Tag: dor nas costas

  • A dor nas costas te acompanha? Entenda mais sobre lombalgia e veja o que fazer 

    A dor nas costas te acompanha? Entenda mais sobre lombalgia e veja o que fazer 

    A lombalgia, popularmente conhecida como dor na parte baixa das costas, está entre as queixas de saúde mais frequentes no Brasil e no mundo. Ela pode surgir de forma repentina, após um esforço maior, ou aparecer aos poucos, comprometendo atividades simples do dia a dia, como amarrar o sapato, levantar da cama ou ficar sentado por muito tempo.

    Embora seja comum, a lombalgia nem sempre tem uma causa única e, na maioria das vezes, não é grave. Ainda assim, entender seus sinais, saber identificar quando a dor representa um alerta e conhecer as opções de tratamento ajuda a evitar limitações e manter uma vida mais ativa e funcional.

    O que é lombalgia?

    A lombalgia é o nome dado à dor na região lombar, a parte baixa das costas. A intensidade varia de leve a incapacitante, e ela pode afetar adultos de qualquer idade.

    Por que a lombalgia acontece?

    A coluna lombar reúne estruturas importantes, como ossos, músculos, articulações, discos, ligamentos e nervos, e sustenta grande parte do peso do corpo. Por isso, diferentes fatores podem causar dor na região.

    Principais causas:

    • Esforço físico excessivo
    • Postura ruim
    • Sedentarismo
    • Movimentos repetitivos
    • Carregar peso de forma incorreta
    • Tensão muscular

    Na maioria dos casos, trata-se de distensão muscular ou sobrecarga articular, condições que costumam melhorar com cuidados simples.

    Como é a dor?

    A lombalgia pode se manifestar como:

    • Dor localizada na parte baixa das costas
    • Sensação de peso, queimação ou rigidez
    • Piora ao ficar sentado muito tempo ou ao carregar peso
    • Melhora com descanso ou mudança de posição

    Quando a dor irradia para a perna, descendo pela coxa até o pé, pode indicar irritação de nervo, como ocorre na dor no nervo ciático.

    Sinais de alerta

    Procure atendimento médico rápido se houver:

    • Febre
    • Perda de força nas pernas
    • Formigamento ou perda de sensibilidade na região genital
    • Incontinência urinária ou fecal
    • Trauma importante
    • História de câncer
    • Perda de peso inexplicada
    • Dor muito intensa e incapacitante

    Diagnósticos diferenciais

    A lombalgia pode ter diversas causas. Entre as principais:

    1. Causas músculo-esqueléticas (mais comuns)

    • Distensão muscular
    • Entorse ligamentar
    • Espasmo muscular
    • Artrose da coluna
    • Hérnia de disco
    • Degeneração dos discos intervertebrais

    2. Compressão ou irritação de nervos

    • Ciatalgia
    • Estenose do canal vertebral
    • Hérnia de disco com compressão nervosa

    3. Problemas articulares da coluna

    • Sacroileíte
    • Facetopatia

    4. Causas não relacionadas à coluna

    • Cálculo renal
    • Infecção urinária
    • Endometriose
    • Aneurisma de aorta abdominal
    • Pancreatite

    Diagnóstico

    O diagnóstico é principalmente clínico, baseado na história e no exame físico. Exames de imagem (raio-X, tomografia, ressonância) são usados apenas quando há sinais de alerta, dor que não passa e suspeita de causas específicas.

    Tratamento

    O cuidado com a lombalgia inclui abordagens com uso de remédios e sem uso deles.

    Medidas gerais

    • Descanso relativo
    • Correções posturais
    • Ajustes na movimentação
    • Compressas mornas

    Fisioterapia

    • Alongamentos
    • Fortalecimento
    • Orientações posturais

    Atividade física

    • Caminhadas
    • Pilates
    • Musculação ou exercícios de fortalecimento com supervisão

    Medicamentos

    Com indicação médica:

    • Analgésicos
    • Anti-inflamatórios
    • Relaxantes musculares (em casos selecionados)

    Tratamentos específicos

    • Hérnia de disco: fisioterapia, analgesia; cirurgia em casos selecionados
    • Ciatalgia: medidas para descompressão nervosa
    • Causas não lombares: tratamento específico conforme a doença que causou a dor

    Prevenção

    • Fazer atividade física regular
    • Manter boa postura no trabalho
    • Fazer pausas durante longos períodos sentado
    • Evitar carregar peso de forma errada
    • Fortalecer abdômen e musculatura lombar

    Quando buscar atendimento médico?

    • Dor por mais de 4 semanas
    • Dor que piora mesmo com cuidados
    • Presença de sinais de alerta
    • Dor irradiada com dormência ou fraqueza
    • Febre, alteração urinária ou dor súbita intensa

    Leia mais: Quando a dor nas costas pode ser preocupante? Entenda os sinais de alerta

    Perguntas frequentes sobre lombalgia

    1. A lombalgia sempre significa problema na coluna?

    Não. Em muitos casos, a dor é muscular. Outras doenças, como cálculos renais ou endometriose, também podem causar dor lombar.

    2. Preciso fazer ressonância sempre que tenho dor nas costas?

    Não. A maioria dos casos melhora sem exames. Eles só são necessários quando há sinais de alerta ou dor persistente.

    3. Trabalhar sentado piora a lombalgia?

    Pode piorar, principalmente se houver má postura ou longos períodos sem pausas.

    4. Exercício faz bem para quem tem lombalgia?

    Sim. Atividade física regular fortalece a musculatura e reduz o risco de novas crises.

    5. A dor no nervo ciático é a mesma coisa que lombalgia?

    Não. A lombalgia é dor na região lombar; a dor no nervo ciático é dor irradiada pela perna devido à irritação do nervo ciático.

    6. Compressa quente ou fria?

    Geralmente quente para relaxar a musculatura. Mas o médico ou fisioterapeuta pode orientar conforme a causa.

    7. Lombalgia pode virar algo grave?

    Na maioria das vezes, não. Mas sinais de alerta exigem avaliação médica imediata.

    Leia também: O que é e como aliviar a dor no nervo ciático

  • Como carregar peso sem prejudicar a coluna?

    Como carregar peso sem prejudicar a coluna?

    A coluna é a estrutura central do corpo humano, responsável por sustentar, equilibrar e permitir os movimentos. No entanto, ela também é uma das partes mais vulneráveis a lesões — especialmente quando carregamos peso de forma incorreta.

    Seja no trabalho, na academia ou até nas tarefas de casa, dobrar o corpo da maneira errada pode gerar dores intensas e problemas como hérnia de disco, lombalgia e desgaste precoce das articulações.

    Por isso, o recomendado é adotar técnicas seguras, limites recomendados e hábitos preventivos que ajudam a proteger a saúde da coluna em qualquer idade. Conversamos com o médico ortopedista Caio Gonçalves de Souza para esclarecer as principais dúvidas e reunir orientações práticas sobre como levantar, carregar e distribuir pesos no dia a dia sem comprometer a coluna. Dá uma olhada!

    Por que carregar peso da forma errada prejudica a coluna?

    A coluna é a principal estrutura de sustentação do corpo, e funciona como um eixo central, formado por vértebras, discos, ligamentos e músculos que trabalham juntos para manter o equilíbrio e o movimento.

    Quando levantamos peso de forma errada, aumentamos a pressão sobre os discos intervertebrais, os músculos e as articulações, o que pode causar:

    • Sobrecarga nos discos, favorecendo hérnias;
    • Estresse nos ligamentos e articulações facetárias;
    • Desequilíbrio muscular, levando a má postura;
    • Irritação nervosa, resultando em dor irradiada para braços ou pernas.

    Qual é a forma correta de carregar peso no dia a dia?

    De acordo com Caio, o princípio básico para pegar o peso é levantar o peso com as pernas, não com as costas. Isso significa utilizar a força dos grandes músculos das pernas e glúteos — que são mais potentes e projetados para essa função —, em vez de sobrecarregar os pequenos músculos da coluna lombar.

    Para levantar objetos do chão, o especialista orienta:

    • Planeje: avalie o peso e o formato do objeto. Se ele for muito pesado ou volumoso, peça ajuda para alguém ou utilize equipamentos de apoio;
    • Aproxime-se: posicione-se o mais perto possível do objeto para reduzir o esforço sobre a coluna;
    • Estabilize a base: afaste os pés na largura dos ombros, com um deles levemente à frente, garantindo firmeza e equilíbrio;
    • Agache corretamente: dobre os joelhos e os quadris, mantendo a coluna ereta, como se houvesse uma linha reta da cabeça até o cóccix. Evite curvar a lombar;
    • Segure com firmeza: pegue o objeto com as duas mãos, se possível, garantindo segurança no movimento;
    • Levante usando as pernas: mantenha o objeto próximo ao corpo e suba estendendo joelhos e quadris, com a coluna alinhada. A força deve vir das pernas e glúteos;
    • Evite torções: ao mudar de direção, mova os pés e gire o corpo inteiro, sem torcer o tronco com o peso nas mãos;
    • Ao colocar no chão: repita o processo inverso, agachando com a coluna reta até apoiar o objeto.

    Como carregar mochilas, sacolas e caixas?

    Cada tipo de carga exige uma postura específica, conforme aponta Caio:

    • Mochilas: use sempre as duas alças, ajustadas ao corpo, sem ultrapassar a linha da cintura. Os objetos pesados devem ficar próximos às costas;
    • Sacolas: divida o peso entre as duas mãos. Se for só uma sacola, alterne os lados;
    • Caixas ou objetos grandes: mantenha o mais próximo possível do corpo, entre a altura do meio da coxa e os ombros.

    “A consciência corporal e a prática dessas técnicas ergonômicas podem reduzir significativamente a sobrecarga na coluna, protegendo-a de estresses desnecessários e prevenindo o desenvolvimento de dores e lesões a longo prazo”, explica o médico ortopedista.

    Existe um limite de peso recomendado?

    Não existe um limite único que sirva para todo mundo, já que fatores como idade, sexo, condicionamento físico e saúde influenciam muito. No entanto, existem recomendações gerais para reduzir os riscos, sendo eles:

    • Para adultos: levantar mais de 20% a 25% do peso corporal já pode ser arriscado, especialmente sem técnica adequada. No trabalho, o recomendado é não ultrapassar 23 kg em levantamentos repetitivos, sendo que o limite deve ser menor se houver torções ou posições desconfortáveis. No dia a dia, lembre-se: se o peso parecer demais, peça ajuda ou use apoio.
    • Para crianças e adolescentes: como a coluna ainda está em desenvolvimento, a mochila não deve ultrapassar 10% a 15% do peso corporal. Uma criança de 30 kg, por exemplo, deve carregar no máximo entre 3 e 4,5 kg. Além do peso, a forma de carregar também importa: usar sempre as duas alças, bem ajustadas e sem passar da linha da cintura.

    “O não cumprimento das recomendações pode levar a desequilíbrios musculares e má postura crônica. E, em casos mais severos, o agravamento de condições preexistentes ou o surgimento de novas dores e desconfortos que podem ter repercussões a longo prazo na saúde da coluna, afetando até mesmo o padrão de crescimento vertebral”, esclarece Caio.

    Quais sinais mostram que a coluna está sendo prejudicada?

    No dia a dia, é importante ficar atento a sinais de alerta de que a coluna está sofrendo com uma sobrecarga ou alguma lesão, como:

    • Dor nas costas que não melhora com repouso e dura mais de duas semanas;
    • Dor que irradia para pernas ou braços;
    • Formigamento, dormência ou perda de força nos membros;
    • Alterações na marcha ou no equilíbrio;
    • Dor constante, especialmente à noite;
    • Febre, perda de peso inexplicável ou histórico de trauma;
    • Dificuldade em controlar urina ou fezes (consiste em uma emergência médica).

    Se qualquer um dos sinais aparecer, procure um médico ortopedista ou neurologista. Apenas um profissional poderá indicar o tratamento adequado, que pode envolver desde repouso e fisioterapia até remédios ou procedimentos específicos.

    Veja também: Exercícios para fortalecer a coluna: o guia completo para proteger sua postura e prevenir dores

    Perguntas frequentes sobre carregar peso sem prejudicar a coluna

    1. O uso de cintas ou coletes ajuda a coluna?

    O uso de cintas lombares pode ser útil em alguns casos, como no pós-operatório ou em pessoas com instabilidade na coluna. Elas ajudam a limitar movimentos que poderiam agravar a dor e lembram o corpo a manter a postura correta.

    Porém, de acordo com o médico ortopedista Caio Gonçalves de Souza, usar cinta de forma contínua e sem indicação pode ser prejudicial, porque ela pode dar uma falsa sensação de segurança e levar a esforços além do seguro. O uso prolongado também enfraquece os músculos do abdômen e lombar — que são justamente os responsáveis por proteger a coluna.

    O ideal é que a cinta seja usada apenas sob orientação médica ou fisioterapêutica e por tempo limitado. Para a maioria das pessoas, a melhor proteção é fortalecer o core com exercícios.

    2. Quais erros de postura sobrecarregam a coluna ao carregar peso?

    Alguns hábitos no dia a dia aumentam muito o risco de dor e lesões, como:

    • Curvar a coluna para levantar peso: o certo é agachar dobrando os joelhos e mantendo as costas retas;
    • Manter o peso afastado do corpo: quanto mais longe, maior a pressão sobre a lombar;
    • Torcer o tronco com o peso nas mãos: sempre gire o corpo inteiro, movendo os pés;
    • Carregar peso de um lado só: mochila em um ombro ou sacola pesada em apenas uma mão desequilibram a postura;
    • Movimentos bruscos: levantar rápido ou em “arranco” sobrecarrega a coluna;
    • Falta de aquecimento: músculos frios são mais vulneráveis a lesões;
    • Prender a respiração de forma errada: pode aumentar a pressão arterial e trazer riscos extras.

    3. Mochilas pesadas fazem mal para crianças e adolescentes?

    Sim, carregar mochilas muito pesadas ou mal ajustadas pode trazer consequências sérias para a saúde da coluna em longo prazo. Como os ossos, músculos e ligamentos ainda estão em desenvolvimento, eles ficam mais vulneráveis à sobrecarga.

    Os problemas mais comuns incluem:

    • Dores crônicas, principalmente em pescoço, costas e lombar;
    • Alterações posturais, como postura corcunda, que pode evoluir para escoliose;
    • Desequilíbrio muscular, pois alguns músculos ficam sobrecarregados, enquanto outros enfraquecem;
    • Compressão dos discos intervertebrais;
    • Impacto no bem-estar, pois a dor e desconforto podem atrapalhar a concentração, reduzir a prática de atividades físicas e afetar a autoestima.

    Para evitar problemas na coluna, os pais devem checar o peso das mochilas todos os dias, orientar as crianças a levar só o necessário e escolher modelos com alças largas, ajustáveis e, se possível, com apoio na cintura.

    4. Qual a diferença entre dor muscular comum e dor de lesão na coluna?

    A dor muscular comum aparece de 24 a 48 horas depois do esforço, é leve, localizada nos músculos usados e melhora com alongamento. Já a dor na coluna surge durante ou logo após a atividade, costuma ser forte, pode se espalhar para braços ou pernas e vir com formigamento, dormência ou perda de força.

    5. Atividades físicas ajudam a evitar dores ao carregar peso?

    Com certeza, pois pessoas ativas têm músculos mais fortes, articulações mais móveis e melhor consciência postural — o que facilita carregar peso com menos risco. Algumas opções recomendadas incluem caminhadas, musculação, natação e pilates.

    Segundo a OMS, adultos devem praticar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana. O hábito não só protege a coluna como também melhora o bem-estar geral, reduzindo o estresse e a fadiga.

    6. O que devo fazer se sentir dor após carregar peso?

    Se a dor for leve e localizada, ela normalmente melhora com repouso, compressa morna, alongamento suave e hidratação. No entanto, se a dor persistir por mais de alguns dias, piorar com o tempo, irradiar para braços ou pernas ou vier acompanhada de formigamento e fraqueza, a recomendação é interromper os esforços e procurar um médico.

    Confira: Como manter a postura correta no trabalho? Veja dicas práticas

  • 5 atividades físicas para quem tem problemas na coluna 

    5 atividades físicas para quem tem problemas na coluna 

    Pessoas que convivem com problemas na coluna, como hérnia de disco e escoliose, podem se beneficiar (e muito!) da prática constante de atividades físicas. Exercícios adequados ajudam a reduzir a dor, aumentam a flexibilidade, fortalecem os músculos que sustentam a coluna e melhoram a qualidade de vida no dia a dia, de acordo com o Ministério da Saúde.

    Além disso, manter o corpo ativo contribui para prevenir crises recorrentes e evitar o avanço das lesões, proporcionando mais autonomia e bem-estar a longo prazo. O importante é sempre respeitar os limites do próprio corpo e seguir as orientações do médico.

    Pensando nisso, reunimos orientações de um especialista e sugestões de atividades para incluir no dia a dia, além dos cuidados necessários para que a prática seja segura. Confira, a seguir!

    Por que as atividades físicas são importantes para quem tem problemas na coluna?

    A coluna é o eixo central do corpo humano, responsável por sustentar o tronco, permitir movimentos e proteger a medula espinhal. Quando está enfraquecida ou sobrecarregada, é comum o surgimento de dores e limitações.

    De acordo com o Ministério da Saúde, a prática regular de atividades físicas pode contribuir para:

    • Fortalecer os músculos de sustentação da coluna (abdômen, quadris e costas);
    • Melhorar a postura, reduzindo a sobrecarga nas vértebras;
    • Aumentar a flexibilidade e o equilíbrio, prevenindo quedas e movimentos bruscos;
    • Diminuir o peso corporal, reduzindo a pressão sobre a lombar;
    • Ativar a circulação e liberar endorfina, o que ajuda no controle da dor;
    • Reduzir o estresse e melhorar o sono, fatores que influenciam diretamente na percepção da dor.

    Veja mais: Como manter a postura correta no trabalho? Veja dicas práticas

    Quais as atividades físicas indicadas para problemas na coluna?

    O médico ortopedista Caio Gonçalves de Souza esclarece que as atividades mais recomendadas tendem a ser aquelas de baixo impacto, que minimizam as forças compressivas e de cisalhamento sobre os discos intervertebrais e articulações facetárias – ao mesmo tempo que promovem o fortalecimento do core (centro do corpo), a mobilidade articular e a consciência postural.

    Entre algumas atividades recomendadas, podemos destacar:

    1. Musculação

    Quando feita de maneira adequada, a musculação pode contribuir para o fortalecimento muscular e na prevenção de dores e problemas na coluna. Ela aumenta a estabilidade da região lombar e cervical, fortalece os músculos responsáveis pela sustentação da coluna e auxilia tanto na reabilitação quanto na prevenção de novas crises.

    Quais os cuidados?
    “É fundamental começar com cargas leves, priorizar a forma correta, utilizar um bom controle respiratório e progredir gradualmente. Exercícios compostos podem ser excelentes, mas exigem domínio técnico e um core forte”, orienta Caio.

    2. Caminhada

    A caminhada é uma das formas mais acessíveis e seguras de se manter ativo. Ela contribui para melhorar a circulação, controlar o peso corporal, fortalecer os músculos das pernas e do abdômen e aliviar tensões acumuladas na coluna.

    Além disso, estimula a lubrificação natural das articulações, favorece a postura e a mobilidade e ainda reduz a sobrecarga em comparação a atividades de maior impacto.

    Quais os cuidados?
    Mantenha a coluna ereta, ombros relaxados e olhar à frente. Use tênis com bom amortecimento. Caminhe em terrenos planos e seguros, evitando superfícies muito irregulares ou escorregadias, principalmente em períodos de dor mais intensa. Comece com distâncias e tempos menores e aumente gradualmente. Bastões de caminhada podem ajudar.

    3. Natação

    A natação é considerada um dos exercícios mais completos para quem apresenta dores ou alterações na coluna. Dentro da água, o peso corporal é reduzido, diminuindo a pressão sobre articulações e discos intervertebrais.

    Assim, é possível trabalhar todos os grupos musculares sem impacto, fortalecer a musculatura de sustentação da coluna e ainda melhorar a respiração, que influencia diretamente na postura.

    Quais os cuidados?
    Alguns estilos exigem atenção especial. No nado peito, manter a cabeça fora da água pode causar hiperextensão cervical e lombar. O borboleta e rotações exageradas no crawl podem não ser ideais em hérnia de disco ou instabilidade. O nado de costas ou um crawl bem executado tendem a ser mais seguros. A hidroginástica é alternativa eficaz e de baixo impacto.

    Pilates

    O pilates integra fortalecimento, alongamento e respiração, com foco na estabilização do tronco. Beneficia o core, melhora alinhamento e consciência postural e reduz o risco de crises de dor.

    Quais os cuidados?
    Pratique com instrutor qualificado, que adapte os exercícios. Evite movimentos bruscos e respeite limites. “A execução correta e a adaptação às limitações individuais são essenciais para evitar compensações que possam prejudicar a coluna. O pilates de solo pode ser mais desafiador por exigir maior controle do próprio corpo”, explica Caio.

    5. Yoga

    A yoga combina posturas físicas, respiração e meditação. Aumenta a flexibilidade, fortalece músculos profundos, melhora o equilíbrio e reduz o estresse — fator que pode agravar dores lombares e cervicais.

    Quais os cuidados?
    Evite posturas muito avançadas ou dolorosas. Prefira modalidades suaves (Hatha, Restaurativa) e informe limitações ao instrutor para adaptações seguras.

    Leia também: Alongamentos simples para aliviar dores musculares: veja quando e como praticar

    Quanto tempo de atividade física deve ser feito?

    De acordo com o Ministério da Saúde, adultos devem realizar pelo menos 150 minutos semanais de atividades moderadas ou 75 minutos de vigorosas (ou combinação). Para quem tem problemas na coluna, comece leve, aumente gradualmente e respeite os sinais do corpo.

    Quais atividades devem ser evitadas?

    • Corrida de alta intensidade em solo duro;
    • Esportes de impacto ou contato (futebol, basquete, lutas);
    • Exercícios com torções bruscas ou levantamento de peso excessivo;
    • Abdominais tradicionais sem orientação, que podem aumentar a pressão na lombar.

    A forma mais segura de começar é com avaliação individual (ortopedista, fisioterapeuta e, quando indicado, educador físico). Eles consideram tipo de lesão, inflamação, condição física e sintomas neurológicos para definir um plano adequado. Seguir orientação evita complicações, ajuda na reabilitação, fortalece a coluna e promove uma vida mais ativa e com menos dor.

    Perguntas frequentes sobre atividades físicas para problemas na coluna

    1. Alongamento e fortalecimento realmente ajudam a coluna?

    Sim. O fortalecimento do core (abdômen, lombar, glúteos e assoalho pélvico) cria uma “cinta natural” que estabiliza a coluna. O alongamento devolve flexibilidade, melhora a postura e reduz rigidez. Juntos, reduzem dores e aumentam a segurança dos movimentos.

    2. Como diferenciar dor normal de treino de um sinal de alerta da coluna?

    A dor muscular tardia surge 24–48h após o treino, é difusa e melhora com movimentos leves. A dor de alerta aparece durante ou logo após o exercício, é aguda, localizada e pode irradiar para braços ou pernas. Se vier com dormência, formigamento, fraqueza ou alterações urinárias, procure avaliação médica imediata.

    3. Quem já fez cirurgia na coluna pode voltar a se exercitar?

    Sim — e é recomendado. Após liberação médica, inicie com caminhadas leves, exercícios respiratórios e fortalecimento básico. Progrida para pilates, hidroginástica e musculação adaptada conforme a recuperação. O retorno completo pode levar semanas ou meses e deve ser supervisionado.

    4. Como incluir mais movimento no dia a dia?

    Qualquer movimento conta. Exemplos:

    • Usar escadas (de forma moderada e segura);
    • Caminhar pequenas distâncias em vez de usar o carro;
    • Levantar-se a cada hora para alongar;
    • Praticar respiração/relaxamento no trabalho;
    • Fazer tarefas domésticas ativas, jardinagem ou passear com o pet.

    5. Trabalhar sentado o dia todo pode prejudicar a coluna?

    Sim. Ficar horas sentado aumenta a pressão nos discos intervertebrais e favorece lombalgia. Levante-se a cada hora por alguns minutos para se alongar, caminhar ou mudar de posição. Ajuste cadeira, monitor e apoio lombar para postura correta.

    6. Como aliviar a dor na coluna no dia a dia?

    • Postura correta: sente-se com coluna ereta, use apoio lombar e evite longos períodos na mesma posição;
    • Pausas frequentes: levante-se a cada hora, caminhe e alongue;
    • Alongamentos leves: foque lombar, pescoço e pernas;
    • Compressas mornas: relaxam a musculatura em tensão;
    • Atividades leves: caminhada, pilates ou hidroginástica ajudam a circulação e liberam endorfina;
    • Evite o sedentarismo: manter-se ativo diariamente previne crises recorrentes.

    Confira: 8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia

  • Exercícios para fortalecer a coluna: o guia completo para proteger sua postura e prevenir dores 

    Exercícios para fortalecer a coluna: o guia completo para proteger sua postura e prevenir dores 

    Manter a saúde da coluna é um desafio. Longas horas sentado, má postura no trabalho e o sedentarismo contribuem para dores lombares e problemas que comprometem a qualidade de vida. A boa notícia é que a prática regular de exercícios simples pode mudar esse cenário, pois é possível fazer em casa exercícios para fortalecer a coluna.

    “Uma rotina de exercícios para fortalecer a coluna melhora a consciência corporal e a mobilidade, contribuindo para uma melhor qualidade de vida”, afirma o ortopedista Caio Gonçalves. A seguir, entenda por que fortalecer a região é importante e veja exercícios seguros para fazer em casa.

    Por que exercícios de fortalecimento para a coluna são importantes?

    Fortalecer a musculatura que envolve e sustenta a coluna é essencial para manter a postura adequada, reduzir dores e evitar lesões.

    • Estabilidade: músculos fortes dão suporte ao peso corporal e permitem movimentos seguros no dia a dia.
    • Proteção contra sobrecargas: a musculatura distribui melhor as cargas sobre vértebras, discos e articulações.
    • Prevenção de desequilíbrios: reduz risco de desvios posturais (ex.: hiperlordose) e desgastes.
    • Consciência corporal e mobilidade: favorecem autonomia e um estilo de vida mais ativo.

    Exercícios para fortalecer a coluna: simples e seguros para fazer em casa

    Não é preciso equipamento sofisticado. “Exercitar-se em casa é uma excelente alternativa para quem busca saúde da coluna, qualidade de vida e mais autonomia”, explica Caio.

    Como começar: escolha 2–3 exercícios de cada grupo (força, mobilidade/alongamento e postura), 3x por semana. Movimentos lentos e controlados. Se sentir dor aguda, pare e procure orientação.

    Fortalecimento muscular

    1. Prancha frontal
      Como fazer: apoie antebraços e pontas dos pés, corpo alinhado. Contraia o abdômen por 20–40 s.
      Objetivo: fortalecer o core (abdômen, lombar e glúteos) para proteger a coluna.
    2. Ponte (elevação de quadril)
      Como fazer: deite de costas, joelhos flexionados e pés no chão. Eleve o quadril até alinhar ombros–quadris–joelhos. 10–15 repetições.
      Objetivo: trabalhar glúteos e lombar, estabilizando a pelve.
    3. Superman
      Como fazer: de bruços, eleve braços e pernas por 3–5 s. 8–12 repetições.
      Objetivo: ativar a cadeia posterior e fortalecer a região lombar.

    Alongamento e mobilidade

    1. Gato e Camelo (Cat–Cow)
      Como fazer: em quatro apoios, alterne arqueamento e extensão suave da coluna. 10 repetições.
      Objetivo: mobilizar a coluna e reduzir rigidez.
    2. Rotações de tronco deitado
      Como fazer: de costas, joelhos dobrados; leve-os para um lado e gire o rosto para o outro. Segure 20–30 s e troque.
      Objetivo: relaxar a lombar e melhorar a flexibilidade.
    3. Alongamento isquiotibial
      Como fazer: sentado ou em pé, leve as mãos aos pés com leve flexão dos joelhos. Segure 20–30 s.
      Objetivo: alongar posterior de coxas e aliviar tensão lombar.

    Exercícios de postura e consciência corporal

    1. Sentar na ponta da cadeira
      Como fazer: sente-se na borda, pés no chão, coluna ereta e abdômen ativo por 1–2 min.
      Objetivo: treinar postura e ativar o core.
    2. Respiração diafragmática
      Como fazer: deite-se, uma mão no peito e outra na barriga. Inspire pelo nariz expandindo o abdômen; expire lentamente.
      Objetivo: relaxar, melhorar estabilidade e consciência corporal.

    Atenção: quem tem histórico de dor crônica ou lesões deve adaptar os exercícios e, se possível, iniciar com supervisão.

    Diferença entre exercícios de força e alongamento

    São complementares: força aumenta estabilidade e proteção articular; alongamento amplia flexibilidade e reduz tensões. O equilíbrio entre ambos evita rigidez (muita força sem mobilidade) e instabilidade (muita flexibilidade sem força).

    Confira: Como manter a postura correta no trabalho? Veja dicas práticas

    Cuidados para quem tem histórico de lesões

    • Evite movimentos bruscos e grandes amplitudes.
    • Não force exercícios que provoquem dor aguda.
    • Comece leve e evolua gradualmente.
    • Priorize exercícios posturais e respiratórios.
    • Mantenha acompanhamento com ortopedista ou fisioterapeuta.

    Contraindicações: quando não fazer certos exercícios

    Em casos de hérnias avançadas, estenose ou osteoporose grave, evite cargas excessivas, impactos e flexões/rotações bruscas da coluna. Gestantes, idosos e pessoas em reabilitação devem adaptar movimentos com orientação profissional. Dor intensa é sinal para parar.

    Pilates e ioga também podem ajudar?

    • Pilates: fortalece o core, melhora estabilidade e postura.
    • Ioga: combina força, flexibilidade, respiração e relaxamento.

    Ambas reduzem dores e tensões; adapte as práticas se houver histórico de lesões.

    Perguntas frequentes sobre exercícios para fortalecer a coluna

    1. Por que devo fortalecer a musculatura da coluna?

    Para garantir postura correta, prevenir dores e lesões, distribuir melhor o peso corporal e aumentar a estabilidade nos movimentos diários.

    2. Exercícios simples em casa funcionam mesmo?

    Sim. Com poucos minutos e sem equipamentos é possível fortalecer, alongar e melhorar a mobilidade da coluna.

    3. Qual a diferença entre exercícios de força e alongamento?

    Força dá estabilidade e protege a coluna; alongamento amplia flexibilidade e alivia tensões. São complementares.

    4. Tenho hérnia ou dor crônica. Posso treinar?

    Sim, mas com orientação profissional, evitando sobrecargas e respeitando os limites do corpo.

    5. Pilates e ioga ajudam a coluna?

    Sim. O pilates fortalece o core e melhora a postura; a ioga trabalha força, flexibilidade e relaxamento.

    Leia mais: Alongamentos simples para aliviar dores musculares: veja quando e como praticar

  • Como manter a postura correta no trabalho? Veja dicas práticas  

    Como manter a postura correta no trabalho? Veja dicas práticas  

    Com a rotina acelerada e cada vez mais tempo diante de telas, seja no escritório ou no home-office, é comum passar horas seguidas na mesma posição e, em alguns casos, sem nem prestar atenção na postura correta no trabalho. Isso pode desencadear rigidez nos ombros, dores nas costas e fadiga, que afetam o bem-estar e a qualidade de vida.

    “Manter-se por muito tempo sentado prejudica a circulação, causa pressão nos discos intervertebrais e favorece o surgimento de dores e doenças musculoesqueléticas, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares. A pressão nos discos intervertebrais é maior quando estamos sentados que quando estamos em pé”, explica o ortopedista Caio Gonçalves de Souza.

    Mas afinal, como proteger a saúde da coluna em meio a tantas horas de trabalho? Com a ajuda do especialista, reunimos algumas dicas práticas para te ajudar a manter a postura correta no ambiente e evitar dores nas costas.

    Por que a postura é tão importante?

    A postura influencia diretamente o funcionamento da coluna e do sistema musculoesquelético. Quando está desalinhada, a coluna recebe uma sobrecarga extra e os discos intervertebrais, que funcionam como amortecedores entre as vértebras, acabam sendo pressionados de forma desigual, aumentando o risco de desgaste.

    Para compensar, músculos e ligamentos trabalham mais do que deveriam, o que resulta em dor e tensão no corpo.

    Entre as principais consequências da má postura, podemos destacar:

    • Dores crônicas nas costas, pescoço e ombros;
    • Problemas circulatórios, como inchaço nas pernas e varizes;
    • Dores de cabeça tensionais, ligadas à sobrecarga cervical;
    • Cansaço excessivo, já que o corpo gasta energia tentando se equilibrar;
    • Risco vascular maior, pois ficar muito tempo sentado reduz a circulação sanguínea.

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os problemas musculoesqueléticos estão entre as principais causas de afastamento do trabalho em todo o mundo.

    O que é ter uma postura correta no trabalho?

    Uma postura correta é o posicionamento equilibrado do corpo que respeita as curvaturas naturais da coluna e distribui o peso de forma uniforme entre músculos e articulações.

    De maneira geral, é quando o corpo se mantém alinhado, sem sobrecargas desnecessárias, o que permite que os ossos, músculos e ligamentos trabalhem de maneira eficiente e sem esforço excessivo.

    No dia a dia, isso significa:

    • Coluna ereta, mas relaxada, com apoio total no encosto;
    • Ombros alinhados, sem tensão;
    • Quadris e joelhos em ângulo de 90°;
    • Pés firmes no chão ou em apoio adequado;
    • Cabeça erguida, olhando para a tela sem precisar inclinar para cima ou para baixo.

    Já em pé, a postura correta exige distribuir o peso igualmente entre os dois pés, manter joelhos levemente dobrados (nunca travados) e evitar inclinar o tronco para frente.

    Como manter a postura correta no trabalho?

    Algumas mudanças simples no dia a dia podem trazer vários benefícios, reduzindo desconfortos e prevenindo dores a longo prazo. Entre elas, podemos citar:

    1. Ajuste a cadeira

    Para pessoas que trabalham sentadas, o primeiro passo para manter a postura adequada é ajustar a cadeira. Primeiro, ela deve ser regulável em altura, de modo que os pés fiquem totalmente apoiados no chão e que os joelhos se mantenham em ângulo reto, em torno de 90 graus, sem deixar as pernas suspensas nem dobradas demais.

    Além disso, o encosto precisa acompanhar a curvatura natural da lombar, oferecendo suporte para que a coluna permaneça ereta e confortável. Apoios de braço ajustáveis também fazem diferença, já que ajudam a manter os cotovelos na altura correta em relação à mesa. Quando os pés não alcançam o chão, uma dica interessante é usar um apoio, como um barquinho ou uma caixa.

    “O ajuste correto desses elementos proporciona distribuição equilibrada do peso corporal, melhor alinhamento da coluna, menor fadiga muscular e menor risco de lesões”, explica Caio.

    2. Regule a altura da mesa e da tela

    Para uma postura correta no trabalho, a mesa deve estar na altura ideal para que os braços fiquem relaxados e os cotovelos formem um ângulo próximo a 90°. Já a tela do computador precisa ficar alinhada à altura dos olhos, evitando que você precise inclinar o pescoço para baixo ou para cima.

    Quem usa notebook diretamente sobre a mesa, por exemplo, quase sempre precisa abaixar a cabeça, o que causa tensão na cervical e dores nos ombros. Uma ideia é usar um suporte para elevar o aparelho ou mesmo empilhar livros, conectando teclado e mouse separados, o que garante um conforto maior.

    3. Mantenha o corpo alinhado

    Para manter o corpo realmente alinhado, é importante que o quadril esteja bem encaixado no encosto da cadeira, de modo que as costas fiquem totalmente apoiadas e a coluna respeite sua curvatura natural. Os ombros devem permanecer soltos e relaxados, sem tensão acumulada, evitando aquela tendência de encolhê-los em direção às orelhas.

    Cruzar as pernas por longos períodos também não é recomendável, pois compromete a circulação sanguínea, sobrecarrega uma das laterais do quadril e pode gerar desequilíbrio postural ao longo do tempo. Quanto mais alinhado o corpo estiver, menor a pressão sobre músculos e articulações.

    4. Faça pausas ativas

    Realizar pausas ao longo do trabalho não serve apenas para descansar, sabia? Elas ajudam a diminuir a rigidez muscular, melhoram a circulação e ainda ajudam a manter o foco. O hábito também impacta a produtividade, afinal a mente funciona melhor quando o corpo não está sobrecarregado.

    A recomendação é levantar-se a cada 30 a 60 minutos. Caminhe até a cozinha, vá ao banheiro, beba água, pegue um cafezinho ou faça alongamentos rápidos, como esticar os braços acima da cabeça. Mesmo movimentos pequenos já fazem diferença.

    Além dessas pausas maiores, pequenas interrupções também ajudam. A cada 20 minutos, alinhe a postura e desvie o olhar da tela por alguns segundos. Isso relaxa os olhos e dá um reset rápido no corpo.

    5. Respeite a distância da tela

    Trabalhar colado no monitor ou distante demais tem efeitos ruins tanto na visão quanto na coluna, e não é nada bom para uma postura correta no trabalho. Quando a tela fica muito próxima, é comum projetar a cabeça para frente sem perceber, aumentando a pressão sobre a região cervical.

    Já quando está muito longe, a tendência é inclinar o tronco, forçando a lombar e os ombros. A medida prática é manter a tela a aproximadamente um braço de distância.

    Leia também: Como evitar dores ao usar computador e celular: um guia prático de ajustes na rotina

    Acessórios que ajudam a manter a postura no dia a dia

    De acordo com Caio, alguns acessórios são comprovadamente úteis para auxiliar na correção e manutenção da postura, como:

    • Suporte ergonômico para notebook/monitor: eleva a tela à altura dos olhos;
    • Apoio para pés: mantém quadris e joelhos alinhados;
    • Teclado e mouse separados: fundamental para quem usa notebook;
    • Apoios lombares: oferecem suporte extra para a região da lombar;
    • Cadeiras ergonômicas: com ajustes de altura, encosto e apoio para braços;
    • Tapete antifadiga: indicado para quem trabalha em pé, reduz pressão nos pés;
    • Sensores de postura ou apps: alertam em caso de má postura.

    “Acessórios não substituem o hábito de se movimentar, alongar e manter conscientização corporal. Eles ajudam, mas não trabalham sozinhos”, lembra o especialista.

    Quanto tempo é saudável ficar sentado?

    Mesmo no caso de pessoas que mantêm uma boa postura, passar muitas horas sentado é extremamente prejudicial para a saúde. O tempo ideal não é ficar imóvel, mas alternar períodos de trabalho com pequenas pausas. Algumas recomendações incluem:

    • Pausas ativas a cada 30 a 60 minutos: levantar da cadeira, caminhar um pouco, se espreguiçar ou fazer alongamentos leves. Isso já ajuda a soltar a musculatura e estimular a circulação;
    • Intervalos maiores de 5 a 10 minutos por hora: sugeridos em protocolos oficiais, como os do INSS e da Organização Mundial da Saúde. O tempo é suficiente para reduzir a sobrecarga do corpo;
    • Micro pausas a cada 20 minutos: alinhar a postura novamente e desviar o olhar da tela por alguns segundos, para aliviar a visão e dar descanso rápido ao corpo.

    E para quem trabalha em pé?

    Ficar de pé por muito tempo também exige cuidados, uma vez que pode causar dores nas costas, pernas e pés, além de favorecer o aparecimento de varizes, de acordo com Caio. O especialista aponta algumas orientações:

    • Apoiar os dois pés no chão, dividindo o peso igualmente;
    • Evitar apoiar o corpo em um único lado ou cruzar as pernas;
    • Deixar os joelhos levemente dobrados, sem travá-los;
    • Alternar o apoio dos pés a cada 15-20 minutos, usando um suporte de 6 a 10 cm;
    • Usar tapete antifadiga para reduzir o impacto em pisos duros;
    • Escolher calçados confortáveis, de solado macio e anatômico.

    “Funcionários de balcão, professores e profissionais de saúde, mesmo em pé, devem adotar pausas para alongamentos rápidos e alternância de apoio dos pés”, finaliza o especialista.

    Fique atento aos sinais de má postura

    Com a rotina atarefada, é comum que os sinais de má postura passem despercebidos, mas é importante estar atento para evitar que o incômodo se torne um problema maior. Entre eles, podemos citar:

    • Dores frequentes nas costas, pescoço ou ombros;
    • Rigidez ao acordar que não melhora durante o dia;
    • Dor de cabeça recorrente no fim do expediente;
    • Formigamento ou dormência em braços e pernas;
    • Necessidade constante de se “ajeitar” na cadeira;
    • Sensação de cansaço mesmo após poucas horas sentado ou em pé.

    Mudanças nos hábitos tendem a ser suficientes para aliviar os sintomas, mas caso eles persistam, procure atendimento médico.

    Confira: 8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia

    Perguntas frequentes sobre postura correta no trabalho

    1. Cruzar as pernas faz mal?

    Sim, quando é feito por longos períodos. Ao cruzar as pernas, a circulação sanguínea fica comprometida — o que favorece inchaço, sensação de formigamento e até o surgimento de varizes em quem já tem predisposição.

    A posição também desequilibra o apoio do quadril e altera o alinhamento natural da coluna, o que, com o tempo, pode causar dores lombares, tensão muscular e até desvios posturais.

    2. Dormir de bruços faz mal para a coluna?

    Sim, pois a posição força a curvatura da lombar e exige rotação do pescoço, o que pode gerar dores e rigidez. As posições mais recomendadas são de lado (com travesseiro entre os joelhos) ou de barriga para cima (com apoio embaixo dos joelhos).

    3. Usar salto alto piora a postura?

    Sim. O salto desloca o centro de gravidade do corpo para frente, o que obriga a lombar e os joelhos a compensarem, gerando dores e sobrecarga. Por isso, o ideal é limitar o uso diário e optar por modelos mais baixos ou com salto largo, que oferecem maior estabilidade.

    4. É possível corrigir postura depois de adulto?

    Sim. A correção costuma ser mais lenta do que em crianças, mas é totalmente possível! Com exercícios de fortalecimento, ajustes ergonômicos no ambiente de trabalho e hábitos conscientes, a postura melhora bastante. Em alguns casos, a fisioterapia pode acelerar o processo e corrigir vícios antigos.

    5. Trabalhar deitado ou na cama faz mal?

    Sim, pois sofás e camas não oferecem o apoio adequado para a coluna, braços e pernas, de modo que trabalhar assim por longos períodos sobrecarrega a lombar e a cervical — além de favorecer dores nos ombros. Pode até parecer confortável no início, mas a médio prazo pode desencadear rigidez e fadiga muscular.

    6. Usar celular deitado na cama pode causar dor?

    Pode. Apoiar a cabeça em travesseiro alto ou olhar para baixo por muito tempo aumenta a tensão cervical e pode causar dor no pescoço, ombros e até dor de cabeça. O recomendado é limitar o tempo nessa posição ou buscar um apoio que mantenha o olhar na altura dos olhos.

    7. O que é escoliose postural?

    A escoliose postural é um desvio lateral da coluna provocado por maus hábitos, como sentar torto ou carregar peso de um só lado. Diferente da escoliose estrutural, que possui origem genética, a postural não envolve alterações fixas nas vértebras.

    Na maioria dos casos, ela pode ser corrigida com mudanças de postura, fortalecimento dos músculos que dão sustentação à coluna (principalmente abdômen e lombar) e acompanhamento fisioterapêutico. Quanto mais cedo for diagnosticada, maiores são as chances de reverter o desvio sem complicações.

    8. O que é risco ergonômico?

    Um risco ergonômico é todo fator no ambiente de trabalho que pode causar desconforto físico ou psicológico por conta de más condições de postura, esforço repetitivo ou organização inadequada das tarefas. Na prática, ele surge quando as exigências do trabalho ultrapassam os limites do corpo, como:

    • Posturas incorretas e prolongadas: sentar torto, ficar horas em pé sem pausa;
    • Movimentos repetitivos: digitar, operar máquinas, usar o mouse sem descanso;
    • Esforço físico excessivo: levantar peso de forma errada;
    • Jornada prolongada e monotonia: falta de pausas, excesso de horas na mesma posição;
    • Pressão psicológica: cobrança intensa, metas irreais, falta de pausas mentais.

    Situações assim podem gerar dores musculares, problemas de coluna, fadiga, estresse e até doenças ocupacionais como LER (Lesões por Esforço Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

    Leia também: Quando a dor nas costas pode ser preocupante? Entenda os sinais de alerta

  • Cirurgia de coluna: 5 condições em que ela pode ser necessária 

    Cirurgia de coluna: 5 condições em que ela pode ser necessária 

    A dor na coluna é um dos problemas de saúde mais comuns da atualidade e, normalmente, está associada a hábitos de vida inadequados, como a má postura, o sedentarismo e até mesmo a sobrecarga física causada por esforços repetitivos.

    Na maioria dos casos, o tratamento conservador, que envolve o uso de remédios e fisioterapia, é suficiente para controlar os sintomas e devolver qualidade de vida ao paciente. Porém, em situações mais graves, pode ser necessária a realização de uma cirurgia de coluna para corrigir o problema.

    Para entender melhor as indicações de cirurgia, como funciona e os cuidados, conversamos com uma especialista e reunimos algumas orientações práticas a seguir.

    Quais condições podem exigir uma cirurgia de coluna?

    A primeira coisa a entender é que nem toda dor nas costas é motivo para cirurgia. Na verdade, a grande maioria das dores melhora sem necessidade de intervenção cirúrgica. Ainda assim, existem algumas condições em que a cirurgia pode ser indicada, sempre com avaliação cuidadosa e individualizada pelo médico.

    1. Hérnia de disco

    A hérnia de disco é uma das causas mais frequentes de indicação de cirurgia de coluna, de acordo com a neurocirurgiã Ana Gandolfi, da Escola Paulista de Medicina. A condição ocorre quando o disco intervertebral, que funciona como uma espécie de almofada entre as vértebras, se desloca ou se rompe.

    Quando isso acontece, ele pode pressionar os nervos próximos e gerar uma série de sintomas, como dor intensa na coluna — que muitas vezes se irradia para braços ou pernas, além de formigamento, perda de sensibilidade e até fraqueza muscular.

    “Normalmente, se o quadro é apenas de dor e conseguimos um bom controle com analgésicos, mesmo que sejam aplicados localmente e não apenas pela boca, conseguimos dispensar a cirurgia. Já nos casos em que há um déficit de sensibilidade persistente ou um déficit motor, realmente precisamos recorrer a ela”, explica a especialista.

    2. Estenose da coluna

    A estenose da coluna acontece quando o canal vertebral, por onde passam a medula espinhal e os nervos, fica mais estreito do que o normal. O estreitamento pode ser provocado por artrose, espessamento de ligamentos, hérnias de disco ou até pelo crescimento de pequenas projeções ósseas.

    Quando o espaço se reduz, os nervos acabam sendo comprimidos, o que provoca uma série de sintomas, como dor lombar ou cervical, dificuldade para caminhar longas distâncias, sensação de peso nas pernas, formigamento, dormência e até fraqueza muscular.

    3. Traumas e fraturas

    Acidentes de carro, quedas de grande impacto ou traumas durante a prática esportiva podem provocar fraturas e instabilidade na coluna. Quando isso acontece, existe o risco de comprometimento da medula espinhal e dos nervos, o que pode causar dor intensa, perda de movimentos ou até paralisia.

    Nessas situações, muitas vezes a cirurgia precisa ser realizada de forma emergencial. O objetivo principal é estabilizar a coluna rapidamente, corrigir a fratura e evitar danos neurológicos permanentes, permitindo que a pessoa tenha melhores condições de recuperação.

    4. Tumores ou infecções

    Embora sejam causas menos frequentes, tumores e infecções podem comprometer a estrutura óssea da coluna ou pressionar diretamente os nervos e a medula. Nessas situações, a cirurgia pode ser indicada para remover a lesão, aliviar os sintomas e, ao mesmo tempo, estabilizar a coluna, prevenindo complicações mais graves.

    5. Deformidades da coluna

    Alterações como escoliose, cifose ou outras deformidades podem, nos casos mais graves, exigir tratamento cirúrgico. A correção é considerada principalmente quando a curvatura interfere na respiração, prejudica a postura ou provoca dor intensa e incapacitante.

    O objetivo da cirurgia é alinhar a coluna, melhorar a função e oferecer mais qualidade de vida ao paciente.

    Quando a cirurgia de coluna é realmente necessária?

    A cirurgia de coluna só é necessária em situações específicas, que não melhoram com o tratamento conservador — como remédios e fisioterapia. Na maioria dos casos, mesmo quem tem hérnia de disco ou outras alterações consegue controlar os sintomas sem precisar operar.

    No entanto, existem algumas situações em que a cirurgia passa a ser indicada:

    • Déficit motor persistente: quando o paciente perde força em algum membro (como braço ou perna) e a fraqueza não melhora. Isso indica que o nervo está sendo comprimido de forma importante;
    • Déficit de sensibilidade persistente: quando há perda de sensibilidade que não regride com o tratamento clínico;
    • Dor intratável: quando a dor é tão intensa que não melhora mesmo com o uso de analgésicos potentes, fisioterapia ou outras medidas.

    Nessas situações, a cirurgia tem como objetivo aliviar a compressão nervosa, de modo que a dor costuma melhorar imediatamente após o procedimento, a força muscular tende a se recuperar em dias a semanas, e a sensibilidade, em semanas a meses.

    É importante lembrar que cada caso é avaliado individualmente pelo médico, que considera não apenas os sintomas neurológicos e de dor, mas também as condições clínicas gerais do paciente para garantir segurança no procedimento.

    Veja também: Hérnia de disco: o que é, causas, sintomas e como tratar

    Como funcionam as cirurgias minimamente invasivas na coluna?

    Segundo a neurocirurgiã Ana Gandolfi, as cirurgias minimamente invasivas na coluna são realizadas com cortes menores, tanto na pele quanto na musculatura — o que reduz o trauma cirúrgico.

    Com o trauma cirúrgico menor, a tendência é ter menos dor no pós-operatório, menor sangramento e tempo de internação. A recuperação também tende a ser mais rápida, e o paciente geralmente consegue retomar atividades do dia a dia e iniciar a fisioterapia em menos tempo quando comparado a uma cirurgia tradicional.

    A abordagem é especialmente indicada em casos como hérnia de disco, estenose (estreitamento do canal da coluna) ou pequenas instabilidades vertebrais. Nessas situações, a cirurgia minimamente invasiva pode oferecer os mesmos resultados de uma cirurgia aberta tradicional, mas com menor impacto físico e emocional para o paciente.

    Avaliação pré-operatória da cirurgia de coluna

    Antes de recomendar a cirurgia, o médico avalia não só o quadro neurológico (perda de força, sensibilidade, intensidade da dor), mas também as condições clínicas gerais da pessoa. Muitas vezes, é necessário passar por uma consulta com um clínico geral ou anestesista para a chamada avaliação pré-anestésica.

    O preparo é fundamental para verificar se o paciente tem condições de ser submetido ao procedimento com segurança. Dependendo do caso, podem ser pedidos exames laboratoriais, de imagem e cardíacos, além de ajustes em medicamentos de uso contínuo.

    Pós-operatório: quais os principais cuidados?

    A recuperação após a cirurgia de coluna depende de vários fatores, como idade da pessoa, estado físico antes da cirurgia e tipo de procedimento realizado, segundo Ana Gandolfi. Ela aponta algumas orientações:

    • Em casos de cirurgia para hérnia de disco, em cerca de 15 dias o paciente já apresenta melhora significativa, voltando a se movimentar quase que normalmente;
    • É recomendado evitar carregar peso por pelo menos 30 dias. Após o período, já é possível retomar atividades do dia a dia, inclusive academia, de forma gradual;
    • Em cirurgias mais complexas, como a fixação (artrodese com parafusos), o tempo de recuperação é maior e depende da extensão e localização da intervenção.

    Em todos os casos, o acompanhamento médico e a fisioterapia são fundamentais para garantir uma boa cicatrização e prevenir complicações.

    Quais os riscos da cirurgia de coluna?

    Apesar de a cirurgia de coluna ser considerada segura quando bem indicada, alguns riscos ainda precisam ser levados em conta. Como explica a neurocirurgiã Ana Gandolfi, existe a possibilidade de ocorrer uma lesão acidental durante o procedimento, o que poderia levar à piora dos sintomas — embora seja uma complicação menos frequente.

    Outro risco é a fístula liquórica, que acontece quando o líquido natural que circula entre o cérebro e a coluna vaza durante ou após a operação. Se esse escape for percebido ainda na cirurgia, pode ser corrigido no mesmo momento, garantindo boa recuperação do paciente.

    No entanto, em alguns casos o vazamento só se manifesta no pós-operatório, até mesmo quando o paciente já está em casa. Nesse caso, ele precisa ser internado novamente, seja para uma nova abordagem surgica ou para um procedimento que auxilie na cicatrização, impedindo que o líquido continue saindo.

    E as vantagens da cirurgia de coluna?

    A cirurgia de coluna, quando bem indicada, traz benefícios importantes e perceptíveis para qualidade de vida da pessoa que sofria com dor ou limitações. De acordo com a neurocirurgiã Ana Gandolfi, muitos pacientes acordam sem a dor intensa que sentiam anteriormente, o que representa um grande alívio imediato.

    Além disso, quando o déficit motor não é completo, a força muscular tende a se recuperar de forma gradual, em questão de dias a semanas. Já a sensibilidade, embora seja um pouco mais lenta, também costuma melhorar progressivamente — geralmente ao longo de semanas a meses.

    Ao mesmo tempo, o paciente também recupera a autonomia no dia a dia e a melhora funcional permite retomar atividades simples, como caminhar, trabalhar e se exercitar de maneira segura.

    Confira: Má postura pode causar lesões na coluna? Saiba como corrigir a postura

    Perguntas frequentes sobre cirurgia de coluna

    1. Quem tem hérnia de disco sempre precisa operar?

    Não. A maioria das pessoas com hérnia de disco melhora apenas com tratamento clínico, que inclui remédios, fisioterapia, repouso e ajustes na rotina.

    A cirurgia só é indicada quando as medidas não funcionam ou quando o paciente apresenta perda de força ou sensibilidade em braços ou pernas. Isso acontece porque a hérnia pode comprimir os nervos da coluna.

    2. O problema pode voltar depois da cirurgia?

    Pode. A cirurgia melhora o quadro atual, mas não impede que o problema volte em outro ponto da coluna ou até no mesmo local. O desgaste natural, a idade e o sedentarismo podem favorecer o aparecimento de novas hérnias ou outras condições.

    Por isso, mesmo depois da cirurgia, é fundamental manter cuidados no dia a dia, como praticar exercícios físicos, fortalecer a musculatura que sustenta a coluna, controlar o peso e evitar esforços excessivos.

    3. Quanto tempo preciso ficar internado após a cirurgia de coluna?

    Na maioria das cirurgias simples, como a de hérnia de disco, o paciente costuma ficar internado de um a dois dias.

    Já em cirurgias mais complexas, como as de fixação com parafusos, o tempo de internação pode ser maior, variando de quatro a cinco dias, dependendo da evolução. A duração exata depende do tipo de cirurgia, da gravidade da condição e do estado de saúde do paciente.

    4. Posso dirigir depois da cirurgia de coluna?

    Não imediatamente. O recomendado é esperar entre duas e quatro semanas antes de voltar a dirigir (ou o tempo recomendado pelo médico), pois a coluna ainda está em processo de cicatrização. Tentar dirigir antes desse período pode trazer riscos, como abrir a cicatriz, causar dor ou até comprometer a recuperação.

    O tempo exato depende do tipo de cirurgia e da resposta de cada paciente. Por isso, o ideal é conversar com o médico na consulta de retorno para confirmar quando será seguro voltar ao volante.

    5. A fisioterapia é obrigatória após a cirurgia de coluna?

    Sim, na maioria dos casos. A fisioterapia ajuda a recuperar a força, melhorar a postura e acelerar a volta às atividades. Ela também reduz o risco de o problema voltar.

    O início da fisioterapia e o tipo de exercício variam conforme a cirurgia feita, mas geralmente começam algumas semanas depois do procedimento, quando o médico libera.

    6. A cirurgia de coluna deixa cicatriz grande?

    Depende da técnica utilizada. Nas cirurgias tradicionais, a cicatriz costuma ter alguns centímetros, variando de acordo com a extensão da área operada. Já nas cirurgias minimamente invasivas, feitas com cortes pequenos de cerca de dois a três centímetros, a marca na pele é muito menor.

    Além da questão estética, essas técnicas menos invasivas também costumam permitir uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.

    Leia também: Quando a dor nas costas pode ser preocupante? Entenda os sinais de alerta

  • Como evitar dores ao usar computador e celular: um guia prático de ajustes na rotina 

    Como evitar dores ao usar computador e celular: um guia prático de ajustes na rotina 

    O uso frequente de computadores e celulares já faz parte da rotina de milhões de pessoas — seja no trabalho remoto, em escritórios tradicionais ou no lazer. Mas passar horas diante de telas pode trazer consequências, como dores no pescoço, nos ombros e na coluna.

    A fisioterapeuta Valéria Amador explica: “O uso prolongado de computador e celular força o corpo a adotar posições não naturais por longos períodos”. Mas afinal, como evitar dores ao usar computador e celular e proteger o corpo?

    Dores ao usar computador e celular: por que o uso de telas prejudica a postura?

    O corpo humano não foi feito para ficar parado em frente a uma tela por horas. Olhar para baixo para usar o celular ou permanecer sentado de forma inadequada no computador gera sobrecarga na coluna.

    “Quando olhamos para baixo, a cabeça — que pesa em média 5 kg — sobrecarrega a coluna cervical, causando tensão e desgaste das vértebras. O mesmo acontece com a coluna lombar quando não há apoio correto”, explica a fisioterapeuta.

    Um estudo com milhares de adolescentes mostrou que o tempo de tela está diretamente associado a dores na lombar e no pescoço. Cada hora extra de uso do computador por dia aumentava em 8,2% o risco de dor lombar.

    Para trabalhar, ajustes ergonômicos são indispensáveis

    Ergonomia significa adaptar o espaço ao corpo, e não o contrário. Pequenos ajustes já fazem grande diferença, segundo Valéria:

    • Monitor na altura dos olhos: evita inclinar a cabeça para frente.
    • Cadeira com apoio lombar: mantém quadris levemente mais altos que os joelhos.
    • Pés apoiados: totalmente no chão ou em um suporte.
    • Teclado e mouse bem posicionados: cotovelos a 90° e ombros relaxados.

    Além disso, faça pausas de 5 a 10 minutos a cada hora para aliviar a sobrecarga muscular e prevenir dores ao usar computador e celular a longo prazo.

    Cuidado com a síndrome do “pescoço de texto” ao usar o celular

    O hábito de curvar a cabeça para olhar o celular é uma das principais causas de dor cervical. Essa condição ficou conhecida como síndrome do pescoço de texto.

    A prevenção é simples: leve o celular até a altura dos olhos, e não o contrário. Evite também usar o celular deitado, principalmente em ângulos desconfortáveis. “A posição ideal é manter a cabeça neutra, reta, com o aparelho na altura dos olhos. Sempre que possível, use um apoio para segurar o celular”, orienta Valéria.

    Veja também: Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer

    Alongamentos para postura: exercícios para aliviar e prevenir incômodos

    Além da ergonomia, pequenos alongamentos ajudam a reduzir rigidez muscular e prevenir dores ao usar computador e celular. A fisioterapeuta sugere:

    • Retração da escápula: puxe os ombros para trás como se fosse segurar um lápis entre as costas. Segure por 5 segundos e repita 10 vezes.
    • Alongamento do pescoço: incline a cabeça para o lado e pressione levemente com a mão. Segure por 20 segundos e troque de lado.
    • Rotação do tronco: sentado, gire o tronco para um lado com apoio das mãos. Mantenha por 15 segundos e repita no outro lado.

    Esses exercícios podem ser feitos em pausas rápidas no trabalho. Caminhar, levantar os braços e girar os ombros também ajudam a ativar a circulação e aliviar a tensão acumulada.

    Leia mais: 8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia

    Perguntas frequentes sobre dores ao usar computador e celular

    1. Por que computador e celular causam dores no corpo?

    Porque forçam posições não naturais por muito tempo, sobrecarregando principalmente a coluna cervical e lombar.

    2. O que é a síndrome do pescoço de texto?

    É a dor e tensão no pescoço e ombros causada por olhar constantemente para baixo ao usar o celular.

    3. Qual é a posição ideal para usar o celular?

    Segurar o aparelho na altura dos olhos, manter a cabeça reta e evitar usá-lo deitado.

    4. Quais ajustes ergonômicos são essenciais no trabalho?

    Tela na altura dos olhos, cadeira com apoio lombar, pés bem apoiados e teclado/mouse posicionados corretamente.

    5. Quais exercícios ajudam a prevenir dores?

    Alongamentos de pescoço, retração da escápula e rotação do tronco, feitos regularmente ao longo do dia.

    Leia também: Exercícios para melhorar a postura no home-office: guia prático para evitar dores

  • Exercícios para melhorar a postura no home-office: guia prático para evitar dores 

    Exercícios para melhorar a postura no home-office: guia prático para evitar dores 

    Trabalhar de casa virou realidade para milhões de pessoas, mas trouxe também um problema crescente: dores e desconfortos causados pela má postura no home-office. Longas horas diante do computador, muitas vezes em cadeiras inadequadas ou sem pausas regulares, podem gerar sobrecarga na coluna, nos ombros e até nos punhos.

    Para evitar que esses incômodos se transformem em lesões, a fisioterapeuta Valéria Amador recomenda a prática regular de exercícios simples que podem ser feitos em casa e que ajudam a melhorar a postura no home-office. “Isso é fundamental para prevenir problemas crônicos, como dores lombares, cervicais e até tendinites”.

    Veja como melhorar a saúde do seu corpo, evitar dores no home-office e conhecer as práticas recomendadas pela especialista.

    Postura no home-office: o impacto no corpo dos trabalhadores

    Trabalhar em casa trouxe praticidade, mas também “armadilhas” para o corpo. Sem a estrutura adequada, é comum improvisar com cadeiras de jantar, mesas baixas ou até trabalhar do sofá, o que aumenta a chance de dores por conta da posição inadequada da postura no home-office.

    Um estudo realizado com mais de 40 mil trabalhadores confirma isso: o home-office aumentou o risco de dores musculoesqueléticas em várias regiões do corpo, incluindo maior chance de dor na lombar, na parte superior das costas e em pescoço, ombros e braços.

    O motivo é simples: sem ajustes adequados na altura da cadeira, da tela e do teclado, o corpo compensa com posturas erradas que, mantidas por horas, levam ao desconforto. Para Valéria, os erros posturais mais comuns cometidos por quem trabalha em home-office, e que podem causar essas dores localizadas, incluem:

    • Olhar para baixo: a cabeça fica inclinada, forçando a cervical. O monitor deve estar na altura dos olhos;
    • Ombros curvados: ficam projetados para a frente, causando a postura ‘corcunda’;
    • Falta de apoio para a lombar: trabalhar em cadeiras inadequadas ou no sofá sem apoio na parte inferior das costas sobrecarrega a coluna;
    • Pés sem apoio no chão: quando os pés não ficam completamente apoiados, a postura da bacia é prejudicada, afetando toda a coluna;

    O primeiro passo é adequar a postura no home-office. Invista em uma cadeira e em uma escrivaninha adequadas, suportes que elevam o computador para a altura dos olhos, além de usar mouse e teclado. Tudo isso ajuda a melhorar a postura e diminuir o risco de dores.

    Além disso, é importante investir também em alongamentos simples, como os indicados a seguir, que ajudam a evitar dores no home-office!

    Alongamentos para home-office: saiba quais fazer

    Um dos recursos mais simples e eficazes para evitar dores é fazer alongamentos para home-office que sejam acessíveis. Feitos de forma leve e frequente, eles ajudam a aliviar tensões, aumentar a circulação sanguínea e reduzir a rigidez muscular.

    Veja alguns exemplos indicados pela profissional que podem ser feitos sem sair do local de trabalho:

    • Rotação da cabeça: incline a cabeça para a direita, segurando por 20 segundos. Depois, repita para a esquerda. Faça o mesmo para frente e para trás;
    • Rotação de ombros: sentado ou em pé, gire os ombros para trás e para baixo em movimentos circulares. Repita 10 vezes e depois faça 10 vezes para a frente;
    • Elevação de calcanhares: em pé, com as costas retas, suba e desça os calcanhares lentamente, como se estivesse na ponta dos pés. Isso fortalece a panturrilha e melhora a circulação;
    • Postura gato-vaca: fique de quatro, inspire, abaixando a barriga e levantando a cabeça (posição da vaca). Expire, curvando as costas para cima e levando o queixo ao peito (posição do gato). Repita 5 a 10 vezes.

    “Esses exercícios são extremamente importantes. Um alongamento de 1 a 2 minutos no meio do expediente pode fazer uma grande diferença, pois ajuda a aliviar a tensão muscular acumulada, a melhorar a circulação do sangue e a reduzir a rigidez no pescoço, ombros e costas”, enfatiza Valéria.

    Leia também: 8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia

    Exercícios de fortalecimento para sustentar a postura

    Além dos alongamentos, é importante fortalecer os músculos responsáveis pela sustentação para melhorar a postura no home-office. Essa “musculatura estabilizadora” inclui abdômen, lombar, glúteos e ombros. Quando bem trabalhados, esses músculos funcionam como uma armadura natural, reduzindo o impacto das longas horas sentado.

    Entre os exercícios mais recomendados estão:

    • Prancha abdominal: de bruços, apoie-se nos antebraços e nas pontas dos pés. Mantenha o corpo reto como uma tábua, sem curvar o quadril. Segure por 30 segundos, ou o máximo que conseguir;
    • Ponte: deitado de costas, com os joelhos dobrados e os pés no chão, levante o quadril em direção ao teto, contraindo o bumbum e o abdômen. Mantenha a posição por 15 segundos e desça lentamente. Repita 10 vezes.

    Esses exercícios podem ser feitos junto com os alongamentos ou em horários separados e ajudam a equilibrar o corpo. Afinal, quando os músculos estão fortes, a pessoa não precisa “forçar” para se manter ereta, porque o corpo naturalmente sustenta a postura correta com mais facilidade.

    Pausas ativas e ergonomia: aliados contra as dores

    Não basta apenas se alongar e fortalecer: é preciso reorganizar a rotina de trabalho. A fisioterapeuta recomenda as chamadas pausas ativas, que consistem em interromper o trabalho por alguns minutos para movimentar o corpo.

    “A recomendação geral é fazer uma pausa de 5 a 10 minutos a cada 1 hora de trabalho sentado. Mas, mais importante do que a duração da pausa, é a consistência. O ideal é que você se levante, caminhe, vá beber água e faça um alongamento rápido para ‘quebrar’ o ciclo de ficar muito tempo na mesma posição”, recomenda.

    Com essas pequenas mudanças na rotina, exercícios simples de alongamento e fortalecimento e ajustes ergonômicos no ambiente de trabalho, é possível melhorar a postura e prevenir dores.

    Perguntas frequentes

    1. Quais exercícios ajudam a melhorar a postura no home-office?

    Alongamentos de pescoço, tronco e ombros, além de exercícios de fortalecimento como prancha e ponte, são ótimas pedidas.

    2. Quantas vezes devo me alongar durante o expediente?

    O ideal é fazer pausas de 5 minutos a cada hora, com pequenos alongamentos e movimentos, como uma caminhada.

    3. Trabalhar em ambientes improvisados, como sofá ou cama, faz mal?

    Sim. Essas posturas forçam a coluna e aumentam o risco de dores crônicas.

    4. Como ajustar a ergonomia do meu espaço de trabalho?

    Mantenha a tela na altura dos olhos, apoie os pés no chão ou suporte, use cadeira ajustada e mantenha cotovelos próximos ao corpo.

    5. Só alongamento resolve?

    Não. É preciso fortalecer a musculatura estabilizadora (abdômen, lombar, glúteos e ombros) para manter a postura correta.

    Confira: Ciática: o que é e como aliviar a dor no nervo ciático

  • Quando a dor nas costas pode ser preocupante? Entenda os sinais de alerta 

    Quando a dor nas costas pode ser preocupante? Entenda os sinais de alerta 

    Se você nunca sentiu dor nas costas, pode ser apenas uma questão de tempo: 8 em cada 10 pessoas vão enfrentar ao menos um episódio significativo de dor lombar ao longo da vida, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Na maioria das vezes, o incômodo está ligado ao estilo de vida e pode ser aliviado a partir de mudanças simples de hábitos. No entanto, quando a dor surge de forma repentina, é muito intensa, não melhora com repouso ou vem acompanhada de outros sintomas, pode indicar alguma condição de saúde mais séria.

    Mas afinal, quando procurar atendimento médico? A neurocirugiã Ana Camila Gandolfi, do Hospital São Paulo, esclarece quando a dor nas costas é preocupante.

    Afinal, o que causa dor nas costas?

    A região das costas é formada por uma estrutura complexa — ossos, músculos, articulações, discos intervertebrais, nervos e ligamentos. Por isso, qualquer desequilíbrio, seja por má postura, esforço físico exagerado ou até estresse emocional, pode resultar em dor e atrapalhar a realização de atividades diárias.

    Normalmente, o desconforto costuma estar relacionado a situações do dia a dia, como:

    • Passar muitas horas sentado diante do computador;
    • Carregar peso de forma errada;
    • Acúmulo de estresse e tensão emocional;
    • Falta de atividade física;
    • Lesões leves após esforço intenso.

    Nesses casos, a dor tende a melhorar em poucos dias com medidas simples, como repouso, aplicação de calor na região, alongamentos leves e, se necessário, uso de analgésicos comuns. Quando isso não acontece e ela surge acompanhada de outros sintomas, pode ser momento de procurar atendimento médico.

    Quando a dor nas costas pode ser preocupante?

    Segundo a neurocirurgiã Ana Camila Gandolfi, observar as características da dor nas costas é muito importante para identificar se ela pode indicar algo mais grave. A especialista destaca alguns sinais que exigem atenção imediata:

    • Dificuldade motora: perda de força em mãos, pés ou pernas associadas à dor;
    • Dor que acorda à noite: diferente da dor que já impede o sono, é aquela que desperta a pessoa durante a noite;
    • Febre acompanhando a dor: pode indicar a presença de uma infecção;
    • Dificuldade respiratória: quando surge junto da dor nas costas;
    • Alterações neurológicas: como perda de sensibilidade ou quando um simples toque é interpretado pelo corpo como dor.

    Nesses casos, a recomendação é não adiar a consulta médica. Apenas uma avaliação profissional com exames específicos pode identificar a causa e indicar o tratamento adequado.

    Quais problemas estão associados à dor nas costas?

    Uma dor nas costas que persiste por mais de quatro semanas e está acompanhada de outros sintomas, pode indicar condições mais sérias, como:

    1. Doenças respiratórias

    Infecções como pneumonia e pleurisia (inflamação da membrana que envolve os pulmões) podem provocar dor na região torácica das costas. Isso acontece porque os pulmões inflamados aumentam o esforço da musculatura durante a respiração — causando desconforto e dor que pode piorar ao tossir ou inspirar fundo.

    2. Infecção renal

    Os rins ficam localizados na parte inferior das costas, e quando há uma infecção (chamada pielonefrite), é comum que a dor lombar apareça de forma persistente e intensa, muitas vezes em apenas um dos lados.

    O quadro costuma vir acompanhado de febre alta, calafrios, mal-estar, enjoo e alterações na urina, como cheiro forte, ardência ao urinar ou até presença de sangue. Se não tratada, a infecção pode se espalhar para a corrente sanguínea, causando complicações sérias.

    3. Pedra nos rins

    As pedras nos rins, ou cálculos renais, são uma das causas mais comuns de dor lombar súbita e muito forte, chamada cólica renal. A dor costuma surgir de forma inesperada, em ondas, e pode irradiar para a virilha, abdômen inferior e até órgãos genitais. Além disso, podem aparecer sintomas como náusea, vômito, suor excessivo, vontade frequente de urinar e presença de sangue na urina.

    4. Dor ciática

    O nervo ciático é o maior do corpo humano e percorre da lombar até os pés. Quando ele sofre compressão, geralmente por hérnia de disco ou desgaste da coluna, pode causar uma dor que começa na lombar e irradia para glúteos, pernas e até os pés. Além da dor em queimação ou fisgada, é comum a presença de formigamento, dormência e até perda de força muscular.

    5. Hérnia de disco

    A hérnia de disco acontece quando o disco intervertebral, que funciona como uma espécie de “amortecedor” entre as vértebras, se desloca e acaba comprimindo os nervos da coluna. Isso causa dor intensa, normalmente na região lombar ou cervical, que pode irradiar para braços ou pernas.

    Além da dor, o quadro pode causar rigidez, formigamento, dormência e perda de força muscular, dificultando até atividades simples, como se abaixar, subir escadas ou carregar objetos. Em casos mais graves, a hérnia pode limitar bastante a mobilidade e exigir tratamento especializado.

    6. Artrose

    Também chamada de osteoartrite da coluna, a artrose é o desgaste progressivo das articulações ao longo do tempo. É mais comum em pessoas acima dos 50 anos, mas pode aparecer antes em quem sobrecarrega a coluna por fatores como má postura, obesidade ou esforços repetitivos.

    O problema provoca dor crônica, rigidez ao acordar ou após longos períodos parado, estalos e limitação de movimentos.

    7. Abscesso

    Os abscessos próximos à coluna ocorrem quando há acúmulo de pus causado por uma infecção bacteriana. Além da dor persistente e localizada, podem provocar febre, calafrios e mal-estar geral.

    Dependendo da gravidade, a infecção pode comprometer nervos e estruturas importantes da coluna, exigindo tratamento com antibióticos e, em alguns casos, drenagem cirúrgica de urgência. Por isso, é fundamental uma avaliação médica.

    8. Infarto (casos raros)

    Embora mais conhecido pela dor no peito, o infarto também pode irradiar para a região das costas, especialmente entre as escápulas. Quando a dor aparece junto de falta de ar, suor frio, náusea ou pressão no peito, é preciso procurar ajuda médica imediata.

    Como diferenciar dor comum de dor preocupante?

    Nem sempre é fácil distinguir uma dor passageira de uma dor que exige mais atenção, mas alguns sinais podem ajudar a fazer essa diferenciação:

    Dores comuns Dores que merecem atenção
    Melhoram com repouso, alongamentos leves e analgésicos simples. Não aliviam com repouso ou tratamento caseiro e pioram progressivamente.
    Estão associadas ao esforço físico, má postura ou sedentarismo. Pioram à noite ou atrapalham o sono.
    Tendem a desaparecer em poucos dias ou, no máximo, em uma a duas semanas. Persistem por várias semanas ou se intensificam ao longo do tempo.
    Não estão associadas a sintomas sistêmicos. Vêm acompanhadas de febre, perda de peso inexplicável, alterações neurológicas (formigamento, dormência, perda de força) ou incontinência urinária/intestinal.

    Como é feita a investigação?

    Quando a dor nas costas levanta suspeita de algo mais sério, o médico começa a investigação com uma avaliação detalhada — ou seja, uma conversa para entender como a dor começou, a intensidade, duração, fatores que pioram ou aliviam e o histórico de saúde do paciente.

    Também são avaliados hábitos de vida, como prática de exercícios, postura no trabalho e histórico familiar de doenças.

    Em seguida, é realizado um exame físico, onde o especialista observa postura, força muscular, reflexos, sensibilidade e amplitude de movimentos. Isso ajuda a diferenciar se a dor é de origem muscular, nervosa, óssea ou até relacionada a outros órgãos.

    Dependendo do quadro, podem ser solicitados exames complementares, como:

    • Raio-X: útil para identificar fraturas, alterações ósseas e artrose;
    • Ressonância magnética: indicada para avaliar discos intervertebrais, hérnias, nervos e tecidos moles com mais precisão;
    • Tomografia computadorizada: detalha melhor estruturas ósseas e pode ser usada em casos de trauma;
    • Exames laboratoriais: ajudam a investigar infecções, doenças renais, inflamatórias ou sistêmicas que possam estar ligadas à dor.

    Importante destacar que os exames vão depender muito da hipótese diagnóstica: pode ser um exame de imagem, um exame de sangue, uma radiografia do pulmão, do rim ou da coluna. Isso varia conforme a avaliação médica, de acordo com Ana Camila Gandolfi.

    Como prevenir dores nas costas?

    Nem sempre é possível evitar completamente o surgimento de dores nas costas, especialmente quando associadas a predisposição genética e doenças crônicas. No entanto, adotar certos hábitos no dia a dia pode reduzir bastante o risco e até aliviar crises quando elas surgem. Alguns deles incluem:

    • Manter boa postura: sentar-se com a coluna ereta, os pés apoiados no chão e os ombros relaxados; evite ficar curvado por longos períodos;
    • Fortalecer a musculatura: praticar atividades físicas regularmente, principalmente exercícios que fortaleçam abdômen, costas e glúteos;
    • Alongar com frequência: incluir alongamentos leves na rotina, especialmente após longos períodos sentado ou em pé;
    • Cuidar do peso corporal: manter alimentação equilibrada e exercícios para reduzir a sobrecarga na coluna;
    • Evitar carregar peso de forma incorreta: para levantar objetos pesados, dobre os joelhos e mantenha a carga próxima ao corpo.

    Por fim, é fundamental estar atento aos sinais que o corpo dá. Se a dor nas costas aparecer com frequência, não melhorar em alguns dias ou vier acompanhada de outros sintomas (formigamento, febre, perda de força, alterações urinárias), é hora de procurar um médico.

    Perguntas frequentes sobre dor nas costas

    1. Dor nas costas pode ser causada por estresse?

    Sim. O estresse emocional provoca tensão muscular, especialmente na região do pescoço e da lombar. Quando ela é constante, a contração pode causar dor, rigidez e até dor de cabeça. Muitas vezes, o incômodo diminui com técnicas de relaxamento, prática de atividade física, sono adequado e acompanhamento psicológico, se necessário.

    2. Dor nas costas pode estar ligada ao coração?

    Sim, em casos raros. O infarto, por exemplo, pode irradiar dor para a região das costas, principalmente entre as escápulas. Ela geralmente vem acompanhada de pressão no peito, falta de ar, suor frio, náusea e mal-estar. Nesses casos, é uma emergência médica e exige atendimento imediato.

    3. Grávidas sentem mais dor nas costas?

    Sim, pois a gestação altera o centro de gravidade do corpo, aumenta o peso e relaxa ligamentos por conta das mudanças hormonais — o que sobrecarrega a coluna. O resultado é dor lombar frequente, especialmente no final da gravidez. Alongamentos, fisioterapia e exercícios leves podem ajudar, sempre com orientação médica.

    4. O colchão influencia na dor nas costas?

    Sim. O ideal é escolher um colchão que mantenha o alinhamento natural da coluna, nem muito mole nem excessivamente duro. O recomendado é, se possível, trocar o colchão a cada 8 a 10 anos. O travesseiro também deve ser adequado à posição em que você dorme.

    5. Exercício físico ajuda ou piora a dor nas costas?

    Durante crises de dor intensa, o esforço físico exagerado pode piorar o quadro. No entanto, a prática regular de atividade física é uma das principais formas de prevenção, pois fortalece os músculos que dão suporte à coluna e melhora a flexibilidade.

    Atividades como pilates, yoga, caminhada, natação e musculação com orientação profissional podem ser incluídas na rotina.

    6. Caminhar ajuda na dor lombar?

    Caminhadas leves e regulares estimulam a circulação sanguínea, aliviam a rigidez muscular e fortalecem a região lombar e abdominal. É uma atividade segura e acessível para a maioria das pessoas, mas deve ser feita sem sobrecarga e em ritmo confortável.

    7. Como aliviar a dor nas costas?

    O alívio depende da causa, mas em casos simples, medidas como compressa morna, alongamento leve, hidratação, pausas para se movimentar e repouso relativo já ajudam. Em situações mais persistentes, podem ser necessários remédios, fisioterapia ou até procedimentos médicos.

    8. Como diferenciar dor nas costas de dor no pulmão?

    A dor nas costas geralmente piora com movimentos ou esforço físico e pode ser muscular ou nervosa. Já a dor causada por problemas pulmonares (como pneumonia ou pleurisia) costuma estar associada a falta de ar, tosse, febre e piora ao respirar fundo. Nesses casos, é essencial procurar atendimento médico.

  • Má postura pode causar lesões na coluna? Saiba como corrigir a postura  

    Má postura pode causar lesões na coluna? Saiba como corrigir a postura  

    Você já reparou na sua postura? Manter os ombros caídos, a cabeça inclinada para frente e a coluna curvada são detalhes que passam despercebidos no dia a dia, mas podem trazer dores incômodas que afetam a qualidade de vida.

    A má postura é comum especialmente para pessoas que trabalham muitas horas na frente do computador, do celular ou em atividades sedentárias. Quando combinada a hábitos prejudiciais, como falta de atividade física, excesso de peso e pouco fortalecimento muscular, o risco de dores crônicas e sobrecargas aumenta significativamente.

    Mas afinal, como corrigir a má postura? Para responder a essa pergunta, conversamos com a neurocirurgiã Ana Gandolfi, da Escola Paulista de Medicina, que explicou o que realmente funciona na prática para manter a coluna alinhada e saudável.

    O que é ter uma má postura?

    De forma geral, a má postura é o desalinhamento da coluna e do corpo em relação à posição considerada saudável. Em vez de manter uma posição neutra, em que a coluna fica ereta, os ombros alinhados e o peso bem distribuído, a má postura sobrecarrega determinadas regiões do corpo — como lombar, pescoço e ombros.

    A má postura pode ocorrer em diversas situações, como:

    • Sentar de forma incorreta em frente ao computador;
    • Dormir em posições desconfortáveis;
    • Andar curvado;
    • Carregar bolsas ou mochilas muito pesadas de um lado só;
    • Usar calçados inadequados.

    Por que a má postura acontece?

    Uma pessoa pode ter má postura por uma combinação de fatores, como:

    • Uso excessivo das tecnologias modernas: celular, computador e videogames exigem que a pessoa fique muito tempo olhando para baixo ou inclinado para frente;
    • Sedentarismo: a falta de exercícios físicos reduz a força abdominal, da lombar e até da região cervical, aumentando a chance de desalinhamentos;
    • Estresse e tensão emocional: é comum encolher os ombros e projetar o corpo para frente em situações de ansiedade e estresse. A postura, além de física, é também reflexo do estado emocional;
    • Móveis inadequados: cadeiras sem apoio, mesas muito baixas ou muito altas e até colchões desgastados contribuem para posições erradas.

    Quais são os principais sinais de má postura?

    Nem sempre a pessoa percebe que tem má postura, mas existem sinais que podem ser notados no corpo, como:

    • Dores frequentes no pescoço, ombros e costas;
    • Enrijecimento da musculatura;
    • Dor de cabeça;
    • Ombros caídos para frente;
    • Barriga projetada;
    • Cansaço excessivo ao longo do dia.

    Como identificar a sua postura no dia a dia?

    Uma dica para identificar se você possui má postura é observar-se diante do espelho ou pedir que alguém tire uma foto sua de perfil, em pé. Na postura correta:

    • A cabeça deve estar alinhada com os ombros, sem ficar projetada para frente;
    • Os ombros ficam retos, não caídos;
    • A coluna mantém curvas naturais (cervical, torácica e lombar), sem exagero;
    • O quadril está alinhado, sem inclinar para frente ou para trás.

    Outra forma de perceber é durante tarefas simples: ao sentar, ao dirigir ou ao pegar objetos no chão. Se nesses momentos você sempre curvar a coluna ou apoiar todo o peso em uma só perna, é um sinal de que a postura está incorreta.

    Má postura pode causar lesões na coluna?

    De acordo com Ana Gandolfi, a má postura, por si só, não provoca lesões estruturais na coluna. O que pode acontecer é o surgimento de dores e desconfortos quando a pessoa permanece muito tempo na mesma posição, especialmente sentada ou olhando para baixo no celular.

    No entanto, pesquisas apontam que a má postura é um fator de risco que pode, ao longo do tempo, contribuir para o surgimento ou agravamento de problemas na coluna — especialmente quando combinada a hábitos como sedentarismo, excesso de peso, falta de fortalecimento muscular e longas jornadas sentado sem pausas.

    Com o passar dos anos, a sobrecarga nas articulações, nos discos intervertebrais e na musculatura pode favorecer o aparecimento de dores crônicas, tensão no pescoço e nos ombros e até hérnia de disco em pessoas predispostas.

    Como corrigir a má postura no dia a dia

    Manter o corpo alinhado envolve uma série de pequenos ajustes na rotina, para que a boa postura se torne um hábito natural. Alguns deles incluem:

    1. Preste atenção na postura quando estiver sentado

    Pessoas que trabalham em escritórios ou fazem home office passam a maior parte do tempo sentados, então é importante fazer algumas adaptações no ambiente de trabalho.

    Primeiro, procure ajustar a cadeira de modo que suas costas fiquem totalmente apoiadas no encosto. Os pés devem tocar o chão, e se isso não for possível, utilize um apoio para mantê-los firmes. Os joelhos precisam formar um ângulo de 90 graus, assim como os cotovelos quando você digita, sempre com os ombros relaxados.

    Em relação ao computador, Ana Gandolfi aponta que o ideal é deixar o teclado mais para o fundo da mesa, de forma que o cotovelo fique apoiado. Usar apenas a mão apoiada, com o cotovelo suspenso, aumenta o risco de dor cervical, dor no braço e problemas de postura — especialmente para quem passa muitas horas no computador.

    A altura da mesa também faz diferença: o ideal é que os cotovelos permaneçam dobrados a 90 graus, com os ombros soltos e relaxados durante a digitação.

    2. Ajuste a postura ao usar o celular

    O hábito de curvar a cabeça para baixo várias vezes ao dia para usar o celular cria sobrecarga no pescoço. Uma forma simples de evitar isso é levar o aparelho até a altura dos olhos, em vez de abaixar o rosto. Isso mantém o alinhamento natural entre cabeça e coluna, reduzindo tensões desnecessárias.

    “A grande questão é que nessa posição a gente não consegue ficar muito tempo; na verdade, o ideal seria passar menos tempo no celular”, aponta Ana.

    3. Mantenha o corpo alinhado em pé

    Quando estiver em pé, lembre-se de abrir os ombros, direcionando-os para baixo e para trás, como se quisesse afastá-los das orelhas. O peso precisa ser distribuído igualmente entre as duas pernas, sem apoiar apenas um lado.

    Uma boa dica é imaginar um fio puxando a cabeça em direção ao teto. Isso ajuda a alongar a coluna naturalmente e melhora a postura sem rigidez.

    4. Fortaleça os músculos e alongue-se

    A má postura costuma aparecer porque a musculatura responsável por sustentar o corpo está fraca. Para corrigir, é importante fortalecer o chamado “core” — região do abdômen e lombar. Exercícios como prancha e ponte podem ajudar nesse sentido.

    Para quem sente incômodo na lombar, exercícios simples de mobilização do quadril e de relaxamento da coluna lombar podem ser feitos em casa, sem necessidade de academia.

    Além do fortalecimento, pausas rápidas para esticar pescoço, ombros e costas aliviam a tensão acumulada e aumentam a flexibilidade. De acordo com Ana, quem trabalha o dia inteiro sentado no computador deve, a cada uma hora ou uma hora e meia, levantar-se — nem que seja para ir ao banheiro, de preferência o mais distante, ou caminhar dois a três minutos, pegar um café ou lavar o rosto.

    5. Preste atenção ao seu jeito de dormir

    Dormir de bruços pode forçar a coluna e o pescoço, por isso o ideal é deitar de lado, com um travesseiro entre os joelhos, ou de barriga para cima, com apoio embaixo dos joelhos para aliviar a lombar. Um colchão firme e um travesseiro de altura adequada fazem toda a diferença.

    6. Evite carregar peso de forma errada

    Carregar peso do jeito errado pode acabar com a postura, já que mochilas pesadas em um ombro só, bolsas grandes ou até sacolas de mercado puxam o corpo para o lado e deixam a coluna torta. O ideal é dividir o peso entre os dois lados ou usar mochilas com alças largas e bem ajustadas, reduzindo o impacto sobre a coluna.

    Quando precisar levantar algo mais pesado, segure perto do corpo, dobre os joelhos e use a força das pernas em vez de curvar a coluna. Assim, você protege a lombar e evita dores.

    Quando procurar ajuda profissional?

    Nem sempre os ajustes do dia a dia são suficientes. É importante procurar um médico ou fisioterapeuta quando:

    • A dor é constante e não melhora com repouso;
    • Existe limitação de movimentos;
    • Há formigamento ou dormência em braços e pernas;
    • A postura anormal é visível e causa incômodo.

    Um médico pode indicar tratamentos específicos, como fisioterapia, por exemplo.

    Perguntas frequentes

    1. Crianças podem desenvolver problemas por má postura?

    Sim, e cada vez mais cedo, uma vez que uso de celular e tablet por longos períodos, além do peso excessivo das mochilas escolares, favorece alterações na postura infantil. Como o corpo da criança ainda está em desenvolvimento, alguns maus hábitos podem causar dores e outros problemas.

    Por isso, é fundamental orientar os pequenos sobre a forma correta de sentar, limitar o tempo em frente às telas e garantir que a mochila não ultrapasse 10% do peso corporal.

    2. Ficar sentado o dia inteiro é sempre prejudicial?

    Ficar sentado em si não é um problema, desde que seja em posição correta, com pausas frequentes. A questão é a combinação de muito tempo sentado, má postura e ausência de movimento — que causa rigidez, fraqueza muscular e dores. O ideal é ajustar a cadeira, manter os pés bem apoiados, a tela na altura dos olhos e fazer pequenas pausas a cada hora.

    3. Pilates ajuda a melhorar a postura?

    Sim! O pilates é uma das atividades mais recomendadas para quem deseja melhorar a postura, porque trabalha fortalecimento do core (músculos do abdômen e lombar), alongamento e consciência corporal.

    A combinação dá suporte à coluna, melhora o equilíbrio e ajuda a manter o alinhamento natural do corpo. Com a prática regular, é possível reduzir dores, corrigir hábitos incorretos e até prevenir o retorno de problemas posturais.

    4. O uso de salto alto causa má postura?

    O salto alto altera o centro de gravidade do corpo, forçando a lombar e projetando o quadril para frente, o que pode gerar desequilíbrios, dores e tensão muscular. Usar salto ocasionalmente não costuma trazer grandes problemas, mas o uso diário e prolongado favorece a má postura.

    Uma dica é alternar com calçados baixos e confortáveis, além de fortalecer as pernas e alongar panturrilhas e quadris para compensar.

    5. A má postura pode ser genética?

    Não exatamente. Na verdade, o que existe são predisposições genéticas a alterações como escoliose.

    Já a má postura está mais ligada aos hábitos do dia a dia: mesmo quem não tem essa predisposição pode ter problemas se ficar muito tempo em posições erradas. Por outro lado, quem tem tendência genética pode reduzir os impactos mantendo bons hábitos posturais e praticando exercícios.