Categoria: Sinais & Sintomas

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  • Tem insônia? Veja o que fazer para voltar a dormir bem 

    Tem insônia? Veja o que fazer para voltar a dormir bem 

    Dormir é, talvez, a coisa mais importante para o equilíbrio físico e mental. Para muita gente, porém, essa tarefa se transforma em um desafio. Virar na cama, olhar o relógio e sentir o cansaço crescer sem conseguir pegar no sono é a realidade de quem sofre com insônia, o distúrbio do sono mais comum no mundo.

    Mais do que dormir mal de vez em quando, a insônia é uma condição clínica que pode comprometer o humor, a memória e até aumentar o risco de doenças como pressão alta, diabetes e depressão. Mas calma: ela tem tratamento. Entender as causas da insônia é o primeiro passo para recuperar noites tranquilas.

    O que é insônia

    A insônia acontece quando a pessoa tem dificuldade para adormecer, manter o sono ou quando acorda e não consegue dormir de novo. Ela se torna um problema de saúde quando ocorre pelo menos três vezes por semana, por três meses ou mais, mesmo com condições adequadas para dormir.

    Tipos de insônia

    • Insônia de curto prazo: dura algumas semanas e costuma surgir após situações de estresse, doenças ou mudanças importantes na vida. Pode desaparecer espontaneamente.
    • Insônia crônica: persiste por meses, sem estar ligada a um evento específico.

    Quem é mais afetado pela insônia

    A insônia pode atingir qualquer pessoa, mas é mais comum em:

    • Mulheres, principalmente após os 45 anos;
    • Pessoas com ansiedade, depressão ou dor crônica;
    • Quem consome muito café, álcool, cigarro ou faz uso de certos medicamentos;
    • Idosos, devido a doenças associadas e à redução da atividade física e social.

    Por que a insônia acontece

    A insônia geralmente resulta da combinação de três fatores:

    • Predisponentes: características pessoais, como tendência à preocupação, histórico familiar de sono ruim ou fatores genéticos;
    • Precipitantes: situações estressantes, doenças, uso de medicamentos ou mudanças bruscas de rotina;
    • Perpetuantes: hábitos que mantêm o problema, como passar muito tempo na cama sem dormir, cochilar demais durante o dia ou ficar ansioso pensando que não vai dormir.

    Como funciona o sono

    O sono é composto por ciclos que se repetem ao longo da noite:

    • W: vigília (quando ainda estamos acordados);
    • N1: início do sono, fase leve;
    • N2: sono mais estável;
    • N3: sono profundo, essencial para o descanso do corpo;
    • REM: fase dos sonhos, com atividade cerebral intensa.

    Quem sofre de insônia muitas vezes não consegue alcançar os estágios mais profundos e reparadores, o que compromete o descanso.

    Leia também: Como controlar o sono depois do almoço?

    Consequências da insônia

    Dormir mal afeta muito mais do que o humor. A insônia está associada a:

    • Maior risco de depressão e ansiedade;
    • Problemas de memória e concentração;
    • Doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto e derrame;
    • Aumento do risco de recaídas em pessoas com dependência de álcool.

    Diagnóstico da insônia

    Não existe um exame único para diagnosticar a insônia. O médico avalia o quadro por meio de entrevista clínica e análise de hábitos de sono, investigando:

    • Como e quando o sono é interrompido;
    • Consumo de cafeína, álcool ou medicamentos;
    • Presença de doenças associadas;
    • Consequências diurnas, como cansaço, irritação ou sonolência.

    Diários do sono e questionários específicos podem ajudar na avaliação. Em alguns casos, o médico solicita polissonografia para descartar outros distúrbios, como a apneia do sono.

    Tratamento da insônia

    O tratamento da insônia depende da causa, mas, na maioria das vezes, o primeiro passo não envolve remédios. O foco está em mudanças de comportamento e terapias.

    1. Higiene do sono

    • Ter horários regulares para dormir e acordar;
    • Evitar café, álcool e nicotina à noite;
    • Reduzir o uso de telas antes de dormir;
    • Manter o quarto escuro, silencioso e confortável.

    2. Terapia cognitivo-comportamental (TCC)

    • É o tratamento mais eficaz para a insônia;
    • Ajuda a mudar pensamentos negativos sobre o sono e criar novos hábitos.

    3. Técnicas específicas

    • Restrição do sono: limitar o tempo na cama para aumentar a pressão de sono;
    • Controle de estímulos: usar a cama apenas para dormir ou atividade sexual;
    • Técnicas de relaxamento: como respiração, meditação e relaxamento muscular.

    4. Medicamentos

    Há medicamentos que ajudam em quadros de insônia, mas devem ser usados somente com prescrição médica e são indicados por tempo limitado, quando outras medidas não bastam.

    Perguntas frequentes sobre insônia

    1. Dormir mal uma noite significa ter insônia?

    Não. A insônia é diagnosticada apenas quando as dificuldades para dormir acontecem três ou mais vezes por semana, por pelo menos três meses.

    2. Tomar remédio para dormir é perigoso?

    Pode ser, se usado sem orientação médica. Alguns medicamentos causam dependência e devem ser usados por tempo limitado.

    3. A insônia tem cura?

    Sim, especialmente quando o tratamento envolve mudanças de hábitos e terapia cognitivo-comportamental.

    4. Café e celular atrapalham o sono?

    Sim. A cafeína e a luz azul das telas reduzem a produção de melatonina, dificultando o adormecer.

    5. Idosos dormem menos porque querem?

    Não. O padrão de sono muda com a idade, e problemas médicos ou uso de remédios podem piorar a qualidade do sono.

    6. Exercício físico ajuda quem tem insônia?

    Sim. A prática regular de atividade física melhora a qualidade do sono, mas deve ser feita longe do horário de dormir.

    7. Quando procurar um especialista do sono?

    Se a dificuldade para dormir dura semanas ou meses e começa a prejudicar o dia a dia, é hora de buscar ajuda médica.

    Leia também: Higiene do sono: guia prático para dormir melhor e cuidar da saúde

  • Insônia na menopausa: 4 medidas para melhorar o sono

    Insônia na menopausa: 4 medidas para melhorar o sono

    A menopausa é uma fase natural da vida, marcada pelo fim do ciclo menstrual e pela queda dos hormônios femininos, principalmente estrogênio e progesterona. Ela costuma surgir por volta dos 45 e 55 anos — e as mudanças não afetam apenas a fertilidade, mas impactam diretamente várias funções do corpo, como a qualidade do sono.

    Alterações hormonais, ondas de calor, ganho de peso e até mesmo fatores emocionais podem prejudicar o descanso noturno, o que pode originar um quadro de insônia na menopausa. Ele se manifesta de diversas formas, e compromete diretamente o bem-estar e a qualidade de vida.

    Por que o sono na menopausa é tão afetado?

    A insônia é um dos principais problemas que podem surgir na menopausa. Inclusive, a ginecologista e obstetra Andreia Sapienza explica que uma escala antiga usada pela medicina, chamada Escala de Kupperman, já apontava a insônia como o segundo sintoma mais intenso da menopausa, ficando atrás apenas das ondas de calor (ou fogacho).

    As ondas de calor podem atingir até 80% das mulheres na pós-menopausa e, muitas vezes, começam à noite. O ciclo é assim: sensação de calor súbito, a pessoa tira o cobertor, sente frio novamente e se cobre.

    Como consequência, há despertares constantes, o que interrompe o sono profundo e causa fadiga, irritabilidade e falta de disposição.

    Andreia esclarece que a insônia pode aparecer de três formas principais:

    • Dificuldade para pegar no sono;
    • Sono fragmentado (a pessoa dorme, mas acorda várias vezes, sem descanso reparador);
    • Despertar precoce (a pessoa dorme bem, mas acorda às 3 ou 4 da manhã e não consegue dormir de novo).

    Além disso, o metabolismo desacelera, o corpo acumula mais gordura abdominal e a probabilidade de apneia do sono aumenta. Isso significa mais ronco, pausas respiratórias e menos sono reparador. É por isso que é comum pessoas que relatam dormir, mas acordar cansadas.

    Como melhorar a insônia na menopausa?

    Higiene do sono

    A higiene do sono é o primeiro passo para tratar a insônia na menopausa – e envolve uma série de hábitos e cuidados diários que ajudam a melhorar a qualidade do sono. A ideia é criar um ambiente e uma rotina que favoreçam o adormecer e a manutenção de um sono profundo e reparador. Entre os hábitos, é possível destacar:

    • Evite telas antes de dormir: a luz azul de celulares, tablets e televisores estimula o cérebro e dificulta a produção natural de melatonina, o hormônio do sono;
    • Prefira refeições leves à noite: comer em excesso pode atrapalhar a digestão e deixar o corpo agitado. Prefira sopas, saladas ou proteínas leves;
    • Reduza cafeína e estimulantes: café, energéticos e chás pretos devem ser evitados no fim da tarde. As bebidas podem atrasar o início do sono;
    • Ajuste o ambiente do quarto: silêncio, escuridão e temperatura adequada são aliados poderosos para noites melhores;
    • Atividades relaxantes: ler um livro em papel, meditar ou ouvir músicas calmas ajudam a sinalizar ao corpo que é hora de desacelerar.

    De acordo com Andreia, apenas depois da adoção da higiene do sono é que se avaliam outras abordagens de tratamento, como o uso de medicamentos ou terapia de reposição hormonal.

    Atividades físicas

    A prática regular de atividade física é um dos maiores aliados da qualidade do sono, inclusive durante a menopausa. Ela ajuda a regular o metabolismo, reduzir o estresse e aumentar a sensação de bem-estar — fatores que facilitam o adormecer e tornam o sono mais reparador.

    Segundo o Ministério da Saúde, a recomendação é:

    • 150 minutos semanais de atividade física moderada (como caminhada rápida, bicicleta leve, hidroginástica); ou
    • 75 minutos semanais de atividade vigorosa (como corrida, natação, aulas de dança mais intensas);
    • Também é indicado fazer musculação ou exercícios de fortalecimento muscular pelo menos 2 vezes por semana.

    As atividades, distribuídas ao longo da semana, ajudam não apenas na qualidade do sono, mas também na saúde do coração, dos ossos e no controle do peso, fatores especialmente importantes nessa fase da vida.

    Reposição hormonal na menopausa

    A terapia de reposição hormonal é um tratamento médico que utiliza hormônios, normalmente estrogênio isolado ou associado à progesterona, para compensar a queda natural dos hormônios no corpo da mulher após a última menstruação.

    No caso específico da insônia, a reposição hormonal ajuda porque o estrogênio tem papel direto no cérebro. Durante a menopausa, ocorre a desocupação dos receptores de estrogênio, o que desequilibra a produção de neurotransmissores ligados ao sono. Ao repor o estrogênio, o equilíbrio é restaurado, facilitando um sono mais contínuo.

    No entanto, Andreia ressalta que a reposição hormonal não é solução isolada e deve vir acompanhada de cuidados com a higiene do sono.

    A TRH também deve ser avaliada caso a caso, levando em conta histórico familiar e fatores de risco, como câncer de mama, trombose ou doenças cardiovasculares.

    Uso de remédios para insônia na menopausa

    Se a paciente não apresenta melhora apenas com a higiene do sono e a reposição hormonal, o médico pode avaliar o uso de medicamentos.

    Uma das opções são os indutores do sono, que facilitam o início do adormecer e funcionam bem para quem tem dificuldade em pegar no sono. No entanto, Andreia aponta que eles têm pouca eficácia quando o problema está em manter o sono contínuo ou em evitar despertares precoces.

    Já algumas medicações antidepressivas, embora indicadas originalmente para outros quadros clínicos, também podem ser prescritas à noite como apoio adicional para melhorar o descanso.

    Importante: os benzodiazepínicos (como diazepam e alprazolam) são pouco recomendados, destaca Andreia, pois apresentam risco de dependência e tolerância. Por isso, só devem ser usados em situações muito específicas e por tempo curto, como em períodos de estresse intenso ou após um luto. O uso prolongado não é indicado!

    Em todos os casos, os medicamentos devem ser vistos como uma abordagem complementar e temporária — e nunca como a solução principal para os distúrbios do sono.

    Melatonina funciona?

    A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pela glândula pineal e regulado pela incidência de luz na retina, sinalizando ao corpo a hora de dormir. É considerada uma alternativa interessante para melhorar a qualidade do sono, mas com algumas ressalvas.

    No Brasil, ela é registrada apenas como suplemento alimentar e em doses muito baixas (0,21 mg), praticamente sem efeito clínico. Para resultados eficazes, seriam necessárias doses em torno de 2 mg, cerca de dez vezes mais do que a quantidade liberada atualmente pela Anvisa.

    Mesmo assim, Andreia aponta que, quando a dosagem é ajustada, a melatonina pode trazer benefícios, especialmente para pessoas acima dos 55 anos — faixa etária em que a produção natural começa a cair. Isso coincide com a idade típica da menopausa (entre 45 e 55 anos).

    Nessas situações, a suplementação pode ajudar a regular o sono de forma segura, desde que utilizada em doses adequadas e com orientação médica, ainda que não existam produtos oficialmente registrados no Brasil nessa concentração.

    Insônia na menopausa: quais hábitos podem ajudar?

    Mesmo em uma rotina agitada, é possível adotar algumas mudanças simples que ajudam a melhorar a qualidade do sono na menopausa, como:

    • Chás calmantes: infusões de maracujá, camomila ou melissa ajudam a reduzir a agitação e preparar o corpo para o descanso;
    • Alimentos ricos em triptofano: incluir banana, aveia e castanhas na alimentação, por exemplo, estimula a produção de serotonina, favorecendo o relaxamento;
    • Rotina consistente: manter horários fixos para dormir e acordar ajuda o organismo a criar um ritmo natural de descanso;
    • Controle de peso: cuidar da alimentação e praticar atividades físicas reduz o risco de apneia do sono e melhora o repouso noturno.

    Quando procurar ajuda médica?

    É comum que muitas mulheres tentem resolver a insônia por conta própria, mas nem sempre é suficiente. Procure atendimento médico se:

    • O problema persiste por mais de 3 meses, pois insônia crônica precisa de avaliação médica;
    • Há sinais de apneia do sono, como roncos intensos, pausas respiratórias e sonolência diurna;
    • Há impacto emocional e físico, como cansaço constante, queda de produtividade, irritabilidade e até depressão podem ser consequências da falta de sono.

    Leia mais: Saúde do coração após a menopausa: conheça os cuidados nessa fase da vida

    Perguntas frequentes sobre insônia na menopausa

    1. Quais os sintomas da menopausa?

    Os sintomas da menopausa variam de mulher para mulher, mas os mais comuns são ondas de calor, suores noturnos, insônia, irregularidade menstrual, ressecamento vaginal, alterações de humor, ganho de peso e queda da libido. Além disso, muitas mulheres relatam dificuldade de concentração, fadiga e dores articulares.

    2. O ronco pode piorar na menopausa?

    O ronco é bastante comum nessa fase, justamente pelo ganho de peso e aumento do risco de apneia do sono. Além do incômodo para quem divide o quarto, ele compromete a qualidade do descanso, já que reduz o sono profundo. Nesse caso, é importante investigar a apneia e, se necessário, iniciar tratamento com orientação do médico.

    3. O estresse pode piorar a insônia na menopausa?

    Sim, pois o estresse eleva os níveis de cortisol, o hormônio do alerta, que dificulta o relaxamento e a indução ao sono. Durante a menopausa, como o corpo já está em desequilíbrio hormonal, qualquer fator emocional pode potencializar o quadro de insônia. Adotar técnicas de respiração, meditação guiada e até terapia cognitivo-comportamental ajudam a controlar o quadro.

    4. Dormir com ar-condicionado ajuda nas ondas de calor noturnas?

    Sim, manter o quarto em temperatura mais baixa ajuda a minimizar as ondas de calor. O ar-condicionado ou ventilador podem ser aliados, desde que usados de forma moderada para evitar ressecamento das vias respiratórias. O ideal é manter o ambiente fresco e estável durante a noite.

    5. A acupuntura pode ajudar no sono na menopausa?

    Pesquisas indicam que a acupuntura pode ajudar a diminuir a intensidade das ondas de calor e a controlar a ansiedade, dois sintomas que frequentemente atrapalham o sono na menopausa. Ela não substitui outros tratamentos, mas pode ser uma opção complementar para melhorar a qualidade do descanso e promover maior bem-estar.

    Confira: Reposição hormonal na menopausa: benefícios e riscos

  • Sente zumbido no ouvido? Veja o que pode ser, causas e como tratar 

    Sente zumbido no ouvido? Veja o que pode ser, causas e como tratar 

    Você já ouviu um zumbido no ouvido? O sintoma é comum especialmente após shows, baladas e ambientes barulhentos, onde o som alto pode lesionar as células auditivas da cóclea, causando zumbido normalmente temporário.

    Segundo dados do Instituto Nacional de Surdez e outras Desordens de Comunicação (NIDCD), cerca de 10 a 15% da população mundial já apresentou algum grau de zumbido.

    O barulho interno pode se manifestar de formas diferentes: algumas pessoas descrevem como um chiado leve, outras como um apito contínuo ou até mesmo como o som de cigarras. Em muitos casos, ele é passageiro e não apresenta grandes riscos, mas quando se torna persistente ou surge de forma súbita e intensa, merece atenção de um médico.

    Para entender melhor o que pode estar por trás do sintoma e quando procurar atendimento, conversamos com o médico otorrinolaringologista Giuliano Bongiovanni e esclarecemos as principais dúvidas. Confira!

    O que é o zumbido no ouvido?

    O zumbido no ouvido é a percepção de um som que não vem de nenhuma fonte externa. Ele pode se manifestar de diferentes maneiras, como:

    • Apito constante ou intermitente;
    • Chiado parecido com o som de uma panela de pressão;
    • Estalos ritmados;
    • Som de batidas ou pulsações;
    • Ruído semelhante ao mar ou ao vento.

    O zumbido pode ser temporário, surgindo após exposição a ruídos altos, ou persistente, indicando algum problema mais sério no ouvido ou no organismo.

    Vale ressaltar que o zumbido não é uma doença, mas um sintoma. Logo, entender a causa é importante para definir o tratamento adequado.

    O que pode ser o zumbido no ouvido?

    O zumbido pode ser causado por diversos fatores, desde condições auditivas até problemas de saúde geral. As principais incluem:

    • Exposição a sons altos: fones de ouvido em volume elevado, shows, baladas e ambientes barulhentos podem lesionar as células auditivas da cóclea, gerando zumbido temporário ou permanente;
    • Acúmulo de cera: o excesso de cerume pode obstruir o canal auditivo, causando sensação de ouvido tampado e zumbido;
    • Perda auditiva relacionada à idade: a presbiacusia, perda de audição natural do envelhecimento, é uma das principais responsáveis pelo surgimento de zumbido em idosos;
    • Doenças do ouvido interno: alterações como a doença de Ménière, otosclerose ou infecções podem provocar zumbido;
    • Problemas vasculares: o chamado zumbido pulsátil acontece quando há alterações na circulação sanguínea próxima ao ouvido e pode estar associado à hipertensão ou malformações vasculares;
    • Alterações na articulação temporomandibular (ATM): disfunções da mandíbula podem causar ruídos e zumbidos no ouvido;
    • Doenças metabólicas: diabetes, alterações da tireoide, colesterol elevado e hipertensão podem contribuir para o surgimento do sintoma;
    • Uso de medicamentos ototóxicos: alguns remédios, como antibióticos aminoglicosídeos, anti-inflamatórios e quimioterápicos, podem danificar o ouvido interno e causar zumbido.

    O estresse no dia a dia também pode piorar a forma como o paciente percebe o som, já que a relação psicológica com o sintoma intensifica o incômodo.

    Quando o zumbido no ouvido é preocupante?

    Nem sempre o zumbido no ouvido é sinal de algo grave. Segundo Giuliano, ele pode aparecer depois de festas ou shows com som alto e desaparecer em poucas horas ou após uma noite de sono.

    Porém, alguns sinais servem de alerta, como:

    • Zumbido súbito e intenso em apenas um ouvido;
    • Zumbido acompanhado de perda auditiva repentina;
    • Presença de tontura, vertigem ou desequilíbrio junto ao sintoma;
    • Barulho persistente que interfere no sono e na qualidade de vida.

    O zumbido crônico está presente em 6 a 20% dos adultos e pode afetar seriamente a saúde mental e o bem-estar do paciente se não for investigado. Por isso, no surgimento de qualquer um dos sintomas, procure atendimento médico.

    Diagnóstico do zumbido no ouvido

    O diagnóstico de zumbido no ouvido é feito a partir da avaliação clínica, considerando a história do paciente, os sintomas e fatores de risco como exposição a barulho, doenças como hipertensão ou diabetes, uso de certos medicamentos e histórico familiar.

    De acordo com Giuliano, a audiometria é o exame principal no diagnóstico, já que a perda de audição é uma das causas mais comuns do zumbido. Ela avalia a capacidade auditiva em diferentes frequências e ajuda a identificar se há algum grau de deficiência auditiva associado.

    Em alguns casos, uma ressonância da orelha interna pode ser solicitada para avaliar possíveis alterações no nervo auditivo ou estruturas internas, como tumores ou inflamações.

    Como tratar o zumbido no ouvido?

    Na maioria das vezes, é difícil descobrir e tratar exatamente a causa do zumbido. Ainda assim, existem algumas abordagens que podem reduzir a intensidade do sintoma e melhorar a qualidade de vida do paciente, como:

    Uso de remédios para zumbido no ouvido

    Alguns remédios podem ajudar a reduzir o zumbido, como o clonazepam, por exemplo, que diminui a atividade do nervo auditivo e pode deixar o zumbido menos intenso.

    Já o ginkgo biloba melhora a circulação de sangue na orelha interna, o que também pode trazer alívio, de acordo com Giuliano. Contudo, lembre-se que nenhum remédio deve ser tomado sem a orientação de um médico.

    Terapias sonoras

    As terapias sonoras usam sons externos para mascarar o zumbido — e isso faz o cérebro prestar menos atenção ao barulho interno e, com o tempo, pode reduzir a percepção do sintoma. Muitas pessoas relatam melhora quando convivem com o zumbido de forma crônica.

    Fisioterapia e relaxamento

    Se o zumbido vem de tensões nos músculos do pescoço ou da mandíbula, a fisioterapia pode ajudar a aliviar essas contraturas, com exercícios e técnicas de alongamento. O uso de relaxantes musculares também pode ser indicado nesses casos.

    Acupuntura e terapias complementares

    A acupuntura atua equilibrando fluxos de energia do corpo e, segundo alguns estudos, pode ajudar a reduzir a percepção do zumbido. Além dela, terapias alternativas como a meditação, a yoga e práticas voltadas ao controle do estresse também podem ajudar a diminuir o sintoma.

    Controle de doenças associadas

    Em alguns casos, o zumbido surge como consequência de doenças metabólicas ou cardiovasculares, como diabetes e hipertensão. Manter as condições sob controle, junto a hábitos saudáveis e consultas regulares, ajuda a reduzir a frequência e a intensidade do sintoma.

    Como prevenir o zumbido no ouvido?

    A melhor maneira de prevenir o zumbido no ouvido é cuidar da saúde auditiva no dia a dia. Isso envolve atenção a hábitos de escuta, ao ambiente e até ao estilo de vida, como:

    • Evitar sons muito altos, como em shows, boates e festas com som elevado;
    • Cuidar do volume dos fones de ouvido — o ideal é não ultrapassar 60% da potência máxima e limitar o uso contínuo a menos de 60 minutos por vez (regra dos 60/60);
    • Usar protetores auriculares em ambientes barulhentos, como obras, fábricas, aeroportos ou locais com ruído intenso;
    • Manter controle de doenças metabólicas, como hipertensão, diabetes e colesterol alto;
    • Evitar consumo excessivo de cafeína, álcool e nicotina;
    • Controlar o estresse com técnicas de relaxamento, sono adequado e atividades físicas;
    • Procurar atendimento precoce em casos suspeitos, se o zumbido surgir de forma súbita, for unilateral ou vier acompanhado de tontura e perda auditiva.

    Confira: Tipos de sinusite: veja as diferenças entre viral, bacteriana e fúngica

    Perguntas frequentes sobre zumbido no ouvido

    1. Quais alimentos podem piorar o zumbido no ouvido?

    Alguns alimentos e substâncias, especialmente quando em excesso, podem intensificar o barulho, como cafeína, bebidas alcoólicas, nicotina e alimentos muito industrializados. Já uma dieta equilibrada, com boa hidratação e consumo moderado de estimulantes, ajuda a controlar o sintoma.

    2. O zumbido no ouvido pode sumir sozinho?

    Em muitos casos, sim. Quando o zumbido é causado por exposição temporária a sons altos ou por fatores passageiros, como cansaço extremo, ele tende a desaparecer em poucas horas ou dias. Mas, se persistir, deve ser investigado por um médico.

    3. Crianças podem ter zumbido?

    O zumbido é mais comum em adultos e idosos, mas pode ocorrer em crianças por infecções, acúmulo de cera, problemas auditivos ou emocionais. É importante procurar um especialista para investigar.

    4. Zumbido no ouvido pode ser emocional?

    O fator emocional influencia na percepção do sintoma. Ansiedade, estresse e depressão podem agravar o incômodo, pois o cérebro foca no barulho interno e aumenta a sensação de desconforto. Embora nem sempre seja a causa, o estado psicológico pode piorar o quadro.

    5. Zumbido pode ser causado por acúmulo de cera?

    Sim. O excesso de cera pode dificultar a propagação do som e gerar ruídos internos. A remoção feita por um profissional costuma resolver o problema, mas nunca use hastes flexíveis, pois podem empurrar a cera e agravar a situação.

    Leia mais: Sinusite: o que é, causas, sintomas e como tratar

  • Suspeita de infarto: conheça os erros que colocam vidas em risco e saiba como agir

    Suspeita de infarto: conheça os erros que colocam vidas em risco e saiba como agir

    O infarto agudo do miocárdio continua sendo uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo: estima-se que, apenas em território brasileiro, mais de 300 mil pessoas sejam acometidas todos os anos. Sendo uma emergência grave, a forma como se age nos primeiros minutos pode definir se o paciente terá sequelas ou mesmo se sobreviverá.

    O problema é que, diante do susto e da falta de informação quando se suspeita de infarto, muitas pessoas cometem erros graves, como ignorar sintomas, tomar medicamentos por conta própria ou tentar dirigir até o hospital. Essas atitudes, em vez de ajudar, aumentam o risco de complicações fatais.

    Para esclarecer quais comportamentos evitar e quais ações tomar imediatamente, ouvimos a cardiologista Edilza Câmara Nóbrega, que reforça: “Diante de uma suspeita de infarto, agir rápido e corretamente faz toda a diferença para o prognóstico”.

    Suspeita de infarto: por que agir rápido pode salvar o coração

    O infarto ocorre quando há obstrução em uma ou mais artérias coronárias, que levam oxigênio ao coração. Sem esse suprimento, o músculo cardíaco começa a morrer em questão de minutos.

    “O maior erro é achar que os sintomas, como dor no peito, falta de ar e suor frio, vão passar sozinhos. O tempo é crucial durante um infarto. Quanto mais tempo o músculo do coração fica sem oxigênio, maior é o dano. Não espere para ver se melhora”, alerta Edilza.

    Estudos mostram que a mortalidade em casos de infarto agudo do miocárdio pode ser reduzida em até 47% quando o atendimento médico ocorre na primeira hora após o início dos sintomas, conhecida como “hora de ouro”.

    Erros mais comuns em uma suspeita de infarto

    A reação imediata de quem presencia um quadro suspeito de infarto é determinante. No entanto, segundo a especialista, ainda existem condutas equivocadas que atrasam o socorro e comprometem a recuperação.

    Entre os principais erros estão:

    • Ignorar os sintomas: muitas pessoas acreditam que a dor no peito é apenas “gastrite” ou “ansiedade”. Esse atraso pode ser fatal;
    • Tomar medicamentos sem orientação médica: “Nunca tome analgésicos, anti-inflamatórios ou qualquer outro remédio por conta própria. Alguns podem piorar o quadro, além de mascarar os sintomas”, destaca a cardiologista;
    • Dirigir até o hospital: o paciente pode perder a consciência no caminho e provocar um acidente;
    • Fazer esforço físico: andar rápido ou subir escadas só aumenta a necessidade de oxigênio do coração, já em sofrimento;
    • Oferecer comida ou bebida: qualquer ingestão pode atrapalhar, pois o paciente pode precisar de procedimentos imediatos, como cateterismo ou cirurgia de emergência.

    “Na suspeita de infarto, o ideal é sempre chamar o SAMU (192) ou o corpo de bombeiros para que o atendimento comece o mais rápido possível, ainda no local”, fala a cardiologista.

    Leia também: Prolapso da válvula mitral: sinais de alerta, exames e tratamento

    O que fazer corretamente diante de suspeita de infarto

    Se os erros podem ser fatais, as ações corretas podem salvar uma vida. O protocolo básico recomendado por especialistas é claro:

    • Ligue imediatamente para o SAMU (192): esse deve ser sempre o primeiro passo. As equipes estão preparadas para iniciar o atendimento no local;
    • Mantenha a calma: tanto para o paciente quanto para quem ajuda, reduzir a ansiedade evita sobrecarga do coração;
    • Ajuste a posição: coloque a pessoa em uma posição confortável, de preferência sentada, com as costas apoiadas, para facilitar a respiração;
    • Deixe a equipe trabalhar: ao chegar, os socorristas precisam de espaço e objetividade nas informações.

    Lembre-se: quanto mais rápido o socorro especializado for acionado e iniciado, maiores são as chances de recuperação e de evitar sequelas. Por isso, reconhecer os sinais, agir com calma e chamar ajuda imediatamente são atitudes que podem salvar uma vida.

    Sintomas de infarto: típicos e atípicos

    O sintoma de infarto clássico é a dor no peito forte, descrita como pressão ou aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, costas, mandíbula ou estômago. Mas nem sempre o quadro é tão evidente. Mulheres, idosos e diabéticos podem apresentar sintomas de infarto mais discretos, como:

    • Falta de ar sem dor no peito;
    • Queimação no estômago;
    • Náusea ou vômito;
    • Fraqueza súbita ou tontura;
    • Suor frio sem esforço físico.

    Por isso, é essencial estar atento a qualquer mudança súbita no estado de saúde, mesmo que os sintomas pareçam “menos intensos”. Isso também reforça a importância dos exames de rotina, especialmente o ecocardiograma e o teste ergométrico, para identificar riscos e prevenir complicações.

    Confira: Doença coronariana: o que é, como identificar os sintomas e quais os tratamentos indicados

    Prevenção de infarto: como reduzir o risco?

    Agir corretamente diante de uma suspeita de infarto é fundamental, mas prevenir continua sendo a melhor estratégia. Fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo, aumentam exponencialmente as chances de infarto.

    Medidas preventivas incluem:

    • Manter alimentação balanceada, rica em vegetais e pobre em ultraprocessados;
    • Praticar atividade física regular;
    • Controlar peso corporal;
    • Abandonar o cigarro e reduzir o consumo de álcool;
    • Realizar check-ups médicos periódicos.

    Essas ações não eliminam totalmente o risco, mas reduzem de forma significativa a probabilidade de um evento grave.

    Leia também: Cateterismo cardíaco: o que é, para que serve e como é feito

    Perguntas e respostas sobre suspeita de infarto

    1. Por que agir rápido em uma suspeita de infarto é tão importante?

    Porque o músculo do coração começa a morrer em minutos sem oxigênio. Atuar na chamada “hora de ouro” pode reduzir a mortalidade em quase 50%.

    2. Quais são os erros mais comuns que as pessoas cometem?

    Ignorar sintomas, tomar medicamentos por conta própria, tentar dirigir até o hospital, fazer esforço físico e oferecer comida ou bebida ao paciente.

    3. O que deve ser feito imediatamente?

    Chamar o SAMU (192), manter a calma, colocar a pessoa em posição confortável e deixar a equipe de socorro atuar sem interferências.

    4. Quais são os principais sintomas típicos de infarto?

    Dor ou pressão no peito, que pode irradiar para braço, mandíbula, costas ou estômago, geralmente acompanhada de suor frio e falta de ar.

    5. E quais são os sintomas atípicos que também merecem atenção?

    Queimação no estômago, náusea, vômito, tontura, fraqueza súbita e falta de ar sem dor no peito — mais comuns em mulheres, idosos e diabéticos.

    6. O que pode ser feito para prevenir o infarto?

    Adotar hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, exercícios regulares, controle do peso, abandonar o cigarro, reduzir álcool e manter consultas médicas periódicas.

    Confira: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

  • Teste de ovulação: saiba como identificar o período fértil com mais precisão 

    Teste de ovulação: saiba como identificar o período fértil com mais precisão 

    Para mulheres que desejam engravidar, reconhecer o período fértil pode ser decisivo. Embora existam sinais físicos que indicam a ovulação, como a mudança do muco cervical e a dor no baixo ventre, muitas mulheres buscam métodos mais objetivos. É aí que entram os testes de ovulação, vendidos em farmácias e cada vez mais populares.

    Mas até que ponto esses testes são confiáveis? Eles garantem que a ovulação realmente aconteceu? Para esclarecer essas dúvidas, conversamos com a ginecologista e obstetra Andreia Sapienza, que explicou como funcionam os testes de ovulação, quando usá-los e quais são suas limitações.

    Como os testes de ovulação funcionam

    O funcionamento desses testes está diretamente ligado ao hormônio luteinizante (LH). Esse hormônio é responsável por desencadear a ovulação, promovendo o rompimento do folículo que libera o óvulo.

    “O LH faz um pico bem no momento da ovulação. Ele faz o folículo estourar e empurrar o óvulo para dentro da tuba. Então, quando o LH aumenta subitamente no sangue, é o momento em que é muito provável de ocorrer a ovulação”, explica Andreia.

    É importante reforçar: o teste não mede a ovulação em si, mas a subida do LH. “O LH é um bom preditor, aquele que prevê um evento, mas ele não é certeza do evento. Por exemplo, na síndrome dos ovários policísticos, o LH pode estar muito alto, mas a ovulação não vai ocorrer porque o folículo não consegue se romper”.

    Ou seja, os testes de ovulação ajudam a identificar o período fértil, mas não confirmam com 100% de precisão que houve liberação do óvulo.

    O que significa o resultado positivo no teste

    Quando o teste detecta a elevação do LH, indica que a ovulação deve ocorrer em até 24 a 36 horas. É por isso que os especialistas recomendam que as relações sexuais nesse período aumentem as chances de gravidez.

    Segundo Andreia, a janela fértil é relativamente curta: “O ideal é considerar 48 horas antes e 48 horas depois da ovulação. Isso porque o espermatozoide permanece viável por até dois dias dentro do trato reprodutivo, e o óvulo também se mantém viável por até dois dias depois de liberado”.

    Assim, relações sexuais nesse intervalo — dois dias antes até dois dias depois do pico de LH — oferecem maior probabilidade de concepção.

    Como usar os testes de ovulação corretamente

    Os testes de farmácia são semelhantes aos de gravidez: utilizam a urina como amostra. O ideal é usá-los em dias próximos ao meio do ciclo, de acordo com o padrão de cada mulher, e manter consistência no horário.

    “Não é proibido fazer em outro momento, mas é importante manter regularidade, mais ou menos no mesmo horário todos os dias. Pela manhã costuma ser melhor, porque a urina está mais concentrada e tende a capturar o hormônio de forma mais evidente”, recomenda Andreia.

    Dicas para melhor uso:

    • Escolher um período fixo do dia (preferencialmente manhã);
    • Evitar excesso de líquidos antes do teste para não diluir a urina;
    • Fazer o acompanhamento por alguns dias seguidos para perceber a curva de aumento do LH.

    Ou seja, os testes de ovulação funcionam como uma ferramenta prática para identificar o período fértil, mas exigem disciplina no uso para que sejam realmente eficazes.

    Alternativas aos testes de farmácia

    Embora práticos, os testes de ovulação não são a única forma de monitorar a ovulação. Outras estratégias incluem:

    • Acompanhamento do ciclo em aplicativos: ajuda a estimar o período fértil com base na duração do ciclo, embora não substitua sinais clínicos;
    • Temperatura basal: pequenas elevações (entre 0,5 e 2 graus) indicam que o pico de LH ocorreu recentemente. “É uma forma relativamente fácil: a paciente anota diariamente, e quando há esse aumento, é provável que tenha tido o pico do LH”, diz Andreia;
    • Ultrassonografia transvaginal seriada: mostra o crescimento do folículo e confirma a ovulação quando ele desaparece e dá lugar ao corpo lúteo. “Esse é o método mais preciso, porque consigo acompanhar a transformação do folículo em imagem”, afirma a médica;
    • Exames de sangue para LH: fornecem valores exatos do hormônio, mas são usados em contextos clínicos específicos.

    Enquanto aplicativos e temperatura basal podem ser usados em casa, métodos como a ultrassonografia transvaginal e exames de sangue oferecem maior exatidão, mas geralmente são aplicados em contextos clínicos. A escolha depende do objetivo da mulher.

    Em quais situações o monitoramento é mais indicado

    Para mulheres sem dificuldades reprodutivas, ter relações sexuais frequentes já é suficiente e o monitoramento não é necessário. “Se você tiver relações de duas a três vezes por semana, muito provavelmente vai cair na janela de ovulação. Não é obrigatório acompanhar o LH”, explica Andreia.

    No entanto, o monitoramento detalhado pode ser útil em casos de:

    • Tentativas de engravidar sem sucesso após meses de relações regulares;
    • Ciclos irregulares, em que é difícil prever o período fértil;
    • Preparação para técnicas de reprodução assistida, como coito programado, inseminação artificial e fertilização in vitro.

    O monitoramento da ovulação não é indispensável para todas as mulheres, mas pode fazer diferença em situações específicas.

    Reprodução assistida: papel do acompanhamento da ovulação

    Nos tratamentos de fertilidade, identificar o momento exato da ovulação é muito importante. Isso pode ser feito com ultrassonografias diárias durante o período fértil.

    “Você reconhece pelo ultrassom qual é o folículo dominante, aquele que vai romper. Em um dia você vê o folículo, no outro não vê mais — aparece o corpo lúteo. Isso mostra que houve ovulação”, detalha a ginecologista.

    Esse acompanhamento é utilizado em diferentes protocolos de reprodução assistida:

    • Coito programado: relações sexuais orientadas para dias específicos de acordo com o período de ovulação;
    • Inseminação intrauterina: o sêmen é coletado e introduzido diretamente no útero;
    • Fertilização in vitro (FIV): os óvulos são coletados após estimulação ovariana e fecundados em laboratório, sendo depois transferidos ao útero.

    Limitações e cuidados com os testes de ovulação

    Apesar de úteis, os testes de ovulação não devem ser interpretados isoladamente. Doenças como a síndrome dos ovários policísticos podem alterar os níveis de LH e gerar resultados falsamente positivos. Além disso, nem sempre o aumento do LH significa que a ovulação aconteceu.

    O teste sinaliza a possibilidade, mas a confirmação exige outros métodos, como ultrassonografia.

    Ou seja, os testes de ovulação são aliados importantes para mulheres que desejam engravidar, mas não substituem completamente a avaliação clínica. Para quem enfrenta dificuldades reprodutivas ou se prepara para tratamentos de fertilidade, o acompanhamento detalhado pode ser decisivo.

    Veja mais: Higiene menstrual: conheça os principais cuidados durante o ciclo

    Perguntas e respostas sobre testes de ovulação

    1. O que os testes de ovulação realmente medem?

    Eles detectam o aumento do hormônio luteinizante (LH) na urina, que antecede a ovulação. O teste indica que o corpo está se preparando para liberar o óvulo, mas não garante com 100% de certeza que a ovulação aconteceu.

    2. Quando é o melhor momento para usar os testes de ovulação?

    O ideal é fazer próximo ao meio do ciclo menstrual, de acordo com a duração do ciclo de cada mulher. A recomendação é usar sempre no mesmo horário, preferencialmente pela manhã, quando a urina está mais concentrada.

    3. O que significa um resultado positivo?

    Um teste positivo indica que a ovulação deve ocorrer nas próximas 24 a 36 horas. Esse é o período em que relações sexuais oferecem maiores chances de gravidez, já que o óvulo e os espermatozoides permanecem viáveis por até 48 horas.

    4. Os testes de ovulação são indicados para todas as mulheres?

    Não. Para mulheres sem dificuldades reprodutivas, manter relações sexuais frequentes (2 a 3 vezes por semana) já é suficiente para coincidir com a janela fértil. O monitoramento é mais útil em casos de ciclos irregulares, dificuldades para engravidar ou preparo para reprodução assistida.

    5. Quais são as alternativas aos testes de farmácia?

    Entre os métodos caseiros estão a observação do muco cervical e a medição da temperatura basal. Já exames de sangue para LH e ultrassonografia transvaginal são recursos clínicos que oferecem maior precisão e costumam ser usados em tratamentos de fertilidade.

    6. Quais são as limitações dos testes de ovulação?

    Eles podem dar falsos positivos em casos de condições como síndrome dos ovários policísticos (SOP), já que os níveis de LH podem se manter elevados sem que ocorra ovulação. Por isso, devem ser interpretados em conjunto com outros sinais e, em casos de dúvida, com apoio médico.

    Leia também: Odor vaginal: quando é normal, sinais de alerta e cuidados

  • Por que desmaiamos? O que pode estar por trás da perda repentina de consciência 

    Por que desmaiamos? O que pode estar por trás da perda repentina de consciência 

    Você já deve ter visto em filmes alguém ficando pálido, cambaleando e caindo de repente. Na vida real, o desmaio, chamado de síncope pelos médicos, é um evento comum, que pode assustar quem está em volta e também quem passa por ele. Em muitos casos, dura apenas alguns segundos e a pessoa logo desperta sozinha.

    Mas nem sempre é algo inofensivo. O desmaio pode ser provocado por situações simples, como calor intenso ou levantar-se rápido demais, mas também pode estar ligado a doenças cardíacas ou neurológicas.

    Entender as causas, reconhecer os sinais de alerta e saber quando procurar ajuda médica é importante para garantir segurança e saúde.

    O que é desmaio?

    O desmaio, conhecido na medicina como síncope, acontece quando o cérebro deixa de receber oxigênio suficiente por alguns segundos. Isso leva à perda temporária de consciência: a pessoa fica mole, pode cair e, na maioria dos casos, acorda sozinha pouco depois.

    Embora muitas vezes seja um episódio passageiro e sem maiores consequências, em alguns casos pode indicar uma condição mais séria que merece atenção médica.

    O que pode causar um desmaio?

    As causas de desmaio são variadas, mas as mais comuns são as abaixo.

    Síncope reflexa (vasovagal)

    É o tipo mais frequente. Acontece quando algo específico desencadeia o desmaio, como dor intensa, calor excessivo, ficar em pé por muito tempo, ir ao banheiro ou até ver sangue.

    Pressão baixa ao levantar (hipotensão ortostática)

    Acontece quando a pressão arterial cai de forma repentina, geralmente ao se levantar rápido. Também pode ocorrer em casos de desidratação, uso de certos medicamentos ou perda de sangue.

    Problemas no coração (síncope cardíaca)

    Mais grave, acontece quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para o cérebro. Pode estar ligada a arritmias ou alterações estruturais do coração.

    Quais sinais podem aparecer antes do desmaio?

    Algumas pessoas sentem sintomas de alerta segundos antes de desmaiar, como:

    • Tontura;
    • Visão turva;
    • Suor frio;
    • Náusea;
    • Fraqueza.

    Mas em outros casos, o desmaio pode ocorrer de forma súbita, sem aviso.

    Confira: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

    Como o médico descobre a causa do desmaio?

    O diagnóstico do desmaio começa com a avaliação clínica: uma conversa detalhada sobre o episódio e o exame físico. Dependendo da situação, o médico pode solicitar exames complementares, como:

    • Eletrocardiograma (ECG): avalia os batimentos do coração;
    • Exames de sangue: investigam alterações metabólicas;
    • Ecocardiograma: mostra a estrutura e o funcionamento cardíaco;
    • Monitoramento cardíaco por alguns dias: útil para flagrar arritmias intermitentes.

    Como tratar desmaio?

    O tratamento depende da causa identificada:

    • Síncope reflexa: evitar os gatilhos que provocam o desmaio, como calor excessivo ou jejum prolongado;
    • Hipotensão ortostática: levantar-se devagar, manter boa hidratação e, se preciso, ajustar medicamentos;
    • Síncope cardíaca: pode exigir uso de remédios, procedimentos específicos ou até implante de aparelhos que corrigem o ritmo cardíaco.

    Quando o desmaio é sinal de alerta?

    Na maioria dos casos, o desmaio é benigno. Mas procurar atendimento médico é fundamental se os episódios forem recorrentes ou se vierem acompanhados de:

    • Dor no peito;
    • Palpitações;
    • Falta de ar;
    • Histórico de doenças cardíacas;
    • Perda de consciência prolongada.

    Perguntas frequentes sobre desmaio

    1. O desmaio sempre significa um problema grave?

    Não. Muitas vezes ele é passageiro e sem consequências, mas pode sinalizar condições sérias, especialmente cardíacas.

    2. Quais são as causas mais comuns de desmaio?

    As mais comuns são a síncope vasovagal, a queda brusca da pressão ao se levantar (hipotensão ortostática) e problemas cardíacos.

    3. O que fazer quando alguém desmaia?

    Deite a pessoa de costas, levante as pernas, afrouxe as roupas apertadas e verifique se ela está respirando. Se não acordar em alguns minutos ou tiver sintomas graves, chame o SAMU (192).

    4. O que pode ser feito para prevenir desmaios?

    Evitar jejum prolongado, manter boa hidratação, levantar-se devagar e controlar doenças crônicas como pressão alta ou diabetes ajudam a reduzir os episódios.

    5. Qual exame é mais importante para investigar desmaio?

    O eletrocardiograma (ECG) é um dos primeiros exames solicitados, mas o médico pode indicar outros, como ecocardiograma ou monitoramento cardíaco.

    Leia também: Novas metas de colesterol em 2025: valores mais rígidos para proteger seu coração

  • Sinais de ovulação: descubra como o corpo mostra que você está no período fértil 

    Sinais de ovulação: descubra como o corpo mostra que você está no período fértil 

    A ovulação é um dos momentos-chave do ciclo menstrual e também um dos mais aguardados por mulheres que desejam engravidar ou evitar uma gestação. Saber reconhecer os sinais de que ela está acontecendo ajuda não apenas no planejamento reprodutivo, mas também no autoconhecimento sobre a saúde.

    Mas como identificar a ovulação? Quais sinais o corpo dá? E é verdade que algumas mulheres conseguem até sentir de que lado ovularam? Conversamos com a ginecologista e obstetra Andreia Sapienza, que detalhou como funciona o ciclo, quais mudanças ocorrem no corpo e de que forma esses sintomas de ovulação podem ser percebidos.

    O que é a ovulação e como funciona o ciclo menstrual

    O ciclo menstrual é dividido em fases que podem ser descritas tanto do ponto de vista dos ovários quanto do endométrio (a camada interna do útero). A ovulação marca o meio desse ciclo, quando um óvulo é liberado do ovário e segue em direção às tubas uterinas, onde pode ser fecundado.

    Óvulo

    Quando se fala em fase folicular, a análise está voltada para o ovário. Nesse momento, os folículos ovarianos estão em desenvolvimento: são várias pequenas estruturas, semelhantes a cistos, cada uma contendo um óvulo.

    “Entre eles, um se torna dominante, enquanto os demais sofrem atrofia. Esse folículo dominante rompe e libera o óvulo para dentro da tuba uterina”, explica.

    Depois da liberação, inicia-se a chamada fase lútea, porque o folículo que rompeu se transforma no corpo lúteo, responsável por produzir progesterona. Esse hormônio prepara o endométrio para sustentar uma possível gravidez.

    Endométrio

    Do ponto de vista do endométrio, as fases são chamadas de proliferativa e secretória. Enquanto o folículo se desenvolve até o rompimento, o endométrio cresce para preparar o tecido e deixá-lo pronto para receber o embrião.

    “Após a liberação do óvulo, esse tecido começa a secretar glicogênio, que serve como fonte de alimento e energia para o embrião. Por esse motivo, essa etapa é denominada fase secretória”, explica Andreia.

    Em resumo, a ovulação é o ponto central do ciclo menstrual. Nos ovários, um folículo amadurece, rompe e libera o óvulo, enquanto no endométrio o tecido cresce e depois passa a produzir nutrientes para sustentar uma possível gestação.

    Assim, cada fase tem um papel complementar, garantindo que o corpo feminino esteja preparado tanto para a fecundação quanto para a implantação do embrião.

    Quando ocorre a ovulação: cada ciclo é único

    Embora se fale muito no ciclo “padrão” de 28 dias, na prática há grande variação entre as mulheres. Em ciclos regulares de 28 dias, a ovulação geralmente acontece por volta do 14º dia. Porém, em ciclos mais longos, como os de 35 dias, ela pode ocorrer apenas na terceira semana.

    A médica destaca que a fase lútea (após a ovulação) tende a ser fixa, durando cerca de 14 dias. O que varia é a fase folicular, ou seja, o período anterior à ovulação, que pode ter de 10 até 20 dias e ainda ser normal.

    “Os últimos 15 dias são mais fixos, marcados pela ovulação”, afirma.

    Por isso, calcular a ovulação apenas pelo calendário pode ser impreciso. Observar os sinais do corpo é uma estratégia complementar importante.

    Principais sinais da ovulação no corpo da mulher

    Nem todas as mulheres conseguem perceber claramente quando estão ovulando. Algumas são mais sensíveis às mudanças hormonais, enquanto outras passam por esse momento sem notar alterações. Entre os sinais da ovulação mais comuns estão:

    • Dor ou pontada no baixo ventre: conhecida como dor do meio, acontece quando o folículo se rompe e libera líquido na cavidade pélvica. Esse líquido pode causar uma irritação leve, gerando dor pontual, diferente da cólica, e até indicar de qual lado ocorreu a ovulação;
    • Pequeno sangramento no meio do ciclo: chamado de sangramento do meio, é resultado das oscilações hormonais naturais do período ovulatório;
    • Mudança no muco cervical: a secreção vaginal fica mais elástica, transparente e parecida com clara de ovo, facilitando a chegada dos espermatozoides ao óvulo;
    • Alterações de humor ou irritabilidade: geralmente menos intensas do que na TPM, mas podem aparecer em mulheres mais sensíveis às variações hormonais;
    • Aumento da libido: algumas mulheres relatam maior desejo sexual durante a fase ovulatória, influenciado pelas mudanças hormonais.

    De forma geral, os sinais da ovulação são reflexos das transformações hormonais que acontecem no corpo feminino para favorecer a fecundação. Embora variem de intensidade entre as mulheres, essas alterações funcionam como indicativos de que o organismo está no período fértil.

    Reconhecê-los pode ajudar tanto quem deseja engravidar quanto quem busca compreender melhor o próprio ciclo menstrual.

    Nem todas as mulheres sentem os sintomas da ovulação

    É importante lembrar que a ausência de sintomas não significa ausência de ovulação.

    “Algumas mulheres não sentem nada e isso não quer dizer que não ovularam. Apenas significa que são menos sensíveis a esses sinais”, reforça Andreia.

    Essa variação individual explica por que algumas mulheres conseguem identificar até de qual lado ovularam, enquanto outras só percebem a ovulação por meio de exames laboratoriais ou de imagem.

    Exames que ajudam a identificar a ovulação

    Para mulheres que desejam engravidar ou monitorar melhor a saúde reprodutiva, alguns exames podem confirmar a ovulação:

    • Hormônio antimülleriano (AMH): exame de sangue que mede a reserva ovariana, ou seja, quantos óvulos a mulher ainda tem disponíveis ao longo da vida fértil. Não mostra diretamente se a ovulação está acontecendo, mas valores muito baixos indicam menor chance de ovular nos próximos meses;
    • Ultrassonografia transvaginal seriada: feita em consultas de acompanhamento, permite observar o crescimento dos folículos no ovário e identificar com precisão o momento em que ocorre a ovulação;
    • Temperatura basal: consiste em medir diariamente a temperatura do corpo ao acordar. Um pequeno aumento pode indicar que a ovulação já aconteceu.

    Esses exames são úteis principalmente para quem enfrenta dificuldades para engravidar ou precisa de acompanhamento médico mais próximo.

    Leia mais: Exame preventivo ginecológico: o que é e quando fazer

    Quando os sinais confundem: ovulação ou TPM?

    Muitas mulheres sentem dificuldade em diferenciar os sintomas da ovulação dos da tensão pré-menstrual (TPM). Isso acontece porque ambos envolvem mudanças hormonais e podem gerar sinais parecidos, como alterações de humor, dor abdominal e sensibilidade nos seios.

    Ainda assim, existem diferenças importantes que ajudam a identificar em qual fase do ciclo a mulher está.

    • Ovulação: ocorre no meio do ciclo e pode causar dor leve no baixo ventre (a chamada dor do meio), aumento da libido, maior sensibilidade nos seios, alterações de humor e presença de muco cervical transparente e elástico;
    • TPM: surge na segunda metade do ciclo, após a ovulação, devido à queda da progesterona. Os sintomas incluem inchaço, retenção de líquidos, cólicas mais intensas, fadiga, irritabilidade e maior sensibilidade emocional;
    • Diferença prática: a dor do meio e o muco cervical característico são sinais específicos da ovulação, enquanto cólicas fortes, inchaço e oscilações emocionais marcantes estão mais relacionados à TPM.

    Saber reconhecer esses sinais da ovulação permite compreender melhor o próprio corpo, identificar o período fértil com mais clareza e lidar de forma mais consciente com os sintomas típicos de cada fase.

    Ovulação, fertilidade e saúde reprodutiva

    Conhecer os sinais da ovulação é fundamental para mulheres que desejam engravidar, mas também traz benefícios para aquelas que apenas querem entender melhor o próprio corpo. Observar os sinais pode indicar se o ciclo está funcionando normalmente e ajudar a identificar possíveis irregularidades que merecem avaliação médica.

    Andreia destaca que sinais como dor leve, sangramento discreto e mudanças no muco fazem parte do processo fisiológico. Mas reforça: se houver dor intensa, sangramento fora do esperado ou ciclos muito irregulares, o ideal é procurar acompanhamento.

    Confira: Seu ciclo está bagunçado? Saiba quando a menstruação irregular é sinal de alerta

    Perguntas e respostas sobre ovulação

    1. O que é a ovulação?

    A ovulação é o momento do ciclo menstrual em que um óvulo maduro é liberado do ovário em direção à tuba uterina. É o período em que a mulher está mais fértil e pode engravidar se houver relação sexual.

    2. Quando a ovulação acontece?

    Em ciclos regulares de 28 dias, ela costuma ocorrer por volta do 14º dia. Mas cada mulher tem um ritmo próprio: em ciclos mais longos, como os de 35 dias, a ovulação pode acontecer apenas na terceira semana.

    3. Quais são os principais sinais de ovulação?

    Entre os mais comuns estão: dor leve no baixo ventre (dor do meio), pequeno sangramento no meio do ciclo, muco cervical mais elástico e transparente, aumento da libido e alterações de humor leves.

    4. Toda mulher sente sintomas de ovulação?

    Não. Algumas mulheres percebem claramente as mudanças no corpo, enquanto outras não sentem nada. A ausência de sintomas não significa ausência de ovulação.

    5. Como diferenciar sintomas de ovulação da TPM?

    A ovulação acontece no meio do ciclo e tem sinais específicos, como dor do meio e muco cervical característico. Já a TPM surge na segunda metade do ciclo, após a ovulação, e está ligada à queda da progesterona, trazendo sintomas como inchaço, cólicas mais fortes e maior irritabilidade.

    6. Que exames podem confirmar a ovulação?

    Os principais são a ultrassonografia transvaginal seriada, que mostra o crescimento e rompimento do folículo, e exames de sangue que medem hormônios. A temperatura basal e o hormônio antimülleriano (AMH) também ajudam, mas têm funções específicas e limitações.

    7. Quando é importante monitorar a ovulação de perto?

    Em casos de dificuldade para engravidar após meses de tentativas, ciclos irregulares ou preparação para técnicas de reprodução assistida, como coito programado, inseminação artificial ou fertilização in vitro.

    Leia também: Fluxo menstrual intenso: o que é, sintomas e como tratar

  • Odor vaginal: quando é normal, sinais de alerta e cuidados 

    Odor vaginal: quando é normal, sinais de alerta e cuidados 

    Todas as vaginas produzem odor naturalmente. Ele faz parte do funcionamento saudável do corpo e pode variar conforme o ciclo menstrual, a alimentação, a transpiração e até o nível de estresse. Por isso, nem sempre é fácil identificar quando o odor vaginal é apenas fisiológico ou quando indica que algo não está bem.

    Inclusive, diversas mulheres convivem com dúvidas, sem saber ao certo quando é preciso procurar ajuda, mas é fundamental saber diferenciar situações normais de desequilíbrios que precisam de tratamento. A seguir, esclarecemos quando o odor vaginal é normal, quais casos precisam de atenção e quando procurar um médico.

    Afinal, o que é odor vaginal normal?

    A vagina é um órgão autolimpante e, assim como a boca produz saliva, ela naturalmente libera secreções ao longo do ciclo menstrual. Elas podem variar em quantidade, textura e até no cheiro — mas isso não significa, necessariamente, que há algo errado com o organismo.

    Segundo a ginecologista e obstetra Andrea Sapienza, a presença de um odor vaginal leve e característico é completamente normal. Ele pode ser mais perceptível em determinados momentos, como durante o período fértil, após a prática de exercícios físicos ou em dias de calor intenso.

    E quando o odor vaginal é anormal?

    O odor vaginal passa a ser um sinal de alerta quando vem acompanhado de alterações como:

    • Corrimento com cor esverdeada, acinzentada ou amarelada;
    • Cheiro forte e persistente, semelhante a peixe estragado ou amônia;
    • Coceira, ardência ou dor durante a relação sexual;
    • Secreção com bolhas ou consistência alterada.

    Nesses casos, é fundamental procurar avaliação médica.

    O que pode causar o odor vaginal anormal?

    Diversos fatores podem desencadear alterações no odor vaginal — e eles podem estar relacionados à parte interna da vagina ou à região externa da vulva. Confira algumas das causas mais comuns:

    Vaginose bacteriana

    De acordo com Andrea Sapienza, a causa mais comum de odor vaginal é a vaginose bacteriana. Ela ocorre quando há desequilíbrio da flora vaginal, com aumento de bactérias anaeróbias. Normalmente, a condição apresenta os seguintes sintomas:

    • Corrimento acinzentado;
    • Odor forte de peixe estragado ou amônia;
    • Pode apresentar pequenas bolhas na secreção;
    • Não causa inflamação, mas traz bastante incômodo.

    A especialista aponta que o tratamento de vaginose bacteriana geralmente é feito com o uso de remédios antibióticos, como metronidazol, via oral ou vaginal. Mas apenas um especialista pode indicar o uso, não se automedique!

    Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

    É menos comum, mas algumas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a tricomoníase e a gonorreia, também podem provocar odor vaginal desagradável. Nesses casos, o cheiro costuma vir acompanhado de um corrimento de cor amarelada ou esverdeada — além de outros sintomas, como coceira intensa, dor durante as relações e ardência ao urinar.

    Por se tratarem de infecções de transmissão sexual, a recomendação médica é procurar atendimento imediato para diagnóstico e tratamento adequados. O uso de medicamentos específicos costuma ser necessário, e o parceiro também deve receber tratamento para evitar novas infecções.

    Bromidrose na região íntima

    A bromidrose é uma condição em que as glândulas sudoríparas da virilha, semelhantes às que temos nas axilas e nos pés, são colonizadas por bactérias. O resultado é um cheiro forte e desagradável, que aparece especialmente em situações de suor, calor intenso ou após a prática de atividades físicas, segundo Andrea.

    Diferente da vaginose, a bromidrose não está relacionada a infecções internas. O tratamento, que deve ser orientado por um profissional, costuma incluir o uso de pomadas antibióticas tópicas — além de produtos que ajudam a controlar o suor e a reduzir a proliferação bacteriana.

    Má higiene íntima

    O descuido com a higiene da região íntima também pode favorecer o surgimento de odores indesejados. O acúmulo de secreções, suor e restos de urina na vulva cria um ambiente propício para a proliferação de microrganismos, o que intensifica o cheiro.

    Porém, vale reforçar que a limpeza deve ser feita apenas na parte externa, de forma suave e equilibrada. O uso de duchas vaginais internas é extremamente prejudicial, pois pode desregular o pH natural e comprometer a flora vaginal, favorecendo infecções e irritações.

    Alimentação pode alterar o odor vaginal?

    A alimentação não é a principal causa de odor vaginal anormal, mas ela pode influenciar em algumas situações. Dietas ricas em alimentos como alho e cebola, ou mesmo o consumo excessivo de açúcar e carboidratos simples, podem alterar o cheiro natural da secreção.

    No caso da candidíase, por exemplo, embora ela não cause odor, o excesso de açúcar pode favorecer o crescimento do fungo responsável pela infecção. Por isso, é muito importante manter uma dieta equilibrada e rica em fibras, frutas e vegetais.

    Leia mais: Causas comuns de sangramento fora do período menstrual

    Como saber se a secreção é normal ou sinal de problema?

    A secreção vaginal é responsável por lubrificar, proteger e manter o equilíbrio da flora vaginal, sendo um mecanismo natural do corpo feminino. Entre as principais características dela, podemos apontar:

    • Cor transparente, leitosa ou esbranquiçada, podendo variar conforme o ciclo;
    • Textura que muda de acordo com a fase do mês: mais fluida no período fértil (semelhante à clara de ovo) e mais espessa no período pós-ovulatório;
    • Quantidade variável: algumas mulheres produzem mais secreção do que outras, o que também é normal;
    • Odor suave, quase imperceptível, que não causa incômodo;
    • Não vem acompanhada de dor, coceira, ardência ou desconforto.

    Porém, quando há um desequilíbrio da flora vaginal ou presença de infecção, a secreção pode apresentar algumas características específicas, como:

    • Cor diferente do habitual: acinzentada, amarelada, esverdeada ou até com presença de sangue fora do período menstrual;
    • Textura alterada: pode ser espumosa, com bolhas, grumosa ou muito espessa;
    • Odor forte, persistente e desagradável (semelhante a peixe estragado ou amônia);
    • Sintomas associados, como coceira, ardência ao urinar, vermelhidão na vulva ou dor durante a relação sexual;
    • Aumento repentino na quantidade de secreção, fugindo do habitual.

    Uma dica importante de observar é se a secreção está causando desconforto. A secreção fisiológica não incomoda, enquanto o corrimento anormal costuma vir acompanhado de sintomas que atrapalham a rotina, como odor forte ou prurido.

    Cuidados práticos para manter a saúde íntima em dia

    Incluir algumas medidas simples na rotina pode ajudar a manter o equilíbrio da flora vaginal e evitar odores desagradáveis. Entre eles, destacamos:

    • Higienização correta: lave apenas a parte externa da vulva com sabonete;
    • Escolha das roupas íntimas: prefira calcinhas de algodão e evite peças muito apertadas, que aumentam a umidade e favorecem a proliferação de microrganismos;
    • Hábitos saudáveis: beber bastante água, manter uma alimentação equilibrada e reduzir o consumo de açúcar e álcool auxilia no bom funcionamento do organismo e fortalece a imunidade;
    • Trocar absorventes e calcinhas ao longo do dia: isso ajuda a manter a região seca e limpa, o que reduz o risco de infecções;
    • Rotina de consultas: mesmo quando não há sintomas, realizar acompanhamento ginecológico regularmente permite identificar alterações de forma precoce. Um especialista também pode orientar sobre cuidados específicos de acordo com cada fase da vida.

    Confira: Higiene menstrual: conheça os principais cuidados durante o ciclo

    Perguntas frequentes sobre odor vaginal

    1. Toda vagina tem cheiro?

    Sim, toda vagina tem um odor natural, e isso é absolutamente normal. O cheiro faz parte do equilíbrio da flora vaginal e varia de acordo com fatores como ciclo menstrual, ovulação, atividade física, transpiração e até mesmo alimentação.

    É importante entender que ter odor não significa falta de higiene nem doença. Muitas pessoas acham que a vagina deveria ter cheiro neutro ou perfumado, mas isso é um mito. A vagina é um órgão vivo, com secreções naturais, e ter odor faz parte do funcionamento normal do corpo.

    2. Como tirar odor vaginal?

    Primeiro é importante lembrar que toda vagina tem um cheiro natural, e isso não significa falta de higiene.

    Para evitar odores fortes e desconfortáveis, mantenha a higiene da região íntima apenas na parte externa, troque calcinha e absorventes com frequência, use roupas leves e de algodão e beba bastante água.

    Agora, se o odor vier acompanhado de coceira, corrimento diferente ou ardência, pode ser sinal de infecção. Nesse caso, o correto é procurar um ginecologista.

    3. Como diferenciar odor normal de odor anormal?

    O odor normal costuma ser suave, não causa incômodo e pode variar levemente ao longo do ciclo. Já o odor anormal tende a ser forte, persistente e acompanhado de outros sinais, como secreção acinzentada, amarelada ou esverdeada, coceira, ardência ou dor durante as relações sexuais. Na presença desses sintomas, é fundamental procurar atendimento médico.

    4. O uso de sabonete íntimo é indicado?

    O uso de sabonetes íntimos pode ser feito com cautela, mas não é obrigatório. O mais importante é não realizar lavagens internas, pois isso altera o pH vaginal e pode favorecer infecções.

    A limpeza deve ser feita apenas na parte externa, com sabonete neutro ou próprio para a região. No caso de sabonetes íntimos, eles devem ser usados em quantidade moderada, sem exageros, para não irritar a mucosa.

    5. É normal a vagina ter um cheiro mais forte durante a menstruação?

    Durante a menstruação, o sangue em contato com o pH vaginal pode gerar um odor mais forte, mas isso é considerado normal. O uso de absorventes por longos períodos também intensifica o cheiro, já que o sangue se acumula e entra em contato com o ar.

    Nesses casos, basta trocar os absorventes com frequência, manter a higiene adequada e lembrar que a variação faz parte do ciclo e não indica problemas.

    6. O que é vaginose bacteriana e por que causa mau cheiro?

    A vaginose bacteriana é o desequilíbrio mais comum da flora vaginal, e ocorre quando há aumento de bactérias anaeróbias, que produzem compostos responsáveis por um odor característico de peixe estragado. Além do mau cheiro, pode surgir corrimento acinzentado, às vezes com bolhas. O tratamento é feito com antibióticos específicos, prescritos pelo médico.

    7. Gravidez pode alterar o odor vaginal?

    Durante a gestação, os hormônios provocam diversas mudanças no corpo da mulher, incluindo na vagina. O aumento da vascularização e da produção de secreção pode intensificar o odor, mas isso geralmente é normal.

    No entanto, se o cheiro vier acompanhado de secreção anormal, coceira ou ardência, é importante buscar avaliação médica para investigar possíveis infecções, que podem trazer riscos para a gestação.

    8. Quando devo procurar o ginecologista?

    A orientação é procurar ajuda sempre que o odor vaginal for forte, persistente e vier acompanhado de alterações no corrimento, dor, coceira, ardência ou sangramento fora do período menstrual.

    Também é importante buscar avaliação em caso de suspeita de infecção sexualmente transmissível (IST) ou quando as mudanças no odor afetam a qualidade de vida. Um exame físico pode identificar a causa e definir o tratamento adequado, evitando o uso incorreto de remédios.

    Leia também: Fluxo menstrual intenso: o que é, sintomas e como tratar

  • Tontura: o que pode estar por trás desse sintoma tão comum 

    Tontura: o que pode estar por trás desse sintoma tão comum 

    A tontura é um dos sintomas mais relatados nos consultórios médicos. Embora seja mais comum em pessoas idosas, pode aparecer em qualquer idade. Descrever a sensação nem sempre é fácil: algumas pessoas relatam instabilidade, outras falam em desequilíbrio, um quase-desmaio ou até a impressão de que tudo ao redor está girando.

    É importante lembrar que a tontura não é uma doença, mas sim um sinal de que algo está acontecendo no corpo.

    Quais são as possíveis causas da tontura?

    A tontura pode ter múltiplas origens, entre elas:

    • Problemas no ouvido interno: como labirintite ou doença de Ménière;
    • Alterações metabólicas: hipoglicemia, anemia, desidratação;
    • Doenças cardíacas: arritmias, insuficiência cardíaca, pressão baixa;
    • Quadros neurológicos: AVC, esclerose múltipla, traumas;
    • Questões emocionais: ansiedade e estresse;
    • Efeitos colaterais de medicamentos.

    O diagnóstico nunca é simples e depende de avaliação médica com histórico clínico, exame físico e, em alguns casos, exames complementares.

    Sintomas que podem acompanhar a tontura

    • Náuseas;
    • Dor de cabeça;
    • Zumbido no ouvido;
    • Suor frio;
    • Palpitações.

    Tipos de tontura

    A forma como a pessoa descreve a sensação ajuda o médico a identificar a possível causa. Os principais tipos são:

    Vertigem

    Sensação de que tudo ao redor está girando, mesmo em repouso. Geralmente ligada a problemas do ouvido interno, como VPPB, doença de Ménière ou neurite vestibular.

    Pré-síncope

    Sensação de quase desmaio, acompanhada de visão escurecida, suor frio e palpitações. Pode estar relacionada a causas cardíacas, quedas de pressão ou alterações metabólicas, como hipoglicemia.

    Desequilíbrio

    Sensação de instabilidade ao caminhar ou mudar de posição, como se fosse cair. Costuma estar associada a causas neurológicas ou musculares.

    Doenças que podem causar tontura

    • VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna): deslocamento de cristais do ouvido interno, que provoca vertigem ao movimentar a cabeça;
    • Enxaqueca vestibular: crises de tontura com dor de cabeça, sensibilidade à luz e sons, náuseas e zumbido;
    • Neurite vestibular: inflamação do nervo vestibular, que conecta ouvido interno ao cérebro;
    • Doença de Ménière: aumento da pressão no ouvido interno, causando vertigem intensa, perda auditiva, zumbido e ouvido tampado.

    Outras condições incluem hipotensão ortostática, uso de medicamentos, ansiedade, anemia, desidratação ou até gravidez.

    Tratamento da tontura

    Se a tontura for frequente, intensa ou acompanhada de sintomas como desmaios, perda de audição ou alterações neurológicas, é fundamental procurar atendimento médico. O tratamento depende da causa e pode envolver medicamentos, mudanças no estilo de vida ou acompanhamento especializado.

    Perguntas frequentes sobre tontura

    1. Tontura é sempre sinal de labirintite?

    Não. Pode ter várias causas: ouvido, coração, metabolismo ou até fatores emocionais.

    2. Quando a tontura é preocupante?

    Quando é frequente, intensa ou vem com sintomas como desmaio, perda de audição ou alterações neurológicas.

    3. O que é vertigem?

    É um tipo de tontura em que a pessoa sente como se o ambiente ao redor estivesse girando.

    4. Quem tem pressão baixa pode sentir tontura?

    Sim. Quedas de pressão são uma das causas mais comuns do sintoma.

  • Sintomas de próstata aumentada que não devem ser ignorados e quando procurar um urologista 

    Sintomas de próstata aumentada que não devem ser ignorados e quando procurar um urologista 

    A próstata é uma glândula discreta, mas sua saúde está diretamente ligada ao bem-estar masculino, especialmente após os 50 anos. Com o envelhecimento, a próstata aumentada, chamada também de hiperplasia prostática benigna (HPB), torna-se mais frequente. Embora seja uma condição benigna, pode gerar sintomas que afetam a rotina e, em casos avançados, trazer complicações para rins e bexiga.

    Segundo o urologista Luciano Teixeira, os sintomas de hiperplasia prostática benigna começam de forma sutil, mas são facilmente reconhecidos quando o paciente está atento ao próprio corpo. “Os primeiros sinais costumam ser discretos, mas bastante característicos”, fala o médico.

    A seguir, explicamos em detalhes quais sintomas de HPB merecem atenção, quando eles representam risco à saúde e em quais situações procurar um médico se torna urgente.

    Os primeiros sintomas de próstata aumentada

    Os sintomas de hiperplasia prostática benigna podem parecer apenas um desconforto no início, mas sinalizam que a próstata já está pressionando a uretra e dificultando a passagem da urina.

    “O homem percebe certa demora para iniciar a micção (hesitação), assim como jato urinário fraco e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga”. A noctúria (necessidade de urinar várias vezes à noite), também é comum.

    Esses sintomas, embora não indiquem risco imediato, interferem diretamente na qualidade de vida. Acordar repetidamente para ir ao banheiro leva à perda de sono reparador, fadiga no dia seguinte e até impacto na memória e no humor.

    “Por isso, quanto mais cedo o urologista for procurado, mais simples tende a ser o tratamento”, enfatiza o urologista.

    Entre todos os sintomas da hiperplasia prostática benigna, o jato urinário fraco é considerado um dos mais típicos. Ele surge porque a próstata, ao crescer, comprime a uretra e cria resistência à saída da urina.

    “O paciente nota que precisa fazer esforço para urinar, que o jato perde força e, em alguns casos, se torna intermitente, parando e recomeçando”.

    Embora outras doenças possam causar sintomas semelhantes, a próstata aumentada é a causa mais comum em homens de meia-idade.

    Leia também: Hiperplasia prostática benigna (HPB): quando o aumento da próstata deixa de ser normal e exige atenção médica

    Levantar à noite para urinar: quando preocupar?

    A noctúria é um dos sintomas de hiperplasia prostática benigna mais relatados nos consultórios. “A noctúria é um dos sinais mais incômodos, pois compromete a qualidade do sono, gera cansaço e, em longo prazo, pode impactar a saúde geral”, explica Luciano.

    No entanto, o médico faz uma ressalva: nem sempre urinar à noite significa ter próstata aumentada. Outras condições podem estar envolvidas, como:

    • Diabetes mal controlado
    • Problemas neurológicos
    • Insuficiência da contração da bexiga
    • Insuficiência cardíaca
    • Uso de diuréticos

    Por isso, é fundamental que o urologista investigue a causa da noctúria para indicar o tratamento de hiperplasia prostática benigna correto.

    Dor ou sangue na urina fazem parte dos sintomas de hiperplasia prostática benigna?

    Não são sintomas de hiperplasia prostática benigna típicos, mas podem aparecer em casos mais avançados da doença:

    • Sangue na urina: geralmente é resultado da formação de pequenas varizes na próstata aumentada.
    • Dor ao urinar: normalmente está relacionada à infecção urinária, cálculos ou outras doenças.

    “Realmente esses não são os sintomas de hiperplasia prostática benigna mais comuns. A hiperplasia prostática benigna (HPB) costuma provocar dificuldade para urinar, jato fraco e aumento da frequência urinária”, enfatiza o médico. Porém, o alerta é claro: dor ou sangue nunca devem ser ignorados. Eles podem indicar complicações adicionais e exigem avaliação imediata.

    Quando os sintomas de hiperplasia prostática benigna indicam risco de complicações?

    Os sintomas iniciais de próstata aumentada podem apenas causar desconforto, mas, de acordo com o urologista, se tornam preocupantes quando começam a comprometer não apenas o conforto do paciente, mas também a saúde da bexiga e dos rins.

    Alguns sintomas de hiperplasia prostática benigna que podem indicar problemas maiores incluem:

    • Retenção urinária aguda: quando o homem simplesmente não consegue mais urinar. Nesse caso, pode ser necessária uma sonda.
    • Infecção urinária recorrente: provocada pelo esvaziamento incompleto da bexiga.
    • Formação de pedras na bexiga: consequência da estagnação da urina, pode causar a formação de cálculos e contribuir para sangramento urinário.
    • Dilatação dos rins (hidronefrose): pela obstrução prolongada, que aumenta a pressão dentro da bexiga e prejudica a drenagem renal.

    “Nesses casos, a HPB deixa de ser apenas um incômodo e passa a representar risco para a saúde geral do paciente, exigindo tratamento mais ativo”, diz o médico, que enfatiza que esses sintomas de hiperplasia prostática benigna não podem ser ignorados, pois indicam que a próstata pode estar causando complicações sérias.

    A presença de sangue visível na urina, por exemplo, deve ser investigada prontamente, assim como a dor intensa ao urinar, geralmente associada a infecções ou outros problemas.

    “Sempre que um desses sinais se manifestar, a avaliação médica deve ser imediata, pois, quanto antes for feita a intervenção, menores são as chances de complicações permanentes”.

    Quais sintomas não fazem parte da próstata aumentada?

    Nem todo desconforto urológico é causado pela próstata. Muitos homens associam problemas como disfunção erétil, queda da libido ou dor lombar à próstata aumentada, mas o especialista esclarece que esses não são sintomas de hiperplasia prostática benigna.

    Segundo o médico, essas queixas têm outras origens (hormonais, cardiovasculares ou ortopédicas) e devem ser investigadas separadamente.

    O risco é acreditar que tudo é “da próstata” e adiar a procura por ajuda médica. “A mensagem mais importante é: a avaliação médica urológica deve ser realizada periodicamente, mesmo em indivíduos que não apresentem nenhum sintoma”.

    A avaliação de rotina permite o diagnóstico precoce, o que diminui a complexidade dos tratamentos e aumenta a sua efetividade.

    Perguntas e respostas sobre próstata aumentada

    1. Quais são os primeiros sintomas de próstata aumentada?

    Os sinais iniciais incluem demora para começar a urinar (hesitação), jato fraco, sensação de bexiga cheia após urinar e necessidade de urinar várias vezes à noite (noctúria).

    2. O jato urinário fraco é sempre sinal de próstata aumentada?

    É um dos sintomas mais típicos da próstata aumentada, mas outras doenças também podem causar jato fraco. A avaliação médica é fundamental.

    3. Levantar à noite para urinar sempre significa próstata aumentada?

    Não. Apesar de ser comum na próstata aumentada, a noctúria também pode estar ligada a diabetes, insuficiência cardíaca, problemas neurológicos ou uso de diuréticos.

    4. Dor ou sangue na urina fazem parte dos sintomas de próstata aumentada?

    Não são sintomas comuns. Quando aparecem, podem indicar casos avançados ou complicações, como infecção urinária, cálculos ou varizes da próstata.

    5. Quais sintomas indicam risco de complicações sérias?

    Retenção urinária aguda, infecções recorrentes, formação de pedras na bexiga, dilatação dos rins (hidronefrose), dor intensa ao urinar ou sangue visível na urina.

    6. A próstata aumentada pode prejudicar rins e bexiga?

    Sim. A obstrução urinária prolongada pode danificar a bexiga, elevar a pressão e comprometer a função dos rins.

    7. Quais sintomas não fazem parte da próstata aumentada?

    Disfunção erétil, queda da libido e dor lombar não estão ligados à próstata aumentada. Essas queixas têm outras causas.

    Confira: Exames de rotina para prevenir câncer: conheça os principais