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  • Osteoporose: conheça a doença silenciosa que enfraquece os ossos 

    Osteoporose: conheça a doença silenciosa que enfraquece os ossos 

    A osteoporose é uma das doenças mais comuns entre adultos acima dos 50 anos e uma das principais causas de fraturas em idosos. Embora seja silenciosa, pode trazer consequências sérias — especialmente fraturas em ossos frágeis. O diagnóstico precoce e os hábitos saudáveis são as principais formas de proteger a saúde óssea.

    De acordo com o Ministério da Saúde, a osteoporose é uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre idosos no Brasil. Estima-se que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima dos 50 anos terão uma fratura relacionada à perda óssea ao longo da vida.

    O que é a osteoporose

    A osteoporose é uma doença sistêmica do esqueleto, caracterizada pela diminuição da massa óssea e pela alteração da estrutura interna dos ossos. Com o tempo, eles se tornam mais frágeis e suscetíveis a fraturas — mesmo em quedas leves ou pequenos impactos.

    As fraturas mais comuns ocorrem na coluna, quadril, punho e úmero (osso do braço).

    Como o osso perde resistência

    A força do osso depende de dois fatores principais:

    • Quantidade de osso: medida pela densitometria óssea, que avalia a densidade mineral óssea (DMO);
    • Qualidade do osso: relacionada à arquitetura interna, capacidade de renovação, equilíbrio entre minerais e colágeno e presença de microlesões.

    A densidade mineral óssea representa cerca de 50% a 70% da força total do osso, mas a qualidade também é determinante para a resistência e a prevenção de fraturas.

    Quando a perda óssea começa

    O esqueleto atinge o pico de massa óssea entre a adolescência e o início da vida adulta. Depois disso, ocorre uma perda natural de densidade. Entre os fatores que aceleram essa perda estão:

    • Genética;
    • Alimentação pobre em cálcio e vitamina D;
    • Sedentarismo;
    • Tabagismo e consumo de álcool;
    • Deficiências hormonais, especialmente após a menopausa.

    Nas mulheres, a perda óssea acelera após a menopausa devido à queda do estrogênio. Já nos idosos, a deficiência de vitamina D e a redução da atividade das células formadoras de osso (osteoblastos) agravam o processo.

    Fatores de risco para osteoporose e fraturas

    • Histórico pessoal de fratura na vida adulta;
    • Fratura em familiar de primeiro grau;
    • Baixo peso (menos de 57 kg) ou IMC abaixo de 19;
    • Uso prolongado de corticoides (mais de três meses);
    • Tabagismo;
    • Idade avançada;
    • Menopausa precoce (antes dos 45 anos);
    • Baixa ingestão de cálcio;
    • Sedentarismo;
    • Consumo excessivo de álcool;
    • Quedas recentes;
    • Doenças que afetam memória, equilíbrio ou visão.

    Tipos de osteoporose

    Osteoporose primária

    • Juvenil: rara, afeta crianças e adolescentes em fase de crescimento;
    • Idiopática: ocorre em adultos jovens sem causa identificável;
    • Senil: associada ao envelhecimento e à menopausa.

    Osteoporose secundária

    Surge em consequência de outras doenças (endócrinas, inflamatórias, reumatológicas) ou do uso prolongado de medicamentos como os corticoides.

    Sintomas e manifestações clínicas

    A osteoporose é chamada de “doença silenciosa” porque raramente causa sintomas antes da primeira fratura. Quando surgem, podem incluir:

    • Dores nas costas;
    • Diminuição da altura;
    • Deformidades na coluna;
    • Dificuldade de locomoção ou perda de equilíbrio.

    Diagnóstico da osteoporose

    O diagnóstico é baseado no histórico clínico, presença de fraturas e resultado da densitometria óssea (DXA), exame padrão que mede a densidade mineral dos ossos.

    Quando fazer a densitometria óssea

    • Mulheres a partir dos 65 anos;
    • Homens a partir dos 70 anos;
    • Adultos com fatores de risco, independentemente da idade;
    • Pessoas que já tiveram fraturas por fragilidade;
    • Pacientes que usam medicamentos que afetam o metabolismo ósseo.

    Além disso, exames laboratoriais podem avaliar níveis de cálcio, vitamina D e hormônios, ajudando a descartar causas secundárias da doença.

    Como prevenir e tratar a osteoporose

    Hábitos de vida

    • Alimentação equilibrada: inclua cálcio (leite, queijos, vegetais verde-escuros) e vitamina D (peixes gordos, alimentos fortificados, exposição solar);
    • Exposição solar segura: sob orientação médica, para manter bons níveis de vitamina D;
    • Atividade física regular: especialmente exercícios com impacto leve e fortalecimento muscular, que aumentam a densidade óssea e reduzem quedas;
    • Evite tabaco e álcool: ambos prejudicam a absorção de cálcio e aceleram a perda óssea;
    • Prevenção de quedas: adapte o ambiente doméstico, use calçados firmes e mantenha a boa iluminação.

    Tratamento médico

    O tratamento varia conforme a gravidade e a presença de fraturas. O médico pode indicar:

    • Suplementação de cálcio e vitamina D;
    • Medicamentos que reduzem a perda óssea ou estimulam a formação de osso novo;
    • Fisioterapia e exercícios supervisionados para fortalecer músculos e melhorar o equilíbrio.

    O objetivo é reduzir o risco de novas fraturas, já que o osso perdido não pode ser totalmente recuperado.

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    Perguntas frequentes sobre osteoporose

    1. A osteoporose tem cura?

    Não. Mas é possível controlar a doença e reduzir o risco de fraturas com tratamento médico e hábitos saudáveis.

    2. Quando devo começar a me preocupar com a saúde dos ossos?

    Desde cedo. A prevenção deve começar na infância e juventude, com alimentação rica em cálcio e prática de atividades físicas.

    3. Só mulheres têm osteoporose?

    Não. Apesar de mais comum em mulheres, especialmente após a menopausa, os homens também podem desenvolver a doença.

    4. O que a densitometria óssea avalia?

    Ela mede a densidade mineral dos ossos e indica se há perda óssea significativa, auxiliando no diagnóstico precoce da osteoporose.

    5. Tomar sol ajuda na prevenção?

    Sim. A luz solar estimula a produção de vitamina D, essencial para a absorção de cálcio pelos ossos.

    6. Quais alimentos fortalecem os ossos?

    Leite, queijos, iogurte, brócolis, couve, sardinha e castanhas são ricos em cálcio e ajudam a manter a massa óssea.

    7. Exercícios ajudam quem já tem osteoporose?

    Sim. A prática regular fortalece músculos e melhora o equilíbrio, diminuindo o risco de quedas e fraturas.

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