Categoria: Prevenção & Longevidade

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  • Calendário de vacinas para adultos: quais doses você não pode esquecer 

    Calendário de vacinas para adultos: quais doses você não pode esquecer 

    Quando se fala em vacinação, muita gente ainda pensa só em criança. Mas a verdade é que o calendário vacinal não termina na infância. Mesmo depois dos 18 anos, existem vacinas muito importantes para manter a saúde em dia e se proteger contra doenças sérias que podem dar muita preocupação.

    Além das anuais, como aquela contra a gripe, por exemplo, algumas vacinas para adultos precisam estar atualizadas.

    Quais vacinas todo adulto deve manter em dia?

    Segundo a infectologista Clara Buscarini, as vacinas essenciais para adultos no Brasil são:

    • DT (difteria e tétano);
    • Hepatite B;
    • Influenza;
    • Covid-19;
    • HPV;
    • Tríplice viral (SCR);
    • Febre amarela (para áreas de risco).

    “A vacinação contra difteria e tétano (dupla adulto, dT) é indicada para todos os adultos, com reforço a cada 10 anos. Já a hepatite B deve ser feita em três doses, caso o adulto nunca tenha se vacinado”, diz a médica. Por isso, é bom checar a carteirinha de vacinação de tempos em tempos.

    Outras vacinas também entram na lista em situações específicas. “A vacinação contra coqueluche é recomendada principalmente para gestantes, não sendo universal para todos os adultos”, explica.

    E no caso da vacina contra influenza (gripe), a recomendação é que grupos prioritários a tomem anualmente. “Isso inclui gestantes, puérperas, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades. Ela fica disponível em campanhas ampliadas ou no sistema privado”, explica a especialista.

    No caso da vacina contra covid-19, o ideal é o reforço anual. “Desde 2021, a vacinação contra o SARS-CoV-2 tornou-se recomendação universal para adultos, com diferentes plataformas vacinais e reforços periódicos (geralmente anuais)”, diz a infectologista.

    E os idosos, precisam de alguma dose de vacina a mais?

    Sim. A infectologista destaca que, para pessoas acima dos 60 anos, a vacina pneumocócica (PPV23) é indicada para ajudar a proteger contra pneumonias graves.

    É importante saber que no serviço privado já estão disponíveis vacinas que não fazem parte do calendário do SUS ou não fazem parte para todos os grupos da população, mas podem ser recomendadas em casos específicos, como a da dengue e a do herpes zoster.

    Vacinas são iguais para homens e mulheres?

    Sim. “Não há esquemas vacinais distintos para homens e mulheres, exceto no contexto de gestantes”, explica a médica.

    Isso significa que, de modo geral, homens e mulheres seguem o mesmo calendário, mas as gestantes precisam receber orientações especiais para proteger também o bebê.

    Por que alguns adultos precisam repetir vacinas que já tomaram?

    Muita gente acredita que estar vacinado na infância é garantia de proteção para a vida toda. Mas não é bem assim.

    “A imunidade conferida por algumas vacinas pode diminuir ao longo do tempo. Além disso, mudanças nos calendários vacinais ao longo das décadas podem deixar lacunas de proteção em adultos”, explica a infectologista.

    Ela dá um exemplo importante: “Indivíduos vacinados contra sarampo entre 1963 e 1989 podem ter recebido vacinas menos eficazes ou esquemas incompletos. Por isso, em grupos de risco, como profissionais de saúde e viajantes internacionais, é recomendada a revacinação”.

    Outra situação mais específica é quando acontece um transplante de medula óssea. “A imunossupressão induzida pelo transplante exige a revacinação completa de adultos, independentemente do histórico vacinal, pois a imunidade adquirida anteriormente pode ser perdida após o procedimento”, detalha a médica.

    Vacinas para adultos quem têm doenças crônicas

    Pessoas que têm determinadas doenças crônicas precisam de uma atenção ainda mais especial para a vacinação, e a recomendação depende da condição clínica.

    “Pessoas com pressão alta e com diabetes devem seguir o calendário já mencionado. Mas pacientes com hepatopatias graves, por exemplo, precisam se vacinar também contra meningite C (ACWY preferencialmente) e meningite B”, orienta.

    Ou seja, nesses casos a avaliação deve ser individualizada pelo médico.

    É seguro tomar várias vacinas no mesmo dia?

    Muita gente tem receio, mas a resposta é sim, é seguro.

    “A administração de várias vacinas no mesmo dia é segura, não compromete a eficácia imunológica e é recomendada para garantir proteção oportuna contra doenças preveníveis”, diz a infectologista Clara Buscarini.

    A única exceção são as vacinas vivas atenuadas (como tríplice viral e febre amarela, por exemplo). “Se não forem aplicadas no mesmo dia, precisam ter um intervalo de pelo menos 28 dias entre elas para evitar interferência na resposta imunológica”, diz a especialista.

    O risco de não completar o calendário vacinal

    Segundo a médica, deixar vacinas de lado pode trazer várias consequências sérias:

    • Maior risco de ficar doente e ter complicações graves, especialmente no caso de pessoas com saúde mais vulnerável, como idosos e quem tem outras doenças;
    • Diminuição da proteção coletiva, também conhecida como imunidade de rebanho. Isso aumenta a chance de doenças já erradicadas ou controladas voltarem (como sarampo, rubéola e poliomielite), e coloca em risco quem não está vacinado ainda ou pessoas imunossuprimidas;
    • Transmissão para pessoas vulneráveis, como bebês, crianças, idosos e pessoas com problemas de imunidade;
    • Impacto no sistema de saúde: o tratamento de doenças preveníveis com vacina onera o sistema de saúde, aumenta o custo e sobrecarrega o sistema.

    “A manutenção de um esquema vacinal completo ao longo da vida adulta é muito importante para prevenir doenças imunopreveníveis e suas complicações”, reforça a infectologista.

    Perguntas frequentes sobre vacinação em adultos

    1. Adultos precisam vacinar todos os anos?

    Sim. Especialmente contra influenza e covid-19, que têm reforços anuais. Mas é importante ficar de olho no calendário vacinal para eventuais reforços de outras vacinas, como a de tétano, por exemplo.

    2. Qual vacina é obrigatória para viajar?

    A vacina contra febre amarela é exigida em viagens para áreas de risco ou países que solicitam o certificado internacional.

    3. Vacina contra HPV é só para adolescentes?

    Não. “Adultos com 20 anos ou mais, não vacinados anteriormente, podem receber três doses da HPV9”, lembra a médica.

    4. Posso tomar vacinas mesmo gripado?

    Depende. Quadros leves não contraindicam, mas em caso de febre alta é melhor adiar.

    5. Se eu perder uma dose, preciso reiniciar a vacinação?

    Não. O esquema pode ser retomado de onde parou, sem necessidade de começar tudo de novo.

    Leia também: HPV: o que é, riscos e como a vacina pode proteger sua saúde

  • 8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia

    8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia

    Passar horas sentado diante do computador, dirigir por muito tempo ou carregar peso de forma errada são alguns dos principais fatores que causam dores nas costas. É um incômodo tão comum que, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial terá ao menos um episódio significativo de dor nas costas ao longo da vida.

    Como a maioria dos casos está ligada a hábitos do dia a dia, pequenas mudanças na rotina (como corrigir a postura e praticar exercícios físicos regularmente) podem reduzir significativamente a ocorrência de dores e melhorar a qualidade de vida.

    Pensando nisso, listamos as principais causas da dor nas costas e as orientações práticas para preveni-la, com dicas que podem ser aplicadas tanto no trabalho quanto em casa. Confira!

    Afinal, o que causa dor nas costas?

    O ortopedista Caio Gonçalves de Souza explica que as dores nas costas podem ser causadas por diversos fatores, podendo atingir jovens, adultos e idosos. Entre os fatores mais comuns estão:

    • Má postura nas atividades diárias: sentar-se curvado, ficar horas no celular ou trabalhar com o monitor na altura errada sobrecarrega a coluna;
    • Levantamento incorreto de peso: pegar objetos no chão sem dobrar os joelhos aumenta o risco de lesões;
    • Sedentarismo: a falta de exercícios enfraquece a musculatura de sustentação da coluna;
    • Uso excessivo de dispositivos eletrônicos: olhar para baixo por horas mexendo no celular causa sobrecarga na cervical;
    • Movimentos repetitivos: atividades como varrer, carregar caixas ou digitar por longos períodos geram fadiga muscular;
    • Estresse e tensão emocional: aumentam a contração muscular e agravam as dores, principalmente na região cervical;
    • Envelhecimento: o desgaste natural dos discos intervertebrais e articulações leva a episódios mais frequentes de dor;
    • Traumas e quedas: desde pequenos impactos até acidentes maiores, podem desencadear dores importantes.

    Como prevenir a dor nas costas no dia a dia?

    Pequenas mudanças de postura, de rotina e de ambiente podem reduzir muito os episódios de dor, como:

    1. Mantenha uma boa postura

    Ao sentar, o ideal é apoiar totalmente as costas no encosto da cadeira, manter os ombros relaxados e os dois pés firmes no chão. Cruzar as pernas pode parecer confortável, mas favorece o desalinhamento da pelve e aumenta a sobrecarga lombar.

    2. Levante-se com frequência

    Ficar muito tempo sentado, em especial diante do computador, reduz a circulação sanguínea e aumenta a rigidez muscular. O recomendado é levantar por intervalos, dar alguns passos e realizar movimentos simples de alongamento.

    Você pode ir buscar um café, ir ao banheiro ou aproveitar o momento para esticar as pernas. O hábito reduz (e muito!) a fadiga dos músculos de sustentação e previne contraturas.

    3. Saiba como pegar peso

    O esforço sempre deve ser feito com as pernas, nunca com a coluna. Isso significa dobrar os joelhos, manter as costas retas e segurar o objeto bem perto do corpo. Também vale respeitar o próprio limite, não querer carregar mais do que aguenta e, sempre que possível, dividir a carga com outra pessoa.

    4. Pratique atividade física

    O sedentarismo está entre os principais fatores de risco para dor nas costas. “A ausência de movimento leva ao enfraquecimento muscular – especialmente dos músculos responsáveis por estabilizar a coluna (core) – e à perda de flexibilidade das articulações”, explica Caio.

    Exercícios que fortalecem a musculatura do abdômen, lombar e pelve (como pilates, yoga, musculação, caminhada e natação) contribuem para estabilizar a coluna e reduzir a chance de sobrecarga. A recomendação mínima é de 150 minutos de atividade física por semana, segundo orientações da OMS.

    “Antes de iniciar qualquer atividade física, principalmente pessoas com histórico de dor crônica ou limitações, é recomendável avaliação com profissional de saúde qualificado (médico, fisioterapeuta ou educador físico)”, aponta o ortopedista.

    5. Evite sobrecargas

    Carregar peso em um só braço ou usar mochilas de alças finas favorece o desequilíbrio postural e aumenta a sobrecarga na coluna e nos ombros. Quando o hábito se repete por muito tempo, pode causar dores musculares e até alterações na curvatura da coluna.

    O ideal é dividir o peso entre os dois lados do corpo e preferir mochilas de duas alças largas, acolchoadas e firmes, que distribuem melhor a carga e reduzem o risco de lesões. Também é importante evitar o excesso de peso em bolsas e mochilas para preservar a saúde da coluna no dia a dia.

    6. Adapte o ambiente de trabalho

    Um espaço mal ajustado faz com que o corpo compense de forma errada, adotando posições prejudiciais à coluna. Para evitar isso, recomenda-se o uso de cadeiras ergonômicas, que apoiem toda a região lombar, e mesas na altura correta, de modo que os braços fiquem relaxados ao digitar.

    O monitor deve estar alinhado à altura dos olhos, evitando que a cabeça se incline para frente. Para pessoas que utilizam notebooks, uma dica é utilizar suportes para erguer o aparelho.

    7. Inclua alongamentos na rotina

    Alongamentos leves de pescoço, ombros, braços e pernas são fáceis de fazer e ajudam a evitar rigidez muscular. Praticá-los logo ao acordar prepara o corpo para o dia, e repetir durante pequenas pausas no trabalho diminui a tensão acumulada. Não é necessário muito tempo: cinco minutos já fazem diferença para o bem-estar.

    8. Controle o estresse

    O estresse emocional também impacta o corpo, provocando contrações involuntárias na região cervical e lombar. Técnicas de respiração profunda, pausas curtas durante o dia, meditação guiada e atividades prazerosas, como caminhar ao ar livre ou ouvir música, ajudam a aliviar a tensão muscular.

    Orientações para pessoas que dirigem

    Ficar muito tempo ao volante exige que o corpo permaneça na mesma posição, com movimentos limitados. Isso aumenta a pressão sobre os discos intervertebrais, dificulta a circulação sanguínea e favorece contraturas musculares, principalmente na lombar e no pescoço.

    Por isso, quem dirige por longos períodos precisa adotar alguns cuidados básicos. Caio orienta:

    • Ajuste o banco: mantenha o encosto levemente inclinado (100 a 110 graus), permitindo apoio total das costas;
    • Apoio lombar: use uma almofada ou toalha enrolada, se o carro não oferecer suporte;
    • Altura dos joelhos: devem estar levemente dobrados, em um nível ligeiramente mais alto que o quadril;
    • Evite objetos nos bolsos: carteira ou celular podem desalinhar o quadril;
    • Faça pausas a cada 2 horas: caminhe, alongue as pernas e movimente a coluna por, pelo menos, 15 minutos;
    • Controle o estresse no trânsito: respiração profunda e calma ajudam a evitar contrações musculares, causadas pelo nervosismo ao volante.

    Como o colchão e travesseiro podem ajudar na dor nas costas?

    Um colchão e travesseiro inadequados podem causar ou agravar dores ao manter a coluna desalinhada por várias horas seguidas, o que também prejudica a qualidade do sono.

    O colchão deve ser firme o suficiente para sustentar a coluna, sem ser excessivamente duro ou mole, já que ambos os extremos favorecem pontos de pressão e desconforto. Já o travesseiro precisa manter o pescoço alinhado ao restante da coluna:

    • Quem dorme de lado deve usar um modelo que preencha o espaço entre o ombro e a cabeça;
    • Quem dorme de barriga para cima deve escolher um travesseiro que preserve a posição neutra do pescoço.

    A posição de bruços, por outro lado, deve ser evitada, pois sobrecarrega a cervical e a lombar. O uso de almofadas pode ser um recurso complementar, ajudando a aliviar a pressão — entre os joelhos, no caso de quem dorme de lado, ou sob os joelhos, para quem prefere dormir de barriga para cima.

    De acordo com Caio, o colchão e o travesseiro devem ser trocados periodicamente, à medida que perdem a capacidade de suporte.

    Quando a dor nas costas é preocupante?

    Na maioria das vezes, a dor nas costas é passageira e melhora com repouso, mudanças de hábito e exercícios. No entanto, existem sinais de alerta que indicam a necessidade de avaliação médica urgente, já que podem estar relacionados a condições mais graves, como hérnias de disco avançadas, compressão nervosa, fraturas, infecções ou até tumores.

    O ortopedista Caio Gonçalves de Souza aponta alguns deles:

    • Dor intensa e de início súbito, sem causa aparente;
    • Dor que não melhora com repouso e persiste por mais de quatro a seis semanas;
    • Dores crônicas que não respondem a medidas simples;
    • Perda de força, dormência, formigamento ou sensação de choque elétrico nos braços ou pernas;
    • Alterações urinárias ou intestinais, como perda de controle da bexiga ou do intestino (pode indicar compressão da medula e é uma emergência);
    • Emagrecimento sem explicação associado a dor;
    • Febre persistente acompanhada de dor lombar, sinal possível de infecção;
    • Histórico de trauma recente, especialmente em idosos ou pessoas com osteoporose;
    • Histórico prévio de câncer, HIV ou uso crônico de corticoides, que aumenta o risco de complicações ósseas.

    Quando procurar ajuda médica?

    Buscar atendimento médico é fundamental sempre que a dor for incapacitante, persistente ou vier acompanhada de sinais de alerta. Ademais, qualquer sintoma neurológico novo, como perda de sensibilidade, fraqueza nos membros ou dificuldade para andar, deve ser considerado motivo para procurar um especialista com urgência.

    Perguntas frequentes

    1. Qual é o melhor exercício para prevenir dor nas costas?

    Não existe um exercício único para prevenir a dor nas costas. O ideal é combinar fortalecimento, alongamento e atividades aeróbicas.

    Pilates e yoga, por exemplo, melhoram a flexibilidade e a consciência postural. Já a musculação fortalece a região abdominal e lombar, conhecida como core, e caminhadas e natação mantêm o corpo ativo sem sobrecarregar as articulações.

    2. Como saber se a dor é muscular ou algo mais grave?

    As dores musculares geralmente aparecem após esforço ou má postura e tendem a melhorar com repouso, alongamento e analgésicos simples.

    Já as dores persistentes, que não melhoram após semanas, ou que vêm acompanhadas de formigamento, fraqueza ou perda de sensibilidade, exigem investigação médica, pois podem estar relacionadas a problemas estruturais na coluna.

    3. A dor nas costas pode ser sintoma de hérnia de disco?

    Sim. A hérnia de disco acontece quando o disco intervertebral sofre desgaste ou deslocamento e acaba comprimindo nervos próximos. Isso pode gerar dor intensa, muitas vezes irradiando para braços ou pernas, além de sintomas como formigamento e perda de força.

    No entanto, destaca-se que nem toda dor lombar é sinal de hérnia. Existem várias outras causas possíveis, então é essencial procurar um médico para uma investigação adequada e identificar o tratamento correto para cada caso.

    4. Sentir dor nas costas depois de exercícios físicos é normal?

    A dor leve após atividades pode estar relacionada ao esforço muscular e tende a desaparecer em poucos dias. No entanto, dores intensas, persistentes ou acompanhadas de formigamento e limitação de movimentos não são normais e devem ser avaliadas. Isso pode indicar lesão ou execução inadequada do exercício.

    5. Gravidez aumenta o risco de dor nas costas?

    Sim! Durante a gestação, o aumento de peso e as alterações hormonais modificam o centro de gravidade da mulher e alteram a postura, o que sobrecarrega especialmente a coluna lombar e a região pélvica.

    Além disso, os ligamentos ficam mais frouxos para preparar o corpo para o parto, deixando as articulações menos estáveis e mais suscetíveis a dor. Exercícios leves, fisioterapia e orientações de postura podem ajudar bastante a aliviar o desconforto, desde que feitos sempre com acompanhamento médico.

    6. Dormir de bruços faz mal?

    Dormir de bruços não é recomendado porque força o pescoço e a região lombar, deixando a coluna em desalinhamento por várias horas. As posições mais indicadas são de lado, com um travesseiro entre os joelhos, ou de barriga para cima, com apoio sob os joelhos.

    7. Os analgésicos resolvem a dor nas costas?

    Os analgésicos podem aliviar a dor momentaneamente, mas não tratam a causa do problema. O uso frequente sem orientação médica também não é recomendado, já que pode mascarar problemas mais graves. O ideal é associar alívio da dor a mudanças de hábitos e acompanhamento profissional, quando necessário.

    Leia também: Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer

  • Por que cuidar do coração antes de uma cirurgia

    Por que cuidar do coração antes de uma cirurgia

    Independentemente do tipo de cirurgia, o coração é um dos órgãos mais exigidos do corpo. Mesmo em procedimentos que não envolvem diretamente a região cardíaca, como uma operação no joelho ou na vesícula, o estresse físico e emocional do processo cirúrgico impacta a pressão arterial, a frequência dos batimentos e a oxigenação do sangue.

    É por isso que a atenção ao coração antes, durante e depois de qualquer procedimento é importante para garantir a segurança do paciente.

    Conversamos com a cardiologista Edilza Câmara Nóbrega, formada pelo InCor-HCFMUSP, para esclarecer as principais orientações sobre como o coração deve ser cuidado em cada fase do processo cirúrgico.

    O que acontece com o corpo durante uma cirurgia?

    Uma cirurgia, mesmo quando não envolve diretamente o coração, é um evento de estresse considerável para o organismo e provoca diversas alterações. “O estresse físico e emocional, a anestesia, a perda de sangue e a inflamação que ocorrem durante o procedimento sobrecarregam o sistema cardiovascular”, aponta Edilza.

    Primeiro, a anestesia (seja geral ou regional) interfere no sistema nervoso central, podendo afetar a respiração, a pressão arterial e os batimentos cardíacos. Por isso, o paciente é monitorado o tempo todo.

    Além disso, o estresse do procedimento estimula a liberação de hormônios como adrenalina e cortisol, que deixam o organismo em ritmo acelerado. O sistema respiratório também é afetado, já que a anestesia pode reduzir a capacidade de respirar sozinho e por isso, muitas vezes, é necessário oxigênio extra por máscara ou intubação.

    Por que a avaliação cardiológica pré-operatória é tão importante?

    Antes da cirurgia, é importante fazer uma avaliação cardiológica para ver como está a saúde do coração e identificar possíveis riscos. Na consulta, o médico conversa sobre o histórico do paciente, analisa os fatores de risco e pode pedir exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e alguns testes de sangue.

    Em geral, Edilza aponta que a consulta é altamente recomendada para:

    • Pessoas que já tiveram infarto, têm insuficiência cardíaca, arritmias ou algum outro problema no coração;
    • Pacientes que têm pressão alta, diabetes, obesidade, colesterol alto ou fumam;
    • Adultos e idosos, geralmente acima de 50 ou 60 anos;
    • Quem sente dor no peito, falta de ar, palpitações ou inchaço nas pernas;
    • Aqueles que farão cirurgias de médio ou grande porte, onde pode acontecer perda de sangue ou estresse considerável.

    Se for identificado risco elevado, a cirurgia pode até ser adiada. O objetivo não é impedir o tratamento, mas sim garantir que o coração esteja estável para suportar o procedimento. Às vezes, é necessário ajustar medicações ou até realizar um procedimento cardíaco prévio.

    Cuidados com o coração durante a cirurgia

    Durante todo o procedimento cirúrgico, diversos cuidados são feitos para proteger o coração, que é monitorado. Isso é importante para detectar qualquer alteração precoce e agir rapidamente. Entre os cuidados mais importantes estão:

    • Controle da pressão arterial, para evitar picos ou quedas bruscas;
    • Monitoramento dos batimentos, para identificar arritmias;
    • Controle da dor e do estresse, para reduzir a sobrecarga cardíaca;
    • Reposição de líquidos e sangue, para equilibrar o volume circulante.

    Quais os riscos cardíacos no pós-operatório?

    O período pós-operatório é uma das fases mais críticas para o coração. Mesmo depois de uma cirurgia bem-sucedida, o corpo ainda é afetado por inflamação, dor e os efeitos da anestesia, o que pode sobrecarregar o sistema cardiovascular.

    As complicações cardíacas mais comuns nesse momento incluem, segundo Edilza:

    • Infarto;
    • Arritmias;
    • Insuficiência cardíaca;
    • Tromboembolismo, que são coágulos que podem atingir o coração ou o pulmão.

    Cuidados com o coração no pós-operatório

    Além do acompanhamento médico, os hábitos de vida da pessoa são muito importantes para garantir uma recuperação segura e reduzir o risco de complicações. Alguns deles incluem:

    • Seguir as orientações médicas à risca: nunca interromper medicações sem falar com o médico;
    • Controlar a pressão arterial: medir regularmente, inclusive em casa se possível;
    • Manter uma alimentação equilibrada: frutas, verduras, legumes, proteínas magras e pouco sal;
    • Evitar cigarro e álcool;
    • Praticar atividade física leve, com liberação médica;
    • Reduzir o estresse e cuidar da mente;
    • Dormir bem e manter rotina de descanso.

    Importância da saúde mental e emocional após a cirurgia

    A recuperação após um procedimento também envolve questões emocionais. O medo da cirurgia, a ansiedade e até a sensação de solidão aumentam o estresse e dificultam a estabilização do organismo.

    “Pacientes podem ajudar seus corações ao manter a calma, conversar com a família, amigos ou psicólogo, focar nos pequenos progressos, praticar atividades relaxantes como ouvir música, ler ou técnicas de respiração. O suporte emocional é tão importante quanto o cuidado físico para uma recuperação completa”, finaliza a cardiologista Edilza Câmara Nóbrega.

    Perguntas frequentes sobre como cuidar do coração para uma cirurgia

    1. A cirurgia pode causar problemas no coração saudável?

    Pode, mas o risco é menor. Em pessoas saudáveis, o coração geralmente consegue lidar com o estresse do procedimento. Mas complicações como arritmias e picos de pressão podem ocorrer.

    2. Como a pressão alta influencia na cirurgia?

    A pressão alta aumenta o risco de complicações como infarto e AVC. Se não estiver controlada, podem ocorrer picos perigosos durante a operação.

    3. Quem já teve infarto pode operar?

    Pode sim, mas com cuidados redobrados. O cardiologista precisa avaliar como está o coração após o infarto e pode solicitar exames extras antes de liberar o procedimento.

    4. Quais hábitos ajudam o coração a se recuperar melhor no pós-operatório?

    Seguir corretamente os remédios, manter a pressão controlada, ter alimentação saudável, evitar cigarro e álcool, praticar exercícios leves, dormir bem e cuidar da saúde emocional.

    5. Quando procurar o cardiologista antes da cirurgia?

    O ideal é assim que a cirurgia for marcada. Isso dá tempo para exames, ajustes de medicação ou tratamento de eventuais problemas.

    6. É seguro voltar a treinar após a cirurgia?

    Sim, desde que liberado pelo médico. O retorno deve ser gradual, começando com caminhadas leves.

  • Cirurgia marcada? Veja quando procurar o cardiologista

    Cirurgia marcada? Veja quando procurar o cardiologista

    Se você está com uma cirurgia marcada, já deve saber que o preparo não envolve apenas jejum e exames laboratoriais. Na verdade, antes de entrar no centro cirúrgico, é fundamental avaliar se o coração está pronto para suportar o estresse da anestesia, da perda de sangue e da recuperação.

    A consulta, também conhecida como avaliação cardiológica pré-operatória, é necessária especialmente para pacientes com fatores de risco, como pressão alta, diabetes, histórico familiar de doenças cardíacas ou mais de 40 anos. Ela garante que o procedimento seja feito com mais segurança e reduz a chance de complicações graves, como infarto ou arritmias.

    Para entender melhor quando procurar esse acompanhamento e quais cuidados são indispensáveis, conversamos com a cardiologista Edilza Câmara Nóbrega, formada pelo InCor-HCFMUSP. Confira!

    Por que o coração precisa ser avaliado antes da cirurgia?

    Toda cirurgia gera estresse para o organismo. A anestesia, a perda de sangue, a dor e a inflamação desencadeiam respostas hormonais que elevam a pressão arterial, aceleram os batimentos e aumentam a demanda de oxigênio do coração.

    Na maioria dos pacientes saudáveis, o corpo dá conta dessa sobrecarga. Mas, para quem já tem fatores de risco ou doenças cardíacas, as alterações podem desencadear complicações sérias — como infarto agudo do miocárdio e até AVC.

    Estudos mostram que hoje os pacientes cirúrgicos são, em geral, mais idosos e com múltiplas doenças associadas. Preparar o coração e alinhar condutas entre médico, cirurgião e anestesista é essencial para a segurança do procedimento.

    Quando procurar o cardiologista antes da cirurgia?

    De acordo com Edilza Câmara Nóbrega, especialista em cardiologia perioperatória, a avaliação deve ser feita assim que a cirurgia for marcada.

    “O ideal é que essa avaliação seja feita com tempo hábil para que o cardiologista possa solicitar exames adicionais, se necessário, e para que haja tempo para qualquer otimização do seu estado de saúde, como ajuste de medicações ou investigação de alguma alteração”.

    A urgência depende do tipo de cirurgia:

    • Cirurgias eletivas: permitem maior planejamento e otimização.
    • Cirurgias de urgência: mesmo nesses casos, é feita uma checagem mínima do coração.

    Quem deve priorizar a avaliação cardiológica?

    A consulta é altamente recomendada para:

    • Pessoas com histórico de infarto, insuficiência cardíaca, arritmias, doença arterial coronariana ou stent;
    • Pessoas com pressão alta, diabetes, colesterol alto, obesidade ou tabagismo;
    • Pacientes que já tiveram AVC;
    • Adultos de meia idade e idosos (acima de 50-60 anos, conforme o caso);
    • Pessoas com sintomas cardíacos como dor no peito, palpitações, falta de ar ou inchaço;
    • Quem vai passar por cirurgias de médio ou grande porte.

    Sinais de alerta antes de operar

    Entre os sinais que exigem investigação estão:

    • Dor no peito;
    • Falta de ar;
    • Palpitações;
    • Inchaço nas pernas;
    • Cansaço sem causa aparente;
    • Desmaios ou tonturas frequentes.

    “Caso apresente algum desses sintomas ou condição cardíaca grave, cirurgias eletivas podem e devem ser suspensas se a avaliação cardiológica identificar um risco elevado de complicações. A segurança do paciente é a prioridade”, explica Edilza.

    E se o risco cirúrgico for considerado alto?

    Nesses casos, a cirurgia pode ser adiada ou adaptada. As condutas possíveis incluem:

    • Otimização do tratamento;
    • Exames adicionais;
    • Mudança do plano cirúrgico;
    • Adiamento da cirurgia;
    • Encaminhamento para tratamento cardíaco prévio;
    • Cirurgia em ambiente com monitoramento intensivo.

    O que pode acontecer se a avaliação for ignorada

    Ignorar essa etapa aumenta o risco de complicações como:

    • Infarto;
    • Arritmias graves;
    • Insuficiência cardíaca aguda;
    • AVC;
    • Complicações respiratórias;
    • Morte.

    O que acontece durante a cirurgia para proteger o coração?

    Durante o procedimento, o coração é monitorado constantemente com equipamentos de controle de pressão, frequência cardíaca, oxigenação e atividade elétrica. Medicamentos e manejo da dor ajudam a evitar sobrecarga cardíaca e prevenir complicações.

    Como cuidar do coração após a cirurgia?

    Mesmo após a cirurgia, há risco de complicações como arritmias, infarto e insuficiência cardíaca. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável, junto com fisioterapia e reabilitação cardíaca quando indicado.

    O estresse emocional também pode impactar. Técnicas de respiração, atitude positiva, apoio familiar e música ajudam na recuperação.

    Perguntas frequentes sobre avaliação cardiológica antes de cirurgias

    1. O que é avaliação cardiológica pré-operatória?

    É a consulta em que o cardiologista verifica se o coração está preparado para enfrentar a cirurgia e a anestesia, pedindo exames e ajustando remédios se necessário.

    2. Preciso procurar o cardiologista mesmo para cirurgias pequenas?

    Sim. Mesmo cirurgias simples podem sobrecarregar o coração, especialmente em quem tem fatores de risco.

    3. A cirurgia pode ser adiada por causa do coração?

    Sim. Se o risco for alto, a cirurgia pode ser adiada para estabilização do coração antes.

    4. Já tive infarto. Posso fazer cirurgia?

    Sim, mas com cuidado extra. O cardiologista avalia o tempo desde o infarto e pode solicitar exames adicionais.

    5. Quais são as principais complicações cardíacas no pós-operatório?

    Infarto, arritmias, insuficiência cardíaca e coágulos. Daí a importância da vigilância médica.

    6. Preciso suspender meus remédios antes da cirurgia?

    Apenas sob orientação médica. Anticoagulantes, por exemplo, podem precisar de ajuste.

    7. Sou idoso e vou operar. Meu risco é maior?

    Sim. Idosos têm mais fatores de risco, mas a avaliação ajuda a reduzir as chances de complicações.

    8. Como sei que estou pronto para a cirurgia?

    Quando o cardiologista confirma que exames e condições estão controlados. Isso não elimina totalmente o risco, mas o reduz ao máximo.

    9. Existe risco de AVC durante ou após a cirurgia?

    Sim, especialmente em quem tem hipertensão, diabetes ou arritmias. O controle desses fatores antes da cirurgia ajuda a reduzir a chance.

  • Exame preventivo ginecológico: o que é e quando fazer

    Exame preventivo ginecológico: o que é e quando fazer

    Você provavelmente já ouviu falar do exame preventivo ginecológico. A questão é que muita gente associa esse cuidado apenas ao papanicolau, sendo que a prevenção vai muito além disso. Esse conjunto de exames ajuda a detectar alterações ginecológicas e é uma oportunidade de cuidar da saúde da mulher de forma integral.

    A ginecologista e obstetra Andreia Sapienza explica que o ginecologista é reconhecido como médico generalista que cuida da saúde da mulher.

    “É claro que temos um foco na saúde feminina geniturinária, principalmente passando por três funções, a menstrual, a obstétrica e a sexual, mas na prevenção nós olhamos de forma mais abrangente e holística”, conta a especialista.

    O que é o exame preventivo ginecológico

    O exame preventivo é uma consulta voltada para avaliar diferentes aspectos da saúde feminina em cada fase da vida. Ele envolve desde a coleta do papanicolau, exame que identifica lesões causadas pelo HPV que podem evoluir para câncer de colo do útero, até exames de imagem e laboratoriais, de acordo com a idade e os fatores de risco de cada mulher.

    “O papanicolau é um exame para prevenção de uma doença, mas o preventivo é quando falamos de tudo da parte ginecológica, ou seja, vamos pensar em câncer de mama, câncer de útero, câncer de colo de útero e outros menos frequentes, como câncer de vagina e câncer de vulva”, explica a médica.

    O preventivo ginecológico também vai olhar outras doenças, como risco cardiovascular e risco de osteoporose. “Isso pensando na mulher que já tem uma certa idade de climatério”, explica a ginecologista.

    Quando começar a fazer o exame preventivo

    A recomendação é que toda mulher inicie o acompanhamento ginecológico após o início da vida sexual. Os exames solicitados, no entanto, variam de acordo com a idade e histórico familiar.

    “Nas mulheres mais jovens, o principal foco de atenção é naquelas doenças com maior prevalência na idade, como câncer de colo do útero. Já entre as mulheres que estão próximas do climatério, a prevenção se volta também para outras doenças, cuja incidência começa a aumentar nesse período da vida”.

    Ou seja, cada fase da vida tem seus focos de atenção e o acompanhamento deve ser adaptado.

    “Mulheres que começam a fazer o acompanhamento cedo costumam se manter nele ao longo das fases da vida: início da vida sexual, fase reprodutiva, filhos, climatério e menopausa. Em cada etapa, a forma de olhar muda, mas o acompanhamento é contínuo”, explica Andreia.

    Principais exames do preventivo

    • Papanicolau e HPV: para rastreamento de câncer de colo de útero;
    • Colposcopia e vulvoscopia: quando há alterações ou HPV positivo, permitem analisar lesões invisíveis a olho nu;
    • Ultrassom transvaginal: avalia útero, endométrio, miomas, ovários, cistos e pólipos;
    • Exames de mama: ultrassonografia em mulheres jovens e mamografia somada ao ultrassom a partir dos 40 anos;
    • Ressonância de mamas: em casos de prótese ou necessidade de avaliação detalhada;
    • Exames de sangue: hemograma, vitaminas, colesterol e glicemia;
    • Exames complementares no climatério: densitometria óssea (a partir de 50 anos), endoscopia e colonoscopia (a partir de 45 anos).

    Para mulheres com prótese de silicone, às vezes o ultrassom ou a mamografia são complementados com a ressonância magnética. “Usamos para ver principalmente detalhes na parte posterior da prótese ou mesmo da integridade da prótese”, explica a médica.

    Diferença entre SUS e saúde privada

    Os protocolos de rastreamento podem mudar dependendo se a mulher faz acompanhamento pelo sistema público ou privado.

    No setor privado, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda mamografia anual a partir dos 40 anos. Já no SUS, a oferta é diferente.

    “Como o SUS tem a preocupação em ser o melhor equilíbrio entre universal e integral, ele acaba oferecendo a mamografia a cada dois anos a partir dos 50 anos. Como não tem recurso para oferecer para todo mundo todo ano, essa é uma forma de garantir que esse exame seja oferecido para mais pessoas”, explica a médica.

    Como se preparar para o exame preventivo

    Não existe um grande mistério na preparação para o exame.

    “Orientamos que a mulher não tenha relação sexual 72 horas antes da coleta e não esteja menstruada, pois essas situações alteram o resultado”, diz a médica. “Isso não quer dizer que exista uma alteração real, mas pode mascarar o resultado normal e atrapalhar a investigação”.

    No climatério, pode haver atrofia genital intensa. “Se não houver contraindicação, às vezes é prudente preparar a vagina com estrogênio antes do papanicolau para evitar alterações nos resultados”, explica a especialista.

    Perguntas frequentes sobre o exame preventivo ginecológico

    1. A partir de que idade devo ir ao ginecologista?

    A ginecologista recomenda que a menina tenha pelo menos uma consulta inicial quando menstrua, para receber orientações. O outro momento é quando tem ou está prestes a ter a primeira relação sexual, para receber orientações sobre contracepção e começar os exames preventivos.

    2. Preciso ir ao ginecologista todo ano?

    Sim, o ideal é passar em consulta anualmente, pois o ginecologista consegue olhar a saúde da mulher de forma integral e solicitar os exames necessários para cada fase.

    3. O exame preventivo ginecológico inclui só o papanicolau?

    Não. Ele envolve também avaliação das mamas, útero, ovários e outros exames, dependendo da idade da mulher.

    4. Mulheres que nunca tiveram relação sexual precisam fazer?

    Não precisam fazer o papanicolau, mas devem ir ao ginecologista. A consulta é necessária de qualquer forma, porque não se previne só câncer de colo uterino, mas também câncer de mama, de útero, de ovários, além de avaliar vulva e vagina, incontinência urinária e outras condições.

    5. Quem tem prótese mamária precisa de exames diferentes?

    Sim. Às vezes, a ressonância é indicada para avaliar detalhes da prótese e integridade.

    6. O SUS oferece todos os exames do preventivo?

    O SUS segue protocolos próprios, que incluem papanicolau e mamografia a cada dois anos a partir dos 50, além de outros exames conforme a necessidade.

  • Check-up cardíaco: quais exames fazer e com que frequência

    Check-up cardíaco: quais exames fazer e com que frequência

    O coração trabalha 24 horas por dia, sem pausa para descanso. E, assim como um carro que precisa de revisão para não quebrar no meio da estrada, o coração também merece atenção preventiva. É aí que entra o check-up cardíaco, um conjunto de exames que ajuda a identificar riscos e prevenir problemas antes que eles apareçam.

    O cardiologista Giovanni Henrique Pinto, que integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein, explica que a partir dos 40 anos mesmo quem não tem fatores de risco já deve começar a avaliação.

    “Mas se houver histórico familiar de doenças cardíacas, diabetes, hipertensão ou colesterol alto, o check-up deve começar antes, por volta dos 30 ou 35 anos”, recomenda.

    Quando começar o check-up do coração

    Se você tem um histórico familiar de infarto ou AVC, a recomendação é antecipar o check-up cardíaco.

    “Se um parente de primeiro grau teve infarto ou AVC antes dos 55 anos, no caso de homens, ou 65 anos, para mulheres, é indicado iniciar a avaliação 10 anos antes da idade em que o evento ocorreu”, orienta Giovanni.

    Exames básicos que fazem parte do check-up cardíaco

    Segundo o cardiologista, todo check-up começa com exames essenciais:

    • Eletrocardiograma: exame que registra a atividade elétrica do coração e ajuda a detectar arritmias.
    • Dosagem de colesterol e glicemia: exame que mede as gorduras e o açúcar no sangue, fatores ligados a doenças cardíacas.
    • Avaliação da pressão arterial: verifica se a pessoa tem pressão alta, um dos maiores problemas para o coração.

    Exames complementares que podem ser solicitados no check-up cardíaco

    Dependendo do perfil e histórico da pessoa, o médico pode pedir outros exames do coração para avaliar pontos específicos. Alguns deles são:

    • Ecocardiograma: ultrassom que mostra o funcionamento do coração.
    • Teste ergométrico: é o famoso teste da esteira, que avalia o desempenho do coração sob esforço intenso.
    • MAPA ou Holter: monitoram a pressão arterial ou o ritmo cardíaco por 24 horas.
    • Cintilografia miocárdica ou angiotomografia coronariana: em casos selecionados, para avaliar fluxo sanguíneo e artérias do coração.

    Esses são exames para prevenir infarto e outros problemas cardiovasculares.

    Homens e mulheres: exames iguais, mas atenção diferente

    De maneira geral, os homens e as mulheres fazem os mesmos exames do coração. “No entanto, mulheres podem apresentar sintomas atípicos de doenças cardíacas e, por isso, a avaliação pode incluir exames mais específicos”, diz o médico.

    “A menopausa também é um fator de risco e devemos estar atentos a esse período de vida das mulheres”, alerta o cardiologista. Nessas situações, o médico pode recomendar exames extras.

    Com que frequência repetir os exames

    A resposta depende do risco cardiovascular de cada um. A partir do primeiro check-up cardíaco, o médico saberá dizer quando deve ser feito o próximo.

    • Baixo risco, sem outros fatores de risco: a cada 2 a 3 anos.
    • Risco moderado: anualmente.
    • Alto risco ou portadores de doenças cardiovasculares: anual ou até semestral, conforme orientação médica.

    Check-up cardiológico detecta risco de infarto?

    Sim, o check-up cardíaco consegue detectar risco de infarto, conta o cardiologista.

    “Por meio da análise dos fatores de risco e exames, é possível estimar a chance de eventos cardiovasculares e adotar medidas preventivas”, afirma o médico.

    O cardiologista Giovanni Henrique Pinto conta que exames como escore de cálcio e teste ergométrico podem identificar placas nas artérias ou isquemia silenciosa, que é quando o coração sofre falta de sangue sem causar sintomas.

    Sintomas que merecem atenção fora da rotina

    Apesar de fazer o check-up regularmente, não espere a data do próximo exame cardiológico para procurar ajuda se sentir:

    • Dor no peito;
    • Falta de ar ao se esforçar;
    • Tontura ou desmaios;
    • Palpitações;
    • Inchaço nas pernas.

    Esses são sinais que você deve procurar um médico imediatamente para investigar o que está acontecendo.

    Check-up cardiológico normal significa risco zero?

    Infelizmente, não. “O risco cardiovascular pode mudar com alterações nos hábitos, peso, pressão e colesterol. Por isso, mesmo com exames normais, é fundamental manter hábitos saudáveis e reavaliar periodicamente”, reforça o Dr. Giovanni.

    Perguntas frequentes sobre check-up cardíaco

    1. Check-up cardíaco dói?

    Não. Os exames são simples e não invasivos na maioria dos casos.

    2. Preciso fazer jejum para o check-up?

    Para exames de sangue, sim, geralmente de 8 a 12 horas.

    3. Posso fazer check-up grávida?

    Alguns exames são seguros, mas é preciso informar o médico para adaptar a avaliação.

    4. Quanto custa um check-up cardíaco?

    O valor varia conforme a quantidade de exames solicitados e o local. Os planos de saúde também cobrem os exames que constam no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

    5. Atletas também precisam fazer check-up?

    Sim. A avaliação ajuda a garantir que o coração está preparado para esforços intensos.

    6. Quem nunca teve sintomas precisa fazer?

    Sim. O objetivo é prevenir e identificar riscos antes dos sintomas aparecerem e manter a saúde do coração.

    7. Existe idade máxima para fazer check-up?

    Não. A avaliação é importante em qualquer fase da vida.

    8. O check-up substitui hábitos saudáveis?

    De forma alguma. Ele complementa a prevenção, para que os médicos consigam intervir precocemente caso necessário, mas não dispensa alimentação equilibrada, exercícios e controle do estresse.

  • Como controlar pressão alta com mudanças no estilo de vida

    Como controlar pressão alta com mudanças no estilo de vida

    Você provavelmente já ouviu que comer bem ajuda a controlar a pressão alta. Mas o que talvez nem todo mundo saiba é que o estilo de vida pode fazer uma grande diferença no controle da pressão. E mais: em alguns casos, essas mudanças já são uma maneira de como baixar a pressão naturalmente sem precisar de remédio.

    Segundo o Ministério da Saúde, 27,9% dos brasileiros convivem com pressão alta, também conhecida como hipertensão arterial. E o problema é que, na maioria das vezes, ela não dá nenhum sinal que te faça desconfiar de que algo está errado. É aquela velha história da doença silenciosa que pode passar anos sem sintomas e, de repente, causar algo mais sério como um infarto ou um AVC.

    Mas não dá para se render, pois hoje já sabemos que tem como prevenir e controlar a pressão alta. O bom é que não precisa de nada muito difícil de fazer, só um pouco de disposição e mudanças no dia a dia.

    Por que o estilo de vida afeta a pressão arterial

    O estilo de vida está ligado à pressão alta. Dormir mal, comer alimentos industrializados em vez de frutas, verduras e carnes magras, se estressar, além de não fazer nenhuma atividade física, são atitudes péssimas para a pressão arterial. Isso acontece porque esses hábitos ruins fazem o corpo trabalhar de forma desregulada, o que sobrecarrega o organismo.

    Com o tempo, isso eleva a pressão arterial e pode causar problemas sérios. É por isso que mudar hábitos é uma das formas mais eficazes para cuidar da saúde e controlar a pressão.

    Exercícios físicos para controlar a pressão alta

    O exercício para pressão alta deve ser considerado, com a orientação médica. O sedentarismo é um grande inimigo da saúde, e ficar parado o dia inteiro, só no sofá ou na frente do computador, não ajuda em nada quem tem pressão alta. Fazer atividade física diariamente de maneira leve ou moderada, como caminhada, dança ou até uma musculação leve, já é uma mão na roda no controle da pressão. De quebra, ainda melhora o humor, o sono e a disposição.

    Essas atividades aumentam a circulação, ajudam o coração a trabalhar melhor e reduzem os níveis de estresse, tudo o que a pressão alta não gosta.

    A importância do sono para a pressão arterial

    Quem dorme mal também tem mais chance de ter pressão alta. E, ao contrário do que muita gente pensa, de que tirar no cochilo depois de dormir mal à noite já é o suficiente, o corpo não funciona bem assim. Ter um sono ruim, insuficiente ou dormir de forma irregular pode aumentar a pressão arterial. O ideal é dormir de sete a oito horas por noite e com qualidade.

    Para ter um sono reparador, é importante criar um ambiente tranquilo, sem muita luz ou barulho, e manter uma rotina de horários para dormir e acordar.

    Como o estresse aumenta a pressão arterial

    Não adianta muito dormir bem, mas já acordar nervoso, correndo contra o relógio ou preocupado com tudo. Nesses casos, o estresse também pode empurrar a pressão lá para o alto.

    Cuidar do estilo de vida, portanto, é uma das melhores coisas a fazer para prevenir e controlar a pressão arterial. Parar um pouco durante o dia, aprender a respirar com calma, tirar um tempinho para fazer algo que gosta, como ouvir uma música, ler um bom livro ou cozinhar, por exemplo, pode ajudar a aliviar a mente e diminuir o estresse para evitar a pressão alta. Em outras palavras, controlar o estresse é uma das formas de como baixar a pressão naturalmente.

    “Essas medidas complementam a dieta e potencializam seus efeitos benéficos, promovendo melhor qualidade de vida”, explica o cardiologista Pablo Cartaxo, do Instituto do Coração da USP (InCor).

    Mudanças no estilo de vida podem substituir remédios?

    De acordo com o cardiologista, em muitos casos de hipertensão leve, só as mudanças no estilo de vida já são suficientes para normalizar a pressão.

    “Em estágios mais avançados, essas mudanças ainda são fundamentais para reduzir riscos e melhorar o efeito da terapia farmacológica”, destaca o cardiologista.

    Ou seja: mesmo quem já precisa de remédio pode se beneficiar muito de uma rotina mais saudável. E, com o tempo, pode até reduzir a dose, mas sempre com orientação médica.

    Leia mais: Dieta mediterrânea para pressão alta: como funciona

    Plano prático para mudanças graduais no estilo de vida

    Não adianta decidir mudar de vida e sair fazendo tudo de uma vez. A chance de dar errado é grande, afinal, nem todas as pessoas lidam bem com mudanças bruscas. O caminho, então, está na constância e no planejamento.

    Como organizar a alimentação

    Comece organizando o seu tempo, pois é a partir dele que todas as outras mudanças vão acontecer. É mais fácil comer bem quando se tem um tempo reservado para fazer compras saudáveis no mercado e preparar as refeições em casa já com pouco sal, mesmo que isso envolva cozinhar em maior quantidade e congelar marmitas para o resto da semana. Se um nutricionista puder ajudar, melhor ainda.

    “Valorizar os alimentos naturais, redescobrir temperos caseiros e adaptar o paladar gradualmente também facilita a adesão a um padrão alimentar mais saudável e sustentável para o controle da hipertensão”, completa o médico.

    Rotina de sono para quem tem pressão alta

    Depois de organizar a alimentação, é hora de organizar o sono. Procure dormir e acordar sempre no mesmo horário, e evite ficar no celular ou na TV pelo menos 1 hora antes de dormir. A luz emitida por esses aparelhos atrapalha a produção do hormônio do sono, a melatonina, e não te deixa repousar bem.

    Atividades físicas simples para começar

    Por fim, com o sono organizado, procure fazer atividade física. Se não tiver acesso a uma academia, por exemplo, faça caminhadas na rua, suba e desça escadas, jogue bola com seu filho, ande de bicicleta. O importante é não ficar parado.

    Dicas para manter as mudanças a longo prazo

    Não precisa virar atleta nem fazer dieta radical. Comece aos poucos, com passos possíveis, e o corpo vai agradecendo com mais saúde e disposição. E, sem dúvida, meça sua pressão com regularidade e siga todo e qualquer tratamento recomendado pelo médico. Mudanças no estilo de vida podem, sim, ajudar a controlar a pressão arterial.

    Perguntas frequentes sobre estilo de vida e pressão alta

    Posso parar o remédio se controlar a pressão com exercícios?

    Não. Mesmo que a pressão melhore, nunca suspenda o uso de remédios por conta própria. Essa decisão deve ser tomada pelo médico, que vai avaliar sua evolução a segurança.

    Qual o melhor horário para fazer exercícios tendo pressão alta?

    Manhã ou final da tarde são os horários mais recomendados, especialmente para evitar o calor excessivo. Antes de iniciar qualquer atividade física, porém, converse com seu médico para receber orientação adequada.

    Quantas horas de sono são necessárias para controlar a pressão?

    O ideal é dormir entre 7 e 8 horas por noite. Dormir pouco, especialmente menos de 6 horas por dia, pode aumentar o risco de desenvolver ou agravar a pressão alta.

    O estresse influencia na pressão arterial?

    Sim. O estresse constante pode aumentar a pressão arterial, pois libera hormônios que contraem os vasos sanguíneos e aceleram os batimentos do coração. Técnicas de relaxamento, respiração, exercícios e lazer são importantes para diminuir o estresse. Na dúvida, consulte um cardiologista.

    Leia também: Dieta DASH: como fazer a dieta que ajuda baixar sua pressão