Categoria: Sinais & Sintomas

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  • Palpitações no coração: o que pode ser e quando procurar atendimento médico 

    Palpitações no coração: o que pode ser e quando procurar atendimento médico 

    Sentir o coração acelerar, bater mais forte ou até parecer que está “tremendo” dentro do peito é algo que quase todo mundo já viveu em algum momento. Uma corrida para pegar o ônibus, uma notícia inesperada, um café forte ou até mesmo uma noite mal dormida podem acelerar os batimentos e causar aquela sensação estranha no peito: as palpitações.

    Na maioria dos casos, as palpitações são benignas e passageiras, ligadas a situações de ansiedade ou estresse. Mas se vierem acompanhadas de falta de ar ou dor no peito, podem indicar arritmias e exigem avaliação médica.

    Conversamos com a cardiologista Juliana Soares, que integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein, para esclarecer as principais dúvidas sobre o sintoma e quando procurar atendimento médico.

    Afinal, o que são palpitações no coração?

    As palpitações não são uma doença em si, mas um sintoma percebido pela pessoa. Normalmente elas surgem em situações cotidianas, como após atividade física, em momentos de estresse ou até após o consumo de bebidas com cafeína. Nesses casos, o coração apenas responde a um estímulo externo e volta ao normal em seguida.

    As palpitações podem se manifestar de várias maneiras:

    • Coração batendo mais rápido;
    • Coração batendo mais forte;
    • Sensação de vibração na região do peito ou até mesmo no pescoço.

    Segundo a cardiologista Juliana Soares, muitas vezes a sensação é benigna, ou seja, não indica um problema de saúde. “Porém, se a sensação de palpitação vier acompanhada de outros sintomas como falta de ar, tontura, desmaio, dor no peito ou suor frio, ela pode ser decorrente de uma arritmia, sendo necessária avaliação médica imediata”, afirma a especialista.

    O que pode causar palpitação no coração?

    A principal causa das palpitações é a taquicardia sinusal, um aumento normal da frequência cardíaca que ocorre em resposta a estímulos cotidianos. Entre os principais desencadeadores, Juliana aponta:

    • Atividade física;
    • Estresse e ansiedade;
    • Cafeína em excesso;
    • Febre e desidratação.

    Normalmente, os fatores não representam risco, mas podem causar desconforto significativo no dia a dia. Contudo, quando vêm acompanhados de sintomas como falta de ar, dor no peito ou desmaios, é necessário procurar atendimento médico imediato, pois podem indicar quadros mais sérios, como:

    • Arritmias cardíacas: como taquicardia supraventricular, fibrilação atrial ou taquicardia ventricular;
    • Alterações nos minerais do sangue: como potássio e magnésio em níveis anormais;
    • Doenças cardíacas: insuficiência cardíaca, cardiopatias estruturais ou doença arterial coronariana;
    • Outros fatores clínicos: anemia, distúrbios da tireoide ou uso de determinados medicamentos.

    Quando as palpitações são sinais de alerta?

    De acordo com Juliana, os sintomas que exigem atenção imediata são:

    • Falta de ar;
    • Dor, pressão ou desconforto no peito;
    • Suor frio;
    • Tontura ou sensação de desmaio;
    • Desmaio efetivo;
    • Náusea;
    • Batimentos muito rápidos (acima de 120 batimentos por minuto [bpm] em repouso) ou muito baixos (abaixo de 45 bpm).

    Se o coração disparado vier acompanhado de algum desses sintomas, é importante procurar atendimento médico imediatamente.

    Confira: Saúde do coração após a menopausa: conheça os cuidados nessa fase da vida

    Como é feito o diagnóstico das palpitações no coração?

    Quando uma pessoa procura o médico relatando episódios de palpitações, a investigação costuma incluir diferentes exames para entender o que está acontecendo. Os mais solicitados são:

    • Eletrocardiograma (ECG): registra a atividade elétrica do coração em repouso;
    • Holter de 24 horas: monitora o ritmo cardíaco durante um dia inteiro, captando alterações que ocorrem ao longo das atividades normais;
    • Ecocardiograma: avalia a estrutura e o funcionamento do coração;
    • Teste ergométrico (teste de esforço): analisa o comportamento cardíaco durante atividade física.

    Além disso, os exames de sangue são muito importantes para verificar se há um desequilíbrio de minerais como potássio e magnésio, checar distúrbios hormonais ou identificar condições como anemia, que também podem estar relacionadas às palpitações.

    Como prevenir ou reduzir as palpitações no dia a dia

    Nem sempre é possível evitar as palpitações, contudo, adotar hábitos de vida mais saudáveis ajuda a reduzir os episódios e melhora a saúde do coração como um todo. Veja o que fazer:

    • Evite refeições muito pesadas, principalmente à noite;
    • Beba bastante água para manter-se hidratado;
    • Reduza ou evite o consumo de álcool e cafeína;
    • Durma bem, buscando manter horários regulares;
    • Pratique exercícios físicos regularmente, respeitando seus limites e sob orientação médica;
    • Encontre formas de controlar o estresse, como meditação, respiração profunda, yoga ou caminhadas.

    Leia também: Falta de ar: quando pode ser problema do coração

    Ansiedade, estresse e palpitações: qual a relação?

    Primeiro, é importante entender que o coração é sensível ao estado emocional. Em momentos de estresse, ansiedade ou até mesmo após um susto, o corpo libera hormônios como adrenalina e cortisol, que aceleram os batimentos cardíacos. Isso explica por que tantas pessoas sentem palpitações em dias de nervosismo ou pressão emocional.

    Por outro lado, a própria palpitação pode gerar ansiedade, criando um ciclo vicioso: quanto mais a pessoa se preocupa, mais palpitações sente. Nesse sentido, buscar apoio psicológico, adotar técnicas de relaxamento e praticar atividades que proporcionem prazer e bem-estar são igualmente importantes para manter a qualidade de vida.

    Perguntas frequentes sobre palpitações no coração

    1. Quem tem palpitações no coração pode praticar exercícios físicos?

    Sim! A atividade física pode trazer diversos benefícios para o coração e pode ser praticada por pessoas com palpitações — desde que devidamente avaliadas por um médico. A escolha do tipo e da intensidade do treino deve respeitar a condição individual de cada pessoa. Alguns exercícios que costumam ser bem tolerados incluem:

    • Caminhadas leves ou moderadas;
    • Yoga e alongamentos;
    • Musculação em intensidade controlada.

    Durante a prática, é fundamental estar atento a sinais como dor no peito, tontura ou falta de ar. Caso eles surjam, a atividade deve ser interrompida imediatamente e o médico deve ser consultado.

    2. Palpitação é o mesmo que arritmia?

    Não. Palpitação é apenas a sensação do batimento cardíaco alterado, percebida pela própria pessoa. A arritmia, por sua vez, é um diagnóstico médico: significa que há uma alteração real no ritmo do coração.

    Nem toda palpitação corresponde a uma arritmia. Muitas vezes, o coração está batendo normalmente, mas o indivíduo o percebe de forma mais intensa. Apenas exames, como o eletrocardiograma e o Holter de 24h, podem confirmar a presença de arritmia.

    3. Ansiedade pode causar palpitações no coração?

    Sim. A ansiedade é uma das causas mais comuns de palpitações benignas. Em momentos de nervosismo, o corpo libera adrenalina, que acelera os batimentos cardíacos. Isso pode gerar a sensação de coração disparado, mesmo sem uma arritmia real. Técnicas de respiração, meditação e terapia podem ajudar a aliviar os episódios.

    4. Palpitações podem acontecer durante o sono?

    Sim, e isso é relativamente comum. Elas podem ocorrer por ansiedade, apneia do sono, refluxo gastroesofágico, consumo de estimulantes antes de dormir ou até alterações hormonais. Se forem frequentes, atrapalharem o descanso ou vierem acompanhadas de sintomas como falta de ar noturna e despertares súbitos, é fundamental investigar com um médico.

    5. Palpitações são mais comuns em alguma faixa etária?

    As palpitações podem aparecer em qualquer idade. Em jovens, costumam estar ligadas a ansiedade, desidratação ou consumo de bebidas estimulantes, como energéticos. Já em adultos de meia-idade e idosos, a chance de que estejam relacionadas a arritmias e doenças cardíacas é maior.

    Por isso, em pessoas acima dos 40 anos, principalmente com histórico familiar ou fatores de risco cardiovascular, é recomendada avaliação médica mesmo em palpitações aparentemente benignas.

    6. Palpitações no coração podem estar ligadas ao uso de medicamentos?

    Sim. Alguns medicamentos, como broncodilatadores (usados em crises de asma), antidepressivos e alguns remédios para tireoide, podem provocar palpitações como efeito colateral. Se o sintoma surge após iniciar um novo medicamento, é importante relatar ao médico, que poderá ajustar a dose ou substituir o tratamento.

    7. Quem tem palpitações precisa tomar remédio?

    Nem sempre. Muitas vezes, a palpitação não exige tratamento medicamentoso, apenas mudanças de hábitos. O uso de remédios é indicado apenas quando há diagnóstico de arritmia ou outra doença cardíaca. Nesses casos, o médico pode prescrever antiarrítmicos, betabloqueadores ou outros medicamentos específicos.

    8. Existe exame caseiro para identificar palpitações perigosas?

    Não existe um exame caseiro confiável. Algumas pessoas usam relógios inteligentes e pulseiras fitness para monitorar os batimentos, mas os dispositivos não substituem exames médicos. Eles podem ajudar a registrar a frequência cardíaca e mostrar irregularidades, mas apenas o cardiologista poderá interpretar corretamente e indicar o tratamento adequado.

    9. Quando devo marcar consulta com cardiologista por causa de palpitações?

    Sempre que as palpitações forem frequentes, atrapalharem a qualidade de vida ou vierem acompanhadas de sintomas como dor no peito, falta de ar, tontura ou desmaio. Mesmo sem sintomas associados, se o episódio se repete com frequência ou causa ansiedade, vale marcar uma consulta para investigar e ter tranquilidade sobre a saúde do coração.

    Leia também: Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer

  • Tosse persistente: quando pode ser problema no coração

    Tosse persistente: quando pode ser problema no coração

    Você sabia que a tosse é um mecanismo de defesa do organismo? Sempre que algo ameaça irritar ou bloquear as vias respiratórias, o organismo reage para proteger os pulmões e manter o ar limpo. É assim que secreções como muco, partículas de poeira, fumaça, mofo, alérgenos e até micro-organismos acabam sendo eliminados.

    Ela pode surgir em quadros simples de gripe ou resfriado, crises de rinite e alergia, bronquite, asma e até refluxo gastroesofágico. Na maior parte das vezes, não representa perigo e desaparece sozinha em poucos dias.

    O alerta surge quando o sintoma não passa. Uma tosse persistente, que continua por semanas ou até meses, precisa ser investigada para descartar condições de saúde mais sérias. Embora as causas respiratórias sejam as mais comuns, em alguns casos, ela pode estar relacionada ao funcionamento do coração, especialmente quando acompanhada de outros sintomas.

    Quando a tosse persistente pode ser cardíaca?

    Apesar de normalmente associada a doenças respiratórias, a tosse também pode ser consequência de problemas cardíacos. O cardiologista e cardio-oncologista Giovanni Henrique Pinto, do Hospital Albert Einstein, explica que o sintoma pode surgir em diferentes condições cardiovasculares, como:

    Insuficiência cardíaca

    Em quadros de insuficiência cardíaca, o coração perde a capacidade de bombear o sangue adequadamente, o que causa acúmulo de líquido nos pulmões. Isso provoca uma tosse persistente, que normalmente piora à noite ou quando a pessoa se deita.

    Em alguns casos, a manifestação é conhecida como “asma cardíaca”, justamente pela semelhança com as crises de falta de ar típicas da asma respiratória. É a causa mais frequente quando se fala em tosse de origem cardíaca.

    Valvopatias

    Doenças que afetam as válvulas do coração, como a estenose mitral, dificultam a passagem do sangue dentro do coração e podem causar tosse persistente, acompanhada de escarro rosado, em situações mais graves. É um quadro mais raro, mas que não deve ser descartado.

    Arritmias

    As alterações do ritmo cardíaco, principalmente as taquicardias, podem favorecer episódios de tosse persistente. Isso acontece porque o coração, batendo de forma acelerada ou irregular, sobrecarrega a circulação e acaba afetando também o funcionamento dos pulmões.

    Pressão alta descompensada

    Quando a pressão arterial está mal controlada, o coração precisa trabalhar mais, aumentando a pressão nos pulmões. Isso pode resultar em tosse contínua, muitas vezes acompanhada de falta de ar.

    Uso de remédios

    Além das doenças, alguns remédios usados no tratamento de condições cardiovasculares podem provocar tosse persistente como efeito colateral. É o caso dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), como captopril, enalapril e lisinopril.

    Eles podem causar tosse seca em até 20% dos pacientes. Quando isso acontece, o médico geralmente substitui o remédio por um antagonista dos receptores de angiotensina II (BRA), como losartana ou valsartana, que raramente causam o mesmo sintoma.

    Como diferenciar tosse cardíaca da respiratória?

    Identificar a origem da tosse pode ser desafiador, mas existem sinais que ajudam na diferenciação:

    • Respiratória: normalmente surge após sintomas de infecção, como febre, dor de garganta e coriza. Pode vir acompanhada de chiado no peito e catarro amarelado ou esverdeado, como em casos de pneumonia. Costuma melhorar com antibióticos ou broncodilatadores, quando indicados;
    • Cardíaca: piora ao deitar, pode acordar o paciente durante a madrugada, vem associada a falta de ar, cansaço, inchaço nas pernas e palpitações. O escarro pode ser espumoso ou rosado.

    Enquanto a tosse respiratória está mais ligada a infecções e inflamações, a de origem cardíaca reflete a sobrecarga do coração e dos pulmões.

    Quando a tosse deve preocupar?

    A tosse que ultrapassa oito semanas já é considerada crônica e precisa ser investigada. No entanto, segundo Giovanni Pinto, não é necessário esperar tanto tempo: se a tosse dura mais de duas semanas ou aparece acompanhada de falta de ar, dor no peito, perda de peso, febre prolongada, chiado intenso, sangue no escarro ou histórico de doenças cardíacas, é muito importante procurar atendimento médico.

    Diagnóstico da tosse persistente relacionada ao coração

    O primeiro passo do diagnóstico é a consulta clínica detalhada, em que o médico avalia o histórico do paciente e faz o exame físico. A partir daí, outros exames podem ser solicitados, de acordo com Giovanni Henrique Pinto. São eles:

    • Eletrocardiograma;
    • Raio-X de tórax;
    • Exames laboratoriais (BNP/NT-proBNP);
    • Ecocardiograma;
    • Testes de esforço ou Holter;
    • Espirometria (avaliação pulmonar).

    Existe tratamento para a tosse de origem cardíaca?

    Quando a tosse persistente tem origem cardíaca, o foco do tratamento deve ser a condição que está sobrecarregando o coração e os pulmões.

    Segundo o cardiologista Giovanni Henrique Pinto, o tratamento pode envolver o uso de diuréticos para reduzir o acúmulo de líquidos, medicamentos específicos para insuficiência cardíaca, controle do ritmo em casos de arritmia e ajustes na pressão arterial. Em situações mais complexas, pode ser necessário tratar diretamente problemas nas válvulas cardíacas.

    À medida que o coração volta a funcionar de forma mais eficiente e a pressão nos pulmões diminui, a tosse tende a regredir de forma natural.

    Perguntas frequentes sobre tosse persistente

    1. A tosse persistente cardíaca é sempre seca ou pode ter catarro?

    Inicialmente, a tosse causada por problemas no coração costuma ser seca e persistente. Isso acontece porque o acúmulo de líquido nos pulmões (uma consequência da ineficiência do coração em bombear sangue) irrita as vias aéreas, mas ainda não é suficiente para gerar muco.

    No entanto, em casos mais graves, quando a congestão pulmonar aumenta, a tosse pode se tornar produtiva, isto é, com catarro.

    2. Existe algum horário do dia em que a tosse cardíaca piora?

    Sim, a tosse de origem cardíaca normalmente piora à noite ou quando a pessoa se deita. A posição deitada, também chamada de decúbito, facilita o retorno de fluidos dos membros inferiores para a circulação, aumentando a congestão nos pulmões e, consequentemente, a tosse.

    3. Quando devo procurar um médico se minha tosse persistir?

    A tosse comum costuma ser inofensiva, mas ela não deve ser ignorada quando se torna persistente. Procure atendimento médico se:

    • O sintoma durar mais de duas semanas;
    • Estiver acompanhado de falta de ar, dor no peito ou palpitações;
    • Houver perda de peso sem explicação;
    • Aparecer sangue no escarro;
    • Tiver histórico de problemas cardíacos.

    4. A tosse de origem cardíaca pode piorar com o exercício?

    Sim, porque o exercício físico aumenta a demanda de bombeamento do coração. Em uma pessoa com insuficiência cardíaca, por exemplo, o esforço sobrecarrega o coração, eleva a pressão nas veias pulmonares e, consequentemente, promove acúmulo de líquido nos pulmões. Isso intensifica a tosse e a sensação de falta de ar.

  • Falta de ar: quando pode ser problema do coração

    Falta de ar: quando pode ser problema do coração

    Quem nunca ficou sem fôlego depois de subir alguns lances de escada ou correr para não perder o ônibus? A falta de ar, também conhecida como dispneia, tende a ser uma resposta natural do corpo diante de um esforço físico. Em situações como essas, o organismo simplesmente exige mais oxigênio para manter o ritmo, e logo o fôlego se recupera.

    No entanto, a falta de ar nem sempre está ligada apenas ao esforço físico. Quando surge de maneira repentina, intensa, em repouso ou durante a noite, o sintoma pode indicar problemas cardíacos que precisam de atenção imediata.

    O cardiologista e cardio-oncologista Giovanni Henrique Pinto, do Hospital Albert Einstein, detalhou como identificar quando a falta de ar pode ter origem cardíaca, quais doenças estão por trás do quadro e quando é hora de procurar ajuda médica.

    Quando a falta de ar pode estar ligada ao coração?

    Nem todo cansaço é apenas consequência de estar fora de forma. De acordo com Giovanni Henrique Pinto, alguns sinais específicos podem indicar que o problema tem origem no coração. É importante procurar avaliação médica se a falta de ar:

    • Piora com pouco esforço: dificuldade para respirar em atividades leves que antes eram fáceis, como andar um ou dois quarteirões, ou piora rápida em dias ou semanas;
    • Aparece ao deitar: necessidade de usar mais travesseiros ou acordar de madrugada com a sensação de estar sufocando;
    • Vem acompanhada de outros sintomas: dor ou pressão no peito, palpitações, tontura, desmaio, inchaço nas pernas ou ganho de peso rápido e sem explicação;
    • Surge após infecção viral ou em quem já tem problemas cardíacos: pode indicar pericardite, miocardite ou agravamento de doença pré-existente.

    Qual a diferença entre cansaço comum e o cardíaco?

    Muitas vezes, o corpo apenas sinaliza esforço. Pessoas sedentárias, acima do peso ou que carregam objetos pesados podem sentir fôlego curto sem que isso represente doença. Nesses casos, o cansaço melhora rapidamente quando a atividade acaba, não aparece em repouso e não costuma vir com outros sintomas.

    Já quando a causa é cardíaca, a falta de ar surge em esforços cada vez menores e até ao deitar-se. Tosse noturna persistente, chiado no peito, palpitações, sensação de aperto no peito, inchaço nas pernas e cansaço desproporcional ao esforço são sinais de sobrecarga do coração.

    Quais condições cardíacas podem causar falta de ar?

    De acordo com o cardiologista, existem várias condições em que a falta de ar é frequente, como:

    • Insuficiência cardíaca: coração fraco que acumula líquido e dificulta a respiração;
    • Doença das artérias coronárias: inclui angina e infarto, causados por obstruções no fluxo sanguíneo;
    • Valvopatias: mau funcionamento das válvulas cardíacas, como estenose aórtica ou insuficiência mitral;
    • Arritmias: batimentos muito rápidos, lentos ou irregulares, que reduzem o oxigênio no corpo;
    • Miocardite e pericardite: inflamações do músculo ou membrana do coração, muitas vezes após infecções;
    • Pressão alta sem controle: força excessiva sobre o coração que pode gerar falta de ar;
    • Doenças congênitas: malformações de nascença que afetam a respiração.

    Quando procurar um cardiologista?

    A orientação é procurar um especialista sempre que a falta de ar se torna frequente, piora rapidamente, aparece em repouso ou ao deitar, ou quando surge com dor no peito, palpitações, tontura ou inchaço.

    Entre os exames para investigar estão: histórico clínico, exame físico, aferição de pressão, eletrocardiograma, ecocardiograma, radiografia de tórax, teste ergométrico, cintilografia, tomografia de coronárias, cateterismo, Holter e MAPA.

    Falta de ar: situações que exigem atendimento imediato

    Procure uma urgência se houver:

    • Falta de ar em repouso;
    • Lábios e extremidades azuladas;
    • Dor forte no peito;
    • Desmaio;
    • Confusão mental;
    • Inchaço com ganho de peso rápido.

    Esses sintomas podem indicar complicações graves, como infarto ou insuficiência cardíaca aguda.

    É possível tratar a falta de ar causada por problemas no coração?

    Sim. O tratamento inclui controle da pressão arterial, diuréticos para insuficiência cardíaca, remédios para arritmias, correções de valvopatias, anti-isquêmicos e até procedimentos de revascularização, conforme Giovanni Henrique Pinto.

    Reabilitação cardíaca e prática de atividade física também são fundamentais. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de recuperação e prevenção de complicações.

    Perguntas frequentes sobre falta de ar e coração

    1. É normal sentir falta de ar ao subir escadas?

    Sim, especialmente para quem está fora de forma. Preocupa quando piora em poucas semanas, exige paradas frequentes ou surge em atividades leves. Se vier com dor no peito, palpitações, tontura ou inchaço, procure um médico.

    2. A falta de ar pode ser um sintoma de infarto?

    Sim. Embora a dor no peito seja o sintoma mais conhecido, a falta de ar pode indicar angina ou infarto, principalmente em mulheres, idosos e diabéticos.

    3. É normal sentir falta de ar todos os dias?

    Não. Pode estar ligada a doenças do coração, pulmões, anemia ou ansiedade. Se for frequente, procure atendimento médico.

    4. A falta de ar pode ser só ansiedade?

    Sim. Crises de ansiedade podem causar respiração acelerada e sensação de aperto no peito. Apenas um médico pode diferenciar corretamente.

    5. Em que casos a falta de ar é uma emergência médica?

    Quando surge em repouso, com lábios azulados, dor forte no peito, desmaio, confusão mental ou inchaço repentino.

    6. A idade aumenta o risco de sentir falta de ar por problemas no coração?

    Sim. O envelhecimento torna artérias e músculo cardíaco mais rígidos, aumentando o risco de insuficiência cardíaca e estenose aórtica, que podem causar falta de ar, dor no peito e desmaios.

  • 7 sintomas iniciais de câncer que não devem ser ignorados

    7 sintomas iniciais de câncer que não devem ser ignorados

    Você já reparou que às vezes o corpo dá alguns sinais estranhos e a pessoa logo coloca a culpa em coisas simples do dia a dia? Uma dorzinha que aparece do nada, um sangramento inesperado, uma pinta que mudou de cor ou qualquer outro sintoma que parece trivial. Em muitos casos pode realmente não ser nada grave, mas em outros, pode ser um aviso importante de que algo não vai bem, como um câncer.

    O oncologista Thiago Chadid explica que não existe um sintoma exclusivo que indique câncer com certeza. A questão é que alguns sinais devem trazer desconfiança e motivar uma visita a um médico. Afinal, quanto mais cedo o diagnóstico acontecer, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

    Venha descobrir quais são esses sinais.

    1. Sangramentos sem explicação

    Esse é um dos sintomas mais clássicos. O sangramento pode aparecer no escarro, no vômito, nas fezes ou na urina. Segundo o oncologista, o volume costuma chamar a atenção.

    “Se for maior que uma colher de sopa, é um sinal de alerta”. Mas atenção: até sangramentos pequenos podem indicar algo em fase inicial.

    O sangramento, porém, nem sempre vai indicar um câncer. “Pode ser uma hemorroida, pode ser apenas um vaso no nariz que estourou e o sangue escorreu para a boca e a pessoa achar que é algo grave”, diz o médico.

    Na dúvida, é melhor procurar um especialista para checar.

    2. Dores persistentes e diferentes

    Dor todo mundo eventualmente sente, mas nem toda dor é igual. No caso do câncer, ela costuma ser intensa, latejante e aparecer de repente. O oncologista dá alguns exemplos de dores em determinados tipos de câncer:

    • Câncer de pâncreas: dor descrita como uma “facada” na boca do estômago ou nas costas;
    • Câncer de mama: nódulos de mama costumam não causar dor, mas depois de algum impacto na região a dor pode surgir por conta da inflamação no nódulo;
    • Câncer de pulmão: cansaço, falta de ar ao subir escadas, tosse crônica ou escarro com sangue.

    3. Alterações nos ossos

    Fraturas espontâneas ou dores ósseas também podem estar ligadas a tumores. “Pode acontecer porque o tumor já corroeu o osso”, explica o médico, e isso pode causar fraturas inesperadas, até dormindo ou apenas mudando de posição.

    4. Perda de peso sem motivo

    Quando a pessoa está se alimentando normalmente, não mudou a rotina e ainda assim perdeu peso de forma significativa, é hora de ficar atento.

    O oncologista explica que o tumor pode liberar substâncias que aumentam o metabolismo e tiram o apetite.

    “A pessoa perde o apetite, sente náusea com alguns alimentos, fica indisposto. A perda é principalmente de massa magra: o rosto fica mais fino, os braços e pernas mais finos, mas às vezes a barriga permanece um pouco aumentada”, conta o médico.

    Além disso, podem aparecer febre noturna, suores e fadiga.

    5. Mudanças na pele e nas pintas

    Pintas que crescem, mudam de cor, ficam irregulares ou apresentam várias cores em uma só são suspeitas. “Pinta não deve crescer. Se cresceu, está errado”, alerta o oncologista.

    Outros sinais de pele que precisam de atenção:

    • Lesões que ulceram, sangram ou não cicatrizam;
    • Casquinhas esbranquiçadas ou até prateadas que lembram parafina de vela, que ficam cascudas, descamam e voltam a crescer mesmo após coçar ou tirar a casca;
    • Lesões ásperas, ulceradas e com secreção clara ou sanguinolenta.

    “Qualquer lesão de pele que cresça, mude de formato, comece a doer, coçar, ulcerar ou descamar deve ser avaliada”, recomenda Chadid.

    6. Nódulos suspeitos

    As famosas “ínguas” (linfonodos) também podem indicar algo sério. A diferença é:

    • Linfonodo inflamatório: indica inflamação ou infecção no corpo. Costuma ser elástico, móvel e mais macio.
    • Linfonodo tumoral: costuma ser mais duro, como um caroço de azeitona, e pode estar fixo, aderido ao corpo.

    Em relação à dor, tanto as ínguas que indicam câncer quanto as de inflamação podem doer ou não. “Linfonodos maiores que 2 centímetros, duros e aderidos são suspeitos”, diz o médico.

    7. Hematomas e febre

    As pessoas também devem ficar atentas a alguns sinais de câncer no sangue, como leucemia e linfoma. Além de dor persistente, que não melhora com remédios, outros sinais podem incluir:

    • Hematomas espontâneos;
    • Palidez e fraqueza;
    • Febre noturna e suores;
    • Perda de peso inexplicada.

    Esses sintomas, quando aparecem em conjunto, precisam ser relatados a um médico.

    Quando procurar um médico?

    Nem sempre a pessoa vai primeiro ao oncologista. Normalmente, ela passa antes pelo clínico geral ou outro especialista.

    “Na maioria dos casos, o paciente chega ao oncologista encaminhado por outro especialista: clínico geral, cardiologista, infectologista, neurologista. Isso porque os sintomas são inespecíficos”, conta o oncologista.

    “Quando a pessoa chega direto, geralmente é em casos de rastreamento, como mamografia, PSA para câncer de próstata, entre outros exames”.

    Ou seja, ao sentir algum sintoma diferente ou suspeito, o ideal é ir ao médico.

    Quem tem histórico familiar de câncer, especialmente antes dos 50 anos ou com muitos casos na mesma família, pode se beneficiar de aconselhamento genético com um médico geneticista. Isso ajuda a definir se há necessidade de rastreamento específico.

    Perguntas frequentes sobre sintomas de câncer

    1. Todo sangramento é sinal de câncer?

    Não. Pode ser algo simples, como uma hemorroida. Mas se for mais volumoso ou recorrente, merece investigação.

    2. Perder peso sem motivo sempre significa câncer?

    Não. Pode estar ligado a outros problemas de saúde. Mas perda de peso rápida, sem dieta ou exercício, deve ser investigada.

    3. Toda pinta que muda é câncer de pele?

    Nem sempre. Mas pintas que crescem, mudam de cor, sangram ou ulceram são suspeitas e precisam de avaliação médica.

    4. O que diferencia uma íngua benigna de uma maligna?

    Uma íngua benigna tende a ser móvel e macia. As malignas costumam ser duras, fixas e maiores que 2 cm.

    5. Como saber se a dor óssea pode ser câncer?

    Se for persistente, intensa e vier acompanhada de fraturas espontâneas, deve ser avaliada.

    6. Pessoas com histórico familiar devem se preocupar mais?

    Sim. Casos em parentes de primeiro ou segundo grau antes dos 50 anos aumentam o risco. O ideal é procurar aconselhamento genético.

  • Desmaio: causas, o que fazer e quando procurar o médico

    Desmaio: causas, o que fazer e quando procurar o médico

    O desmaio costuma assustar tanto quem passa pela situação quanto quem presencia. Ele pode acontecer em consequência de algo simples, como um susto, mas também ser sinal de problemas sérios de saúde. Por isso, saber identificar as possíveis causas e agir diante delas faz toda a diferença.

    A cardiologista Juliana Soares, do Hospital Albert Einstein, explica que o desmaio é a perda súbita e transitória da consciência e da sustentação do corpo, o que provoca a queda. “Pode afetar tanto o homem como a mulher, e a incidência de desmaios aumenta com a idade”.

    O que é desmaio (síncope)?

    O desmaio não é uma doença, mas um sintoma. Na maior parte das vezes, ele acontece quando o fluxo de sangue para o cérebro cai, mesmo que por alguns segundos. Geralmente, é rápido e a recuperação é completa, sem sequelas.

    Alguns sinais podem aparecer antes do episódio, como:

    • Palidez;
    • Tontura;
    • Náusea;
    • Visão turva.

    Principais causas de desmaio

    Segundo a cardiologista, o desmaio pode estar associado a uma variedade grande de causas. Veja abaixo as mais comuns.

    Causas benignas (mais frequentes)

    • Síndrome vasovagal: quando o nervo vago é ativado por dor intensa, calor, tosse, evacuação, emoção súbita;
    • Hipotensão ortostática: queda rápida da pressão arterial ao se levantar de repente;
    • Desidratação: quando a pessoa não se hidrata corretamente;
    • Hipoglicemia: queda de açúcar no sangue;
    • Anemia intensa: quando há poucos glóbulos vermelhos no sangue, o transporte de oxigênio para o cérebro diminui e pode causar desmaios;
    • Hemorragias: perda abrupta de sangue.

    Causas cardiovasculares

    • Arritmias: batimento irregular do coração;
    • Cardiomiopatias: doenças estruturais do coração;
    • Isquemia: obstrução das artérias coronárias.

    Causas neurológicas

    • Epilepsia;
    • Acidente vascular cerebral (AVC).

    Primeiros socorros: o que fazer em um desmaio

    1. Se você sentir que vai desmaiar

    “Primeiramente, caso você apresente sintomas como palidez, sudorese, sensação de fraqueza, o importante é rapidamente avisar quem estiver por perto do seu mal-estar, apoiar-se em algum lugar e, se possível, deitar e elevar as pernas.”, orienta a cardiologista.

    2. Se presenciar alguém desmaiando

    • Proteja a cabeça da pessoa;
    • Afrouxe roupas apertadas e retire acessórios no pescoço;
    • Eleve as pernas;
    • Se a consciência não voltar rapidamente, acione o atendimento médico.

    Quando procurar ajuda médica urgente

    É fundamental investigar a causa do desmaio, especialmente se:

    • Os episódios forem recorrentes;
    • Houver dor no peito, palpitações ou falta de ar;
    • O desmaio causar quedas ou traumas;
    • Acontecer com portadores de doenças cardíacas ou neurológicas.

    “Os desmaios podem ter riscos relacionados ao próprio evento, como quedas e traumas, ou à atividade que a pessoa estava realizando no momento, como dirigir ou operar máquinas”, alerta a cardiologista Juliana Soares.

    Como prevenir desmaios

    • Mantenha-se hidratado;
    • Evite ficar longos períodos sem comer;
    • Levante-se devagar após estar deitado ou sentado;
    • Vá ao médico para identificar e tratar condições de saúde associadas;
    • Converse com seu médico se os episódios forem frequentes.

    Perguntas frequentes sobre desmaio

    1. Desmaio é sempre perigoso?

    Não. Muitas vezes é causado por situações benignas, mas é importante investigar.

    2. Quanto tempo dura um desmaio?

    Normalmente, segundos ou poucos minutos, com recuperação completa.

    3. Posso morrer de desmaio?

    O desmaio em si não mata, mas pode ser sinal de doenças graves ou causar acidentes.

    4. Quando o desmaio indica problema no coração?

    Quando vem acompanhado de dor no peito, palpitações ou falta de ar.

    5. Desmaio e epilepsia são a mesma coisa?

    Não. A epilepsia é uma condição neurológica específica que pode causar perda de consciência, mas desmaio não é a mesma coisa que epilepsia.

  • Infarto em mulheres: sintomas silenciosos para ficar atenta

    Infarto em mulheres: sintomas silenciosos para ficar atenta

    O infarto ainda é visto, no imaginário popular, como um problema masculino. Mas a realidade é bem diferente e preocupante. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres no mundo. E o mais grave é que o infarto nelas pode se manifestar de forma diferente, com sinais discretos que passam despercebidos e atrasam o socorro.

    “O infarto em mulheres apresenta peculiaridades significativas que o diferenciam do infarto em homens, desde os sintomas até os impactos e desfechos”, explica a cardiologista Juliana Soares, do Hospital Albert Einstein. Entender essas diferenças é muito importante para agir rápido e salvar vidas.

    Por que o infarto em mulheres é diferente?

    Enquanto nos homens o sintoma mais típico é a dor intensa no peito irradiando para o braço esquerdo, nas mulheres os sinais podem ser mais discretos, e podem ser facilmente confundidos com ansiedade, indigestão ou cansaço.

    “Uma das distinções mais marcantes entre o infarto em mulheres e homens reside na apresentação dos sintomas”, explica a cardiologista. Isso ajuda a entender por que tantas mulheres demoram a buscar atendimento.

    Os 7 sintomas silenciosos do infarto feminino

    Mesmo que não haja dor forte no peito, as mulheres precisam ficar atentas a outros sinais. Conheça os mais comuns:

    • Fadiga persistente;
    • Desconforto na região do tórax;
    • Falta de ar;
    • Náuseas e vômitos;
    • Tontura.

    “Esses sintomas menos proeminentes e muitas vezes pouco valorizados podem levar a um atraso significativo no diagnóstico e tratamento”, reforça a médica.

    Fatores de risco específicos para mulheres

    Alguns riscos são compartilhados com os homens, como pressão alta, colesterol alto, obesidade e tabagismo, mas outros afetam mais as mulheres ou têm impacto diferente nelas.

    • Diabetes: essa doença aumenta o risco cardiovascular de forma mais intensa nas mulheres.
    • Estresse e depressão: mais comuns nas mulheres, essas condições estão ligadas a um risco maior de infarto.
    • Doenças autoimunes: o lúpus e a artrite reumatoide, por exemplo, são mais comuns em mulheres e podem aumentar o risco de infarto.
    • Complicações na gravidez: pré-eclâmpsia, eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro são fatores que aumentam o risco de doenças cardiovasculares em mulheres.
    • Menopausa: a queda nos níveis de estrogênio aumenta o risco cardiovascular.

    Diferença no infarto em mulheres e homens

    Nos homens, o infarto costuma ocorrer pelo rompimento de uma placa de gordura em uma grande artéria do coração, levando à formação de um coágulo.

    “Já nas mulheres, é mais comum haver problemas nos pequenos vasos sanguíneos do coração ou mesmo um infarto causado por uma condição chamada dissecção espontânea da artéria coronária, um ‘rasgo’ na parede da artéria que, embora rara, é mais frequente em mulheres jovens e de meia-idade”, explica a cardiologista.

    Por que o prognóstico pode ser pior nas mulheres?

    A médica explica que quatro fatores principais contribuem para a gravidade do infarto nas mulheres:

    • Atraso no diagnóstico: devido aos sintomas atípicos, o diagnóstico pode demorar a acontecer.
    • Maior número de comorbidades: mulheres tendem a ser mais velhas e ter mais doenças associadas no momento do infarto, e isso pode complicar o tratamento e a recuperação.
    • Baixa adesão à reabilitação cardíaca: menos mulheres são encaminhadas e participam desses programas de reabilitação cardíaca, que são essenciais para a recuperação.
    • Padrão de vida pós-infarto: as mulheres podem enfrentar mais desafios em retomar suas atividades diárias ou profissionais por conta de sequelas físicas e emocionais do infarto.

    Prevenção: o que você pode fazer

    As mulheres precisam conhecer seus fatores de risco e manter um estilo de vida saudável. Isso inclui alimentação equilibrada, atividade física regular, controle do estresse e acompanhamento médico. E, sobretudo, não ignorar sinais incomuns que possam indicar problemas no coração.

    “Aumentar a conscientização sobre os sintomas atípicos, a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de uma abordagem personalizada no tratamento e prevenção é fundamental para mudar essa realidade”, conclui a cardiologista Juliana Soares.

    Perguntas frequentes sobre infarto em mulheres

    1. Quais são os sintomas mais comuns de infarto em mulheres?

    Fadiga, falta de ar, desconforto no peito, náuseas, tontura são os principais sinais.

    2. É verdade que mulheres têm menos dor no peito durante o infarto?

    Sim. Muitas não apresentam a dor clássica, o que dificulta o reconhecimento imediato.

    3. Mulheres jovens podem ter infarto?

    Sim, especialmente em casos de dissecção espontânea da artéria coronária (o “rasgo” na artéria) ou fatores de risco como estresse, depressão, diabetes e doenças autoimunes.

    4. O que devo fazer se sentir sintomas suspeitos?

    Procure atendimento médico imediato ou acione o SAMU pelo número 192.

    5. Menopausa aumenta o risco de infarto?

    Sim. A queda no estrogênio após a menopausa está associada a maior risco de problemas no coração.

    6. Quais fatores de risco são exclusivos das mulheres?

    Complicações na gravidez e impacto hormonal da menopausa.

    7. Como prevenir o infarto feminino?

    Manter hábitos saudáveis, controlar doenças crônicas, fazer check-ups regulares e conhecer os sinais de alerta.