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  • Desfibrilador automático: o aparelho que pode salvar vidas em minutos 

    Desfibrilador automático: o aparelho que pode salvar vidas em minutos 

    Quando uma pessoa sofre uma parada cardíaca, o tempo é o fator mais crítico. A cada minuto sem atendimento, as chances de sobrevivência caem em torno de 7% a 10%, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Por isso, encontrar um desfibrilador automático em locais como shoppings, aeroportos ou estádios pode ser a diferença entre a vida e a morte.

    Os desfibriladores externos automáticos (DEA) foram desenvolvidos justamente para esses momentos. Pequenos, portáteis e fáceis de usar, eles podem ser manuseados não apenas por médicos, mas por qualquer pessoa presente no local, seguindo as instruções do aparelho.

    O que é um desfibrilador e para que serve?

    O coração funciona a partir de impulsos elétricos que coordenam os batimentos. Quando há uma arritmia grave, como a fibrilação ventricular, esses impulsos ficam desorganizados e o coração perde a capacidade de bombear sangue. O desfibrilador emite um choque controlado, capaz de “resetar” o sistema elétrico e permitir que o coração volte ao ritmo normal.

    Sem essa intervenção rápida, a pessoa pode evoluir para morte súbita em poucos minutos.

    Como funcionam os desfibriladores automáticos (DEA)?

    • Ligar o aparelho: basta abrir a caixa e apertar o botão de ligar;
    • Instruções de voz e imagens: o aparelho orienta cada passo para salvar a vítima;
    • Colocação dos eletrodos: adesivos são fixados no peito da vítima, conforme indicado;
    • Análise do ritmo cardíaco: o DEA verifica automaticamente se o choque é necessário;
    • Aplicação do choque: se indicado, o aparelho avisa quando apertar o botão e alerta para que todos se afastem.

    Importante: o equipamento só libera o choque se realmente for necessário, garantindo segurança mesmo quando usado por leigos.

    Quem pode usar o DEA em locais públicos?

    O DEA foi desenvolvido para que qualquer pessoa possa usá-lo em emergências. O aparelho guia o socorrista com comandos de voz. Ainda assim, cursos de primeiros socorros e RCP aumentam a confiança de quem presta o socorro.

    Onde os desfibriladores automáticos estão disponíveis?

    É cada vez mais comum encontrar DEAs em locais como:

    • Aeroportos e rodoviárias;
    • Shoppings e centros comerciais;
    • Estádios e ginásios esportivos;
    • Escolas, universidades e academias;
    • Estações de metrô e prédios públicos.

    Geralmente, ficam em caixas de vidro sinalizadas e com alarmes que disparam quando abertas, indicando emergência.

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    Importância do DEA em espaços públicos

    • Velocidade: o tempo até a chegada da ambulância pode ser longo; o DEA aumenta as chances de sobrevivência até o socorro;
    • Maior chance de vida: quando usado nos primeiros 3 a 5 minutos, pode elevar em até 70% a chance de sobrevivência;
    • Complemento da RCP: o desfibrilador deve ser usado junto com compressões torácicas.

    Perguntas frequentes sobre desfibriladores automáticos

    1. O DEA pode ser usado em qualquer pessoa que desmaia?

    Não. Ele só é indicado em casos de parada cardíaca por arritmias graves. O aparelho identifica se o choque é necessário.

    2. Preciso ser médico para usar um desfibrilador automático?

    Não. O DEA foi projetado para uso por leigos, com instruções claras em voz alta e imagens.

    3. O choque do DEA pode machucar quem está por perto?

    Não, desde que todos se afastem no momento do disparo, conforme orienta o aparelho.

    4. O DEA substitui a massagem cardíaca (RCP)?

    Não. As compressões devem começar imediatamente e o DEA deve ser usado assim que possível.

    5. O aparelho pode errar na análise?

    Não. Ele só reconhece arritmias que exigem choque. Se não houver necessidade, não dispara.

    6. Qual a diferença entre desfibrilador automático (DEA) e manual?

    O manual é usado por profissionais em hospitais. O DEA é automático, guiado por voz, e pode ser usado em locais públicos por qualquer pessoa.

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