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  • Anemia e doenças cardíacas: por que requer cuidado redobrado?

    Anemia e doenças cardíacas: por que requer cuidado redobrado?

    Presente em cerca de um terço das mulheres adultas no Brasil, a anemia é uma condição em que há uma redução na quantidade de hemoglobina no sangue, proteína responsável por transportar oxigênio dos pulmões para o corpo. Quando ela está baixa, o organismo recebe menos oxigênio, o que causa sintomas como cansaço, fraqueza e palidez na pele.

    Mas o que isso tem haver com problemas cardíacos? De acordo com o cardiologista Giovanni Henrique Pinto, todo o corpo é afetado quando o sangue transporta menos oxigênio, especialmente o coração — que precisa trabalhar mais para compensar essa deficiência.

    No caso de pessoas com doenças cardíacas, como insuficiência ou arritmia, o esforço adicional pode causar uma descompensação cardíaca e aumento do risco de infarto. Isso torna a condição um fator de atenção para quem apresenta qualquer condição que reduza a capacidade do coração de bombear sangue.

    Como a anemia interfere na função do coração?

    O coração precisa de oxigênio para manter o músculo cardíaco em funcionamento. Em quadros de anemia, a quantidade de oxigênio transportada pelo sangue diminui — e o organismo tenta equilibrar a situação aumentando a frequência dos batimentos cardíacos e a força de contração. O esforço extra faz o coração bombear mais rápido para levar oxigênio suficiente às células.

    Com o passar do tempo, a sobrecarga provoca dilatação das câmaras cardíacas, especialmente do ventrículo esquerdo, responsável por impulsionar o sangue para o corpo. A adaptação temporária acaba se tornando prejudicial para o coração, pois enfraquece o músculo cardíaco e reduz a eficiência da circulação.

    “Na insuficiência cardíaca, o coração já tem dificuldade para bombear sangue. Se o sangue está ‘pobre’ em oxigênio, o organismo tenta compensar com aumento da frequência cardíaca e dilatação dos vasos — o que piora a sobrecarga e pode levar à falta de ar e inchaço”, aponta Giovanni.

    O especialista acrescenta que, em casos de angina ou doença coronariana, a anemia reduz o fornecimento de oxigênio ao músculo cardíaco, favorecendo crises de dor no peito. Já nas arritmias, a hipóxia (redução do oxigênio) pode interferir na condução elétrica do coração, provocando batimentos irregulares.

    Como a anemia se manifesta e quais são os sintomas

    A anemia costuma causar sintomas que muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com o cansaço do dia a dia, como:

    • Fraqueza;
    • Sonolência;
    • Falta de ar;
    • Tontura;
    • Dor de cabeça;
    • Palidez na pele e nas mucosas.

    Uma pessoa com problemas no coração pode apresentar piora dos sintomas já conhecidos: o fôlego pode ficar mais curto, o cansaço aparecer com atividades leves e a palpitação se tornar mais frequente.

    “Tanto na anemia quanto nas doenças cardíacas pode aparecer cansaço, fraqueza, tontura, palpitação e falta de ar, o que pode levar o paciente a pensar que o problema é apenas ‘do coração’ ou apenas ‘do sangue’. Por isso, exames de sangue simples, como hemograma e dosagem de ferro, são importantes na investigação de piora dos sintomas cardíacos”, explica Giovanni.

    O uso de remédios pode influenciar o quadro?

    Segundo Giovanni, alguns medicamentos usados no tratamento de problemas cardiológicos podem interferir na produção ou na perda de sangue, como:

    • Anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, como aspirina, clopidogrel, varfarina, podem causar sangramentos ocultos no trato digestivo, levando à anemia por perda de sangue;
    • Inibidores da ECA e bloqueadores do receptor de angiotensina II, usados em insuficiência cardíaca, podem reduzir discretamente a produção de hemoglobina.

    Pessoas com doenças renais crônicas ou que usam medicamentos diuréticos também apresentam maior risco de desenvolver anemia, pois os rins produzem menos eritropoetina, um hormônio que estimula a fabricação de glóbulos vermelhos.

    Como é feito o diagnóstico de anemia?

    O diagnóstico de anemia é feito com base em uma avaliação clínica e exames laboratoriais. O hemograma completo mostra os níveis de hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio e concentração de hemoglobina corpuscular média — dados que ajudam a identificar o tipo de anemia.

    O especialista ainda pode solicitar a dosagem de ferritina, ferro sérico e vitamina B12 para complementar a avaliação. Um eletrocardiograma e um ecocardiograma também podem ser feitos para verificar como o coração está respondendo à redução do oxigênio.

    Como é feito o tratamento da anemia em pacientes cardíacos?

    O tratamento da anemia em pacientes cardíacos deve ser feito com cautela e sob acompanhamento médico. Primeiro, é importante identificar a causa da condição, que pode surgir devido a deficiência de ferro, sangramentos ocultos, falta de vitaminas B12 e ácido fólico ou doenças crônicas, como insuficiência renal.

    Quando a anemia é por falta de ferro, o médico pode indicar reposição oral ou intravenosa. Em pacientes com problemas cardíacos, como insuficiência, a via intravenosa costuma ser indicada, pois tem melhor absorção e não causa desconforto gastrointestinal. Já a transfusão de sangue é indicada apenas em casos graves, quando os níveis de hemoglobina estão muito baixos e há risco de descompensação do coração.

    A alimentação também faz parte do tratamento de anemia, de modo que o cardápio deve incluir fontes de ferro, como carne vermelha, frango, peixe, feijão e vegetais verde-escuros — além de frutas ricas em vitamina C, que aumentam a absorção do mineral. O café e o chá preto devem ser evitados nas principais refeições.

    É possível prevenir a anemia?

    Pessoas com problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana, apresentam um risco aumentado de desenvolver anemia. Por isso, é necessário manter alguns cuidados para prevenir a condição, como:

    • Acompanhamento médico regular: consultas e exames de sangues feitos periódicamente monitoram os níveis de hemoglobina, ferro e outras vitaminas, permitindo que a anemia seja detectada no início;
    • Alimentação balanceada: a dieta deve priorizar alimentos in natura e minimamente processados, ricos em ferro, vitamina C e vitaminas do complexo B, como vegetais de folhas verde-escuras, feijão, frutas (laranja, morango, acerola), peixes, ovos, laticínios, carnes e vegetais de folhas;
    • Controle dos medicamentos: o uso de anticoagulantes, anti-inflamatórios e outros remédios deve ser monitorado pelo médico, já que pode causar sangramentos e contribuir para a perda de ferro;
    • Reposição supervisionada de ferro e vitaminas: suplementos só devem ser usados com orientação médica, para evitar sobrecarga no organismo e interações com outros medicamentos;
    • Hidratação adequada: a ingestão regular de água é fundamental para manter a viscosidade ideal do sangue e facilitar o transporte de oxigênio, reduzindo o esforço do coração;
    • Prática regular de atividade física leve: caminhadas, alongamentos e exercícios orientados por um profissional fortalecem o sistema cardiovascular, aumentam a resistência e melhoram a oxigenação corporal;
    • Redução do consumo de álcool e tabaco: as substâncias prejudicam a absorção de nutrientes, alteram a produção de hemoglobina e aumentam o risco de doenças cardíacas e anêmicas.

    Confira: Infarto x angina: entenda a diferença entre os dois problemas no coração

    Perguntas frequentes

    A anemia pode causar infarto?

    A anemia grave reduz o fornecimento de oxigênio para o músculo cardíaco, podendo provocar uma isquemia (falta de oxigênio local) mesmo sem entupimento das artérias.

    Em pessoas com artérias já comprometidas, a situação é ainda mais séria, pois a baixa oxigenação pode precipitar um infarto, causar dor torácica e levar a arritmias. Nesse sentido, tratar a anemia é também uma forma de prevenir complicações cardíacas sérias.

    Quais sintomas indicam que uma pessoa com doença cardíaca pode estar com anemia?

    Os sintomas de anemia costumam ser sutis no início, mas ficam mais evidentes com o passar do tempo. Os principais incluem cansaço fácil, fraqueza, sonolência, falta de ar ao realizar tarefas simples, palpitação, tontura e pele pálida.

    Em pessoas com insuficiência cardíaca, os sintomas se confundem com a própria doença, de modo que o fôlego diminui, os inchaços aumentam e o esforço físico se torna mais difícil. Uma piora repentina dos sinais pode indicar que a anemia está agravando a condição cardíaca.

    Por que a anemia piora a insuficiência cardíaca?

    Na insuficiência cardíaca, o coração já tem dificuldade de bombear sangue com eficiência. Quando tem um quadro de anemia, o sangue transporta menos oxigênio, o que obriga o coração a aumentar a frequência e a força das batidas. O esforço constante leva à dilatação e enfraquecimento do músculo cardíaco.

    Com o tempo, o quadro se agrava e o paciente passa a apresentar falta de ar mesmo em repouso, além de inchaços e fadiga intensa. Vale lembrar que a combinação de anemia e insuficiência cardíaca é considerada de alto risco e exige tratamento rápido.

    A anemia pode voltar mesmo depois do tratamento?

    Sim! Se a causa da anemia não for tratada, ela tende a reaparecer depois, o que torna importante o acompanhamento médico contínuo. O paciente deve realizar exames periódicos para monitorar os níveis de hemoglobina, ferro e vitaminas. Mudanças no estilo de vida, alimentação equilibrada e controle rigoroso dos medicamentos também ajudam a prevenir recidivas.

    Tenho anemia, o que devo comer?

    A dieta de pessoas com anemia deve incluir alimentos ricos em ferro, vitamina C e vitaminas do complexo B, como:

    • Carnes vermelhas magras;
    • Fígado;
    • Frango e peixe;
    • Ovos;
    • Feijão, lentilha e grão-de-bico;
    • Vegetais de folhas verde-escuras, como espinafre, couve e agrião;
    • Frutas cítricas, como laranja, acerola, kiwi e limão, que aumentam a absorção do ferro vegetal;
    • Cereais integrais, aveia, nozes e sementes.

    No dia a dia, o ideal é combinar os alimentos certos e evitar exageros de ultraprocessados, que prejudicam a absorção de nutrientes.

    A anemia pode causar queda de cabelo e unhas fracas?

    Sim, a falta de ferro e de oxigênio afeta a regeneração celular, prejudicando o crescimento dos fios e das unhas. O cabelo pode ficar mais fino, quebradiço e cair com facilidade, enquanto as unhas podem se tornar frágeis, esbranquiçadas e deformadas. Os sinais são alertas de que o corpo está com carência de nutrientes.

    Leia também: Acordar com o coração acelerado é normal? Veja o que pode ser

  • Anemia carencial: o que acontece quando faltam nutrientes no sangue 

    Anemia carencial: o que acontece quando faltam nutrientes no sangue 

    Cansaço sem explicação, palidez e tontura são sinais comuns da anemia, uma condição que reduz a capacidade do sangue de levar oxigênio ao corpo. Em muitos casos, o problema tem origem simples, mas impacta profundamente a saúde — trata-se da anemia carencial, causada pela falta de nutrientes essenciais.

    Ela é mais frequente em crianças pequenas, mulheres em idade fértil e gestantes, e pode provocar consequências sérias, como fraqueza intensa, dificuldades na gravidez, atraso no crescimento infantil e até problemas de memória e aprendizado.

    O que é anemia

    A anemia acontece quando o sangue tem menos glóbulos vermelhos ou hemoglobina do que o normal.

    A hemoglobina é a proteína que dá a cor vermelha ao sangue e transporta oxigênio para todas as partes do corpo. Quando ela está baixa, os tecidos não recebem oxigênio suficiente, e o organismo começa a dar sinais de alerta.

    O que é anemia carencial

    A anemia carencial ocorre quando falta algum nutriente essencial para a produção de glóbulos vermelhos. Os principais são:

    • Ferro;
    • Vitamina B12;
    • Ácido fólico (vitamina B9).

    Cada tipo tem causas, sintomas e tratamentos diferentes, mas todas têm em comum a redução da oxigenação do corpo.

    Tipos de anemia carencial

    1. Anemia ferropriva (falta de ferro)

    É o tipo mais comum de anemia no mundo. O ferro é indispensável para formar a hemoglobina — sem ele, o sangue não consegue transportar oxigênio adequadamente.

    Causas mais comuns:

    • Dieta pobre em ferro: como em casos de desnutrição ou vegetarianismo sem orientação;
    • Perdas de sangue: menstruação intensa, sangramentos no estômago ou intestino;
    • Gravidez e crescimento infantil: maior demanda de ferro;
    • Má absorção intestinal: em doenças como gastrite atrófica, doença celíaca ou após cirurgia bariátrica.

    Sintomas:

    • Palidez;
    • Cansaço e fraqueza;
    • Tontura e dor de cabeça;
    • Alterações nas unhas (em formato de colher);
    • Inflamação nos cantos da boca.

    2. Anemia por deficiência de vitamina B12

    A vitamina B12 é encontrada apenas em alimentos de origem animal (carne, ovos, leite, fígado). Ela é fundamental para a formação do DNA das células do sangue e para o bom funcionamento do sistema nervoso.

    Causas mais comuns:

    • Dieta sem produtos animais: veganismo sem suplementação adequada;
    • Problemas de absorção: gastrite atrófica, cirurgia bariátrica ou anemia perniciosa, doença autoimune;
    • Envelhecimento: idosos têm menor acidez estomacal e absorvem menos vitamina B12.

    Sintomas:

    • Palidez e cansaço;
    • Dormência ou formigamento em mãos e pés;
    • Alterações de memória e humor;
    • Língua lisa e dolorida.

    3. Anemia por deficiência de ácido fólico (vitamina B9)

    O ácido fólico, ou folato, é encontrado em vegetais verde-escuros, feijões, frutas cítricas e cereais fortificados. Assim como a B12, ele é importante para a formação do DNA e das células do sangue.

    A falta é mais comum em:

    • Gestantes (maior necessidade de folato durante a gravidez);
    • Pessoas com dieta pobre em verduras e legumes;
    • Quem consome álcool em excesso.

    Sintomas:

    • Palidez, cansaço e falta de ar;
    • Irritabilidade;
    • Em gestantes, aumenta o risco de malformações do tubo neural nos bebês.

    Como é feito o diagnóstico

    O exame mais comum para detectar anemia é o hemograma, que mostra:

    • Nível de hemoglobina;
    • Número e tamanho dos glóbulos vermelhos;
    • Alterações que indicam qual nutriente pode estar em falta.

    Outros exames complementares ajudam a confirmar o tipo de deficiência:

    • Ferritina: mede as reservas de ferro no corpo;
    • Vitamina B12 e ácido fólico: avaliam os níveis dessas vitaminas no sangue.

    Tratamento da anemia carencial

    O tratamento depende do nutriente em falta:

    • Ferro: suplementação oral com comprimidos ou, nos casos graves, aplicação intravenosa;
    • Vitamina B12: suplementação oral ou por injeções, conforme a causa;
    • Ácido fólico (B9): comprimidos diários de suplementação.

    Além disso, é essencial tratar a causa da deficiência, como sangramentos, problemas de absorção intestinal ou dieta inadequada.

    Leia mais: Deficiências nutricionais em adultos: aprenda a identificar sinais no dia a dia e prevenir riscos

    Como prevenir a anemia carencial

    A boa notícia é que a maioria dos casos pode ser evitada com alimentação equilibrada:

    • Fontes de ferro: carnes, feijão, lentilha e folhas verdes;
    • Fontes de vitamina B12: carnes, ovos e leite;
    • Fontes de folato: verduras, frutas cítricas e leguminosas.

    Outras recomendações importantes:

    • Gestantes devem receber suplementação de ferro e ácido fólico conforme orientação médica;
    • Pessoas veganas precisam suplementar vitamina B12 obrigatoriamente.

    Confira: Vitamina B12: o que é, para que serve e como identificar carência ou excesso

    Perguntas frequentes sobre anemia carencial

    1. A anemia carencial é grave?

    Depende do grau e da causa. Quando tratada precocemente, tem boa recuperação, mas, sem tratamento, pode causar complicações sérias.

    2. É possível ter anemia mesmo comendo bem?

    Sim. Problemas de absorção intestinal, cirurgias ou doenças crônicas podem dificultar o aproveitamento dos nutrientes.

    3. Qual é o exame que detecta anemia?

    O hemograma é o principal exame, mas pode ser complementado com dosagens de ferro, ferritina, B12 e ácido fólico.

    4. A anemia causa tontura e falta de ar?

    Sim. A falta de oxigênio nos tecidos faz o corpo trabalhar mais, o que pode causar cansaço, tontura e falta de ar.

    5. Crianças podem ter anemia carencial?

    Sim. É comum em crianças pequenas devido ao rápido crescimento e à necessidade aumentada de ferro.

    6. Vegetarianos sempre têm anemia?

    Não necessariamente. Com uma dieta bem planejada e suplementação de vitamina B12, é possível evitar deficiências.

    Leia também: Delivery saudável: nutricionista dá dicas para escolher bem

  • Desmaio: causas, o que fazer e quando procurar o médico

    Desmaio: causas, o que fazer e quando procurar o médico

    O desmaio costuma assustar tanto quem passa pela situação quanto quem presencia. Ele pode acontecer em consequência de algo simples, como um susto, mas também ser sinal de problemas sérios de saúde. Por isso, saber identificar as possíveis causas e agir diante delas faz toda a diferença.

    A cardiologista Juliana Soares, do Hospital Albert Einstein, explica que o desmaio é a perda súbita e transitória da consciência e da sustentação do corpo, o que provoca a queda. “Pode afetar tanto o homem como a mulher, e a incidência de desmaios aumenta com a idade”.

    O que é desmaio (síncope)?

    O desmaio não é uma doença, mas um sintoma. Na maior parte das vezes, ele acontece quando o fluxo de sangue para o cérebro cai, mesmo que por alguns segundos. Geralmente, é rápido e a recuperação é completa, sem sequelas.

    Alguns sinais podem aparecer antes do episódio, como:

    • Palidez;
    • Tontura;
    • Náusea;
    • Visão turva.

    Principais causas de desmaio

    Segundo a cardiologista, o desmaio pode estar associado a uma variedade grande de causas. Veja abaixo as mais comuns.

    Causas benignas (mais frequentes)

    • Síndrome vasovagal: quando o nervo vago é ativado por dor intensa, calor, tosse, evacuação, emoção súbita;
    • Hipotensão ortostática: queda rápida da pressão arterial ao se levantar de repente;
    • Desidratação: quando a pessoa não se hidrata corretamente;
    • Hipoglicemia: queda de açúcar no sangue;
    • Anemia intensa: quando há poucos glóbulos vermelhos no sangue, o transporte de oxigênio para o cérebro diminui e pode causar desmaios;
    • Hemorragias: perda abrupta de sangue.

    Causas cardiovasculares

    • Arritmias: batimento irregular do coração;
    • Cardiomiopatias: doenças estruturais do coração;
    • Isquemia: obstrução das artérias coronárias.

    Causas neurológicas

    • Epilepsia;
    • Acidente vascular cerebral (AVC).

    Primeiros socorros: o que fazer em um desmaio

    1. Se você sentir que vai desmaiar

    “Primeiramente, caso você apresente sintomas como palidez, sudorese, sensação de fraqueza, o importante é rapidamente avisar quem estiver por perto do seu mal-estar, apoiar-se em algum lugar e, se possível, deitar e elevar as pernas.”, orienta a cardiologista.

    2. Se presenciar alguém desmaiando

    • Proteja a cabeça da pessoa;
    • Afrouxe roupas apertadas e retire acessórios no pescoço;
    • Eleve as pernas;
    • Se a consciência não voltar rapidamente, acione o atendimento médico.

    Quando procurar ajuda médica urgente

    É fundamental investigar a causa do desmaio, especialmente se:

    • Os episódios forem recorrentes;
    • Houver dor no peito, palpitações ou falta de ar;
    • O desmaio causar quedas ou traumas;
    • Acontecer com portadores de doenças cardíacas ou neurológicas.

    “Os desmaios podem ter riscos relacionados ao próprio evento, como quedas e traumas, ou à atividade que a pessoa estava realizando no momento, como dirigir ou operar máquinas”, alerta a cardiologista Juliana Soares.

    Como prevenir desmaios

    • Mantenha-se hidratado;
    • Evite ficar longos períodos sem comer;
    • Levante-se devagar após estar deitado ou sentado;
    • Vá ao médico para identificar e tratar condições de saúde associadas;
    • Converse com seu médico se os episódios forem frequentes.

    Perguntas frequentes sobre desmaio

    1. Desmaio é sempre perigoso?

    Não. Muitas vezes é causado por situações benignas, mas é importante investigar.

    2. Quanto tempo dura um desmaio?

    Normalmente, segundos ou poucos minutos, com recuperação completa.

    3. Posso morrer de desmaio?

    O desmaio em si não mata, mas pode ser sinal de doenças graves ou causar acidentes.

    4. Quando o desmaio indica problema no coração?

    Quando vem acompanhado de dor no peito, palpitações ou falta de ar.

    5. Desmaio e epilepsia são a mesma coisa?

    Não. A epilepsia é uma condição neurológica específica que pode causar perda de consciência, mas desmaio não é a mesma coisa que epilepsia.