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  • Vai começar a treinar? Veja os 5 erros mais comuns e como evitá-los

    Vai começar a treinar? Veja os 5 erros mais comuns e como evitá-los

    Não importa o tipo de atividade física, o corpo sempre responde de forma positiva quando passamos a nos mover com regularidade. A prática regular ajuda a melhorar o humor, aumenta a energia do dia a dia e deixa o organismo mais preparado para lidar com estresse, cansaço e até dores que aparecem pela rotina.

    Mas, se você está começando agora, é importante ter atenção aos primeiros passos para evitar frustrações, desconfortos e até possíveis lesões. O corpo precisa de tempo para entender o novo ritmo, fortalecer a musculatura e se adaptar aos movimentos.

    Pensando nisso, conversamos com a profissional de educação física, Tamara Andreato, e listamos alguns dos erros mais comuns de quem começa a se exercitar e como evitá-los.

    Erros mais comuns de quem está começando a treinar

    1. Pular o aquecimento e o desaquecimento

    O aquecimento prepara as articulações, músculos e o sistema cardiovascular para o esforço do treino. Não é incomum pessoas que estão começando ir direto ao exercício principal, sem fazer mobilidade ou ativação. Isso reduz a eficiência do treino e pode aumentar o risco de lesões.

    Segundo Tamara, não é necessariamente preciso fazer esteira: podem ser feitos alguns exercícios leves de mobilidade, para ativar a circulação, até o corpo entender que vai entrar em movimento. O aquecimento pode durar poucos minutos, desde que seja bem direcionado.

    O desaquecimento também é frequentemente ignorado, mas vale explicar que o corpo precisa de alguns minutos para desacelerar, regular a respiração e permitir que a musculatura volte ao estado de repouso.

    Tamara aponta que pode ser uma volta calma, uma soltura após a musculação ou uma caminhada leve depois de uma corrida mais intensa — até mesmo após uma caminhada mais firme.

    Não é obrigatório alongar nesse momento, mas sim desacelerar o processo como um todo, dando ao organismo tempo para reorganizar o ritmo e finalizar o treino de forma mais confortável.

    2. Exagerar no treino

    A motivação no início do treino é comum e muito importante para manter a prática por mais tempo, só que isso não significa que ir direto ao extremo. Muitas pessoas tendem a aumentar a carga rapidamente, correr mais do que conseguem ou fazer treinos longos sem preparo, o que pode causar desgaste físico e emocional.

    Segundo Tamara, a construção de um ritmo saudável começa devagar, com duas sessões por semana, depois três, e, pouco a pouco, o corpo se adapta a diferentes estímulos, sejam eles aeróbicos ou de força.

    3. Não respeitar os dias de descanso

    A ausência de pausas transforma um plano de treinos em algo cansativo, pouco saudável e difícil de manter ao longo das semanas. A recuperação é parte fundamental do processo, permitindo que o corpo repare microlesões, reorganize energia e volte mais forte para o treino seguinte.

    Uma dica, ao começar, é realizar um calendário que inclua pausas bem distribuídas, o que facilita a adaptação física. Um organismo descansado responde melhor, evolui com mais segurança e evita sobrecargas que poderiam interromper o progresso.

    4. Execução técnica inadequada dos exercícios

    A pressa para colocar mais peso ou para terminar uma série faz com que muitos realizem o exercício com amplitude reduzida, postura ruim ou falta de controle. Contudo, a técnica inadequada prejudica os resultados, aumenta os riscos e impede que o músculo certo seja trabalhado, tornando cada sessão menos eficiente do que poderia ser.

    O ideal é priorizar movimentos bem feitos, com atenção à respiração, ao alinhamento do corpo e à velocidade de execução. Segundo Tamara, a presença de um profissional facilita todo o processo, já que ajustes, explicações e direcionamentos tornam o treino mais seguro e acessível.

    5. Ignorar a orientação profissional

    A falta de atenção às orientações do professor aparece como um dos erros mais frequentes entre iniciantes, porque a vontade de acelerar resultados faz muitas pessoas seguirem aquilo que acreditam ser o melhor, mesmo sem ter base técnica ou experiência suficiente.

    Isso abre espaço para para vários problemas, porque um exercício mal executado, uma carga incompatível ou uma intensidade exagerada podem gerar desconfortos, dores e até lesões que exigem semanas de recuperação.

    A prática segura depende de ajustes constantes, e o olhar técnico serve justamente para evitar que movimentos incompletos, padrões de corrida inadequados ou repetições apressadas forcem estruturas que ainda não estão preparadas. Por isso, aceitar a orientação do profissional é o primeiro passo para quem está começando.

    6. Alimentação insuficiente

    Mesmo quando o foco é perder peso, isso não deve ser feito com uma alimentação insuficiente. O corpo ainda precisa de energia para sustentar o treino, recuperar músculos e manter funções básicas em equilíbrio.

    A falta de nutrientes pode aumentar o cansaço, queda de rendimento, tonturas e ainda favorecer a perda de massa muscular — especialmente em treinos intensos ou longos.

    O recomendado é manter refeições leves e equilibradas antes e depois do treino, sempre priorizando alimentos que forneçam energia contínua, como frutas, cereais, iogurtes ou fontes magras de proteína, permitindo que o corpo tenha combustível para executar cada movimento com segurança e eficiência.

    7. Hidratação inadequada

    A hidratação deve acompanhar o mesmo cuidado da alimentação, porque a perda de líquidos durante o exercício é constante. A água participa diretamente do transporte de nutrientes, da regulação da temperatura corporal e do bom funcionamento muscular.

    Uma dica é manter sempre uma garrafa de água por perto, ao longo de todo o dia, para garantir que o corpo receba pequenas quantidades de líquidos de forma contínua. Você também pode colocar lembretes no celular, para nunca esquecer.

    8. Falta de consistência

    A irregularidade transforma o processo em algo difícil, porque o corpo precisa de repetição para adaptar músculos, pulmões e articulações. O hábito de treinar apenas quando sobra tempo cria sensação de recomeço eterno, o que reduz a motivação e limita os resultados.

    Nesses casos, uma dica é criar uma rotina simples na semana, porque treinos curtos e frequentes funcionam melhor do que sessões longas e muito espaçadas. A escolha de dois ou três dias fixos, mesmo com treinos rápidos, ajuda o corpo a se acostumar, ganhar força e responder melhor aos estímulos, deixando o progresso mais leve e constante.

    Quais os sinais de alerta de que algo está errado?

    Na rotina de treinos, alguns sinais indicam que o esforço passou do limite e que é hora de reduzir o ritmo, ajustar a intensidade ou até interromper a atividade para evitar uma lesão maior. São eles:

    • Dor aguda e intensa, que surge de repente e piora ao continuar o movimento;
    • Tontura ou sensação de desmaio, sinal de falta de energia, desidratação ou queda de pressão;
    • Cansaço extremo que não melhora após alguns minutos de descanso;
    • Falta de ar desproporcional, quando a respiração parece travar mesmo em ritmo leve;
    • Dor no peito, mesmo que leve, que nunca deve ser ignorada;
    • Dormência ou formigamento persistente em braços, pernas ou mãos, sugerindo sobrecarga de nervos ou postura inadequada;
    • Inchaço em alguma articulação, acompanhado de calor ou vermelhidão, indicando irritação ou inflamação;
    • Dor que permanece por vários dias sem melhora, sugerindo lesão muscular ou articular;
    • Náusea durante o treino, principalmente quando vem acompanhada de mal-estar;
    • Alteração no ritmo cardíaco, como palpitações fortes ou batimentos irregulares.

    Se qualquer um dos sinais aparecer, o ideal é interromper a atividade física e procurar orientação profissional.

    Como criar uma rotina consistente de treinos?

    A construção de uma rotina de treino pede paciência, porque o processo não acontece de um dia para o outro, e a criação de metas simples e possíveis facilita muito o caminho, segundo Tamara.

    A escolha de uma atividade que gera prazer ajuda a manter motivação, e entender se treinar com alguém funciona para você também faz diferença, já que algumas pessoas gostam de companhia e outras preferem fazer tudo sozinhas

    A busca por um ritmo leve permite que o exercício entre na vida de forma natural, e a organização da semana contribui muito para isso. Segundo Tamara, uma rotina pode ser simples, como distribuir atividades ao longo da semana:

    • Segunda-feira com uma atividade específica;
    • Terça-feira com outro tipo de treino;
    • Quarta-feira com algo mais leve ou mais curto;
    • E assim por diante, sem necessidade de repetir sempre o mesmo estímulo.

    A programação também torna tudo mais fácil, e Tamara orienta os alunos a criarem um plano realizável. Para iniciantes, algumas opções funcionam bem:

    • Caminhar vinte minutos no parque;
    • Pular corda por quinze minutos;
    • Usar as escadas do prédio ou do escritório para movimentar o corpo em dias corridos.

    Para quem já possui rotina ativa, a divisão pode ser estruturada de forma mais específica:

    • Musculação em alguns dias;
    • Exercícios aeróbicos em outros;
    • Descanso organizado no fim de semana;
    • Sempre respeitando os limites e a resposta do corpo.

    A consistência é o fator mais importante, porque pequenas ações repetidas ao longo dos dias constroem um hábito que sustenta o progresso a longo prazo.

    Leia também: Sem tempo para treinar? Veja como criar uma rotina de exercícios

    Perguntas frequentes

    1. Como saber se estou exagerando no treino?

    A percepção de exagero aparece quando o corpo começa a dar sinais claros de que não está se recuperando bem entre um treino e outro.

    A presença de dor forte que impede movimentos simples, o cansaço que dura o dia inteiro, a queda de rendimento e a sensação de peso nas pernas indicam que o corpo está recebendo mais estímulos do que consegue suportar.

    2. O que fazer quando surge dor durante o exercício?

    A dor durante o exercício pode indicar que o movimento está sendo executado de forma inadequada ou que o corpo não está preparado para a carga usada. O ideal é interromper o movimento, o que evita o agravamento de pequenos incômodos, que podem se transformar em lesões.

    3. Por que é importante respeitar dias de descanso?

    A pausa permite que o corpo reorganize energia, repare microlesões e volte mais forte ao próximo treino. A ausência de descanso cria acúmulo de fadiga e reduz a qualidade da execução.

    4. Por que eu fico tão dolorido no dia seguinte do treino?

    A dor tardia indica que o músculo recebeu um estímulo novo ou mais intenso do que estava acostumado. A reação é comum em quem está começando ou retornando após um período parado, já que o corpo precisa de tempo para se adaptar.

    5. Como escolher o melhor tipo de treino para começar?

    Primeiro de tudo, a escolha deve levar em conta prazer, segurança e rotina. Atividades simples, como caminhada, bicicleta leve ou musculação básica, ajudam o corpo a se adaptar sem sobrecarga.

    A orientação profissional facilita a definição da intensidade e evita erros comuns, permitindo que a prática seja segura e ajustada ao nível inicial.

    6. Como manter motivação nos primeiros meses?

    A motivação se mantém quando as metas são pequenas, realistas e bem distribuídas, porque o cérebro responde melhor a conquistas frequentes do que a grandes objetivos distantes. A criação de uma rotina simples, com dias e horários definidos, ajuda o corpo a entender que o treino faz parte da vida.

    7. Como saber se o treino está funcionando?

    O progresso aparece quando tarefas do dia a dia ficam mais fáceis, quando o cansaço diminui e quando o corpo responde com mais controle e estabilidade aos exercícios. A comparação com o antes ajuda a perceber melhorias reais, como mais fôlego, mais força e mais disposição.

    Confira: Abdominais para perder barriga? Saiba o que realmente funciona

  • 5 dicas simples para se movimentar mais no dia a dia — e os benefícios disso 

    5 dicas simples para se movimentar mais no dia a dia — e os benefícios disso 

    O corpo foi feito para se movimentar mais, mas a rotina moderna tem feito muitas pessoas passarem boa parte do dia sentadas, como no trabalho, no carro, em frente à televisão ou mexendo no celular. Essa falta de movimento diário está entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes tipo 2.

    De fato, 150 minutos de exercícios semanais é a recomendação para uma boa saúde, mas não é preciso ir à academia todos os dias para ser mais ativo. Pequenas atitudes ao longo do dia, como subir escadas, caminhar após o almoço ou trocar o carro por uma curta caminhada, já fazem diferença para a saúde do coração.

    A seguir, veja 5 maneiras simples de se movimentar mais e os benefícios de cada uma.

    1. Suba escadas sempre que puder

    Trocar o elevador pelas escadas é uma das formas mais eficientes de adicionar atividade física ao dia. Subir degraus fortalece as pernas, o coração e o sistema respiratório, além de queimar calorias e melhorar a circulação.

    Se estiver sedentário, comece aos poucos, com um ou dois lances de escada por dia, e vá aumentando conforme o fôlego melhora.

    2. Faça uma breve caminhada após o almoço ou o jantar

    Caminhar por 10 a 15 minutos após as refeições ajuda na digestão, no controle da glicemia e na circulação sanguínea. O simples ato de levantar da mesa e se movimentar reduz o tempo sentado, que está relacionado a maior risco de doenças do coração e mortalidade precoce.

    Transforme a caminhada pós-refeição em um hábito. Pode ser no quarteirão, no corredor do prédio ou no quintal: o importante é levantar e se mover.

    3. Use menos o carro para trajetos curtos

    Se o destino for perto, vá a pé ou de bicicleta. Pequenas caminhadas substituindo o carro já contam como atividade física. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos devem acumular pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, o que pode ser atingido com movimentos simples ao longo do dia.

    Se o trajeto for muito longo e precisar ir de carro, uma dica é estacionar o carro um pouco mais longe. Descer um ponto antes do ônibus ou caminhar até a padaria, quando em ambientes seguros, também são estratégias que somam movimento ao seu cotidiano.

    4. Fique menos tempo sentado

    Passar muitas horas sentado reduz a circulação, aumenta o risco de trombose e favorece ganho de peso. Mesmo quem pratica exercícios pode ter prejuízos se passar longos períodos parado.

    Mesmo sem tempo para se exercitar, ao menos levante-se a cada 30-60 minutos, alongue-se, caminhe alguns passos ou faça uma pausa ativa de 2 minutos.

    5. Transforme tarefas domésticas em oportunidades de movimento

    Arrumar a casa, varrer, aspirar ou cuidar do jardim são atividades que ajudam a gastar energia e mexer os músculos. Essas tarefas contam como atividade física leve a moderada, especialmente quando feitas com ritmo e regularidade.

    Separe momentos do dia para cuidar da casa e tente fazer isso de uma forma leve, como ouvindo uma música ou um podcast. Assim, você se exercita sem nem perceber.

    Os benefícios de se movimentar mais

    Incorporar pequenas doses de movimento no dia a dia melhora o condicionamento físico, o humor e a saúde cardiovascular. Pessoas mais ativas têm menor risco de:

    • Pressão alta;
    • Diabetes tipo 2;
    • Obesidade;
    • Doenças cardíacas e AVC.

    Além disso, o movimento regular ajuda a controlar o estresse, melhora a disposição e a qualidade do sono.

    Lembre-se que cada passo conta. Pequenas mudanças somadas ao longo do tempo têm um impacto enorme na sua saúde.

    Confira: Exercícios para fortalecer a coluna: o guia completo para proteger sua postura e prevenir dores

    Perguntas frequentes sobre movimento e saúde

    1. Caminhar no dia a dia conta como atividade física?

    Sim. Caminhar, subir escadas e fazer tarefas domésticas são formas válidas de atividade física.

    2. Quantos minutos devo me movimentar por dia?

    A OMS recomenda pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada, o que equivale a cerca de 20 a 30 minutos diários.

    3. Trabalhar um pouco em pé já ajuda?

    Sim, ficar em pé por alguns períodos e se movimentar entre as tarefas reduz o tempo sedentário e melhora a circulação.

    4. Tenho pouco tempo: é melhor um treino intenso curto ou várias pausas ao longo do dia?

    Ambas as opções ajudam. As pausas ativas ao longo do dia são ótimas para quem tem rotina corrida e ainda não consegue treinar regularmente.

    5. Subir escadas faz bem para o coração?

    Sim. É um exercício aeróbico que melhora a resistência cardiovascular e a força das pernas, além de ser prático e gratuito.

    6. Atividades domésticas substituem academia?

    Não totalmente, mas ajudam. Elas aumentam o gasto calórico e reduzem o sedentarismo, especialmente quando feitas com frequência.

    7. Por que se movimentar é tão importante para o coração?

    Porque o movimento fortalece o músculo cardíaco, melhora a circulação e regula a pressão arterial, e tudo isso ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

    Veja também: Sem tempo para treinar? Veja como criar uma rotina de exercícios

  • 5 atividades físicas para quem tem problemas na coluna 

    5 atividades físicas para quem tem problemas na coluna 

    Pessoas que convivem com problemas na coluna, como hérnia de disco e escoliose, podem se beneficiar (e muito!) da prática constante de atividades físicas. Exercícios adequados ajudam a reduzir a dor, aumentam a flexibilidade, fortalecem os músculos que sustentam a coluna e melhoram a qualidade de vida no dia a dia, de acordo com o Ministério da Saúde.

    Além disso, manter o corpo ativo contribui para prevenir crises recorrentes e evitar o avanço das lesões, proporcionando mais autonomia e bem-estar a longo prazo. O importante é sempre respeitar os limites do próprio corpo e seguir as orientações do médico.

    Pensando nisso, reunimos orientações de um especialista e sugestões de atividades para incluir no dia a dia, além dos cuidados necessários para que a prática seja segura. Confira, a seguir!

    Por que as atividades físicas são importantes para quem tem problemas na coluna?

    A coluna é o eixo central do corpo humano, responsável por sustentar o tronco, permitir movimentos e proteger a medula espinhal. Quando está enfraquecida ou sobrecarregada, é comum o surgimento de dores e limitações.

    De acordo com o Ministério da Saúde, a prática regular de atividades físicas pode contribuir para:

    • Fortalecer os músculos de sustentação da coluna (abdômen, quadris e costas);
    • Melhorar a postura, reduzindo a sobrecarga nas vértebras;
    • Aumentar a flexibilidade e o equilíbrio, prevenindo quedas e movimentos bruscos;
    • Diminuir o peso corporal, reduzindo a pressão sobre a lombar;
    • Ativar a circulação e liberar endorfina, o que ajuda no controle da dor;
    • Reduzir o estresse e melhorar o sono, fatores que influenciam diretamente na percepção da dor.

    Veja mais: Como manter a postura correta no trabalho? Veja dicas práticas

    Quais as atividades físicas indicadas para problemas na coluna?

    O médico ortopedista Caio Gonçalves de Souza esclarece que as atividades mais recomendadas tendem a ser aquelas de baixo impacto, que minimizam as forças compressivas e de cisalhamento sobre os discos intervertebrais e articulações facetárias – ao mesmo tempo que promovem o fortalecimento do core (centro do corpo), a mobilidade articular e a consciência postural.

    Entre algumas atividades recomendadas, podemos destacar:

    1. Musculação

    Quando feita de maneira adequada, a musculação pode contribuir para o fortalecimento muscular e na prevenção de dores e problemas na coluna. Ela aumenta a estabilidade da região lombar e cervical, fortalece os músculos responsáveis pela sustentação da coluna e auxilia tanto na reabilitação quanto na prevenção de novas crises.

    Quais os cuidados?
    “É fundamental começar com cargas leves, priorizar a forma correta, utilizar um bom controle respiratório e progredir gradualmente. Exercícios compostos podem ser excelentes, mas exigem domínio técnico e um core forte”, orienta Caio.

    2. Caminhada

    A caminhada é uma das formas mais acessíveis e seguras de se manter ativo. Ela contribui para melhorar a circulação, controlar o peso corporal, fortalecer os músculos das pernas e do abdômen e aliviar tensões acumuladas na coluna.

    Além disso, estimula a lubrificação natural das articulações, favorece a postura e a mobilidade e ainda reduz a sobrecarga em comparação a atividades de maior impacto.

    Quais os cuidados?
    Mantenha a coluna ereta, ombros relaxados e olhar à frente. Use tênis com bom amortecimento. Caminhe em terrenos planos e seguros, evitando superfícies muito irregulares ou escorregadias, principalmente em períodos de dor mais intensa. Comece com distâncias e tempos menores e aumente gradualmente. Bastões de caminhada podem ajudar.

    3. Natação

    A natação é considerada um dos exercícios mais completos para quem apresenta dores ou alterações na coluna. Dentro da água, o peso corporal é reduzido, diminuindo a pressão sobre articulações e discos intervertebrais.

    Assim, é possível trabalhar todos os grupos musculares sem impacto, fortalecer a musculatura de sustentação da coluna e ainda melhorar a respiração, que influencia diretamente na postura.

    Quais os cuidados?
    Alguns estilos exigem atenção especial. No nado peito, manter a cabeça fora da água pode causar hiperextensão cervical e lombar. O borboleta e rotações exageradas no crawl podem não ser ideais em hérnia de disco ou instabilidade. O nado de costas ou um crawl bem executado tendem a ser mais seguros. A hidroginástica é alternativa eficaz e de baixo impacto.

    Pilates

    O pilates integra fortalecimento, alongamento e respiração, com foco na estabilização do tronco. Beneficia o core, melhora alinhamento e consciência postural e reduz o risco de crises de dor.

    Quais os cuidados?
    Pratique com instrutor qualificado, que adapte os exercícios. Evite movimentos bruscos e respeite limites. “A execução correta e a adaptação às limitações individuais são essenciais para evitar compensações que possam prejudicar a coluna. O pilates de solo pode ser mais desafiador por exigir maior controle do próprio corpo”, explica Caio.

    5. Yoga

    A yoga combina posturas físicas, respiração e meditação. Aumenta a flexibilidade, fortalece músculos profundos, melhora o equilíbrio e reduz o estresse — fator que pode agravar dores lombares e cervicais.

    Quais os cuidados?
    Evite posturas muito avançadas ou dolorosas. Prefira modalidades suaves (Hatha, Restaurativa) e informe limitações ao instrutor para adaptações seguras.

    Leia também: Alongamentos simples para aliviar dores musculares: veja quando e como praticar

    Quanto tempo de atividade física deve ser feito?

    De acordo com o Ministério da Saúde, adultos devem realizar pelo menos 150 minutos semanais de atividades moderadas ou 75 minutos de vigorosas (ou combinação). Para quem tem problemas na coluna, comece leve, aumente gradualmente e respeite os sinais do corpo.

    Quais atividades devem ser evitadas?

    • Corrida de alta intensidade em solo duro;
    • Esportes de impacto ou contato (futebol, basquete, lutas);
    • Exercícios com torções bruscas ou levantamento de peso excessivo;
    • Abdominais tradicionais sem orientação, que podem aumentar a pressão na lombar.

    A forma mais segura de começar é com avaliação individual (ortopedista, fisioterapeuta e, quando indicado, educador físico). Eles consideram tipo de lesão, inflamação, condição física e sintomas neurológicos para definir um plano adequado. Seguir orientação evita complicações, ajuda na reabilitação, fortalece a coluna e promove uma vida mais ativa e com menos dor.

    Perguntas frequentes sobre atividades físicas para problemas na coluna

    1. Alongamento e fortalecimento realmente ajudam a coluna?

    Sim. O fortalecimento do core (abdômen, lombar, glúteos e assoalho pélvico) cria uma “cinta natural” que estabiliza a coluna. O alongamento devolve flexibilidade, melhora a postura e reduz rigidez. Juntos, reduzem dores e aumentam a segurança dos movimentos.

    2. Como diferenciar dor normal de treino de um sinal de alerta da coluna?

    A dor muscular tardia surge 24–48h após o treino, é difusa e melhora com movimentos leves. A dor de alerta aparece durante ou logo após o exercício, é aguda, localizada e pode irradiar para braços ou pernas. Se vier com dormência, formigamento, fraqueza ou alterações urinárias, procure avaliação médica imediata.

    3. Quem já fez cirurgia na coluna pode voltar a se exercitar?

    Sim — e é recomendado. Após liberação médica, inicie com caminhadas leves, exercícios respiratórios e fortalecimento básico. Progrida para pilates, hidroginástica e musculação adaptada conforme a recuperação. O retorno completo pode levar semanas ou meses e deve ser supervisionado.

    4. Como incluir mais movimento no dia a dia?

    Qualquer movimento conta. Exemplos:

    • Usar escadas (de forma moderada e segura);
    • Caminhar pequenas distâncias em vez de usar o carro;
    • Levantar-se a cada hora para alongar;
    • Praticar respiração/relaxamento no trabalho;
    • Fazer tarefas domésticas ativas, jardinagem ou passear com o pet.

    5. Trabalhar sentado o dia todo pode prejudicar a coluna?

    Sim. Ficar horas sentado aumenta a pressão nos discos intervertebrais e favorece lombalgia. Levante-se a cada hora por alguns minutos para se alongar, caminhar ou mudar de posição. Ajuste cadeira, monitor e apoio lombar para postura correta.

    6. Como aliviar a dor na coluna no dia a dia?

    • Postura correta: sente-se com coluna ereta, use apoio lombar e evite longos períodos na mesma posição;
    • Pausas frequentes: levante-se a cada hora, caminhe e alongue;
    • Alongamentos leves: foque lombar, pescoço e pernas;
    • Compressas mornas: relaxam a musculatura em tensão;
    • Atividades leves: caminhada, pilates ou hidroginástica ajudam a circulação e liberam endorfina;
    • Evite o sedentarismo: manter-se ativo diariamente previne crises recorrentes.

    Confira: 8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia