Categoria: Sinais & Sintomas

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  • Rinite alérgica ou resfriado: conheça as diferenças entre eles e como identificar 

    Rinite alérgica ou resfriado: conheça as diferenças entre eles e como identificar 

    Tanto a rinite alérgica quanto o resfriado comum afetam o sistema respiratório e apresentam sintomas parecidos — como nariz escorrendo, espirros e congestão nasal. Apesar disso, é importante entender que cada condição tem causas diferentes e, por isso, exige cuidados específicos.

    Para esclarecer as diferenças de rinite alérgica ou resfriado, os sintomas e entender quando é preciso procurar ajuda médica, consultamos a médica alergista e imunologista Brianna Nicoletti. Confira, a seguir!

    O que é rinite alérgica?

    A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa do nariz causada por uma reação exagerada do sistema imunológico a substâncias consideradas inofensivas, como poeira, pólen, mofo, pelos de animais ou ácaros.

    Como ela não é causada por vírus nem por bactéria, a rinite não é contagiosa. É uma condição crônica que pode aparecer em certas épocas do ano (como na primavera, quando há muito pólen no ar) ou ser contínua, acontecendo ao longo de todo o ano.

    De acordo com Brianna Nicoletti, os principais sintomas da rinite alérgica são:

    • Espirros em sequência;
    • Coceira no nariz, olhos e garganta;
    • Coriza clara e aquosa;
    • Obstrução nasal (nariz entupido);
    • Olhos avermelhados;
    • Lacrimejamento;
    • Prurido (coceira intensa nos olhos).

    Os sintomas costumam piorar em ambientes fechados, empoeirados, com ar-condicionado ou em épocas do ano com maior concentração de pólen, quando a exposição ao alérgeno é maior. É por isso que a rinite alérgica pode aparecer de forma recorrente, mas tende a aliviar quando são tomados cuidados com o ambiente.

    Como é feito o tratamento de rinite alérgica?

    A maneira mais simples de tratar a rinite alérgica é evitar o contato com alérgenos, sendo importante manter a casa sempre limpa e ventilada, trocar roupas de cama com frequência, retirar poeira de móveis e evitar o acúmulo de objetos que favoreçam ácaros e mofo, bichos de pelúcia ou livros expostos.

    A lavagem nasal com soro fisiológico também é fundamental para limpar as vias respiratórias, diminuindo a obstrução e removendo partículas que irritam a mucosa. Mas, quando os sintomas são mais intensos, o médico pode indicar o uso de remédios, como antialérgicos (anti-histamínicos) e corticoides nasais, que controlam a inflamação e reduzem os espirros, a coriza e a coceira.

    Já em casos persistentes ou de difícil controle, pode ser indicada a imunoterapia. É um tratamento em que a pessoa recebe pequenas doses da substância que causa a alergia, de forma controlada e progressiva. Com o tempo, o corpo aprende a reagir melhor ao agente, diminuindo a intensidade e a frequência das crises.

    O que é um resfriado comum?

    O resfriado é uma infecção viral leve das vias respiratórias superiores, causada principalmente por vírus como o rinovírus. É bastante comum e pode afetar pessoas de todas as idades, especialmente em períodos de mudança de clima ou em ambientes fechados, onde o contágio é facilitado. Por ser uma condição autolimitada, ela geralmente melhora sozinha em 7 a 10 dias.

    Entre os principais sintomas, é possível apontar:

    • Nariz entupido com secreção que pode mudar de cor;
    • Dor de garganta leve a moderada;
    • Espirros ocasionais;
    • Tosse persistente;
    • Mal-estar e cansaço;
    • Febre baixa em alguns casos.

    A transmissão ocorre por gotículas eliminadas ao falar, tossir ou espirrar, além do contato com superfícies contaminadas. Por isso, hábitos simples como lavar bem as mãos, manter os ambientes ventilados e evitar contato próximo com pessoas infectadas são fundamentais para reduzir o risco de infecção.

    Como é feito o tratamento de resfriado comum?

    O tratamento do resfriado é feito para aliviar os sintomas e, na maioria dos casos, o próprio organismo se recupera em cerca de uma semana. O recomendado é beber bastante água, manter uma alimentação leve e nutritiva e descansar o suficiente para fortalecer o sistema imunológico.

    A lavagem do nariz com soro fisiológico também traz alívio aos sintomas, desobstruindo as vias respiratórias. Quando há febre ou dor, podem ser usados analgésicos e antitérmicos indicados pelo médico.

    Importante: antibióticos não devem ser utilizados em casos de resfriado, porque essa é uma infecção causada por vírus, e eles atuam apenas contra bactérias. Ou seja, eles não têm efeito sobre o agente responsável pelo resfriado. O uso inadequado de antibióticos, sem orientação médica, pode trazer consequências sérias à saúde.

    Rinite alérgica ou resfriado: quais as diferenças?

    Características Rinite alérgica Resfriado comum
    Causa Reação do sistema imunológico a alérgenos (poeira, pólen, pelos de animais, mofo) Infecção viral das vias respiratórias superiores
    Início dos sintomas Súbito, logo após contato com o alérgeno Gradual, alguns dias após exposição ao vírus
    Fatores desencadeantes Poeira, ácaros, pólen, mofo, pelos de animais Contato com pessoas infectadas, ambientes fechados
    Febre É raro acontecer Pode ocorrer febre baixa
    Contágio Não é contagiosa Altamente contagioso
    Secreção nasal Clara, aquosa e persistente Espessa, podendo ficar amarelada ou esverdeada

    Como é feito o diagnóstico da rinite alérgica ou resfriado?

    O diagnóstico costuma ser feito a partir da história clínica associada ao exame físico, explica Brianna.

    Na rinite alérgica, os sintomas mais característicos são coceira no nariz, espirros em sequência, coriza clara e, muitas vezes, sinais de conjuntivite alérgica, como olhos vermelhos e lacrimejantes. Já no resfriado comum, o quadro geralmente vem acompanhado de dor de garganta, mal-estar e, em alguns casos, febre baixa.

    Quanto aos exames, o resfriado pode mostrar alterações laboratoriais, como provas inflamatórias elevadas e mudanças no hemograma, especialmente no número de glóbulos brancos.

    No caso da rinite alérgica, o diagnóstico pode ser confirmado por um alergista, por meio de testes cutâneos (prick test) ou pela dosagem de IgE específica no sangue, que ajudam a identificar a sensibilidade do organismo aos principais alérgenos.

    Riscos do atraso no diagnóstico

    O principal risco de confundir as duas condições é que pode levar a erros no tratamento. Enquanto o resfriado é uma infecção viral autolimitada, que melhora sozinha em alguns dias, a rinite alérgica exige acompanhamento contínuo, incluindo o uso de medicamentos, higiene nasal e cuidados para evitar a exposição aos alérgenos.

    “Se o paciente acha que tem ‘resfriados de repetição’, mas na verdade tem rinite, pode abusar de descongestionantes nasais ou antibióticos desnecessários, trazendo risco de efeito colateral e resistência bacteriana”, explica Brianna.

    Além disso, quando o diagnóstico demora a ser feito, a rinite não tratada pode gerar complicações, como sinusite de repetição, otite, agravamento da asma e distúrbios do sono. Eles afetam diretamente a qualidade de vida e o desempenho no trabalho ou na escola. Alguns grupos são ainda mais vulneráveis a esses riscos, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.

    Quando procurar um alergista?

    É recomendável buscar avaliação com um alergista quando os sintomas persistem por mais de 2 a 4 semanas, atrapalham o sono, os estudos ou o trabalho, ou ainda quando as crises são muito frequentes e recorrentes. Também é importante procurar o especialista se houver suspeita de asma associada.

    De acordo com a alergista Brianna Nicoletti, ele é o profissional indicado para confirmar o diagnóstico, orientar medidas de controle ambiental, prescrever a medicação adequada e, quando necessário, indicar a imunoterapia — conhecida como vacina para alergia.

    É o único tratamento capaz de atuar diretamente na causa da doença, ajudando a reduzir a sensibilidade do organismo aos alérgenos ao longo do tempo.

    Perguntas frequentes sobre rinite alérgica ou resfriado

    1. Quais são os sintomas mais comuns da rinite alérgica?

    Os sintomas típicos são espirros frequentes, coceira no nariz, olhos ou garganta, coriza clara e nariz entupido. Muitas vezes também aparece conjuntivite alérgica, com olhos vermelhos, lacrimejando e com prurido. Os sinais tendem a se repetir sempre que há contato com o alérgeno e melhoram quando a exposição é evitada.

    2. Quais são os principais sintomas do resfriado?

    O resfriado geralmente começa com dor de garganta leve, seguida de nariz entupido, secreção nasal mais espessa (que pode ficar amarelada ou esverdeada), espirros ocasionais e tosse. Em alguns casos, pode haver febre baixa, mal-estar e dor no corpo. Apesar do desconforto, os sintomas costumam desaparecer em até 10 dias.

    3. A rinite alérgica causa febre?

    Não, a rinite alérgica não costuma provocar febre, pois não é uma infecção. Se a pessoa apresenta febre junto com os sintomas nasais, é mais provável que esteja com um resfriado, gripe ou outra infecção respiratória.

    4. O que pode piorar os sintomas da rinite alérgica?

    Ambientes fechados, empoeirados, com ar-condicionado, presença de mofo ou épocas do ano com alta concentração de pólen costumam intensificar os sintomas. O contato direto com animais ou perfumes fortes também pode desencadear crises em algumas pessoas.

    5. O que pode piorar os sintomas do resfriado?

    O resfriado tende a ser mais incômodo quando o sistema imunológico está enfraquecido, seja por falta de descanso, estresse, má alimentação ou baixa hidratação. Ficar em locais fechados e com aglomeração também favorece a transmissão e o agravamento dos sintomas.

    6. Como prevenir um resfriado?

    Como o resfriado é causado por vírus transmitidos pelo ar e por superfícies contaminadas, a melhor forma de prevenção é adotar hábitos de higiene, como lavar as mãos com frequência, evitar levar as mãos ao rosto e não compartilhar copos, talheres ou objetos pessoais.

    Além disso, é fundamental manter o sistema imunológico forte, a partir de um estilo de vida saudável: alimentação rica em frutas, verduras e legumes, prática regular de atividade física, sono de qualidade e controle do estresse.

    7. O uso de descongestionantes nasais é seguro?

    O uso deve ser feito com cautela e sempre por tempo limitado. Os descongestionantes nasais podem aliviar a obstrução, mas quando usados em excesso causam efeito rebote, isto é, o nariz volta a entupir com mais intensidade. O uso prolongado também pode trazer riscos para a pressão arterial e o coração. No caso da rinite, o tratamento deve ser feito com medicamentos específicos, orientados pelo médico.

    8. Existe cura para a rinite alérgica?

    A rinite alérgica não tem cura definitiva, uma vez que é uma condição crônica, mas pode ser controlada. Com medidas de prevenção, uso de medicamentos adequados e, em casos selecionados, imunoterapia (vacina para alergia), é possível reduzir significativamente a frequência e a intensidade das crises.

    9. Qual a diferença entre gripe e resfriado?

    O resfriado é uma infecção viral mais leve e autolimitada, que geralmente causa coriza, espirros, nariz entupido, dor de garganta leve e mal-estar moderado, melhorando sozinho em poucos dias.

    Já a gripe é uma doença causada pelo vírus influenza e costuma ser mais intensa, provocando febre alta, dores no corpo, cansaço extremo, tosse seca e dor de cabeça forte.

    Ela também pode levar a complicações mais sérias, como pneumonia, principalmente em crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas — e exige um tratamento médico cuidadoso.

    Leia também: 5 causas de alergia dentro de casa e o que fazer para evitar

  • Fluxo menstrual intenso: o que é, sintomas e como tratar

    Fluxo menstrual intenso: o que é, sintomas e como tratar

    Você já ouviu falar em menorragia? O quadro, também chamado de fluxo menstrual intenso, ocorre quando a quantidade de sangue eliminada durante a menstruação é maior do que o considerado normal.

    Apesar de muitas vezes ser considerada comum, o fluxo intenso pode afetar diretamente a qualidade de vida, causar anemia e até sinalizar doenças mais sérias, como distúrbios hormonais ou alterações uterinas.

    Mas afinal, como é possível identificar se a menstruação é mais intensa que o normal? Quem convive com a condição costuma sentir impacto direto na qualidade de vida, e alguns sinais podem indicar que é hora de procurar um ginecologista. Entenda mais, a seguir!

    O que é ter um ciclo menstrual regular?

    De acordo com a ginecologista e obstetra Andreia Sapienza, um ciclo regular dura entre 25 e 35 dias, sendo contado do primeiro dia de uma menstruação até o primeiro dia seguinte. O sangramento deve ter duração de 3 a 7 dias. O padrão mais comum é o ciclo de 28 dias, mas variações dentro desta faixa ainda são consideradas normais.

    No ciclo, há duas fases principais:

    • Fase folicular: dura em média 15 dias e corresponde ao desenvolvimento do óvulo;
    • Fase lútea: ocorre após a ovulação, quando o corpo se prepara para uma possível gestação.

    O fluxo menstrual normal apresenta maior intensidade entre o segundo e o terceiro dia, diminuindo gradualmente até acabar. Muitas mulheres confundem irregularidade com ciclos que simplesmente acontecem duas vezes no mesmo mês, mas que ainda estão dentro da faixa considerada normal.

    O que é menorragia?

    O fluxo menstrual intenso acontece quando a perda de sangue é maior do que o esperado, seja pela quantidade ou pela duração. Nessa situação, o sangramento:

    • Dura mais de 7 dias consecutivos;
    • Exige a troca de absorvente a cada 1 ou 2 horas;
    • Gera coágulos grandes e volumosos;
    • Há episódios de vazamento noturno, mesmo com absorventes adequados;
    • Interfere nas atividades diárias, como trabalhar, estudar ou praticar exercícios.

    Normalmente, pessoas que convivem com a menorragia precisam lidar com a necessidade de trocar absorventes a cada hora, roupas manchadas, noites mal dormidas e até dificuldade para manter compromissos sociais e profissionais.

    De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CCD), mulheres com fluxo intenso perdem em média 80 ml de sangue por ciclo, o dobro do volume considerado normal. Em alguns casos, isso pode levar a quadros de anemia — provocando fadiga, tontura e falta de concentração.

    Veja também: Causas comuns de sangramento fora do período menstrual

    Sintomas da menorragia

    Nem sempre é fácil identificar quando o fluxo menstrual está mais intenso que o normal. Por isso, é importante observar alguns sinais, como:

    • Sangramento que dura mais de uma semana;
    • Troca frequente de absorventes (a cada 1 hora);
    • Uso de dupla proteção (absorvente interno e externo juntos);
    • Presença de coágulos grandes;
    • Dores abdominais fortes durante a menstruação.

    Quando procurar ajuda médica?

    Se você apresenta mais de dois desses sintomas com frequência, é fundamental procurar um ginecologista. O fluxo intenso pode ser apenas uma característica do seu corpo, mas também pode estar ligado a problemas de saúde que exigem acompanhamento.

    O que pode causar fluxo menstrual intenso?

    O ciclo menstrual faz parte da vida da maioria das mulheres em idade fértil, mas quando o sangramento é muito intenso, ele pode indicar a presença de algumas condições. Entre as mais comuns, de acordo com pesquisas e orientações da ginecologista Andreia Sapienza, destacamos:

    • Alterações anatômicas: miomas, pólipos e adenomiose;
    • Alterações hormonais: disfunções da tireoide, alterações da prolactina, síndrome dos ovários policísticos;
    • Distúrbios de coagulação;
    • Uso de medicamentos: como anticoagulantes;
    • Fatores ligados ao estilo de vida: como estresse intenso, mudanças de peso ou prática excessiva de exercícios.

    Como é feita a investigação do fluxo menstrual intenso?

    Para descobrir a causa do fluxo menstrual intenso, o médico avalia os sintomas do paciente e pode pedir alguns exames, como:

    • Ultrassonografia transvaginal: avalia o útero e os ovários, identificando miomas, pólipos, cistos e sinais de adenomiose;
    • Exames de sangue: o hemograma detecta anemia, enquanto dosagens hormonais ajudam a verificar a função da tireoide, da prolactina e da ovulação;
    • Exames de coagulação: investigam possíveis distúrbios no sangue que favoreçam sangramentos aumentados;
    • Biópsia do endométrio: indicada em casos específicos, principalmente para mulheres acima dos 40 anos ou com histórico familiar de câncer ginecológico.

    Leia mais: Higiene menstrual: conheça os principais cuidados durante o ciclo

    Tratamentos para fluxo menstrual intenso

    O tratamento do fluxo menstrual intenso varia de acordo com a causa da condição, e pode incluir:

    • Terapia hormonal: com anticoncepcionais orais, DIU hormonal, implantes ou injeções de progesterona, que reduzem ou até suspendem a menstruação;
    • Medicamentos específicos: como o ácido tranexâmico, usados em episódios agudos de sangramento;
    • Anti-inflamatórios não hormonais: que ajudam a controlar cólicas e reduzem discretamente o fluxo;
    • Cirurgias: quando há miomas, pólipos ou outras alterações estruturais que não respondem ao tratamento clínico. Em casos graves, pode ser indicada a histerectomia (retirada do útero).

    Em casos de anemia, também é fundamental indicar um tratamento com suplementação. No entanto, conforme reforça Andrea, não adianta apenas tratar a anemia sem controlar o sangramento: é preciso “fechar a torneira” para que o corpo consiga se recuperar.

    Riscos do fluxo menstrual intenso

    O maior problema do fluxo intenso é a anemia, já que o corpo perde ferro e hemoglobina de forma mais rápida do que consegue repor. Nesse cenário, a pessoa sente cansaço constante, falta de disposição, palpitações, queda de cabelo, unhas frágeis e falta de ar. Em casos graves, a anemia pode causar complicações cardíacas.

    Por isso, o hemograma é geralmente um dos primeiros exames solicitados quando há suspeita de fluxo aumentado. Se o resultado confirmar anemia, é muito provável que a menstruação abundante esteja diretamente ligada ao quadro.

    Perguntas frequentes sobre fluxo menstrual intenso

    1. Como saber se meu fluxo é realmente intenso?

    Se você precisa trocar o absorvente a cada 1 ou 2 horas, usa dupla proteção (absorvente interno e externo juntos), fica mais de 7 dias menstruada ou apresenta sinais de anemia, como cansaço extremo, tontura ou falta de ar, é bem provável que esteja com fluxo menstrual intenso. Nesses casos, é fundamental procurar um médico.

    2. Como diminuir o fluxo menstrual rápido?

    Alguns remédios, como anti-inflamatórios, podem reduzir o sangramento. Porém, só devem ser usados com indicação médica, pois cada caso tem uma origem diferente e a automedicação pode mascarar sintomas importantes ou até piorar o problema.

    3. Chá para diminuir o fluxo menstrual funciona?

    Não existem evidências científicas de que o consumo de chá realmente controle o fluxo intenso. Eles podem até ajudar no alívio de cólicas leves, mas não substituem tratamento médico.

    4. Ibuprofeno diminui o fluxo menstrual?

    Sim. O ibuprofeno, além de aliviar a dor, pode reduzir o volume do sangramento em até 30%, segundo estudos. Mas deve ser usado apenas com orientação médica, principalmente para quem tem problemas gástricos.

    5. Existe diferença entre cólica menstrual forte e fluxo menstrual intenso?

    Sim, são coisas diferentes, mas que podem aparecer juntas. A cólica menstrual (ou dismenorreia) é a dor causada pela contração do útero para eliminar o endométrio, podendo variar de leve a incapacitante.

    Já o fluxo menstrual intenso (menorragia) se refere especificamente à quantidade de sangue eliminada. Uma mulher pode ter cólicas fortes sem apresentar fluxo intenso, e também pode ter fluxo abundante sem sentir muita dor.

    Leia também: Seu ciclo está bagunçado? Saiba quando a menstruação irregular é sinal de alerta

  • Pés inchados no fim do dia podem indicar problema no coração, mas há outras causas 

    Pés inchados no fim do dia podem indicar problema no coração, mas há outras causas 

    Chegar ao fim de um dia de trabalho e perceber os tornozelos ou pés inchados é uma situação comum. Muitas vezes, basta colocar os pés para cima que o inchaço melhora. Mas nem sempre esse edema é inofensivo. Em alguns casos, ele pode estar associado a doenças graves, incluindo problemas cardíacos.

    Para entender como diferenciar uma situação simples de um sinal de alerta, conversamos com o cardiologista Pablo Cartaxo.

    Quais as causas mais comuns de pés inchados?

    Pés inchados no fim do dia podem ter diferentes origens, e nem todas estão ligadas ao coração. “As causas mais frequentes incluem insuficiência venosa (varizes), linfedema, gravidez, efeito de alguns medicamentos, ou mesmo problemas nos rins, fígado e, claro, no coração”, explica Cartaxo.

    • Insuficiência venosa: as varizes dificultam o retorno do sangue das pernas, provocando acúmulo de líquido;
    • Gravidez: alterações hormonais e mecânicas favorecem o edema nos pés;
    • Linfedema: falha no sistema linfático, que drena líquidos do corpo;
    • Medicamentos: alguns remédios, como anti-hipertensivos, podem causar retenção de líquido;
    • Doenças renais e hepáticas: interferem no equilíbrio de líquidos;
    • Problemas cardíacos: principalmente a insuficiência cardíaca, quando o coração perde força para bombear o sangue.

    Ou seja, nem sempre apresentar um inchaço nas pernas ou pés significa problema cardíaco — e, para diferenciar, alguns sintomas podem ajudar no diagnóstico médico.

    Como saber se o inchaço é do coração?

    Quando a causa dos pés inchados é cardíaca, geralmente está ligada à insuficiência cardíaca. O coração enfraquecido não consegue bombear o sangue de forma eficiente, gerando retenção de líquidos que se acumulam primeiro nos pés e tornozelos.

    O inchaço cardíaco costuma ser simétrico (atinge as duas pernas), frio e indolor. “Uma característica marcante é o sinal do cacifo: ao pressionar o dedo firmemente sobre a área inchada, a marca permanece afundada na pele por um tempo”, explica o cardiologista.

    Já o inchaço venoso pode aparecer em apenas uma perna, associado a varizes e sensação de peso. De qualquer forma, a investigação médica é essencial sempre que o inchaço for persistente.

    Veja mais: Ecocardiograma: saiba mais sobre o exame que mostra detalhes do coração

    Outros sintomas acompanham o inchaço de causa cardíaca

    O edema por conta do coração raramente aparece sozinho. Ele costuma vir com sinais importantes, como:

    • Falta de ar ao realizar esforços (ou até em repouso nos casos graves);
    • Cansaço desproporcional às atividades;
    • Necessidade de dormir com vários travesseiros para evitar falta de ar;
    • Despertar à noite com crises súbitas de falta de ar (dispneia paroxística noturna).

    Quem tem insuficiência cardíaca sempre terá inchaço?

    Nem sempre. Em muitos pacientes, o problema se manifesta primeiro nos pulmões, com falta de ar. “Portanto, a ausência de edema não descarta o diagnóstico”, ressalta Cartaxo.

    Leia também: Dor no peito: aprenda a diferenciar quando é um problema do coração

    Quais exames ajudam a identificar o inchaço por causas cardíacas?

    A primeira etapa é sempre a avaliação clínica. Depois, alguns exames são fundamentais:

    • Ecocardiograma: mostra a estrutura e a função de bombeamento do coração;
    • Exames de sangue (BNP e NT-pro-BNP): identificam sobrecarga cardíaca;
    • Raio-X de tórax: pode indicar líquido nos pulmões;
    • Eletrocardiograma: avalia a atividade elétrica do coração.

    “Procure um pronto-socorro se o inchaço surgir de forma súbita e rápida, se vier acompanhado de falta de ar intensa, dor no peito ou sinais de infecção, como calor e vermelhidão no local”, recomenda o médico.

    É possível controlar o inchaço?

    Sim. Mudanças na rotina ajudam a reduzir o inchaço de causa cardiovascular, mas o tratamento envolve mais do que apenas aliviar o sintoma. Ele inclui medicamentos, ajustes de rotina e acompanhamento contínuo.

    Algumas medidas importantes são:

    • Controlar o consumo de sal;
    • Reduzir alimentos ultraprocessados;
    • Praticar atividade física supervisionada;
    • Usar meias de compressão quando indicado;
    • Seguir rigorosamente a medicação prescrita.

    “A reabilitação cardíaca, com exercícios supervisionados, e o uso de novas medicações revolucionaram o cuidado, melhorando os sintomas, a função do coração e a longevidade”, afirma Cartaxo.

    Perguntas frequentes sobre pés inchados

    1. Pés inchados sempre indicam problemas no coração?

    Não. Eles podem ser causados por varizes, gravidez, medicamentos ou problemas renais e hepáticos.

    2. Como diferenciar pés inchados por causa do coração de má circulação?

    O inchaço cardíaco é simétrico, frio, indolor e apresenta sinal do cacifo. Já o venoso pode ser unilateral e associado a varizes.

    3. O inchaço cardíaco vem acompanhado de outros sintomas?

    Sim. Geralmente há falta de ar, cansaço e dificuldade para dormir sem travesseiros extras.

    4. Quais exames confirmam a origem do inchaço?

    O ecocardiograma e exames de sangue (BNP e NT-pro-BNP) são os principais.

    5. Mudanças de hábitos ajudam a controlar o inchaço?

    Sim. Reduzir o sal, praticar exercícios e seguir o tratamento médico são medidas essenciais.

    6. Quando devo procurar o pronto-socorro?

    Se o inchaço for súbito, acompanhado de dor no peito, falta de ar intensa ou sinais de infecção.

    Leia também: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

  • Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca 

    Saiba quando os batimentos acelerados estão relacionados a uma arritmia cardíaca 

    Sentir o coração disparar de repente é uma experiência que assusta qualquer pessoa. Muitas vezes, essa aceleração é apenas uma resposta natural do corpo — pode acontecer durante a prática de exercícios, em situações de estresse ou logo após um susto.

    Mas nem sempre é algo passageiro. Em alguns casos, os batimentos rápidos e fora do ritmo podem indicar uma arritmia cardíaca, um distúrbio no sistema elétrico que comanda o funcionamento do coração. Reconhecer essa diferença é muito importante para saber quando é hora de procurar ajuda médica.

    O que causa batimentos acelerados?

    É normal que nosso coração acelere em resposta a vários fatores, como durante um exercício físico, uma emoção forte ou um susto. “Isso é chamado de taquicardia sinusal, um ritmo cardíaco normal, apenas mais rápido”, explica o cardiologista Pablo Cartaxo.

    Uma arritmia cardíaca, por outro lado, é uma alteração nesse ritmo considerado normal. Na arritmia, o coração pode bater rápido demais (taquiarritmia), mas também devagar demais (bradiarritmia) ou de forma totalmente irregular.

    “A arritmia é como uma falha no ‘circuito elétrico’ que comanda o coração, podendo ocorrer até mesmo em repouso”, diz o médico.

    Ou seja, os batimentos acelerados podem ter relação ou não com arritmias. Algumas causas são normais e fisiológicas, outras estão ligadas a doenças e a outros problemas:

    • Acelerações normais (sinusais): esforço físico, ansiedade, estresse, excesso de cafeína, febre e desidratação;
    • Causas não cardíacas: alterações da tireoide, apneia do sono, desequilíbrio de eletrólitos no sangue;
    • Causas cardíacas: cicatrizes de infarto, dilatação das câmaras do coração ou doenças congênitas que afetam o sistema elétrico.

    Além disso, ansiedade e estresse também podem causar aceleração sem ser, de fato, uma arritmia cardíaca. “Eles ativam o sistema de ‘luta ou fuga’ do corpo, liberando adrenalina, e um dos efeitos diretos é o aumento da frequência cardíaca”, diz o médico.

    Essa é uma sensação desconfortável, mas que não costuma representar perigo. No entanto, em pessoas com predisposição, picos de estresse podem servir de gatilho para arritmias verdadeiras.

    Sinais de alerta de arritmia cardíaca

    As palpitações já merecem investigação, mas há sintomas que exigem ainda mais atenção, já que podem estar relacionados a uma arritmia cardíaca:

    • Tontura ou sensação de desmaio;
    • Desmaio (síncope);
    • Falta de ar intensa;
    • Dor ou desconforto no peito.

    Esses sinais indicam que a arritmia cardíaca pode estar comprometendo a circulação sanguínea do corpo, o que requer atendimento médico imediato.

    Exames de diagnóstico e tratamento para arritmias

    O diagnóstico começa no consultório, com avaliação clínica detalhada. Mas, como muitas arritmias são intermitentes, exames complementares são indispensáveis:

    • Eletrocardiograma (ECG): registra a atividade elétrica do coração no momento do exame;
    • Holter 24 horas: monitora continuamente os batimentos ao longo de um dia inteiro;
    • Ecocardiograma: avalia a estrutura e a função do coração;
    • Teste ergométrico (teste de esforço): analisa como o coração reage durante atividade física.

    O médico destaca que nem toda arritmia cardíaca precisa de tratamento. Há arritmias benignas que não exigem intervenção, mas o tratamento é fundamental quando há risco de complicações.

    “A intervenção é indicada quando a arritmia causa sintomas, afeta a qualidade de vida ou, mais importante, quando representa risco de complicações graves, como AVC, interferência na função cardíaca ou morte súbita.”

    Nesses casos, o tratamento das arritmias depende do tipo e da gravidade. Em alguns pacientes, o controle pode ser feito apenas com medicamentos antiarrítmicos.

    Quando há maior risco, podem ser indicados procedimentos como a ablação por cateter, que elimina os focos elétricos anormais, ou o implante de dispositivos, como o marca-passo.

    Veja mais: Teste ergométrico: o exame da esteira que coloca o coração à prova

    Fatores de risco para arritmias e como prevenir

    Algumas condições aumentam a probabilidade de desenvolver arritmias:

    • Idade avançada;
    • Pressão alta;
    • Diabetes;
    • Obesidade;
    • Consumo excessivo de álcool ou cafeína;
    • Tabagismo;
    • Apneia do sono;
    • Presença de doença cardíaca prévia, como a coronariana.

    A prevenção de arritmias envolve cuidados com o estilo de vida e controle de doenças associadas.

    “Isso inclui dieta balanceada, atividade física regular, gerenciamento do estresse, sono de qualidade, moderação no álcool e na cafeína e, fundamentalmente, o tratamento adequado de condições como pressão alta e diabetes”, reforça o especialista.

    O check-up cardiológico regular é a melhor forma de identificar e tratar problemas precocemente.

    Leia mais: Falta de ar: quando pode ser problema do coração

    Perguntas Frequentes sobre arritmia e batimentos acelerados

    1. Batimentos acelerados sempre indicam arritmia cardíaca?

    Não. Eles podem ser apenas resposta a esforço físico, ansiedade, febre ou consumo de cafeína.

    2. Como diferenciar taquicardia normal de arritmia cardíaca?

    Na taquicardia sinusal (“normal”) o coração bate mais rápido, mas o ritmo continua organizado e previsível, comum em situações como esforço físico e estresse. Já nas arritmias, o ritmo se torna irregular ou anormal, podendo acelerar, desacelerar ou apresentar batidas fora de ordem, mesmo em repouso.

    3. A ansiedade pode causar palpitações perigosas?

    Geralmente não, mas pode funcionar como gatilho para arritmias em pessoas predispostas.

    4. Quais exames ajudam a diagnosticar arritmia?

    Eletrocardiograma, Holter de 24h, ecocardiograma e teste ergométrico são os principais.

    5. Toda arritmia precisa de tratamento?

    Não. Algumas são benignas. O tratamento é necessário quando causam sintomas, afetam a vida ou oferecem risco de complicações.

    6. Quais fatores aumentam o risco de arritmia?

    Idade avançada, pressão alta, diabetes, obesidade, álcool, cafeína, tabagismo, apneia do sono e doenças cardíacas.

    7. Como prevenir arritmias?

    Com estilo de vida saudável, controle de doenças como hipertensão e diabetes, sono de qualidade, menos estresse e check-ups regulares.

    Confira: Palpitações no coração: o que pode ser e quando procurar atendimento médico

  • Dor no peito: aprenda a diferenciar quando é um problema do coração  

    Dor no peito: aprenda a diferenciar quando é um problema do coração  

    A primeira ideia que vem à mente quando surge uma dor no peito é um problema cardíaco, como infarto ou angina. Mas nem sempre a origem está exatamente no coração. Questões musculares, digestivas e até emocionais também podem provocar sintomas semelhantes.

    Para esclarecer quando a dor deve ser considerada um alerta sério, conversamos com o cardiologista Pablo Cartaxo. “A dor no peito é um sintoma que gera muita ansiedade, mas nem toda dor nessa região significa um problema no coração”.

    Quais são as possíveis causas da dor no peito?

    Um dos motivos mais frequentes para uma dor no peito é um problema osteomuscular, que envolve ossos, músculos ou articulações da região torácica. “Geralmente está ligada a esforço físico ou má postura”, destaca Pablo Cartaxo.

    Outra causa comum são os problemas gastrointestinais, frequentemente confundidos com dor cardíaca, sendo normalmente relacionados ao refluxo gastroesofágico. “Esses sintomas geralmente têm relação com a alimentação ou com a posição de deitar”, explica Cartaxo.

    Dor no peito e ansiedade também podem estar relacionadas. Crises de ansiedade e estresse ativam o sistema nervoso, liberando adrenalina e acelerando os batimentos cardíacos.

    Por fim, estão as causas cardíacas, que podem ser desencadeadas por esforço físico ou estresse e melhorar com repouso, podendo vir acompanhadas de suor frio, náuseas e sensação de morte iminente. Esse é o tipo de dor que deve ser considerado uma urgência médica.

    Confira: Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer

    Como é a dor típica de problema cardíaco?

    A dor cardíaca clássica está ligada à angina (falta de sangue e oxigênio no coração) ou ao infarto. Segundo Cartaxo, nesses casos, a dor causa “um aperto ou peso no centro do tórax, que pode irradiar para braços, mandíbulas ou costas, piorando com o esforço”.

    O médico alerta que outras doenças cardíacas também causam dor:

    • Pericardite: inflamação da membrana que envolve o coração. A dor piora ao deitar e ao respirar fundo, mas melhora quando a pessoa inclina o tronco para a frente.
    • Dissecção de aorta: emergência gravíssima. A dor surge de forma súbita, muito intensa, descrita como “rasgando” o peito e irradiando para as costas. Exige atendimento imediato.

    Segundo Pablo Cartaxo, um dos maiores mitos é acreditar que a dor no peito cardíaca é sempre insuportável. O cardiologista alerta: “A dor cardíaca pode se manifestar como um leve desconforto, uma pressão sutil ou até mesmo uma sensação estranha no peito”.

    Ele explica que mulheres, idosos e diabéticos muitas vezes apresentam sintomas atípicos, como dor abdominal, náuseas ou apenas mal-estar. Esses sinais discretos podem mascarar um infarto, tornando fundamental valorizar qualquer desconforto novo.

    Veja também: Como o estresse afeta o coração e o que fazer para proteger a saúde cardiovascular

    Sintomas que reforçam a suspeita de origem cardíaca

    Além da dor, outros sintomas são fortes indícios de problema no coração:

    • Falta de ar súbita ou ao realizar esforços leves;
    • Suor frio inesperado;
    • Náuseas, vômitos ou mal-estar geral;
    • Tontura ou sensação de desmaio iminente.

    Se esses sintomas estiverem presentes junto com a dor no peito, não deixe de procurar ajuda médica para uma avaliação detalhada.

    Leia mais: Apneia do sono e a saúde do coração: uma conexão perigosa

    Quando a dor pode não ser do coração?

    Esses sintomas citados acima normalmente relacionam a dor no peito a uma causa cardíaca, mas nem toda dor no peito tem relação com o coração. Algumas características ajudam a diferenciar:

    • Dor muscular: localizada, piora com movimento ou ao pressionar a região;
    • Dor digestiva: sensação de queimação que sobe do estômago ou piora após refeições;
    • Estresse e ansiedade: podem gerar dor no peito, palpitações e falta de ar.

    De qualquer forma, o recado do especialista é claro. “Na dúvida, procure ajuda. Interrompa o que estiver fazendo e repouse”, diz Cartaxo. “Se a dor for forte, nova ou vier com outros sintomas (falta de ar, suor), acione um serviço de emergência (SAMU 192) ou vá imediatamente a um pronto-socorro. Não dirija e nunca se automedique”.

    Exames que ajudam no diagnóstico

    O cardiologista explica que, assim que o paciente chega ao pronto-socorro com dor no peito, são realizados exames como o eletrocardiograma (ECG) e exames de sangue, como a troponina, para detectar danos no músculo cardíaco.

    “A partir daí, para uma investigação completa, o cardiologista pode solicitar exames de imagem como o ecocardiograma e a angiotomografia coronariana, ou testes para avaliar o coração em esforço, como cintilografia miocárdica. Em casos específicos, o cateterismo cardíaco pode ser necessário”.

    Perguntas Frequentes sobre dor no peito

    1. Toda dor no peito é do coração?

    Não. Ela pode ter origem muscular, digestiva, emocional ou respiratória.

    2. Como diferenciar dor cardíaca de muscular?

    A dor cardíaca é um aperto ou peso, muitas vezes irradiada para outras partes do corpo. Já a muscular é localizada e piora ao movimentar ou tocar a região.

    3. Dor no peito por ansiedade existe?

    Sim. A ansiedade pode causar dor torácica, mas essa causa só deve ser considerada após exames descartarem causas físicas.

    4. Dor cardíaca sempre é intensa?

    Não. Ela pode ser leve, discreta e até confundida com má digestão, principalmente em mulheres, idosos e diabéticos.

    5. Que exames ajudam a diagnosticar dor no peito?

    Eletrocardiograma, exames de sangue (troponina), ecocardiograma, tomografia e, em alguns casos, cateterismo.

    6. Existem diferenças da dor no peito entre homens e mulheres?

    Sim. Nas mulheres, os quadros de infarto muitas vezes não incluem dor torácica intensa. É mais comum aparecer cansaço extremo, dor nas costas, estômago ou mandíbula, além de náuseas.

    7. Quando procurar ajuda urgente?

    Se a dor for nova, intensa ou vier acompanhada de falta de ar, suor frio, tontura ou mal-estar, deve-se acionar o SAMU (192) ou ir ao pronto-socorro imediatamente.

    Leia também: Saúde do coração após a menopausa: conheça os cuidados nessa fase da vida

  • Azia constante: o que pode ser e como melhorar 

    Azia constante: o que pode ser e como melhorar 

    Sensação de queimação no peito, gosto amargo na boca e regurgitação são alguns dos principais sinais que indicam um quadro de azia, que acontece quando o conteúdo ácido do estômago retorna para o esôfago — tubo que leva os alimentos da boca até o estômago.

    Normalmente, ela surge de forma esporádica em situações simples, como exagerar em comidas gordurosas ou comer rápido demais. Porém, quando a azia se torna constante, ela pode indicar alterações no sistema digestivo que precisam de avaliação de um especialista.

    Pensando nisso, conversamos com a gastroenterologista Lívia Guimarães para esclarecer as principais causas de azia constante, quando procurar atendimento médico e como tratar.

    Afinal, o que é azia?

    De forma simples, a azia é definida como a sensação de queimação no peito causada pelo contato do ácido gástrico com o esôfago. Isso ocorre porque o esôfago não foi projetado para lidar com a acidez natural do estômago. Quando, por algum motivo, o conteúdo gástrico reflui (ou seja, sobe em direção ao esôfago), provoca irritação e desconforto.

    É importante apontar que a azia não é uma doença, mas sim um sintoma. Por isso, quando acontece com muita frequência, não deve ser ignorada: ela pode estar revelando alterações mais sérias do sistema digestivo.

    Sintomas de azia

    O sintoma principal é a sensação de queimação no peito e no abdômen superior. Mas a azia pode vir acompanhada de outros sinais, como:

    • Sabor amargo ou ácido na boca;
    • Regurgitação de alimentos ou líquidos;
    • Desconforto ao se deitar logo após comer;
    • Dificuldade para engolir em alguns casos;
    • Sensação de estômago pesado.

    É comum que os sintomas piorem à noite, quando a pessoa se deita, ou após refeições muito fartas, apimentadas, gordurosas ou acompanhadas de bebidas alcoólicas.

    Azia constante: o que pode ser?

    Quando a azia ocorre mais de duas vezes por semana ou vem acompanhada de outros sintomas, como regurgitação, dor ao engolir ou perda de peso, pode indicar problemas como:

    • Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): causa mais comum de azia crônica; ocorre quando a válvula entre o estômago e o esôfago não fecha direito e o ácido sobe repetidamente;
    • Gastrite: inflamação da mucosa do estômago que pode causar dor, desconforto e sensação de queimação;
    • Hérnia de hiato: parte do estômago “escapa” para o tórax através do diafragma, favorecendo o refluxo ao dificultar o fechamento completo da válvula.

    Existe relação entre alimentação e episódios de azia?

    Sim! Episódios ocasionais de azia podem ser causados por excesso de comida, refeições gordurosas, deitar logo após comer ou consumo de bebidas alcoólicas, café, refrigerantes ou chocolate.

    Isso acontece porque alguns desses alimentos aumentam a produção de ácido gástrico, enquanto outros relaxam o esfíncter esofágico inferior, permitindo que o conteúdo ácido escape para o esôfago. Cada organismo reage de forma diferente; observe seus gatilhos e evite-os quando possível.

    Azia constante pode ser câncer?

    Na maioria das vezes, não. A azia constante costuma estar associada a condições como refluxo, gastrite ou má digestão. Em casos raros, a azia persistente pode ser sinal de câncer de esôfago ou estômago, especialmente quando o refluxo crônico leva a alterações celulares, como a esofagite de Barrett.

    Sinais de alerta que exigem investigação imediata:

    • Azia constante acompanhada de dificuldade para engolir;
    • Perda de peso inexplicada;
    • Vômitos frequentes ou com sangue;
    • Fezes muito escuras (sinal de sangramento digestivo).

    Como é feito o diagnóstico de azia constante?

    O diagnóstico é clínico, com avaliação médica sobre início, gatilhos e sinais associados. Entre os exames mais comuns estão:

    • Endoscopia digestiva alta;
    • pHmetria esofágica;
    • Manometria esofágica;
    • Exames laboratoriais.

    Com base no histórico e nos exames, o médico determina a causa da azia e indica o tratamento adequado.

    Leia também: 9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia

    Como tratar a azia?

    O tratamento depende da causa e envolve mudanças de hábitos e, quando necessário, uso de medicamentos sob prescrição. Hábitos que ajudam, segundo Lívia Guimarães:

    • Fracionar as refeições ao longo do dia, evitando grandes volumes;
    • Não se deitar logo após comer;
    • Reduzir o consumo de alimentos irritantes;
    • Manter um peso saudável;
    • Parar de fumar.

    Antiácidos aliviam o sintoma, mas não tratam a causa. Em azia constante, o uso frequente pode mascarar doenças mais graves (como úlceras) e atrasar o diagnóstico. O excesso também pode trazer efeitos colaterais (alterações da microbiota, pior absorção de nutrientes). Procure acompanhamento médico para investigação e tratamento adequados.

    Quando procurar atendimento médico?

    Nem toda azia é motivo de preocupação, mas, se se torna frequente, atrapalha o dia a dia ou vem com sinais de alerta, procure um especialista. De acordo com Lívia, sinais de alerta incluem:

    • Dificuldade para engolir;
    • Vômitos com sangue;
    • Anemia;
    • Perda de peso não explicada.

    Nesses casos, o mais indicado é marcar consulta com um gastroenterologista.

    Perguntas frequentes

    1. Azia e refluxo são a mesma coisa?

    Não exatamente. A azia é um sintoma (queimação no peito ou na garganta). Refluxo é a condição em que o ácido do estômago sobe para o esôfago. Quem tem refluxo costuma ter azia, mas ter azia ocasional não significa necessariamente ter DRGE.

    2. Comer rápido pode causar azia?

    Sim. Ao comer rápido, engole-se mais ar e mastiga-se menos, dificultando a digestão. Refeições grandes e apressadas aumentam a pressão no estômago, facilitando o refluxo do ácido para o esôfago.

    3. Existe relação entre estresse e azia constante?

    Sim. Estresse e ansiedade aumentam a produção de ácido e pioram hábitos (comer rápido, pular refeições, abusar de café e álcool), favorecendo a azia.

    4. Azia constante tem cura?

    Em muitos casos, sim. Ajustes de rotina podem resolver quando a causa são hábitos. Se houver refluxo, gastrite ou outra condição, o tratamento específico indicado pelo médico controla a causa.

    5. Grávidas podem ter azia constante?

    É comum na gestação, principalmente no terceiro trimestre, por pressão do útero sobre o estômago e relaxamento da válvula entre estômago e esôfago. Geralmente é benigna, mas deve ser acompanhada pelo obstetra.

    6. A azia pode piorar à noite?

    Sim. Deitar-se logo após o jantar facilita a subida do ácido. Espere ao menos duas horas para deitar e mantenha a cabeceira da cama levemente elevada.

    Leia mais: Refluxo gastroesofágico: conheça as causas, sintomas e como tratar

  • Sintomas silenciosos do diabetes: atenção aos sinais que podem passar despercebidos 

    Sintomas silenciosos do diabetes: atenção aos sinais que podem passar despercebidos 

    O diabetes é considerado uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas sua detecção ainda representa um desafio. Afinal, na maioria dos casos, os sintomas iniciais são sutis, inespecíficos e facilmente confundidos com sinais de estresse, rotina cansativa ou até envelhecimento natural.

    “O diabetes, especialmente o tipo 2, pode não causar dor ou qualquer sintoma evidente no começo. Por isso, ele é considerado uma doença silenciosa”, explica a endocrinologista Denise Orlandi.

    Nesta reportagem, detalhamos os sintomas mais comuns e os menos conhecidos, explicamos a diferença entre os tipos de diabetes e mostramos por que identificar cedo faz toda a diferença.

    Sintomas clássicos e sintomas silenciosos do diabetes

    Quando pensamos em diabetes, logo vêm à mente os sinais mais clássicos: sede em excesso, mesmo bebendo bastante água, vontade de urinar várias vezes, especialmente à noite, e aumento do apetite, principalmente por massas e doces.

    Esses são, de fato, os sintomas mais conhecidos. “Mas há outros sintomas menos conhecidos e, por isso, ignorados, que podem acontecer em outras situações do dia a dia”, fala a médica.

    A lista de sintomas silenciosos do diabetes pode incluir:

    • Cansaço constante, sem motivo aparente;
    • Perda de peso inexplicável, mesmo sem fazer dieta;
    • Mal-estar logo após uma refeição;
    • Infecções frequentes, como infecção urinária, candidíase ou resfriados.

    Esses sintomas não surgem de forma abrupta. Eles se instalam lentamente, fazendo com que muitos pacientes acreditem que se trata apenas de reflexo da idade ou de um período estressante. Esse mascaramento natural é um dos motivos pelos quais tanta gente demora a procurar ajuda médica.

    Por que o diabetes é chamado de doença silenciosa

    O diabetes tipo 2 pode evoluir por anos sem manifestar sintomas claros. Isso ocorre porque a resistência à insulina e a elevação progressiva da glicose são processos graduais que o corpo tenta compensar.

    “Às vezes, o diagnóstico só acontece anos depois do início da doença, quando já houve algum tipo de complicação, como problemas nos rins, nos olhos, nos nervos ou até infarto”, explica a médica.

    Esse caráter silencioso reforça a necessidade de exames periódicos, especialmente para pessoas com fatores de risco. Além disso, é importante ter atenção a outros sinais, como ressecamento ou coceira na pele (principalmente nas pernas), alterações na visão e urina com espuma ou presença de formigas no vaso sanitário.

    “Nem sempre todos esses sintomas significam que a pessoa tem diabetes, mas eles devem ser investigados”, enfatiza Denise. Muitos também podem ocorrer em situações como calor intenso, desidratação, infecções urinárias ou efeitos de medicamentos. A diferença está na persistência e na combinação dos sinais.

    “Quando sede intensa, urina frequente e cansaço se tornam constantes, especialmente se vêm acompanhados de perda de peso ou visão embaçada, o ideal é procurar um endocrinologista e fazer exames para descartar diabetes. O importante é não normalizar esses sintomas se eles persistirem no dia a dia”.

    Diferenças entre diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2

    O diabetes tipo 1 tem origem autoimune, quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina. Já o diabetes tipo 2 tem relação mais forte com a hereditariedade, somada ao estilo de vida (alimentação, obesidade, sedentarismo).

    Embora ambos tenham em comum a elevação da glicose no sangue, os sintomas aparecem em velocidades distintas. O tipo 1, mais comum em crianças e adolescentes, costuma surgir de forma rápida e intensa, com sede extrema, urina excessiva, dor abdominal e emagrecimento acelerado. O diagnóstico acontece em poucas semanas.

    Já o tipo 2, o mais prevalente entre adultos, é lento e silencioso. Os sintomas podem levar anos para se manifestar e, quando aparecem, são leves e progressivos. Nesse caso, é possível prevenir: alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, manutenção do peso saudável e acompanhamento médico são medidas essenciais para reduzir os riscos.

    Leia mais: 9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia

    O perigo de viver com diabetes sem diagnóstico

    No caso do diabetes tipo 2, é possível conviver com a doença por anos sem saber. Estima-se que 1 em cada 3 pessoas não saiba que tem diabetes. Esse atraso é perigoso porque, durante esse tempo, a glicose elevada danifica silenciosamente órgãos importantes.

    Sem diagnóstico, o risco de complicações aumenta significativamente:

    • Cegueira: provocada por retinopatia diabética;
    • Insuficiência renal: que pode levar à necessidade de diálise;
    • Infartos e AVCs: resultado do comprometimento dos vasos sanguíneos;
    • Amputações: decorrentes de neuropatia diabética e má cicatrização de feridas;
    • Complicações na gravidez: que afetam tanto a mãe quanto o bebê.

    “O diagnóstico precoce faz toda a diferença. Ele permite controlar a doença e evitar complicações. E o mais importante: controlar o diabetes não significa perder qualidade de vida, pelo contrário, a pessoa ganha mais saúde, energia e bem-estar”, reforça Denise.

    Exames como glicemia de jejum e hemoglobina glicada são os principais métodos para identificar alterações nos níveis de açúcar no sangue e devem ser realizados periodicamente, especialmente em pessoas com fatores de risco. Muitas vezes, esses exames são solicitados em check-ups anuais, mas em casos de suspeita clínica devem ser feitos o quanto antes.

    Perguntas e respostas

    1. Por que o diabetes é chamado de doença silenciosa?

    Porque, principalmente no tipo 2, ele pode evoluir por anos sem sintomas claros. Muitas vezes, o diagnóstico só ocorre após complicações como problemas nos rins, visão, nervos ou até um infarto.

    2. Quais são os sintomas clássicos do diabetes?

    Sede em excesso, vontade frequente de urinar (especialmente à noite) e aumento do apetite, sobretudo por massas e doces.

    3. E quais são os sintomas silenciosos que costumam ser ignorados?

    Cansaço sem motivo, visão embaçada que vai e volta, perda de peso inexplicável, mal-estar após refeições, infecções frequentes, formigamentos nas mãos e pés e alterações de pele, como coceira ou ressecamento.

    4. Qual a diferença entre o diabetes tipo 1 e o tipo 2?

    O tipo 1 é autoimune, surge de forma rápida e intensa, mais comum em jovens. Já o tipo 2 está fortemente ligado à hereditariedade e ao estilo de vida, evolui lentamente e pode levar anos para dar sinais.

    5. Por que é perigoso viver com diabetes sem diagnóstico?

    Porque o excesso de glicose danifica órgãos de forma silenciosa, podendo causar cegueira, insuficiência renal, infartos, AVCs, amputações e complicações na gravidez.

    6. Como identificar precocemente a doença?

    Com exames de rotina, como glicemia de jejum e hemoglobina glicada, especialmente em pessoas com fatores de risco.

    Leia também: Diabetes: por que controlar é tão importante para o coração

  • Saiba em quais situações você deve procurar um oncologista 

    Saiba em quais situações você deve procurar um oncologista 

    Os números de casos de câncer crescem ano após ano no Brasil, e a detecção precoce continua sendo um dos fatores que mais influenciam no sucesso do tratamento. Apesar disso, muitos pacientes ainda demoram a procurar ajuda médica por não reconhecerem os sinais de alerta ou por subestimarem sintomas persistentes. Por isso, é importante saber quando procurar um oncologista

    Segundo especialistas, não é necessário viver em estado de preocupação constante, mas alguns sinais exigem investigação o quanto antes. Nódulos, dores que não passam, sangramentos sem causa aparente e perda de peso inexplicada estão entre os principais motivos que devem levar alguém ao consultório de um oncologista.

    Veja no que prestar atenção para procurar um médico.

    1. Sangramentos sem explicação

    Um dos sintomas clássicos que precisam de atenção. Pode ser sangue no escarro, no vômito, nas fezes ou na urina.

    “O sangramento é um sintoma que chama bastante a atenção e deve sempre levar a pessoa a procurar atendimento”, explica o oncologista Thiago Chadid.

    2. Dores que não passam

    Todo mundo sente dor de vez em quando, mas quando ela não tem motivo claro, como um tombo ou uma pancada, por exemplo, e não melhora com analgésicos simples, é hora de investigar.

    “A dor tumoral costuma ser progressiva, vai aumentando com o tempo e muitas vezes vem acompanhada de perda de peso e cansaço”, diz o especialista.

    Leia mais: 7 sintomas iniciais de câncer que não devem ser ignorados

    3. Nódulos e caroços

    Nem todo nódulo é câncer, mas todo nódulo precisa ser investigado. Os mais preocupantes são os duros, irregulares e que crescem rápido.

    “Todo nódulo novo, principalmente se ele é endurecido, irregular e cresce rápido, precisa ser investigado”, ressalta.

    4. Sintomas persistentes no intestino, pulmão ou urina

    Uma diarreia isolada ou uma tosse de alguns dias geralmente não são motivo para pânico. O problema é quando eles persistem.

    • Tosse com sangue;
    • Sangue nas fezes;
    • Dificuldade de engolir que só piora;
    • Vontade de urinar o tempo todo sem infecção.

    “Tudo isso pode ser sinal de alerta”, explica o oncologista.

    5. Perda de peso sem motivo

    Se você emagreceu mais de 10% do peso corporal em seis meses sem dieta, academia ou mudança de rotina, atenção: esse é um sinal para investigar se existe algo errado.

    “A perda de peso preocupante é aquela sem causa evidente, e precisa ser investigada”, reforçou o médico.

    6. Histórico familiar de câncer

    Se vários parentes de primeiro grau tiveram câncer, especialmente em idade jovem, vale marcar uma consulta preventiva com o oncologista.

    “Nesse cenário, a consulta pode ajudar a definir se há necessidade de exames mais precoces ou até testes genéticos”, explicou.

    7. Rouquidão ou outros sintomas que não melhoram

    Nódulos, caroços, lesões que não cicatrizam na pele ou rouquidão que não melhora em mais de três semanas.

    “Esses são sinais que sempre precisam chamar a atenção e levar a pessoa a procurar atendimento”, diz o médico.

    O que esperar da primeira consulta com o oncologista

    Se chegou a hora de ir ao oncologista, vá preparado: leve todos os exames que já tiver feito, laudos de imagem, relatórios e resultados de biópsias. Quanto mais informações, melhor.

    “Na primeira consulta, o oncologista vai ouvir a história clínica, analisar os exames e orientar sobre os próximos passos”, destacou o especialista.

    Perguntas frequentes sobre quando procurar um oncologista

    1. Toda dor persistente pode ser câncer?

    Nem sempre. Mas dores que não têm causa aparente, não melhoram com remédio comum e só aumentam com o tempo precisam ser investigadas.

    2. Nódulos ou caroços sempre significam câncer?

    Não. Muitos nódulos podem ser benignos ou inflamatórios, mas todo nódulo novo deve ser avaliado por um médico.

    3. Perder peso sem motivo é sinal de câncer?

    Pode ser. Se você perdeu mais de 10% do peso corporal em até seis meses sem dieta ou exercício, é hora de procurar um médico.

    4. Quais sintomas digestivos ou respiratórios exigem atenção?

    Tosse com sangue, sangue nas fezes, dificuldade de engolir que só piora e vontade de urinar sem infecção são sinais de alerta.

    5. Quem deve ir ao oncologista mesmo sem sintomas?

    Quem tem histórico familiar importante de câncer ou já recebeu diagnóstico prévio de algum tumor e tratou deve ter acompanhamento preventivo.

    6. O que levar na primeira consulta com o oncologista?

    Todos os exames que já fez: laudos, biópsias, exames de imagem e relatórios médicos. E, claro, conte todos os sintomas ao médico.

    7. Ter histórico familiar justifica consulta preventiva?

    Sim. Principalmente quando parentes próximos tiveram câncer em idade jovem. O oncologista pode indicar quais exames a pessoa deve fazer para prevenir ou detectar o câncer precocemente.

    Veja também: Como cuidar do coração durante o tratamento do câncer

  • Causas comuns de sangramento fora do período menstrual

    Causas comuns de sangramento fora do período menstrual

    Muitas mulheres já passaram pela situação de estarem tranquilas e, de repente, perceber um sangramento que não estava na programação menstrual. O susto é grande, a preocupação bate na hora, e a dúvida aparece: será que isso é normal?

    O corpo feminino tem suas particularidades, e nem todo sangramento fora do ciclo é motivo para preocupação. Mas é importante entender quando se trata de algo fisiológico, ou seja, normal, e quando pode ser um sinal de que é necessário fazer uma investigação médica.

    O que é considerado um sangramento anormal?

    Segundo a ginecologista e obstetra Andreia Sapienza, alguns episódios podem ser absolutamente normais.

    “Há mulheres que, no período da ovulação, apresentam pequenas alterações hormonais que fazem o endométrio descamar um pouco. Isso causa um sangramento discreto no meio do ciclo, chamado de sangramento do meio. Ele pode ser normal”, explica.

    Outra situação bem comum são os sangramentos relacionados ao uso de anticoncepcionais. “Anticoncepcionais que suspendem a menstruação podem causar esses sangramentos irregulares que chamamos de escape”, diz a ginecologista.

    Mas fora essas situações, todo sangramento fora do esperado merece atenção.

    Quando o sangramento precisa de investigação?

    De acordo com a ginecologista, qualquer sangramento recorrente fora da menstruação deve ser avaliado. Um exemplo importante é o sangramento durante a relação sexual.

    “Ele pode indicar lesões na vagina, na vulva ou no colo do útero, inclusive câncer de colo de útero”, alerta a especialista. Às vezes, a causa desse sangramento irregular também pode ser alterações no sistema de coagulação.

    Climatério e perimenopausa: fase de mudanças

    Na fase de transição para a menopausa, chamada perimenopausa, a irregularidade menstrual é a marca registrada.

    “A mulher pode sangrar a cada 15 dias, depois ficar meses sem menstruar e depois voltar a sangrar. Essa irregularidade entre os 45 e 55 anos é típica da transição para a menopausa”, explica Andreia.

    Quando os sangramentos fogem do padrão, exames podem ajudar a identificar se a menopausa está chegando.

    “O exame que usamos é o FSH (hormônio folículo-estimulante). Quando ele começa a se elevar, indica que a mulher está entrando na menopausa. Se isso ocorre em idade precoce, como aos 35 anos, não é normal, e precisamos investigar outras causas, como falência ovariana precoce”, conta ela.

    Leia também: Saiba mais sobre menstruação irregular

    Perguntas frequentes sobre sangramento fora da menstruação

    1. É normal sangrar no meio do ciclo?

    Sim, pode acontecer durante a ovulação, por alterações hormonais naturais. É o chamado “sangramento do meio”.

    2. O anticoncepcional pode causar sangramento fora do período?

    Sim. Os anticoncepcionais hormonais podem provocar escapes de vez em quando.

    3. Sangramento após a relação sexual sempre é grave?

    Não sempre, mas pode ser sinal de lesões ou doenças no colo do útero e precisa ser investigado.

    4. Na perimenopausa é comum ter sangramentos irregulares?

    Sim. Entre os 45 e 55 anos, o ciclo menstrual tende a ficar irregular, com intervalos mais curtos ou longos.

    5. O sangramento fora do ciclo pode ser câncer?

    Em alguns casos, sim, especialmente quando ocorre após a relação sexual. É por isso que toda ocorrência deve ser avaliada.

    6. O que devo fazer ao notar sangramento fora do período menstrual?

    Consultar um ginecologista. Apenas o médico pode identificar se é algo normal ou se precisa de tratamento.

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  • Seu ciclo está bagunçado? Saiba quando a menstruação irregular é sinal de alerta 

    Seu ciclo está bagunçado? Saiba quando a menstruação irregular é sinal de alerta 

    Quando o assunto é menstruação, cada mulher tem uma história para contar. Algumas têm ciclos certinhos como um relógio, enquanto outras enfrentam atrasos misteriosos ou sangramentos que chegam sem aviso. E aí vem a dúvida: o que é normal e o que é menstruação irregular e merece ser compartilhado com um médico?

    Conversamos com a ginecologista e obstetra Andreia Sapienza, que explicou de forma clara como funciona um ciclo menstrual saudável, o que caracteriza irregularidade e em quais situações é necessário procurar o médico.

    O que é um ciclo menstrual regular

    Antes de falar em irregularidade, é importante entender o que é considerado normal.

    “Do ponto de vista médico, o ciclo menstrual clássico é de 28 dias, marcado pela ovulação no meio do ciclo. Temos a fase folicular, nas primeiras duas semanas, quando ocorre o desenvolvimento do óvulo, seguida da ovulação, que é o rompimento do folículo no ovário com a saída do óvulo para a tuba uterina”, conta a médica.

    “Depois, há a fase lútea, em que o corpo lúteo se forma e o endométrio se prepara para receber o óvulo fecundado”, período que, se não houver óvulo fecundado, culmina na menstruação.

    Segundo a ginecologista, um ciclo normal dura de 25 a 35 dias, contando sempre do primeiro dia da menstruação até o primeiro dia da próxima. “O sangramento considerado regular deve ter entre 3 e 7 dias”.

    O fluxo também entra nessa conta. Para avaliá-lo, os médicos observam a intensidade do sangramento: número de absorventes usados, presença de coágulos, vazamentos ou necessidade de combinar absorvente interno com externo para conter o fluxo. “Isso nos dá uma ideia do volume”, conta.

    Quando o ciclo é considerado irregular?

    É considerado irregular quando o ciclo dura menos de 25 ou mais de 35 dias. Se a menstruação vem a cada 15 dias ou só aparece de três em três meses, por exemplo, é sinal de que algo não está bem.

    “Quando a mulher menstrua a cada 15 dias, geralmente é porque não ovula adequadamente. Já quando menstrua apenas a cada 3 meses, pensamos em síndrome dos ovários policísticos”, explica a ginecologista.

    A irregularidade também pode se manifestar com intervalos muito variáveis, como um ciclo de 21 dias seguido de outro de 47, por exemplo.

    “Uma menstruação irregular, com intervalos ora curtos, ora longos, pode estar ligada a alterações hormonais, disfunções da hipófise, da tireoide, ou a fases fisiológicas como a perimenopausa”, explica a especialista.

    O papel da ovulação no ciclo

    A ovulação acontece, em média, no meio do ciclo menstrual. Mas o corpo pode ter variações. “Se a ovulação atrasar para o 18º dia, o ciclo pode ter 32 dias e ainda ser normal”, explica Andreia.

    O que deve chamar atenção é a falta de padrão. “Hoje os aplicativos de monitoramento ajudam muito a observar essas variações”, lembra a especialista.

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    Estilo de vida e menstruação irregular

    O corpo responde ao ritmo de vida, e a menstruação não fica de fora. Estresse, noites mal dormidas, má alimentação, peso muito baixo ou muito alto, excesso ou falta de exercícios físicos podem bagunçar o ciclo.

    “Atletas com baixo percentual de gordura podem ter amenorreia, ou seja, ausência de menstruação. Já mulheres com obesidade podem ter maior risco de síndrome dos ovários policísticos”, explica a médica.

    Até a dieta pode influenciar. “A soja, por exemplo, contém fitoestrógenos, substâncias semelhantes ao estrogênio, que podem alterar o ciclo”, completa.

    Quando é sinal de alerta?

    Nem toda irregularidade é preocupante, mas há momentos em que é preciso investigar. “A irregularidade é o primeiro sintoma comum na menopausa, mais até que os fogachos”, diz a Dra. Andreia.

    Além disso, disfunções hormonais da hipófise e da tireoide, por exemplo, podem se manifestar primeiro com alterações menstruais. Por isso, a recomendação é que quem tem ciclos fora do padrão e que se repetem com frequência devem ser avaliados por um ginecologista.

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    Perguntas frequentes sobre menstruação irregular

    1. É normal a menstruação atrasar alguns dias?

    Sim. Pequenas variações de até alguns dias ainda podem ser consideradas normais.

    2. Menstruação irregular sempre significa problema muito sério?

    Não, nem sempre. O ciclo pode variar por estresse, sono ruim ou até mudanças na alimentação. Se essas forem as causas, quando essas questões são ajustadas o ciclo tende a se regularizar.

    3. Aplicativos de ciclo menstrual são confiáveis?

    Eles ajudam a acompanhar o padrão, como duração do ciclo, volume do fluxo menstrual, entre outros parâmetros, mas não substituem a avaliação médica.

    4. Menstruação irregular é sempre sinal de ovário policístico?

    Não. Essa é uma das causas possíveis, mas existem outras, como alterações da tireoide ou da hipófise.

    5. Quem está na perimenopausa sempre terá irregularidade menstrual?

    A maioria sim, mas a intensidade varia muito de mulher para mulher.

    7. Menstruação irregular pode afetar a fertilidade?

    Sim, especialmente se for causada por falta de ovulação.

    8. Quando procurar o ginecologista?

    Sempre que os ciclos forem muito variáveis (muito curtos ou longos) ou vierem acompanhados de sintomas importantes, como sangramento excessivo ou dor intensa.

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