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  • Cravos: como se formam, por que aparecem e quais os melhores tratamentos 

    Cravos: como se formam, por que aparecem e quais os melhores tratamentos 

    Os cravos são uma das queixas mais comuns em consultórios dermatológicos. Apesar de muitas vezes estarem associados à adolescência, eles podem persistir na vida adulta e, se não tratados corretamente, evoluir para acne inflamatória. Mas, afinal, o que são os cravos, como se formam e como podem ser tratados?

    Conversamos com a dermatologista Gabriela Capareli, que explica nesta reportagem como se dá a formação dos cravos, os tipos comuns — como cravo preto e cravo branco — e qual é a melhor forma de lidar com esse incômodo.

    O que são os cravos e como se formam

    “Os cravos são nomes populares para o que nós chamamos de comedões, que são formações de acúmulo das secreções das glândulas sebáceas”, fala a médica.

    Existem dois tipos principais de cravos, segundo a especialista:

    • Comedão aberto (cravo preto): acontece quando o poro entupido fica exposto ao ar. O sebo e as células mortas oxidam, ganhando a coloração escura característica.
    • Comedão fechado (cravo branco): forma-se quando a obstrução fica sob a pele. O sebo acumulado cria pequenas elevações esbranquiçadas ou amareladas, sem contato com o ar.

    Eles aparecem principalmente quando há obstrução dos poros por excesso de sebo, células mortas e impurezas ambientais. Esse bloqueio impede que o óleo natural da pele seja eliminado de forma adequada, formando o cravo. A oleosidade excessiva da pele é um dos principais fatores de risco, segundo a médica.

    Diferença entre acne, cravos e espinhas

    Cravos, espinhas e acne costumam ser usados como sinônimos, mas na prática representam estágios diferentes de um mesmo problema de pele.

    • Acne: é a doença crônica da pele que causa oleosidade excessiva e entupimento dos poros, podendo se manifestar de forma leve ou grave.
    • Cravos: são lesões de acne sem inflamação, resultado do acúmulo de sebo e células mortas nos poros, sem vermelhidão ou dor.
    • Espinhas: são lesões de acne inflamatórias, quando o poro obstruído se infecta, causando inchaço, dor, vermelhidão e, em muitos casos, pus.

    Assim, podemos dizer que os cravos são o primeiro estágio, enquanto as espinhas são a evolução inflamada da acne. Reconhecer essa diferença é essencial, porque a presença de muitos cravos pode evoluir para espinhas e, se não tratada, para formas graves de acne, com cicatrizes permanentes.

    O papel da limpeza de pele

    A limpeza de pele é um dos procedimentos mais indicados para o controle de cravos, pois permite a extração segura dos comedões em consultório. Essa técnica evita complicações e complementa o tratamento dermatológico. “A limpeza de pele ajuda muito na extração dos comedões, auxiliando muito no controle, mas é fundamental que o paciente continue e mantenha o tratamento domiciliar”, enfatiza.

    Ou seja, o procedimento de limpeza de pele especializado é eficaz, mas não deve ser encarado como solução única para remover os cravos. A manutenção diária, com produtos adequados prescritos pelo dermatologista, é essencial para evitar o reaparecimento dos comedões.

    Tratamento para cravos domiciliar: ácidos e skincare

    Dermatologistas recomendam o uso regular de produtos à base de ácidos no tratamento para cravos. Eles ajudam a renovar a pele, desobstruir os poros e reduzir a oleosidade.

    • Ácido retinoico: estimula a renovação celular e reduz a formação de comedões.
    • Ácido salicílico: possui ação esfoliante e anti-inflamatória, ideal para peles oleosas.
    • Ácido glicólico: melhora a textura da pele e ajuda no controle da oleosidade.

    “Lembrando que não se deve extrair os cravos em casa sob risco de infecções de pele e formação de cicatrizes”, orienta Gabriela. O uso de cosméticos deve ser sempre recomendado por um dermatologista, de acordo com o tipo de pele de cada paciente.

    Tratamento para cravos avançado

    Quando os cravos se tornam persistentes, o dermatologista pode indicar tratamentos combinados, já que o tratamento depende do grau de acometimento.

    “No grau 1, que é aquela pele oleosa com cravos, recomendamos limpeza de pele e, eventualmente, peelings com ácido salicílico ou retinoico, luz de LED e alguns lasers anti-inflamatórios”, explica Gabriela.

    Nos casos em que a acne já evoluiu para inflamações (grau 2 em diante), pode ser necessário incluir antibióticos tópicos ou orais. Para acne severa, com risco de cicatrizes, o tratamento pode incluir a isotretinoína oral (Roacutan), sempre com acompanhamento médico rigoroso.

    Prevenção: hábitos que fazem diferença

    A prevenção dos cravos depende principalmente de uma rotina de skincare adequada e de hábitos saudáveis. Algumas medidas importantes incluem:

    • Higienizar o rosto duas vezes ao dia com sabonetes específicos para pele oleosa;
    • Evitar dormir com maquiagem e remover sempre todos os resíduos;
    • Usar protetor solar oil free;
    • Aplicar cosméticos adequados recomendados pelo dermatologista.

    A especialista reforça que não se trata de eliminar completamente a oleosidade, mas de mantê-la sob controle. Lavar o rosto em excesso, por exemplo, pode provocar o efeito rebote, estimulando ainda mais a produção de sebo.

    Lembrando que o acompanhamento profissional é essencial para indicar o melhor tratamento para cada tipo de pele e evitar complicações.

    Perguntas e respostas sobre cravos

    1. O que são cravos?

    São obstruções dos poros causadas pelo acúmulo de sebo e células mortas. Podem aparecer como pontos escuros ou pequenas elevações esbranquiçadas.

    2. Por que os cravos aparecem?

    Eles surgem pelo excesso de oleosidade, associado ao acúmulo de células mortas e impurezas que bloqueiam os poros.

    3. Qual a diferença entre acne, cravos e espinhas?

    A acne é a doença que causa excesso de oleosidade e obstrução dos poros. Os cravos são o estágio inicial, sem inflamação. Já as espinhas surgem quando esses poros entupidos inflamam, causando vermelhidão, dor e pus.

    4. A limpeza de pele resolve o problema dos cravos?

    A limpeza de pele ajuda a remover os cravos existentes, mas precisa ser combinada com tratamento contínuo em casa para evitar o reaparecimento.

    5. Quais são os principais tratamentos para cravos?

    Incluem produtos com ácidos como retinoico, salicílico e glicólico, além de peelings, laser, LED e, em casos mais graves, antibióticos ou isotretinoína oral.

    6. É seguro espremer os cravos em casa?

    Não é recomendado, pois pode causar infecções, inflamações e deixar cicatrizes permanentes.

    7. Como prevenir os cravos no dia a dia?

    Manter a pele higienizada duas vezes ao dia, remover maquiagem antes de dormir, usar protetor solar oil free e seguir uma rotina de skincare adequada.

  • Espinhas na vida adulta: entenda as causas os principais tratamentos 

    Espinhas na vida adulta: entenda as causas os principais tratamentos 

    As espinhas costumam ser associadas à adolescência, mas muitas pessoas continuam lidando com elas na fase adulta. O incômodo não é apenas no espelho, pois as espinhas podem impactar a autoestima, as relações sociais e até a saúde emocional. Mas afinal, por que as espinhas aparecem mesmo depois dos 30 anos?

    Segundo a dermatologista Gabriela Capareli, o primeiro passo é entender que a acne é uma doença crônica da pele que pode acontecer em qualquer idade.

    “Ela é dividida em graus de intensidade, desde uma pele oleosa com pequenos comedões (cravos) até lesões nodulares inflamadas que podem deixar cicatrizes (espinhas)”.

    Vamos entender a seguir em que casos as espinhas podem surgir na vida adulta e como lidar com esse problema!

    Espinhas na vida adulta: uma manifestação da acne

    Na adolescência, a acne (entupimento dos poros que causa cravos e espinhas) aparece sobretudo pela ação dos hormônios sexuais, que estimulam a produção de sebo. Isso aumenta a oleosidade da pele e favorece a inflamação dos folículos.

    “A alimentação também influencia, principalmente quando há um excesso de produtos lácteos”, explica Gabriela.

    Já as espinhas na vida adulta têm como causa principal o desequilíbrio hormonal.

    “Nas mulheres, a síndrome dos ovários policísticos tem como um dos sintomas o aparecimento de acne. É muito comum também na fase adulta o aparecimento de acne devido ao uso de hormônios anabolizantes, tanto por mulheres quanto por homens”.

    Além da questão hormonal, doenças endocrinológicas, estresse e predisposição genética também estão entre os fatores desencadeantes das espinhas na vida adulta. O estresse, por exemplo, estimula a produção de cortisol, um hormônio que pode causar a inflamação da pele. O excesso de açúcares e comidas gordurosas também pode influenciar.

    O erro mais comum: espremer as espinhas

    A cena é frequente: ao notar uma espinha inflamada, muitas pessoas recorrem ao espelho e tentam eliminá-la. Apesar de parecer um gesto inofensivo, a prática é arriscada e pode agravar muito o quadro. Quando a pele é manipulada de forma incorreta, a inflamação aumenta, há risco de introdução de bactérias e, em vez de desaparecer, a lesão pode evoluir para uma infecção mais séria.

    A dermatologista reforça o alerta: “Em hipótese alguma deve-se manipular as lesões de acne. Isso deve ser feito em consultório, por profissional especializado, com todos os métodos de assepsia da pele. Caso contrário, há risco de infecção grave e de formação de cicatrizes difíceis de eliminar.”

    A diferença entre a extração caseira e a feita em consultório é grande. No ambiente médico ou estético adequado, o profissional utiliza instrumentos esterilizados, técnicas específicas para reduzir o trauma da pele e, principalmente, protocolos de assepsia que impedem a entrada de micro-organismos causadores de infecção.

    Leia também: Acne na adolescência: 10 mitos e verdades sobre a condição

    Como tratar as espinhas na vida adulta

    O tratamento para espinhas precisa ser individualizado, considerando a causa e o grau da acne. Quando há desequilíbrios hormonais, é fundamental investigá-los e corrigi-los em parceria com endocrinologistas ou ginecologistas. Paralelamente, a dermatologia dispõe de diversas estratégias para controlar as lesões e reduzir a inflamação:

    • Medicamentos tópicos com ácidos: retinoico, salicílico e outros, que ajudam a controlar a oleosidade e desobstruir os poros;
    • Antibióticos orais: indicados para casos mais inflamatórios, quando há risco de piora ou disseminação das lesões;
    • Isotretinoína oral (Roacutan): usada em quadros severos ou resistentes, sob acompanhamento médico rigoroso;
    • Procedimentos dermatológicos: como laser, peelings químicos e limpezas profissionais, que auxiliam na redução das lesões.

    “O tratamento para espinhas na vida adulta tem que ser direcionado para a causa. Se a origem da acne é hormonal, precisamos corrigir isso, além de usar todas as possibilidades dermatológicas disponíveis, desde limpezas até isotretinoína oral (Roacutan)”, reforça a médica.

    Cuidados diários que fazem diferença

    A rotina de cuidados com a pele é essencial para prevenir e controlar as espinhas. Gabriela recomenda lavar o rosto apenas duas vezes ao dia com sabonete adequado.

    “Lavar mais vezes pode fazer com que a pele interprete que precisa produzir mais óleo para compensar a retirada excessiva do óleo”.

    Outros hábitos importantes incluem remover completamente a maquiagem, usar protetor solar oil free e evitar cosméticos que possam obstruir os poros. Além disso, manter hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, sono regular e manejo do estresse, ajuda a reduzir as crises.

    O essencial é buscar acompanhamento profissional para identificar a causa e adotar a melhor estratégia. Quanto antes o tratamento começa, maiores as chances de preservar a saúde e a beleza da pele.

    Perguntas e respostas sobre espinhas na vida adulta

    1. O que são espinhas?

    As espinhas são o resultado da inflamação da acne, uma doença crônica da pele causada pelo excesso de oleosidade e entupimento dos poros.

    2. Por que as espinhas aparecem na vida adulta?

    Na maioria dos casos, estão relacionadas a desequilíbrios hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos ou o uso de anabolizantes. Estresse, doenças endocrinológicas, genética e dieta rica em açúcares e gorduras também favorecem seu surgimento.

    3. E na adolescência, qual é a principal causa?

    O fator predominante são as oscilações hormonais típicas dessa fase, que aumentam a oleosidade da pele. O consumo excessivo de laticínios também pode agravar o quadro.

    4. É seguro espremer espinhas em casa?

    Não. A dermatologista alerta que “em hipótese alguma deve-se manipular as lesões de acne”, já que isso pode causar infecções graves e cicatrizes permanentes.

    5. Quais são os principais tratamentos disponíveis para espinhas na vida adulta?

    O tratamento é individualizado, podendo incluir ácidos tópicos (retinoico, salicílico), antibióticos orais, isotretinoína (Roacutan) e procedimentos dermatológicos, como laser, peelings químicos e limpezas de pele.

    6. Que cuidados diários ajudam a controlar as espinhas na vida adulta?

    Lavar o rosto no máximo duas vezes ao dia com sabonete adequado, retirar bem a maquiagem, usar protetor solar oil free e manter hábitos saudáveis de sono, alimentação e controle do estresse.

    Leia também: Acne: o que é, sintomas, causas e tratamento