dos sintomas aparecerem.

    7. É possível reverter o problema nos rins causado pela pressão alta?

    Em muitos casos, os danos renais não são reversíveis. Por isso, o mais importante é identificar cedo e controlar a pressão para evitar que o problema avance.

    8. A dor nos rins é um sinal comum de hipertensão?

    Nem sempre. A maioria dos problemas renais causados por pressão alta não provoca dor no início. A dor costuma aparecer apenas em casos mais avançados, quando os rins já estão com problema, ou quando há outra condição associada, como infecção ou pedra nos rins.

    9. Crianças e jovens também precisam se preocupar com pressão alta?

    Sim. Embora mais comum em adultos, a pressão alta também pode afetar crianças e adolescentes, principalmente em casos de obesidade, sedentarismo ou histórico familiar. Por isso, o acompanhamento médico desde cedo é importante.

    10. Tomar muita água ajuda a proteger os rins?

    Manter-se hidratado é importante para a saúde dos rins, mas só a água não previne os danos causados pela pressão alta. O controle da pressão e hábitos saudáveis são essenciais para proteger os rins. Consulte seu médico.