Tag: pressão alta

  • Como controlar pressão alta com mudanças no estilo de vida

    Como controlar pressão alta com mudanças no estilo de vida

    Você provavelmente já ouviu que comer bem ajuda a controlar a pressão alta. Mas o que talvez nem todo mundo saiba é que o estilo de vida pode fazer uma grande diferença no controle da pressão. E mais: em alguns casos, essas mudanças já são uma maneira de como baixar a pressão naturalmente sem precisar de remédio.

    Segundo o Ministério da Saúde, 27,9% dos brasileiros convivem com pressão alta, também conhecida como hipertensão arterial. E o problema é que, na maioria das vezes, ela não dá nenhum sinal que te faça desconfiar de que algo está errado. É aquela velha história da doença silenciosa que pode passar anos sem sintomas e, de repente, causar algo mais sério como um infarto ou um AVC.

    Mas não dá para se render, pois hoje já sabemos que tem como prevenir e controlar a pressão alta. O bom é que não precisa de nada muito difícil de fazer, só um pouco de disposição e mudanças no dia a dia.

    Por que o estilo de vida afeta a pressão arterial

    O estilo de vida está ligado à pressão alta. Dormir mal, comer alimentos industrializados em vez de frutas, verduras e carnes magras, se estressar, além de não fazer nenhuma atividade física, são atitudes péssimas para a pressão arterial. Isso acontece porque esses hábitos ruins fazem o corpo trabalhar de forma desregulada, o que sobrecarrega o organismo.

    Com o tempo, isso eleva a pressão arterial e pode causar problemas sérios. É por isso que mudar hábitos é uma das formas mais eficazes para cuidar da saúde e controlar a pressão.

    Exercícios físicos para controlar a pressão alta

    O exercício para pressão alta deve ser considerado, com a orientação médica. O sedentarismo é um grande inimigo da saúde, e ficar parado o dia inteiro, só no sofá ou na frente do computador, não ajuda em nada quem tem pressão alta. Fazer atividade física diariamente de maneira leve ou moderada, como caminhada, dança ou até uma musculação leve, já é uma mão na roda no controle da pressão. De quebra, ainda melhora o humor, o sono e a disposição.

    Essas atividades aumentam a circulação, ajudam o coração a trabalhar melhor e reduzem os níveis de estresse, tudo o que a pressão alta não gosta.

    A importância do sono para a pressão arterial

    Quem dorme mal também tem mais chance de ter pressão alta. E, ao contrário do que muita gente pensa, de que tirar no cochilo depois de dormir mal à noite já é o suficiente, o corpo não funciona bem assim. Ter um sono ruim, insuficiente ou dormir de forma irregular pode aumentar a pressão arterial. O ideal é dormir de sete a oito horas por noite e com qualidade.

    Para ter um sono reparador, é importante criar um ambiente tranquilo, sem muita luz ou barulho, e manter uma rotina de horários para dormir e acordar.

    Como o estresse aumenta a pressão arterial

    Não adianta muito dormir bem, mas já acordar nervoso, correndo contra o relógio ou preocupado com tudo. Nesses casos, o estresse também pode empurrar a pressão lá para o alto.

    Cuidar do estilo de vida, portanto, é uma das melhores coisas a fazer para prevenir e controlar a pressão arterial. Parar um pouco durante o dia, aprender a respirar com calma, tirar um tempinho para fazer algo que gosta, como ouvir uma música, ler um bom livro ou cozinhar, por exemplo, pode ajudar a aliviar a mente e diminuir o estresse para evitar a pressão alta. Em outras palavras, controlar o estresse é uma das formas de como baixar a pressão naturalmente.

    “Essas medidas complementam a dieta e potencializam seus efeitos benéficos, promovendo melhor qualidade de vida”, explica o cardiologista Pablo Cartaxo, do Instituto do Coração da USP (InCor).

    Mudanças no estilo de vida podem substituir remédios?

    De acordo com o cardiologista, em muitos casos de hipertensão leve, só as mudanças no estilo de vida já são suficientes para normalizar a pressão.

    “Em estágios mais avançados, essas mudanças ainda são fundamentais para reduzir riscos e melhorar o efeito da terapia farmacológica”, destaca o cardiologista.

    Ou seja: mesmo quem já precisa de remédio pode se beneficiar muito de uma rotina mais saudável. E, com o tempo, pode até reduzir a dose, mas sempre com orientação médica.

    Leia mais: Dieta mediterrânea para pressão alta: como funciona

    Plano prático para mudanças graduais no estilo de vida

    Não adianta decidir mudar de vida e sair fazendo tudo de uma vez. A chance de dar errado é grande, afinal, nem todas as pessoas lidam bem com mudanças bruscas. O caminho, então, está na constância e no planejamento.

    Como organizar a alimentação

    Comece organizando o seu tempo, pois é a partir dele que todas as outras mudanças vão acontecer. É mais fácil comer bem quando se tem um tempo reservado para fazer compras saudáveis no mercado e preparar as refeições em casa já com pouco sal, mesmo que isso envolva cozinhar em maior quantidade e congelar marmitas para o resto da semana. Se um nutricionista puder ajudar, melhor ainda.

    “Valorizar os alimentos naturais, redescobrir temperos caseiros e adaptar o paladar gradualmente também facilita a adesão a um padrão alimentar mais saudável e sustentável para o controle da hipertensão”, completa o médico.

    Rotina de sono para quem tem pressão alta

    Depois de organizar a alimentação, é hora de organizar o sono. Procure dormir e acordar sempre no mesmo horário, e evite ficar no celular ou na TV pelo menos 1 hora antes de dormir. A luz emitida por esses aparelhos atrapalha a produção do hormônio do sono, a melatonina, e não te deixa repousar bem.

    Atividades físicas simples para começar

    Por fim, com o sono organizado, procure fazer atividade física. Se não tiver acesso a uma academia, por exemplo, faça caminhadas na rua, suba e desça escadas, jogue bola com seu filho, ande de bicicleta. O importante é não ficar parado.

    Dicas para manter as mudanças a longo prazo

    Não precisa virar atleta nem fazer dieta radical. Comece aos poucos, com passos possíveis, e o corpo vai agradecendo com mais saúde e disposição. E, sem dúvida, meça sua pressão com regularidade e siga todo e qualquer tratamento recomendado pelo médico. Mudanças no estilo de vida podem, sim, ajudar a controlar a pressão arterial.

    Perguntas frequentes sobre estilo de vida e pressão alta

    Posso parar o remédio se controlar a pressão com exercícios?

    Não. Mesmo que a pressão melhore, nunca suspenda o uso de remédios por conta própria. Essa decisão deve ser tomada pelo médico, que vai avaliar sua evolução a segurança.

    Qual o melhor horário para fazer exercícios tendo pressão alta?

    Manhã ou final da tarde são os horários mais recomendados, especialmente para evitar o calor excessivo. Antes de iniciar qualquer atividade física, porém, converse com seu médico para receber orientação adequada.

    Quantas horas de sono são necessárias para controlar a pressão?

    O ideal é dormir entre 7 e 8 horas por noite. Dormir pouco, especialmente menos de 6 horas por dia, pode aumentar o risco de desenvolver ou agravar a pressão alta.

    O estresse influencia na pressão arterial?

    Sim. O estresse constante pode aumentar a pressão arterial, pois libera hormônios que contraem os vasos sanguíneos e aceleram os batimentos do coração. Técnicas de relaxamento, respiração, exercícios e lazer são importantes para diminuir o estresse. Na dúvida, consulte um cardiologista.

    Leia também: Dieta DASH: como fazer a dieta que ajuda baixar sua pressão

  • Dieta mediterrânea para pressão alta: como funciona 

    Dieta mediterrânea para pressão alta: como funciona 

    Você sabia que um estilo de alimentação que vem lá da região do Mar Mediterrâneo pode ajudar a controlar a pressão alta? Esse padrão alimentar que tem como base frutas, legumes, grãos integrais, azeite e peixes ajuda a manter a pressão arterial sob controle e protege o coração.

    Mesmo que o Brasil esteja longe do Mediterrâneo, é possível adaptar essa dieta ao jeitinho brasileiro, com ingredientes simples, fáceis de encontrar e bem saborosos.

    O que é a dieta mediterrânea?

    A dieta mediterrânea surgiu na Grécia, Itália e outros países banhados pelo Mar Mediterrâneo. Ela valoriza comidas frescas, preparadas com azeite, ervas e ingredientes naturais, com pouca carne vermelha e ultraprocessados. O modelo ideal é:

    • Muita fruta e verdura
    • Grãos integrais e leguminosas, como feijão, lentilha, grão‑de‑bico
    • Oleaginosas, como nozes e amêndoas
    • Azeite de oliva como principal fonte de gordura
    • Peixes e aves como fonte de proteína
    • Laticínios leves e pouca carne vermelha

    Por que a dieta mediterrânea ajuda a baixar a pressão

    O efeito positivo da dieta mediterrânea na pressão alta vem dos nutrientes dos alimentos, como explica a cardiologista Juliana Soares, que integra o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

    “Elementos como ácidos graxos ômega 3 (encontrados em peixes gordurosos como salmão e o atum), polifenóis, nitratos e agentes antioxidantes (presentes no azeite, nas frutas em especial as vermelhas e uvas, nos vegetais, nas oleaginosas como as nozes), atuam diretamente na dilatação dos vasos sanguíneos e na redução das reações inflamatórias e comprovadamente auxiliam no controle da pressão alta”.

    Além disso, a dieta também pode promover perda de peso, o que ajuda ainda mais no controle da pressão arterial, explica a médica.

    Benefícios da dieta mediterrânea para quem tem pressão alta

    Além de ajudar no controle da pressão alta, a dieta mediterrânea é muito saudável e traz os principais nutrientes para uma vida longa e com bastante saúde.

    Como adaptar a dieta mediterrânea para a realidade brasileira

    Não precisa fazer um prato grego. Dá para adaptar a dieta mediterrânea para o Brasil, usando o nosso arroz com feijão. O segredo está em fazer trocas espertas e no uso de temperos naturais.

    Substituições inteligentes de ingredientes

    • Arroz integral e feijão no lugar do arroz branco ou farinha refinada
    • Azeite de oliva no lugar de óleos comuns ou manteiga
    • Legumes e verduras à vontade, como abobrinha, tomate, brócolis e couve
    • Frutas da estação, como banana, mamão, laranja
    • Peixes como atum, sardinha e salmão, ou frango com moderação
    • Oleaginosas como lanche, e aí entram castanhas, nozes e amêndoas com moderação
    • Temperos naturais, como alho, cebola, ervas e limão, e menos sal

    Para seguir as receitas mediterrâneas aqui no Brasil sem gastar muito, a ideia é preservar os principais nutrientes, que são as gorduras boas, as fibras e os minerais, mas buscá-los em ingredientes fáceis de encontrar por aqui.

    Dicas para começar a seguir a dieta mediterrânea

    • Troque o arroz branco por integral em algumas refeições;
    • Inclua uma porção extra de verduras e legumes no almoço e jantar;
    • Use azeite para temperar saladas ou para refogar;
    • Aproveite frutas como sobremesa ou lanche;
    • Substitua frituras por grelhados ou assados;
    • Prefira peixe a carnes vermelhas.

    São pequenas mudanças, é uma forma de como fazer a dieta mediterrânea e que já traz benefícios para a pressão arterial e o coração.

    “Ao contrário de grande parte das dietas, a dieta mediterrânea apresenta uma grande variedade de alimentos, com muitas possibilidades, especialmente quando temos grande variedade de verduras e legumes disponíveis. Além disso, os pratos feitos com alimentos deste tipo de dieta são muito saborosos”, diz Juliana.

    Cardápio da dieta mediterrânea brasileira

    Veja um exemplo de um dia da dieta mediterrânea e inspire-se.

    Café da manhã: frutas frescas, iogurte natural, aveia, pão integral com azeite ou pasta de abacate, café sem açúcar ou chá de ervas.

    Lanche da manhã ou tarde: castanhas, nozes, amêndoas, frutas da estação (como banana, mamão, laranja), ou um pedaço pequeno de queijo branco.

    Almoço: arroz integral, feijão, legumes cozidos ou refogados (como abobrinha, couve e cenoura), salada de folhas com azeite, frango grelhado ou peixe assado.

    Jantar: sopa de legumes, omelete com espinafre, pão integral com pastas naturais (como homus ou patê de atum com azeite), salada com tomate e azeite.

    Alimentos permitidos e proibidos na dieta mediterrânea

    Permitidos:

    • Frutas, legumes, verduras, grãos integrais, leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), azeite de oliva, peixes, aves, laticínios com pouca gordura e temperos naturais.

    Proibidos (consuma só de vez em quando):

    • Carne vermelha, embutidos, frituras, produtos ultraprocessados (aqui entram salgadinhos, refrigerantes, bolachas recheadas, macarrão instantâneo), muito sal, manteiga, margarina, doces industrializados.

    Leia mais: Pressão alta: como controlar com a alimentação

    Receitas mediterrâneas adaptadas para o Brasil

    Com um pouco de criatividade, dá para adaptar as receitas ao estilo bem brasileiro, só que com mais saúde.

    Arroz integral com legumes e sardinha no azeite

    Refogue cebola, alho e tomate no azeite de oliva. Acrescente arroz integral cozido, abobrinha em cubos e cenoura ralada. Finalize com sardinha desfiada por cima e salsinha fresca.

    Salada de grão-de-bico com legumes e limão

    Misture grão-de-bico cozido, pepino picado em cubos, tomate picado, cebola roxa e hortelã. Tempere com azeite de oliva, limão e uma pitada de sal. Coma fria como entrada ou acompanhamento.

    Perguntas frequentes sobre dieta mediterrânea e pressão alta

    1. A dieta mediterrânea realmente baixa a pressão arterial?

    Sim, quando feita consumindo pouco sal, a dieta mediterrânea pode ajudar a reduzir a pressão arterial, especialmente quando combinada com outros hábitos saudáveis como exercícios e sono de qualidade.

    2. Posso seguir a dieta mediterrânea sendo vegetariano?

    Sim. A dieta mediterrânea é rica em alimentos vegetais como frutas, legumes, grãos integrais, castanhas e azeite de oliva, e pode ser facilmente adaptada para quem não consome carne, frango ou peixe.

    3. Qual a quantidade ideal de azeite por dia?

    A recomendação geral é de 2 a 3 colheres de sopa (cerca de 30 a 45 ml) de azeite de oliva extravirgem por dia, usadas para temperar saladas ou preparar alimentos.

    4. A dieta mediterrânea é cara no Brasil?

    Depende do que você consome. De forma geral, ela pode ter um valor acessível, sim. Se você priorizar alimentos locais, como arroz integral, feijão, frutas da estação, legumes variados e peixes como sardinha, dá para montar refeições saudáveis e que não pesam no bolso.

    Estilo de vida e pressão alta

    Quem tem pressão alta precisa acompanhar a condição com um médico cardiologista e usar remédios, se essa for a indicação do especialista. Porém, no dia a dia, dá para ajudar o corpo a funcionar melhor com um bom estilo de vida, pois isso colabora bastante para o controle da pressão arterial.

    A atividade física, por exemplo, é uma grande amiga do coração e da pressão arterial. De quebra, ajuda também a diminuir o estresse do cotidiano. Por sua vez, uma boa alimentação, como a dieta mediterrânea ou a dieta DASH são importantes para manter a saúde em dia e a pressão mais bem controlada.

    O mais importante é não encarar a dieta mediterrânea como algo restritivo, punitivo ou impositivo, mas sim como uma mudança boa de hábitos. Descobrir o uso de temperos naturais, novas formas de preparo e até como apresentar o prato faz até aquela pessoa que costuma torcer o nariz para legumes se esbaldar com vegetais.

    “Entender que a alimentação é parte fundamental do cuidado à saúde, pilar para longevidade e qualidade de vida e muitas vezes capaz de solucionar ou ao menos minimizar muitas questões de saúde é fundamental. Além disso, é algo que somente cada pessoa pode fazer por si”, aconselha a cardiologista.

    Leia mais: Dieta DASH: como fazer a dieta que ajuda baixar sua pressão

  • Dieta DASH: como fazer a dieta que ajuda baixar sua pressão

    Dieta DASH: como fazer a dieta que ajuda baixar sua pressão

    Quem tem pressão alta ou quer evitar ter no futuro, precisa saber que o que vai no prato pode ajudar a cuidar do coração. Uma das estratégias mais recomendadas por especialistas no mundo todo é a dieta DASH, uma sigla em inglês que significa Dietary Approaches to Stop Hypertension, ou, em português, “Abordagem Alimentar para Reduzir a Hipertensão”.

    Apesar do nome complicado, a ideia por trás dela é bem simples: comer comida de verdade, reduzir o sal e montar pratos coloridos, nutritivos e equilibrados. Apesar de ter sido criada nos Estados Unidos, dá para adaptar a dieta DASH ao arroz com feijão bem brasileiro de todo dia.

    O que é a dieta DASH e para que ela serve?

    A dieta DASH foi criada nos EUA como uma dieta para pressão alta, ou seja, o intuito era de ajudar a controlar a pressão arterial. Mas, de tão eficaz, ela acabou virando referência também para prevenção de doenças do coração, controle do colesterol e melhora da saúde no geral.

    Segundo o cardiologista Pablo Cartaxo, do Instituto do Coração da USP (InCor), a dieta DASH é baseada no alto consumo de frutas, legumes, verduras, leite e derivados desnatados, cereais integrais e oleaginosas, como castanha-do-pará, nozes e amêndoas, e tem baixo teor de sódio, gordura saturada e colesterol.

    “Além disso, é rica em potássio, cálcio e magnésio, minerais que ajudam a relaxar os vasos sanguíneos e controlar a pressão arterial”, explica o especialista.

    Alimentos permitidos na dieta DASH

    A ideia principal da dieta DASH é dar atenção a alimentos naturais e nutritivos e fugir daqueles ultraprocessados, que são salgadinhos, refrigerantes, macarrão instantâneo, embutidos, como salsicha, presunto, entre outros. Mesmo sem eles, dá para ter uma dieta muito variada e saborosa. A ideia, no entanto, é ter alimentos fontes de potássio, magnésio, cálcio e fibras.

    Veja alguns dos alimentos da dieta DASH que são bem-vindos no prato.

    • Frutas: banana, maçã, mamão, melancia, laranja, melão, uva, pêssego, abacaxi, uva passa, morango, tangerina
    • Verduras e legumes: brócolis, couve, espinafre, vagem, cenoura, abobrinha, tomate, batata, batata doce
    • Leite e derivados desnatados: leite desnatado, iogurte natural sem açúcar, queijo branco
    • Grãos integrais: arroz integral, aveia, pães integrais
    • Oleaginosas: castanha-do-pará, nozes, amêndoas, avelã, amendoim, sementes de girassol
    • Leguminosas: feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico
    • Carnes: cortes magros de carne, frango e peixe.

    E o sal? O vilão da pressão alta deve ser usado com moderação. O melhor a se fazer é não usar mais de uma colher de chá rasa por dia. A dica é caprichar nos temperos naturais como alho, cebola, limão, ervas frescas e secas, pimenta-do-reino e cúrcuma.

    Tabela nutricional da dieta DASH

    Veja abaixo os principais nutrientes envolvidos no controle da pressão alta presentes nos alimentos da dieta DASH.

    Alimento Sódio (mg/100g) Potássio (mg/100g) Cálcio (mg/100g) Magnésio (mg/100g) Fibras (g/100g)
    Banana prata < 0,1 mg 358 8 26 2
    Laranja pera < 0,1 mg 163 22 9 0,8
    Mamão papaia 2 126 26 22 1
    Melancia < 0,1 mg 104 8 10 0.1
    Brócolis cozido 2 119 51 15 3,4
    Espinafre refogado 47 149 112 123 2,5
    Abobrinha italiana cozida 1 126 17 17 1,6
    Tomate cru 1 222 7 11 1,2
    Batata inglesa cozida 2 161 4 5 1,3
    Feijão carioca cozido 2 255 27 42 8,5
    Grão-de-bico cru 5 1116 114 146 12,4
    Arroz integral cozido 1 75 5 59 2,7
    Aveia em flocos 5 336 48 119 9,1
    Leite de vaca desnatado UHT 51 140 134 10 0
    Iogurte natural desnatado 60 182 157 12 0
    Castanha-do-pará 1 651 146 365 7,9
    Noz 5 533 105 153 7,2
    Amêndoa torrada salgada 279 640 237 222 11,6

    Dá para fazer a dieta DASH no Brasil?

    Sem dúvida. Apesar de ter sido criada fora, ela pode e deve ser ajustada à cultura alimentar brasileira. “No Brasil, ela pode ser adaptada com alimentos como feijão, arroz integral, banana, abobrinha, couve e leite desnatado”, explica o cardiologista.

    Ou seja: você não precisa abrir mão do arroz com feijão do dia a dia. Dá para seguir a dieta DASH trocando o arroz branco pelo integral, usando feijão com pouco sal e preparando os legumes no vapor ou refogados com azeite e temperos caseiros. E, claro, incluir as frutas na rotina.

    O bom desta dieta é que não é preciso mudar tudo de uma vez. Aos poucos, dá para fazer trocas inteligentes, como um refrigerante por um suco natural, salgadinhos por castanhas, bolacha recheada por uma fruta, arroz branco por integral. Assim o corpo e o paladar vão se acostumando e a dieta passa a ser algo natural.

    A dieta DASH funciona ainda melhor quando combinada com outros bons hábitos, como atividade física, sono de qualidade e controle do estresse, mas é uma boa forma de como baixar a pressão naturalmente.

    A pressão alta pode ser silenciosa, mas os efeitos no corpo são sérios. Cuidar da alimentação é um dos jeitos mais inteligentes para manter a saúde em ordem sem recorrer a fórmulas mirabolantes ou dietas da moda, que costumam não trazer bons resultados. E, claro, é sempre importante consultar um médico regularmente para fazer o acompanhamento da pressão arterial.

    Contraindicações da dieta DASH

    Mesmo sendo uma dieta para pressão alta, assim como qualquer outra dieta é importante apenas começar a fazer quando o médico ou nutricionista indicar. Apesar de ser muito segura e nutritiva, por ter foco em minerais como o potássio, por exemplo, a dieta DASH pode ser contraindicada para quem tem doença renal crônica, já que os rins não conseguem filtrar adequadamente o potássio.

    Ela também pode ser contraindicada para quem tem insuficiência cardíaca grave, pois a quantidade de potássio pode descompensar a doença. Algumas pessoas que usam determinados remédios poupadores de potássio, indicados para controlar a pressão alta, podem ter de adaptar a dieta DASH no dia a dia para ficarem com excesso de potássio no organismo, o que pode ser perigoso.

    De toda forma, o médico e o nutricionista saberão indicar a dieta DASH para cada caso, e sinalizar quando ela não deve ser feita.

    Leia mais: Pressão alta: como controlar com a alimentação

    Perguntas frequentes sobre a dieta DASH

    1. O que é a dieta DASH e para que ela serve?

    A dieta DASH foi criada para ajudar no controle da pressão alta, mas também traz benefícios para o coração, o colesterol e a saúde em geral. Ela prioriza alimentos naturais e muito nutritivos, tem pouco sal, gordura saturada e colesterol.

    2. A dieta DASH é boa para colesterol também?

    Sim. Ela também ajuda a reduzir gordura saturada e colesterol ruim (LDL).

    3. A dieta DASH ajuda mesmo a controlar a pressão alta?

    Sim. A dieta DASH é rica em potássio, cálcio e magnésio, minerais que ajudam a relaxar os vasos sanguíneos e baixar a pressão arterial. Estudos mostram que ela é uma das estratégias alimentares mais eficazes para prevenir e tratar a hipertensão.

    4. Dá para seguir a dieta DASH com alimentos brasileiros?

    Com certeza. A dieta pode ser adaptada de forma simples ao nosso dia a dia, com arroz integral, feijão, banana, couve, abobrinha e leite desnatado, por exemplo. O truque está em fazer escolhas simples e saudáveis, sem precisar mudar tudo de uma vez.

    5. A dieta DASH substitui o uso de remédios para pressão alta?

    Não. A dieta DASH é uma boa forma de como baixar a pressão naturalmente, mas complementa o tratamento e não necessariamente substitui os medicamentos prescritos pelo médico. A dieta pode ajudar a diminuir a dose ou até evitar que a pressão arterial progrida, mas é muito importante fazer o acompanhamento médico com regularidade.

    Confira: Como controlar pressão alta com mudanças no estilo de vida