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  • Pedra nos rins: descubra como é feito o tratamento 

    Pedra nos rins: descubra como é feito o tratamento 

    Dor intensa na lateral do corpo, cólicas, náuseas e ardor para urinar são alguns dos sintomas que podem surgir num quadro de cálculo renal, também conhecido como pedra nos rins. A condição, que surge quando ocorre acúmulo de sais minerais dentro do sistema urinário, provoca cristalização e formação de pequenos fragmentos duros, que podem ficar presos no rim ou migrar pelo ureter.

    Quando uma pedra se desloca, o corpo reage com uma dor muito forte, porque o canal é estreito e fica inflamado. A dor pode surgir de forma súbita, com picos que aumentam e diminuem ao longo de minutos ou horas — e costuma ser tão intensa que o paciente perde a capacidade de ficar parado.

    Em alguns casos, fragmentos muito pequenos podem passar despercebidos sem sintomas importantes, mas o quadro ainda merece atenção e avaliação médica. O tratamento pode variar de acordo com o tamanho do cálculo, localização e intensidade dos sintomas, podendo envolver o uso de medicamentos, hidratação rigorosa ou até a necessidade de intervenção para retirada do cálculo.

    Para entender os tipos de tratamento disponíveis, conversamos com o urologista Luciano Teixeira e esclarecemos os principais detalhes, a seguir.

    O que pode causar pedra nos rins?

    As pedras nos rins se formam quando há excesso de sais e minerais na urina, combinado com baixa ingestão de líquidos, o que pode acontecer por aspectos tanto genéticos quanto por hábitos de vida, de acordo com Luciano.

    Entre os fatores mais comuns que contribuem para a formação de cálculos renais, é possível destacar:

    • Baixa ingestão de água, que concentra a urina e favorece a cristalização de sais;
    • Alimentação rica em sal e proteínas animais, que altera o equilíbrio químico urinário;
    • Fatores hereditários, com maior predisposição em pessoas com familiares que já tiveram cálculos;
    • Doenças metabólicas, como gota, obesidade, hipercalciúria, hiperoxalúria, hipocitratúria, diabetes e hiperparatireoidismo;
    • Clima quente, que aumenta o risco de desidratação.

    “Em resumo, o cálculo renal é resultado de um desequilíbrio: quando o organismo elimina mais sais do que a urina consegue diluir, os cristais se unem e formam as pedras”, complementa Luciano.

    Como é feito o tratamento de pedra nos rins?

    O tratamento depende do tamanho, localização e tipo do cálculo renal, além da intensidade dos sintomas. Mas, segundo o urologista Luciano Teixeira, atualmente a maioria dos casos pode ser resolvida com técnicas minimamente invasivas, sem necessidade de cirurgias grandes, longas cicatrizes ou internações prolongadas.

    Tratamento clínico

    O tratamento clínico costuma ser indicado quando o cálculo tem menos de 5mm, pois há alta probabilidade de eliminação espontânea. Ela envolve as seguintes medidas:

    • Aumento da ingestão de água;
    • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios;
    • Bloqueadores alfa, como tansulosina, para relaxar o ureter e facilitar a passagem do cálculo.

    Quando exames metabólicos detectam alterações como hipercalciúria (excesso de cálcio na urina), hiperoxalúria (excreção excessiva de oxalato na urina) ou hipocitratúria (baixos níveis de nitrato na urina), Luciano explica que podem ser prescritos remédios específicos para corrigir os desequilíbrios químicos e diminuir o risco de recidiva futura.

    Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO)

    A litotripsia extracorpórea é um tipo de tratamento que utiliza ondas de energia direcionadas ao cálculo no rim para fragmentá-lo. Após o procedimento, os pequenos pedaços formados passam pelo trato urinário ao longo de dias ou semanas, sem necessidade de cortes ou instrumentação interna.

    É uma alternativa não invasiva, eficaz em muitos casos, principalmente quando o cálculo tem até 2 cm e está localizado no rim.

    Ureterorrenolitotripsia endoscópica a laser

    A ureterorrenolitotripsia é realizada utilizando um endoscópio fino introduzido pela uretra, avançando até o ureter ou até o rim. O médico visualiza o cálculo diretamente e o fragmenta com laser, podendo retirar os pedaços no mesmo procedimento.

    Ela é indicada quando o cálculo não é eliminado espontaneamente, quando há sintomas persistentes ou para cálculos de médio porte (entre 6 mm e 2 cm), especialmente os que estão no ureter ou nos cálices renais. “É o método mais usado atualmente, com excelente taxa de sucesso e rápida recuperação”, explica Luciano.

    Nefrolitotripsia percutânea

    Quando os cálculos são grandes, acima de 2 cm, ou quando há vários fragmentos ocupando o rim, a nefrolitotripsia percutânea costuma ser a melhor alternativa de tratamento. Uma pequena incisão nas costas permite acesso direto ao rim, possibilitando fragmentação e remoção em um único procedimento, com controle visual preciso.

    Quando a cirurgia para pedra nos rins é necessária?

    De acordo com Luciano, a cirurgia é uma opção reservada para casos muito específicos, como anomalias anatômicas, cálculos gigantes ou quando é necessário tratar outro problema renal simultaneamente. A preferência atual é sempre preservar a integridade dos tecidos e priorizar alternativas que reduzam dor, sangramento e tempo de internação.

    Em situações graves, como quando o cálculo bloqueia totalmente a saída de urina ou está associado a infecção urinária significativa, a prioridade não é remover imediatamente a pedra, mas salvar o rim e controlar a infecção. Nesses casos, o procedimento indicado é o implante de um cateter duplo J, um tubo fino inserido dentro do ureter que conecta o rim à bexiga.

    “Esse cateter permite a drenagem da urina represada, alivia a pressão sobre o rim e ajuda a eliminar a infecção, evitando complicações potencialmente graves, como a sepse urinária. Somente após a estabilização clínica e o controle da infecção é que se realiza o tratamento definitivo do cálculo, que pode ser feito por litotripsia a laser ou outro método minimamente invasivo”, explica o urologista.

    O tratamento é uma abordagem em dois tempos, na qual primeiro se desobstrui o sistema urinário e depois se trata o cálculo — sendo considerada a forma mais segura de preservar a função renal e reduzir o risco de complicações sistêmicas.

    A pedra no rim pode ser eliminada sozinha?

    Pedras renais pequenas, principalmente abaixo de 5 mm e que estão localizadas no ureter inferior, têm grande chance de serem eliminadas espontaneamente pela urina. Nesses casos, o urologista costuma indicar hidratação intensa, analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor e, em algumas situações, medicamentos que relaxam o ureter, facilitando a passagem do cálculo.

    Quando o cálculo é maior, ou quando os sintomas são fortes e persistentes, a eliminação espontânea se torna menos provável. O paciente pode precisar de procedimentos específicos para fragmentar ou retirar o cálculo. Por isso, mesmo quando o desconforto é suportável, a avaliação médica é recomendada para definir a estratégia de tratamento mais segura.

    Quando a intervenção médica é necessária?

    A intervenção médica deve ser considerada quando:

    • O cálculo é maior que 6mm, porque a chance de eliminação espontânea cai de forma significativa;
    • Há infecção associada, o que aumenta o risco de sepse;
    • Ocorre obstrução completa do ureter por mais de 30 dias, independente do tamanho do cálculo, devido ao risco de dano renal;
    • A dor é intensa e persistente, sem resposta adequada ao tratamento clínico.

    “Nessas situações, é fundamental agir rapidamente. O objetivo não é apenas aliviar o sofrimento, mas também proteger a função renal, que pode ser comprometida se a obstrução for prolongada”, complementa Luciano.

    Quando procurar atendimento médico?

    A recomendação é procurar atendimento quando a dor for intensa e houver febre, vômitos persistentes, ou quando a urina apresentar alteração de cor.

    Situações como dor que não melhora com analgésicos comuns, presença de sangue visível na urina, dor que impede o paciente de andar ou de permanecer sentado, além de sinais de infecção, exigem avaliação imediata.

    Quando o cálculo obstrui totalmente o ureter, a função renal pode estar ameaçada, e a demora para intervir aumenta o risco de sequelas. Portanto, diante de sintomas intensos ou persistentes, o mais seguro é buscar atendimento para confirmação diagnóstica e definição do melhor plano de tratamento.

    Como prevenir pedra nos rins após o tratamento?

    Com o fim do tratamento de pedra nos rins, alguns cuidados preventivos são importantes para prevenir a formação de novos cálculos — o que pode acontecer quando não há acompanhamento adequado. As principais medidas para reduzir o risco de novos episódios incluem:

    • Beber mais água, para manter a urina clara e produzir pelo menos dois litros de urina por dia;
    • Diminuir o consumo de sal, que, em excesso, aumenta a eliminação de cálcio pela urina, favorecendo a formação de cálculos;
    • Controlar distúrbios metabólicos com dieta e medicações quando indicado;
    • Controlar o peso e tratar doenças associadas, como diabetes, gota e hipertensão;
    • Moderar alimentos ricos em oxalato (espinafre, beterraba, nozes, chocolates) quando houver hiperoxalúria;
    • Moderar o consumo de carnes vermelhas e proteínas animais, que ajudam a reduzir o ácido úrico e a acidez da urina;
    • Realizar atividades físicas regularmente;
    • Manter consumo alimentar adequado de cálcio, sem cortes extremos;
    • Fazer acompanhamento periódico com urologista, com exames de imagem e avaliação metabólica regular.

    “Essas medidas, associadas ao acompanhamento periódico com o urologista e à correção de distúrbios metabólicos como hipocitratúria, hipercalciúria e hiperoxalúria, são a base para evitar novas crises”, finaliza Rafael.

    Confira: Por que beber água é tão importante para os rins e a bexiga?

    Perguntas frequentes

    Pedra no rim dói sempre?

    A pedra no rim (cálculo renal) nem sempre causa dor, principalmente quando é pequena e permanece parada dentro do rim. Muitas vezes, ela é descoberta por acaso em exames de imagem feitos por outro motivo.

    A dor aparece quando o cálculo se desloca do rim para o ureter, canal que leva a urina até a bexiga. Nesse momento, o trajeto é estreito, e a pedra pode obstruir a passagem da urina, provocando uma pressão interna intensa. A dor, chamada de cólica renal, costuma surgir de forma súbita e pode irradiar da região lombar até o abdome inferior ou virilha.

    Quais são os sintomas mais comuns de pedra nos rins?

    A pedra no rim pode causar sintomas como dor lombar intensa, que surge de forma súbita e irradia para o abdome inferior, náuseas, vômitos, ardor ao urinar e alteração na coloração da urina. A dor costuma vir em ondas, com períodos de alívio parcial que duram minutos, seguidos por nova piora.

    Algumas pessoas também podem ter sudorese (suor em excesso), inquietação constante, incapacidade de ficar parados e sensação de pressão na região genital. Quando há sangue microscópico na urina, a coloração pode ficar mais escura ou avermelhada.

    Como a pedra no rim se forma?

    A formação de pedra no rim acontece quando a urina fica concentrada e determinadas substâncias, como cálcio, oxalato, ácido úrico e fosfato, atingem níveis elevados. A concentração favorece a cristalização, gerando minúsculos cristais que se juntam ao longo do tempo e se transformam em cálculos.

    Alguns fatores também aumentam o risco, como alterações metabólicas, baixo consumo de água, alimentação rica em sal e proteína animal, doenças como gota ou diabetes e fatores genéticos.

    Quais os tipos de pedra nos rins?

    Os cálculos renais variam conforme a substância que os compõem, sendo eles:

    • Cálculo de oxalato de cálcio: é o mais comum e se forma quando há excesso de cálcio e oxalato na urina. Fatores como pouca ingestão de água, dieta rica em sal e proteínas animais favorecem a formação;
    • Cálculo de ácido úrico: surge em pessoas com dieta rica em carnes vermelhas, frutos do mar ou bebidas alcoólicas. O pH urinário ácido facilita a cristalização do ácido úrico;
    • Cálculo de estruvita (fosfato de amônio e magnésio): normalmente aparece após infecções urinárias recorrentes, sendo mais comum em mulheres;
    • Cálculo de cistina: causado por uma alteração genética rara (cistinúria) que leva ao acúmulo de cistina nos rins;
    • Cálculo de fosfato de cálcio: menos frequente, ocorre quando a urina está excessivamente alcalina e pode estar ligado a distúrbios hormonais ou renais.

    Como é feito o diagnóstico de cálculo renal?

    O diagnóstico de pedra nos rins é feito por nefrologista, urologista ou clínico geral, a partir da análise detalhada dos sintomas e da realização de exames laboratoriais e de imagem. A ultrassonografia e a tomografia do abdômen são os métodos mais utilizados, pois permitem visualizar os cálculos com precisão e avaliar possíveis obstruções nas vias urinárias.

    Além de confirmar a presença das pedras, os exames ajudam a determinar o tamanho, a quantidade e a localização exata de cada uma, informações que orientam a escolha do tratamento mais adequado. Em alguns casos, o médico também solicita exames de urina e sangue para identificar alterações metabólicas que possam ter contribuído para a formação dos cálculos.

    Chá ajuda a eliminar pedra nos rins?

    Os chás podem ajudar a aliviar sintomas leves e favorecer a hidratação, mas não eliminam pedras nos rins por si só. O que realmente auxilia na eliminação natural dos cálculos pequenos é o aumento da ingestão de líquidos, que estimula a produção de urina e facilita a saída das pedras.

    Alguns chás com leve ação diurética, como o de quebra-pedra, cavalinha, hibisco e dente-de-leão, podem ser usados como complemento, desde que haja orientação médica. No entanto, eles não substituem o tratamento clínico nem os procedimentos indicados pelo médico.

    Veja mais: Pedra nos rins (cálculo renal): quando os sintomas preocupam e como se prevenir

  • Pedra nos rins (cálculo renal): quando os sintomas preocupam e como se prevenir 

    Pedra nos rins (cálculo renal): quando os sintomas preocupam e como se prevenir 

    As “pedras nos rins” estão entre as condições urológicas mais dolorosas e comuns. Estima-se que uma em cada dez pessoas terá ao menos um episódio de cálculo renal ao longo da vida. Embora em muitos casos eles sejam pequenos e eliminados sem grandes complicações, em outros podem provocar a temida cólica renal, considerada uma das dores mais intensas que o ser humano pode sentir.

    Conversamos com o urologista Luciano Teixeira, que detalha como os cálculos se formam, quais sintomas não devem ser ignorados, os fatores de risco, além de estratégias eficazes de prevenção.

    O que são cálculos renais e como eles se formam?

    Cálculos renais, popularmente chamados de “pedra nos rins”, são pequenos aglomerados de sais minerais e cristais que se acumulam dentro dos rins. “Normalmente, nossa urina contém substâncias que evitam a formação desses cristais, mas, quando há desequilíbrio, como excesso de sais, falta de líquidos ou alterações metabólicas, eles se juntam e formam as pedras”, explica Luciano.

    Essas formações podem começar microscópicas e aumentar com o tempo. Algumas permanecem no rim sem causar sintomas, mas, quando descem para os ureteres (canais que levam a urina dos rins até a bexiga), podem provocar dor intensa, conhecida como cólica renal.

    Quem tem mais risco de desenvolver cálculo renal?

    A propensão para desenvolver cálculos renais está ligada a fatores genéticos, metabólicos e de estilo de vida. Segundo o médico, algumas pessoas produzem urina mais concentrada ou rica em substâncias como cálcio, oxalato e ácido úrico, o que favorece a formação das pedras.

    Além disso, existem os fatores de risco para o cálculo renal, que incluem:

    • Baixa ingestão de água: deixa a urina mais concentrada, facilitando a formação e o acúmulo de cristais.
    • Alimentação rica em sal e proteínas animais: aumenta a eliminação de cálcio e ácido úrico, favorecendo pedra nos rins.
    • Histórico familiar de cálculos renais: fatores genéticos elevam a predisposição ao problema.
    • Doenças metabólicas: gota, obesidade e hiperparatireoidismo aumentam cálcio, oxalato e ácido úrico na urina.
    • Infecções urinárias de repetição: criam ambiente favorável para o desenvolvimento de certos tipos de cálculo.

    “Embora qualquer pessoa possa ter cálculo renal, alguns indivíduos estão mais propensos a repeti-los ao longo da vida”, explica Luciano.

    O que fazer quando um cálculo aparece em um exame de rotina

    Nem todo cálculo renal exige tratamento imediato, já que, muitas vezes, ele não está causando problemas e é descoberto por acaso em um exame de ultrassom ou tomografia.

    “Nesses casos, a conduta depende de condições como tamanho, localização, ‘dureza’ e composição provável da pedra”, fala o urologista.

    • Pedras pequenas e sem sintomas: podem exigir apenas observação, com aumento da ingestão de líquidos e acompanhamento regular.
    • Pedras maiores ou com risco de migrar: podem exigir tratamento antes que causem crises.

    “O mais importante é não ignorar a descoberta. Mesmo que a pedra não esteja causando sintomas, o acompanhamento com o urologista é essencial para evitar complicações futuras”.

    Quais são os sintomas de uma crise de cálculo renal?

    Quando um cálculo renal se desloca e obstrui os ureteres, o paciente pode apresentar uma crise aguda conhecida como cólica renal. Essa dor surge porque o rim e as vias urinárias são forçados a trabalhar contra a obstrução, provocando uma pressão intensa.

    Trata-se de um quadro súbito e incapacitante que pode causar diversos sintomas de cólica renal:

    • Dor súbita e intensa na região lombar: pode irradiar para abdome, virilha ou genitais.
    • Sangue na urina: geralmente deixa a urina rosada ou avermelhada.
    • Náuseas e vômitos: comuns devido à intensidade da dor.
    • Urgência ou ardência para urinar: ocorre quando o cálculo se aproxima da bexiga.

    “A cólica renal é considerada uma das piores dores que o ser humano pode sentir. Sempre que ela ocorre, é necessário atendimento médico imediato, não apenas para alívio da dor, mas também para avaliar o risco de complicações”, alerta Luciano.

    Como diferenciar a dor da cólica renal de outras dores?

    A dor do cálculo renal é tão característica que, em muitos casos, basta a descrição do paciente para levantar forte suspeita.

    “A dor do cálculo renal costuma começar de forma súbita, na região lombar. Diferente de outras dores abdominais, não melhora com a mudança de posição. O paciente anda de um lado para o outro, inquieto, tentando encontrar alívio, mas não consegue”, explica Luciano.

    Ele acrescenta que dores digestivas, musculares ou ginecológicas geralmente têm localização mais específica e podem aliviar em determinadas posições.

    “No entanto, como nem sempre a distinção é simples, qualquer dor lombar ou abdominal intensa deve levar o paciente a procurar atendimento médico imediato”.

    Tratamento de cálculo renal: quais as opções?

    O tratamento de cálculo renal varia de acordo com o tamanho, a localização e a composição do cálculo. Pedras pequenas, de até 5 mm, podem ser eliminadas naturalmente com hidratação abundante, além da indicação de analgésicos e, em alguns casos, medicamentos para relaxar o ureter.

    Medicamentos também podem ser usados para dissolver pedras de ácido úrico (alcalinizantes) ou prevenir a formação de novos cálculos (diuréticos tiazídicos). Quando necessário, entram os métodos cirúrgicos:

    • Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LEOC): fragmenta pedras menores de 20 mm nos rins ou ureter superior.
    • Ureteroscopia: indicada para cálculos no ureter médio ou inferior; usa endoscópio para fragmentar e retirar a pedra.
    • Nefrolitotomia percutânea: feita por pequena incisão nas costas, indicada para cálculos maiores de 20 mm ou complexos.
    • Cirurgia aberta ou robótica: hoje rara, reservada para casos específicos.

    “O objetivo é sempre o mesmo: eliminar a pedra nos rins com o mínimo de invasividade possível, aliviar a dor e preservar a função renal”, enfatiza o médico, que lembra que ajustes de dieta e hidratação são fundamentais para reduzir o risco de novos episódios.

    Veja mais: 9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia

    Alimentação e hidratação para prevenir cálculos renais

    A alimentação é um dos principais fatores na prevenção dos cálculos renais. Alguns hábitos favorecem a formação das pedras, enquanto outros ajudam a evitá-las. Entre os pontos de risco, destacam-se:

    • Excesso de sal: aumenta a eliminação de cálcio pela urina, favorecendo a formação de cristais.
    • Proteínas animais em excesso: elevam o ácido úrico e deixam a urina mais ácida, o que facilita o surgimento de cálculos.
    • Baixa ingestão de cálcio: ao contrário do que muitos pensam, aumenta o risco. O cálcio da dieta neutraliza o oxalato no intestino e evita que ele chegue em excesso à urina.

    “Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras, fibras e com moderação no sal e nas proteínas animais, é fundamental na prevenção”, fala Luciano, que acrescenta.

    “Lembrando que beber bastante água é a medida preventiva mais importante. A água dilui a urina, reduz a concentração de sais e dificulta que os cristais se juntem para formar pedras”.

    A recomendação é que o paciente elimine cerca de 2 litros de urina por dia, o que corresponde a 2 a 3 litros de líquidos ingeridos diariamente, variando conforme o clima e atividade física. Uma dica prática é observar a cor da urina: quanto mais clara, melhor a hidratação. Urina escura indica concentração elevada e risco maior de formação de cálculos.

    O risco da recorrência

    Um dos grandes desafios do cálculo renal é a sua alta taxa de recorrência. “Estima-se que cerca de 50% dos pacientes que tiveram uma pedra poderão formar outra em até 5 anos, se não houver prevenção adequada”, afirma Luciano.

    Por isso, após o primeiro episódio, é essencial investigar a causa com exames de sangue, urina e análise da própria pedra, quando possível. Mudanças na alimentação, hidratação adequada e, em alguns casos, uso de medicamentos são medidas fundamentais para reduzir o risco de novos episódios.

    Perguntas e respostas sobre cálculo renal

    1. O que é cálculo renal e como ele se forma?

    Os cálculos renais são aglomerados de sais e cristais nos rins, causados por desequilíbrios como excesso de sais ou pouca ingestão de líquidos.

    2. Quem tem mais risco de desenvolver pedras nos rins?

    Quem bebe pouca água, consome muito sal e proteína, tem histórico familiar, doenças metabólicas ou infecções urinárias.

    3. Quais são os sintomas de uma crise de cálculo renal?

    Cólica renal com dor intensa na lombar, sangue na urina, náuseas, vômitos e urgência para urinar.

    4. Como diferenciar a cólica renal de outras dores?

    É súbita, não melhora com posição e deixa o paciente inquieto, diferente de dores digestivas ou musculares.

    5. Quais são as opções de tratamento?

    Depende do tamanho e da localização. Cálculos pequenos podem sair naturalmente com hidratação. Para pedras maiores, além de medicamentos, usam-se técnicas como ondas de choque, ureteroscopia, cirurgia percutânea e, em situações raras, cirurgia aberta ou robótica.

    6. Qual é o papel da hidratação no cálculo renal?

    É a medida preventiva mais importante. Beber de 2 a 3 litros de líquidos por dia ajuda a eliminar cerca de 2 litros de urina. A urina clara indica boa hidratação; a escura sugere risco maior de pedras.

    7. O cálculo renal pode voltar?

    Sim. Cerca de 50% dos pacientes terão nova pedra em até 5 anos, se não houver prevenção adequada. Por isso, é essencial investigar a causa, ajustar hábitos alimentares e manter acompanhamento médico.

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