Categoria: Bem-estar & Estilo de Vida

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  • Abdominais para perder barriga? Saiba o que realmente funciona 

    Abdominais para perder barriga? Saiba o que realmente funciona 

    A busca por uma “barriga chapada” é quase universal em academias. Entre os exercícios mais usados para esse fim estão os abdominais, vistos por muita gente como a solução para eliminar gordura localizada na região da cintura. Mas será que fazer abdominais para perder barriga realmente funciona?

    Para esclarecer essa dúvida, ouvimos a educadora física Tamara Andreato, que reforça a importância de compreender o verdadeiro papel dos exercícios abdominais. Além disso, trazemos evidências científicas que analisaram de forma prática os efeitos desses exercícios no corpo.

    Fazer abdominais para perder barriga é um mito

    O primeiro ponto importante a se compreender é: os abdominais não são exercícios voltados para a queima de gordura. “Esses exercícios não ajudam a reduzir gordura na região do abdômen”, garante Tamara. “O que eles fazem é o fortalecimento do core”, enfatiza.

    O core é composto por diversos músculos que incluem a região da frente do abdômen e também das costas e lombar. No abdômen, os principais músculos são:

    • Reto abdominal: músculo da parte frontal do abdômen, o famoso “tanquinho”;
    • Oblíquo externo: localizado na lateral do abdômen, mais superficial; ajuda nos movimentos de rotação do tronco;
    • Oblíquo interno: também nas laterais, mas em uma camada mais profunda;
    • Transverso do abdômen: músculo profundo que circunda o abdômen como uma faixa, responsável por estabilizar o tronco;
    • Infra-abdominais: região inferior do reto abdominal, próxima ao púbis.

    Como definição, o papel dos exercícios abdominais é fortalecer e hipertrofiar esses músculos. Eles não eliminam gordura localizada, mas trazem estabilidade, postura melhor e proteção contra dores, especialmente na lombar.

    O mito da redução de gordura localizada

    Muitas pessoas acreditam que exercitar intensamente uma região do corpo resulta em perda de gordura localizada. No entanto, o processo de emagrecimento depende de fatores como dieta, gasto calórico e genética, e não apenas da ativação muscular de um ponto específico.

    Esse entendimento também é sustentado por estudos científicos. Uma pesquisa publicada no Journal of Strength and Conditioning Research avaliou adultos saudáveis que realizaram exercícios abdominais cinco vezes por semana, durante seis semanas. O resultado foi claro: não houve redução de gordura abdominal ou medidas de circunferência, apenas melhora da resistência muscular.

    O que realmente funciona para perder gordura abdominal?

    A redução de gordura corporal, inclusive do abdômen, depende de um déficit calórico equilibrado, e não só de fazer abdominais para perder barriga. Isso significa gastar mais energia (calorias) do que se consome.

    A prática de exercícios aeróbicos (como corrida, natação e ciclismo), combinada ao treino de força e a uma alimentação ajustada, é o caminho mais eficaz. O estudo citado reforça essa conclusão: mesmo com treinamento abdominal intenso, não houve alteração na gordura abdominal dos participantes. Apenas a resistência muscular foi ampliada.

    “Perder gordura abdominal é consequência de uma boa alimentação, ingestão de líquido, ingestão de proteína adequada e de carboidratos adequados”, afirma Tamara.

    Abdominais e qualidade de vida

    Mais do que estética, os abdominais devem ser vistos como aliados para a qualidade de vida, mobilidade e bem-estar. O fortalecimento do core influencia diretamente no dia a dia de quem trabalha muito tempo na mesma posição.

    “Se a pessoa trabalha em pé ou se trabalha sentada, ela não vai ter tanto desconforto a partir do momento que essa região está fortalecida”, garante a especialista.

    Ou seja, na prática, quem fortalece o core tende a sofrer menos com dores, rigidez e fadiga. Para quem fica sentado o dia inteiro, os abdominais ajudam a evitar a pressão excessiva na lombar, enquanto para quem trabalha de pé, dão sustentação à postura e reduzem a sensação de peso nas costas ao final do dia.

    Fazer exercícios para o abdômen contribui ainda para prevenir lesões, melhorar o equilíbrio e até potencializar a performance em outros esportes, como corrida e ciclismo, já que a região central estabiliza todo o corpo.

    Com que frequência devo fazer abdominais?

    A frequência dos treinos abdominais é um ponto importante. Tamara recomenda a realização de abdominais de três a cinco vezes por semana, mas destaca uma dica prática para não deixar o exercício de lado:

    “Alguns profissionais colocam esses exercícios sempre no final do treino, mas ele pode entrar no meio do treino”, ensina. “Muitas vezes as pessoas, no final do treino, acabam não fazendo. Então eu indico fazer de três a cinco vezes na semana, no meio do treino, para não dar preguiça de não fazer”.

    Essa estratégia ajuda a manter a consistência e garante que o fortalecimento do core seja parte efetiva da rotina de exercícios.

    Leia também: Exercícios para melhorar a postura no home-office: guia prático para evitar dores

    Abdômen chapado não depende só dos abdominais

    Os exercícios abdominais são fundamentais para fortalecer o core, melhorar a postura e deixar os músculos mais firmes, mas, sozinhos, não são suficientes para conquistar o “abdômen chapado”.

    Isso acontece porque, mesmo bem trabalhada, a musculatura abdominal pode permanecer escondida sob a camada de gordura corporal. Ou seja, sem reduzir essa gordura, os músculos não ficam aparentes, independentemente da quantidade de séries e repetições realizadas.

    Para alcançar a definição, é necessário combinar diferentes estratégias. Além dos exercícios específicos para a região, a prática de atividades aeróbicas ajuda a aumentar o gasto calórico e a acelerar a queima de gordura. Paralelamente, a alimentação deve ser equilibrada e organizada em um déficit calórico, garantindo que o corpo use a reserva de gordura como fonte de energia.

    Perguntas frequentes

    1. Abdominais fazem perder barriga?

    Não. Eles fortalecem o core e melhoram a postura, mas a perda de gordura abdominal depende de alimentação e exercícios globais.

    2. Qual é o verdadeiro benefício dos abdominais?

    Fortalecer músculos do abdômen, lombar e região pélvica, prevenindo dores e melhorando a estabilidade corporal.

    3. Por que não existe queima de gordura localizada?

    Porque o emagrecimento é sistêmico: o corpo decide de onde retirar gordura, e isso depende de genética, gasto calórico e dieta.

    4. Com que frequência devo fazer abdominais?

    De três a cinco vezes por semana, preferencialmente no meio do treino, para evitar que sejam deixados de lado.

    5. O que realmente ajuda a reduzir gordura abdominal?

    Alimentação equilibrada, ingestão adequada de líquidos, proteínas e carboidratos, exercícios aeróbicos e treinos de força.

    6. Como ter um abdômen definido?

    Isso depende do conjunto de hábitos saudáveis que unam exercícios abdominais, exercícios aeróbicos e alimentação balanceada.

    Leia mais: Creatina: benefícios, como tomar e cuidados importantes

  • 10 alimentos para aumentar a imunidade (e como incluir na dieta) 

    10 alimentos para aumentar a imunidade (e como incluir na dieta) 

    Assim como a prática de exercícios físicos e o sono de qualidade, a alimentação tem papel fundamental na imunidade, influenciando diretamente como o corpo reage a vírus, bactérias e outros micro-organismos.

    O sistema imunológico atua como um complexo mecanismo de defesa, responsável por identificar e combater agentes externos. Para que ele funcione, é importante garantir uma rotina alimentar rica em vitaminas, minerais, proteínas e antioxidantes.

    “A alimentação saudável influencia na prevenção de infecções porque fortalece as barreiras de defesa do corpo. Um organismo bem nutrido tem células de defesa mais eficientes, capacidade de cicatrização melhor e menor risco de processos inflamatórios que fragilizam a imunidade”, esclarece a nutróloga Flávia Pfeilsticker.

    Mas, afinal, quais são os nutrientes que mais influenciam na imunidade? Quais alimentos realmente fazem diferença no dia a dia? Com a ajuda da especialista, listamos alguns alimentos para aumentar a imunidade, como eles funcionam e formas de inserir na rotina alimentar. Confira!

    Quais os nutrientes mais importantes para fortalecer a imunidade?

    O sistema imunológico depende de uma combinação de nutrientes para funcionar bem. Entre os mais importantes, Flávia aponta as vitaminas A, C, D e E, além de minerais como zinco e selênio, que participam de processos antioxidantes e de defesa celular.

    “As proteínas também são fundamentais, já que os anticorpos são produzidos a partir delas”, complementa a especialista.

    Também é possível destacar o ferro, que está ligado ao transporte de oxigênio no sangue e ao bom funcionamento das células imunes. Já o ômega-3, encontrado principalmente em peixes de água fria, atua com efeito anti-inflamatório e ajuda a regular a resposta imunológica.

    Leia mais: Alimentação saudável: o que é, benefícios e como ter

    Quais são os alimentos para aumentar a imunidade?

    Laranja

    Rica em vitamina C, a laranja contribui para aumentar a produção de células de defesa do organismo e pode ajudar na recuperação mais rápida em casos de resfriados. Além disso, contém fibras que favorecem a saciedade e auxiliam na digestão.

    O ideal é consumir a fruta in natura, pois oferece fibras, mais nutrientes e maior saciedade. Uma laranja média já oferece cerca de 70 mg de vitamina C, quase o total da recomendação diária para adultos.

    Limão

    Assim como a laranja, o limão é uma fonte rica de vitamina C e de flavonoides, compostos antioxidantes que ajudam a reduzir inflamações. Pode ser consumido em chás, saladas, marinadas ou até mesmo em água saborizada.

    O limão também tem efeito alcalinizante, ajudando a equilibrar o pH e fortalecendo as mucosas de proteção. Uma simples fatia espremida sobre a salada já oferece um reforço importante ao prato.

    Cenoura

    A cenoura é rica em betacaroteno, precursor da vitamina A, fundamental para manter saudáveis as mucosas do corpo, como nariz, garganta e pulmões, que funcionam como barreira contra microrganismos.

    A vitamina A também favorece a saúde dos olhos e da pele. Pode ser consumida crua em saladas, ou cozida em refogados e arroz.

    Abóbora

    Fonte de betacaroteno, vitaminas do complexo B, fibras, zinco e ferro. Esses nutrientes modulam a resposta inflamatória e fortalecem as células de defesa.

    A abóbora é um dos alimentos para aumentar a imunidade, é versátil e pode ser usada em sopas, purês, refogados e até sobremesas.

    Oleaginosas e sementes

    Castanhas, nozes, amêndoas, sementes de abóbora, chia e linhaça são ricos em selênio, vitamina E e gorduras boas, que reduzem inflamações crônicas.

    Uma castanha-do-pará por dia já fornece a quantidade de selênio recomendada para um adulto.

    Carnes magras

    Frango e cortes magros de boi são fontes de proteínas, ferro e zinco, essenciais para anticorpos e multiplicação de células de defesa.

    Prefira métodos como grelhar, assar ou cozinhar, evitando frituras.

    Ovos

    Os ovos são fontes completas de proteína e contêm vitaminas A, D, E, B12, além de minerais como selênio e zinco.

    A gema concentra a maior parte dos nutrientes, por isso é importante consumir o ovo inteiro.

    Leguminosas

    Feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha oferecem proteínas vegetais, fibras, ferro e zinco.

    O clássico “arroz com feijão” é uma combinação nutricional completa e acessível que fortalece a imunidade.

    Verduras de folhas escuras

    Espinafre, couve, rúcula e brócolis são ricos em ferro, cálcio, vitaminas A e C e antioxidantes, que reforçam o sistema imunológico e a saúde geral.

    Peixes ricos em ômega-3

    Salmão, sardinha, atum e cavala contêm ácidos graxos ômega-3, que têm efeito anti-inflamatório e ajudam a regular a imunidade.

    O consumo regular de peixe, pelo menos duas vezes por semana, reduz riscos cardiovasculares e melhora a função cognitiva.

    Veja mais: Qual a diferença entre nutricionista e nutrólogo?

    Qual o consumo diário ideal?

    As necessidades variam de pessoa para pessoa. Mas, de forma geral, incluir pelo menos cinco porções de frutas e verduras variadas por dia já é um bom começo. “O importante é manter a constância e a diversidade de alimentos ao longo da semana”, ressalta Flávia.

    É possível fortalecer a imunidade apenas com alimentação?

    Na maioria dos casos, sim, desde que não haja deficiências nutricionais. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, os nutrientes necessários devem vir prioritariamente de alimentos in natura e minimamente processados.

    “A suplementação só se torna necessária em situações de deficiência comprovada ou em condições específicas, como doenças crônicas, restrições alimentares, gestação e terceira idade”, explica a médica.

    Perguntas frequentes

    O que acontece se eu tiver deficiência de ferro? Isso afeta a imunidade?

    Sim. A falta de ferro pode causar anemia, comprometendo a energia e a resposta do sistema imunológico. Boas fontes incluem feijão, lentilha, carnes magras e verduras escuras, consumidos junto a vitamina C para melhor absorção.

    Comer frutas todos os dias realmente fortalece as defesas do corpo?

    Sim. Frutas oferecem vitaminas, fibras, minerais e antioxidantes. É ideal variar as frutas, priorizando as da estação e preferindo consumi-las in natura.

    Dormir mal prejudica a imunidade?

    Sim. O sono regula hormônios, fortalece a produção de anticorpos e reduz o estresse. Dormir pouco eleva o cortisol, que fragiliza o sistema imunológico.

    Quais são os sintomas de imunidade baixa?

    • Resfriados frequentes;
    • Recuperação lenta de doenças simples;
    • Cansaço excessivo;
    • Cicatrização lenta;
    • Infecções recorrentes.

    Esses sintomas devem ser avaliados por um médico.

    Existe algum “superalimento” que aumenta a imunidade sozinho?

    Não. O fortalecimento vem da combinação de alimentos nutritivos consumidos diariamente.

    Beber suco de laranja todos os dias ajuda a fortalecer a imunidade?

    Sim, mas o ideal é consumir a fruta inteira. Outras frutas como acerola, kiwi, goiaba e morango também devem ser incluídas.

    O gengibre pode fortalecer a imunidade?

    Sim. O gengibre contém gingerol, com efeito antioxidante e anti-inflamatório, ajudando a reforçar as defesas naturais.

    Posso usar temperos naturais para fortalecer a imunidade?

    Sim. Alho, cebola, cúrcuma, gengibre, orégano e pimenta-do-reino possuem compostos antioxidantes e anti-inflamatórios. Eles devem substituir temperos ultraprocessados.

    Comer alho cru realmente ajuda a fortalecer a imunidade?

    O alho contém alicina, que possui propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias. Seu consumo regular contribui, mas ele não é milagroso e deve ser aliado a uma dieta equilibrada.

    Leia mais: 9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia

  • Exercícios para melhorar a postura no home-office: guia prático para evitar dores 

    Exercícios para melhorar a postura no home-office: guia prático para evitar dores 

    Trabalhar de casa virou realidade para milhões de pessoas, mas trouxe também um problema crescente: dores e desconfortos causados pela má postura no home-office. Longas horas diante do computador, muitas vezes em cadeiras inadequadas ou sem pausas regulares, podem gerar sobrecarga na coluna, nos ombros e até nos punhos.

    Para evitar que esses incômodos se transformem em lesões, a fisioterapeuta Valéria Amador recomenda a prática regular de exercícios simples que podem ser feitos em casa e que ajudam a melhorar a postura no home-office. “Isso é fundamental para prevenir problemas crônicos, como dores lombares, cervicais e até tendinites”.

    Veja como melhorar a saúde do seu corpo, evitar dores no home-office e conhecer as práticas recomendadas pela especialista.

    Postura no home-office: o impacto no corpo dos trabalhadores

    Trabalhar em casa trouxe praticidade, mas também “armadilhas” para o corpo. Sem a estrutura adequada, é comum improvisar com cadeiras de jantar, mesas baixas ou até trabalhar do sofá, o que aumenta a chance de dores por conta da posição inadequada da postura no home-office.

    Um estudo realizado com mais de 40 mil trabalhadores confirma isso: o home-office aumentou o risco de dores musculoesqueléticas em várias regiões do corpo, incluindo maior chance de dor na lombar, na parte superior das costas e em pescoço, ombros e braços.

    O motivo é simples: sem ajustes adequados na altura da cadeira, da tela e do teclado, o corpo compensa com posturas erradas que, mantidas por horas, levam ao desconforto. Para Valéria, os erros posturais mais comuns cometidos por quem trabalha em home-office, e que podem causar essas dores localizadas, incluem:

    • Olhar para baixo: a cabeça fica inclinada, forçando a cervical. O monitor deve estar na altura dos olhos;
    • Ombros curvados: ficam projetados para a frente, causando a postura ‘corcunda’;
    • Falta de apoio para a lombar: trabalhar em cadeiras inadequadas ou no sofá sem apoio na parte inferior das costas sobrecarrega a coluna;
    • Pés sem apoio no chão: quando os pés não ficam completamente apoiados, a postura da bacia é prejudicada, afetando toda a coluna;

    O primeiro passo é adequar a postura no home-office. Invista em uma cadeira e em uma escrivaninha adequadas, suportes que elevam o computador para a altura dos olhos, além de usar mouse e teclado. Tudo isso ajuda a melhorar a postura e diminuir o risco de dores.

    Além disso, é importante investir também em alongamentos simples, como os indicados a seguir, que ajudam a evitar dores no home-office!

    Alongamentos para home-office: saiba quais fazer

    Um dos recursos mais simples e eficazes para evitar dores é fazer alongamentos para home-office que sejam acessíveis. Feitos de forma leve e frequente, eles ajudam a aliviar tensões, aumentar a circulação sanguínea e reduzir a rigidez muscular.

    Veja alguns exemplos indicados pela profissional que podem ser feitos sem sair do local de trabalho:

    • Rotação da cabeça: incline a cabeça para a direita, segurando por 20 segundos. Depois, repita para a esquerda. Faça o mesmo para frente e para trás;
    • Rotação de ombros: sentado ou em pé, gire os ombros para trás e para baixo em movimentos circulares. Repita 10 vezes e depois faça 10 vezes para a frente;
    • Elevação de calcanhares: em pé, com as costas retas, suba e desça os calcanhares lentamente, como se estivesse na ponta dos pés. Isso fortalece a panturrilha e melhora a circulação;
    • Postura gato-vaca: fique de quatro, inspire, abaixando a barriga e levantando a cabeça (posição da vaca). Expire, curvando as costas para cima e levando o queixo ao peito (posição do gato). Repita 5 a 10 vezes.

    “Esses exercícios são extremamente importantes. Um alongamento de 1 a 2 minutos no meio do expediente pode fazer uma grande diferença, pois ajuda a aliviar a tensão muscular acumulada, a melhorar a circulação do sangue e a reduzir a rigidez no pescoço, ombros e costas”, enfatiza Valéria.

    Leia também: 8 dicas para prevenir a dor nas costas no dia a dia

    Exercícios de fortalecimento para sustentar a postura

    Além dos alongamentos, é importante fortalecer os músculos responsáveis pela sustentação para melhorar a postura no home-office. Essa “musculatura estabilizadora” inclui abdômen, lombar, glúteos e ombros. Quando bem trabalhados, esses músculos funcionam como uma armadura natural, reduzindo o impacto das longas horas sentado.

    Entre os exercícios mais recomendados estão:

    • Prancha abdominal: de bruços, apoie-se nos antebraços e nas pontas dos pés. Mantenha o corpo reto como uma tábua, sem curvar o quadril. Segure por 30 segundos, ou o máximo que conseguir;
    • Ponte: deitado de costas, com os joelhos dobrados e os pés no chão, levante o quadril em direção ao teto, contraindo o bumbum e o abdômen. Mantenha a posição por 15 segundos e desça lentamente. Repita 10 vezes.

    Esses exercícios podem ser feitos junto com os alongamentos ou em horários separados e ajudam a equilibrar o corpo. Afinal, quando os músculos estão fortes, a pessoa não precisa “forçar” para se manter ereta, porque o corpo naturalmente sustenta a postura correta com mais facilidade.

    Pausas ativas e ergonomia: aliados contra as dores

    Não basta apenas se alongar e fortalecer: é preciso reorganizar a rotina de trabalho. A fisioterapeuta recomenda as chamadas pausas ativas, que consistem em interromper o trabalho por alguns minutos para movimentar o corpo.

    “A recomendação geral é fazer uma pausa de 5 a 10 minutos a cada 1 hora de trabalho sentado. Mas, mais importante do que a duração da pausa, é a consistência. O ideal é que você se levante, caminhe, vá beber água e faça um alongamento rápido para ‘quebrar’ o ciclo de ficar muito tempo na mesma posição”, recomenda.

    Com essas pequenas mudanças na rotina, exercícios simples de alongamento e fortalecimento e ajustes ergonômicos no ambiente de trabalho, é possível melhorar a postura e prevenir dores.

    Perguntas frequentes

    1. Quais exercícios ajudam a melhorar a postura no home-office?

    Alongamentos de pescoço, tronco e ombros, além de exercícios de fortalecimento como prancha e ponte, são ótimas pedidas.

    2. Quantas vezes devo me alongar durante o expediente?

    O ideal é fazer pausas de 5 minutos a cada hora, com pequenos alongamentos e movimentos, como uma caminhada.

    3. Trabalhar em ambientes improvisados, como sofá ou cama, faz mal?

    Sim. Essas posturas forçam a coluna e aumentam o risco de dores crônicas.

    4. Como ajustar a ergonomia do meu espaço de trabalho?

    Mantenha a tela na altura dos olhos, apoie os pés no chão ou suporte, use cadeira ajustada e mantenha cotovelos próximos ao corpo.

    5. Só alongamento resolve?

    Não. É preciso fortalecer a musculatura estabilizadora (abdômen, lombar, glúteos e ombros) para manter a postura correta.

    Confira: Ciática: o que é e como aliviar a dor no nervo ciático

  • 9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia 

    9 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças no dia a dia 

    Entre compromissos de trabalho, estudos e vida pessoal, é comum fazer escolhas rápidas e práticas quando o assunto é alimentação. Fast-food, ultraprocessados e excesso de açúcar entram facilmente na rotina, mas o consumo a longo prazo pode trazer problemas sérios à saúde — como pressão alta, diabetes, obesidade e até complicações cardíacas.

    Por outro lado, pequenas escolhas alimentares, feitas de maneira consistente, podem fazer toda a diferença na qualidade de vida. Trocar refrigerante por água, incluir frutas no lanche, reduzir o sal e optar por refeições caseiras, por exemplo, contribuem para prevenir doenças e fortalecer o organismo.

    Pensando nisso, reunimos 7 hábitos alimentares que ajudam a prevenir doenças e que podem ser colocados em prática no dia a dia de forma simples. Confira!

    Qual a relação entre hábitos alimentares e prevenção de doenças?

    Segundo Flávia Pfeilsticker, os hábitos alimentares impactam diretamente condições como diabetes, pressão alta e problemas cardiovasculares.

    Isso acontece porque cada grupo alimentar desempenha funções específicas no organismo. Alimentos ricos em fibras ajudam a controlar o açúcar no sangue, gorduras boas protegem as artérias, frutas e verduras fortalecem o sistema imunológico e até a forma como distribuímos as refeições ao longo do dia influencia nos níveis de energia e no equilíbrio hormonal.

    Da mesma forma, uma alimentação rica em ultraprocessados, sal, açúcar e gorduras saturadas aumenta a inflamação, favorece o ganho de peso, eleva colesterol e pressão arterial — favorecendo o surgimento de doenças que poderiam ser evitadas.

    Mas afinal, quais mudanças podemos incluir no dia a dia para construir uma rotina alimentar que faça diferença real na saúde? Confira, a seguir!

    1. Aposte em frutas, verduras e legumes todos os dias

    Frutas, verduras e legumes fornecem vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes que participam de diversas funções no corpo — incluindo a defesa do organismo.

    “A vitamina C, presente em frutas cítricas, e compostos de vegetais coloridos, como betacaroteno e flavonoides, auxiliam as células de defesa e cicatrização a trabalharem melhor e reduzirem processos inflamatórios”, explica a nutróloga Flávia Pfeilsticker.

    Além disso, as fibras presentes nos alimentos ajudam a controlar o apetite, evitando exageros em outras refeições. Quanto maior a variedade de cores no prato, mais completa será a oferta de nutrientes ao corpo.

    Uma dica prática é tentar incluir pelo menos três cores diferentes de vegetais no almoço e no jantar. Já no café da manhã ou nos lanches, aposte em frutas frescas, salada de frutas ou até smoothies.

    2. Dê preferência a grãos integrais e leguminosas

    Arroz integral, aveia, feijão, lentilha e grão-de-bico são ricos em fibras, minerais e proteínas vegetais. Eles têm baixo índice glicêmico, liberando energia de forma mais lenta e evitando picos de glicose no sangue — o que é fundamental para reduzir o risco de diabetes tipo 2.

    As fibras presentes nos grãos integrais também alimentam a microbiota intestinal, o conjunto de bactérias benéficas que ajudam na digestão e na defesa do organismo.

    3. Escolha proteínas magras e boas fontes de gordura

    Carnes brancas, peixes, ovos e leguminosas oferecem proteínas de qualidade sem excesso de gordura saturada. Entre eles, os peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha, ajudam a proteger o coração, controlando colesterol e triglicérides.

    Já as boas gorduras estão em alimentos como azeite de oliva, castanhas, sementes de chia e linhaça. Elas melhoram a saúde das artérias, reduzem inflamações e contribuem para o funcionamento do cérebro.

    Leia mais: Dieta mediterrânea para pressão alta: como funciona

    4. Diminua o consumo de ultraprocessados, sal e açúcar

    Produtos industrializados, como refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos e fast food, são ricos em sódio, açúcar e aditivos químicos.

    “Menos sal diminui o risco de hipertensão e, consequentemente, de complicações cardíacas e renais. Já o menor consumo de açúcar previne obesidade, diabetes e doenças metabólicas. Pequenos ajustes no dia a dia, como evitar refrigerantes e produtos ultraprocessados, já trazem grandes benefícios”, aponta Flávia Pfeilsticker.

    5. Coma com regularidade e evite longos jejuns

    Pular refeições pode parecer uma solução para “controlar calorias”, mas na prática desequilibra o metabolismo. Longos jejuns favorecem a compulsão alimentar e aumentam a chance de fazer escolhas menos saudáveis ao longo do dia.

    Manter refeições regulares, com intervalos de 3 a 4 horas, ajuda a estabilizar os níveis de glicose no sangue e evita sobrecarga no organismo. Isso também dá ao corpo a energia necessária para o dia a dia.

    6. Beba bastante água (todos os dias)

    A água está presente em todas as funções do corpo: transporte de nutrientes, regulação da temperatura, funcionamento dos rins e manutenção da pele. Mesmo uma leve desidratação já pode causar fadiga, dor de cabeça e dificuldade de concentração.

    A recomendação geral costuma ser de 2 litros por dia, mas a quantidade ideal varia de pessoa para pessoa. Uma forma prática de calcular é multiplicar o seu peso corporal por 0,03. Isso significa que cada quilo corresponde a cerca de 30 ml de água.

    Na prática, uma pessoa com 70 quilos, por exemplo, precisa de aproximadamente 2,1 litros de líquidos por dia para manter o corpo bem hidratado. No entanto, é importante lembrar que cada organismo é diferente, e fatores como idade, nível de atividade física, clima e até condições de saúde podem aumentar ou reduzir essa necessidade.

    7. Coma com calma e em boa companhia

    Fazer as refeições correndo, em frente à TV ou ao celular, atrapalha a digestão e aumenta o risco de comer mais do que o necessário. Mastigar devagar permite sentir melhor os sabores e dá tempo para o cérebro registrar a saciedade.

    8. Compre em locais que valorizam alimentos naturais

    Feiras livres, sacolões e hortifrutis oferecem mais variedade de frutas, legumes e verduras frescas — além de preços geralmente melhores, tornando-os uma ótima opção para encher a geladeira com opções in natura.

    Outra dica é planejar as compras semanais: quando a despensa está bem abastecida de alimentos naturais, as chances de recorrer a comidas industrializadas diminuem.

    9. Desconfie de propagandas “milagrosas”

    Produtos que prometem emagrecimento rápido, energia imediata ou resultados quase mágicos normalmente escondem fórmulas cheias de aditivos e açúcares. É importante questionar propagandas e não se deixar levar apenas por embalagens chamativas.

    Sempre que surgir dúvida sobre um alimento ou suplemento, busque a opinião de profissional de saúde ou consulte fontes confiáveis.

    Veja mais: Creatina: benefícios, como tomar e cuidados importantes

    Como começar a mudar hoje?

    A mudança de hábitos não precisa acontecer de uma vez. Mesmo numa rotina agitada, você pode adotar pequenas metas, que se tornam consistentes ao longo do tempo. Veja algumas dicas:

    • Substitua refrigerantes por água saborizada com frutas;
    • Inclua uma fruta no café da manhã ou no lanche da tarde;
    • Troque pães e massas brancas por versões integrais;
    • Reduza gradualmente o açúcar no café ou no chá;
    • Planeje refeições semanais para evitar recorrer a ultraprocessados;
    • Mantenha uma garrafa de água sempre por perto.

    “O corpo responde positivamente a mudanças em qualquer fase da vida. Substituir gradualmente alimentos ultraprocessados por opções naturais, incluir mais vegetais, reduzir o consumo de álcool e manter atividade física são passos que, com o tempo, melhoram exames laboratoriais e diminuem o risco de doenças crônicas”, finaliza a nutróloga Flávia Pfeilsticker.

    Perguntas frequentes

    1. É verdade que reduzir o sal diminui a pressão alta?

    Sim! O excesso de sódio é um dos principais fatores de risco para aumentar a pressão arterial, que, por sua vez, aumenta a chance de infarto, AVC e problemas renais. Mas, reduzir o sal não significa perder o sabor: temperos naturais como alho, cebola, ervas frescas, pimenta e limão realçam o gosto dos alimentos sem prejudicar a saúde.

    2. Comer de 3 em 3 horas é obrigatório?

    Na verdade, não existe uma regra única. O mais importante é não passar longos períodos em jejum, porque isso pode causar compulsão alimentar e descontrole da glicemia em algumas pessoas. Para quem sente fome com mais frequência, fracionar a alimentação em 5 ou 6 refeições pequenas pode ser útil.

    3. Proteínas são importantes só para quem treina?

    As proteínas são importantes para todos, pois participam da formação de músculos, tecidos, hormônios e enzimas. Elas também ajudam na recuperação do corpo e no fortalecimento do sistema imunológico.

    Fontes magras como frango, peixe, ovos, feijão e lentilha devem estar presentes diariamente no prato. Quem pratica atividade física tem uma demanda maior, mas mesmo pessoas que não treinam precisam de proteína para manter a saúde em dia.

    4. É possível reverter hábitos alimentares ruins depois de anos?

    Sim! Mesmo que a pessoa tenha passado anos se alimentando mal, o corpo responde positivamente quando mudanças são feitas. Substituir ultraprocessados por alimentos frescos, incluir mais legumes e reduzir o consumo de açúcar e álcool já mostra resultados em exames laboratoriais em poucos meses. A longo prazo, essas mudanças diminuem o risco de doenças crônicas e aumentam a expectativa de vida.

    5. O café faz mal à saúde?

    Depende. Em doses moderadas (2 a 3 xícaras por dia), o café pode ser benéfico para a saúde, pois contém antioxidantes e auxilia na concentração. O problema está no excesso, que pode causar insônia, ansiedade, palpitações e até refluxo.

    Outro ponto importante é evitar adicionar muito açúcar ou consumir versões industrializadas, como cafés prontos e cheios de aditivos.

    6. Posso beber líquidos durante as refeições?

    Sim, mas com moderação. Quantidades pequenas de água não atrapalham a digestão. O que pode causar desconforto é beber em excesso durante as refeições, principalmente refrigerantes e bebidas gaseificadas, que aumentam a distensão abdominal. Se possível, priorize a hidratação ao longo do dia e não apenas nos horários das refeições.

    7. É verdade que comer fibras ajuda a emagrecer?

    Sim. As fibras aumentam a sensação de saciedade, retardam a digestão e ajudam a controlar a absorção de gorduras e açúcares. Isso evita picos de glicose e reduz a vontade de beliscar. Além disso, as fibras favorecem o trânsito intestinal, o que melhora a saúde digestiva. Boas fontes são frutas, verduras, legumes, cereais integrais e leguminosas.

    8. Comer rápido demais faz mal?

    Sim. Mastigar pouco e engolir rápido pode causar má digestão, azia, refluxo e maior ingestão de calorias, já que o cérebro demora alguns minutos para registrar a saciedade. Criar o hábito de comer devagar, mastigar bem e prestar atenção na refeição ajuda o corpo a processar melhor os alimentos e controlar o apetite.

    Leia também: Qual a diferença entre nutricionista e nutrólogo?

  • Alimentação saudável: o que é, benefícios e como ter  

    Alimentação saudável: o que é, benefícios e como ter  

    Do café da manhã corrido até o jantar em família, tudo o que você coloca no prato tem impacto direto na saúde, energia e bem-estar. Afinal, a alimentação é um dos principais pilares da qualidade de vida e, quando feita de forma adequada, pode prevenir doenças, aumentar a disposição e até melhorar o humor. Mas, na prática, o que significa ter uma alimentação saudável?

    Conversamos com a nutróloga Flávia Pfeilsticker para entender melhor os benefícios de uma rotina alimentar equilibrada, aprender na prática como adotar uma alimentação saudável e identificar os sinais de que algo pode não estar indo bem. Confira!

    O que é uma alimentação saudável?

    Uma alimentação saudável é aquela que garante todos os nutrientes necessários para o corpo funcionar bem, sem excessos ou deficiências. Isso significa oferecer energia, vitaminas, minerais, fibras e proteínas na medida certa — priorizando alimentos naturais ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais, feijões, carnes, ovos e leite.

    Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, uma alimentação saudável e equilibrada deve:

    • Atender às necessidades do corpo: cada pessoa tem exigências nutricionais diferentes, seja uma criança em fase de crescimento, uma gestante, um idoso ou um atleta;
    • Respeitar a cultura alimentar: valorizar a comida típica da região, receitas de família e modos de preparo que fazem parte da identidade cultural;
    • Ser acessível: a comida saudável precisa ser possível de manter no dia a dia, usando ingredientes disponíveis no mercado ou feira local;
    • Basear-se em práticas sustentáveis: dar preferência a alimentos locais, da estação e produzidos de forma que causem menos impacto ambiental.

    No geral, uma rotina alimentar saudável é comer de um jeito que nutre o corpo, mas também traz prazer, preserva tradições e cabe na rotina de cada pessoa.

    Quais os benefícios da alimentação saudável?

    1. Prevenção de doenças crônicas

    O Brasil vive uma transição nutricional significativa: se por um lado a desnutrição infantil diminuiu, por outro o sobrepeso e a obesidade avançaram em todas as idades. Hoje, segundo a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um em cada dois adultos e uma em cada três crianças já estão acima do peso.

    Adotar uma dieta equilibrada é fundamental para reverter a tendência, ajudar a manter o peso sob controle e reduzir o risco de doenças crônicas como hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade e até alguns tipos de câncer.

    2. Mais energia e disposição

    Alimentos frescos, ricos em fibras e nutrientes, ajudam a regular o metabolismo e manter a energia estável ao longo do dia. Em contrapartida, produtos ultraprocessados costumam provocar picos de glicose seguidos de quedas bruscas, o que deixa a pessoa cansada e sem disposição.

    3. Melhora da saúde mental

    Estudos mostram que dietas ricas em vegetais, frutas e grãos estão ligadas a menores índices de depressão e ansiedade. Além disso, o simples ato de compartilhar refeições em família ou em grupo fortalece vínculos sociais e aumenta a sensação de bem-estar.

    4. Melhor sono

    Alimentos ricos em magnésio, como sementes, oleaginosas, espinafre e abacate, ajudam a relaxar os músculos e reduzir a ansiedade — favorecendo o descanso. Já refeições muito pesadas, com excesso de gordura saturada e ultraprocessados no jantar, dificultam a digestão e podem provocar insônia ou sono agitado.

    5. Fortalecimento da imunidade

    Um dos principais benefícios da alimentação saudável é a melhora do sistema imunológico. Nutrientes como vitamina C, vitamina D, ferro, zinco e probióticos são fundamentais para que o corpo esteja preparado para enfrentar vírus e bactérias. Uma dieta rica em frutas cítricas, vegetais variados, leguminosas e alimentos fermentados ajuda a reduzir o risco de gripes recorrentes, infecções e inflamações.

    6. Mais concentração e memória

    Alimentos ricos em ômega-3, como peixes de água fria (salmão, sardinha, atum), ajudam a proteger as células cerebrais e favorecem a memória. Castanhas, nozes e vegetais de folhas verdes fornecem antioxidantes e vitaminas que melhoram a circulação sanguínea e a oxigenação do cérebro — melhorando o foco e a concentração.

    7. Melhora da digestão

    Uma dieta rica em fibras, presente em frutas, verduras, legumes, cereais integrais e sementes, ajuda a regular o trânsito intestinal e evitar problemas como constipação e inchaço abdominal. Além disso, beber água regularmente potencializa o efeito das fibras.

    Por outro lado, o excesso de ultraprocessados, fast food e bebidas açucaradas tende a desequilibrar a flora intestinal, prejudicando não só a digestão, mas também a absorção de nutrientes.

    Como classificar os alimentos?

    Para facilitar, o Guia Alimentar para a População Brasileira divide os alimentos em quatro grupos principais, sendo eles:

    • Alimentos in natura ou minimamente processados: frutas, verduras, legumes, grãos, ovos, leite, carnes, arroz, feijão. Eles devem ser a base da alimentação;
    • Ingredientes culinários processados: óleos, manteiga, sal, açúcar. Podem ser usados em pequenas quantidades para temperar ou cozinhar;
    • Alimentos processados: pães, queijos, conservas podem fazer parte da dieta, mas com moderação;
    • Alimentos ultraprocessados: refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos, salgadinhos devem ser evitados, pois contêm excesso de sal, açúcar, gorduras ruins e aditivos.

    Como ter uma alimentação saudável no dia a dia

    Adotar uma alimentação mais saudável não significa começar com mudanças radicais, e sim dar passos consistentes no dia a dia, afirma a nutróloga Flávia Pfeilsticker.

    “Muitas pessoas acreditam que é preciso cortar totalmente açúcar e frituras para se alimentar bem. Na prática, não se trata de proibição absoluta, mas de moderação: a restrição gera compulsão. O consumo eventual de doces ou frituras não compromete a saúde, desde que a base da alimentação seja equilibrada”, explica a especialista.

    Pequenas mudanças no dia a dia já são suficientes para transformar o seu relacionamento com a comida, como:

    1. Monte pratos coloridos

    O primeiro passo é olhar para o prato e avaliar se há variedade, pois quanto mais colorida for a refeição, maior será a diversidade de nutrientes ingeridos.

    Cada tonalidade indica a presença de vitaminas e minerais específicos: o laranja da cenoura e da abóbora, por exemplo, contêm betacaroteno, importante para os olhos e a pele. Já o verde-escuro das folhas, como couve e espinafre, é rico em ferro, cálcio e fibras, que auxiliam na formação dos ossos, na prevenção da anemia e no bom funcionamento do intestino.

    “Incluir mais frutas, verduras e legumes, reduzir ultraprocessados e preferir alimentos frescos já é um grande começo. Planejar as compras e organizar a rotina de refeições também ajuda a evitar escolhas por impulso”, aponta Flávia Pfeilsticker.

    2. Priorize alimentos in natura ou minimamente processados

    A base de uma alimentação saudável deve ser composta por alimentos de verdade: frutas, verduras, legumes, cereais integrais, arroz, feijão, carnes frescas, peixes, ovos e leite.

    Eles fornecem vitaminas, minerais, fibras e proteínas que o corpo aproveita melhor. Ao contrário dos ultraprocessados, não têm excesso de aditivos, corantes ou conservantes. Quanto mais natural for o alimento, mais saudável e nutritivo ele será no prato.

    3. Reduza o consumo de ultraprocessados

    Refrigerantes, biscoitos, salgadinhos, embutidos, macarrão instantâneo e cereais açucarados são ricos em açúcar, sódio, gorduras ruins e aditivos artificiais. Além de pouco nutritivos, são formulados para serem consumidos em excesso.

    O consumo frequente está diretamente ligado ao aumento de obesidade, hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas. Isso não significa nunca mais consumir os alimentos, mas entender que eles não devem estar presentes no dia a dia.

    4. Beba água

    A água é fundamental para o transporte de nutrientes, regulação da temperatura do corpo, bom funcionamento do intestino e até da pele. Muitas vezes, a sensação de cansaço ou dor de cabeça tem relação com a falta de hidratação.

    O ideal é beber água ao longo do dia, sem esperar a sede aparecer. Substituir a água por refrigerantes ou sucos artificiais não traz o mesmo benefício, já que essas bebidas carregam açúcar e aditivos que aumentam as calorias da dieta e podem favorecer o ganho de peso.

    5. Planeje as refeições

    A correria do dia a dia faz com que muitas pessoas recorram a lanches rápidos, fast food e pedidos de aplicativo. Uma forma prática de evitar isso é planejar a semana: organizar a lista de compras, cozinhar em casa quando possível e até preparar marmitas para levar ao trabalho ou à faculdade. Ter sempre alimentos frescos e prontos ajuda a tomar decisões mais saudáveis.

    6. Coma com atenção e prazer

    Fazer as refeições com calma, sentado à mesa e, de preferência, acompanhado, melhora a digestão e favorece a sensação de saciedade. O chamado “comer consciente” evita exageros, já que você percebe melhor os sinais de fome e satisfação.

    Além disso, compartilhar refeições com familiares ou amigos fortalece vínculos sociais e torna a alimentação um momento de prazer e convivência.

    7. Evite dietas restritivas

    De acordo com Flávia, um dos principais riscos para quem está começando são os modismos alimentares e as dietas extremamente restritivas.

    Uma dieta restritiva é aquela que corta de forma intensa ou até elimina totalmente determinados grupos de alimentos ou nutrientes da alimentação diária. Normalmente, ela reduz drasticamente calorias, carboidratos, gorduras ou até proteínas.

    Apesar de oferecerem resultados rápidos, essas estratégias não são sustentáveis e podem gerar deficiências nutricionais importantes — além de queda de energia, fraqueza, perda de massa muscular e até problemas hormonais. Em muitos casos, também pode levar ao “efeito sanfona”, em que a pessoa emagrece rápido, mas recupera o peso logo depois por não conseguir manter as restrições.

    Alimentação saudável de crianças e adolescentes

    Para crianças, a alimentação saudável é essencial para crescer bem, fortalecer a imunidade e ajudar no desenvolvimento do cérebro. Nessa fase, o corpo está em formação e cada nutriente é importante para garantir energia, saúde e boa concentração.

    Vale lembrar que nenhum alimento isolado é capaz de oferecer tudo o que o organismo precisa — por isso, a variedade é fundamental.

    • Nos primeiros dois anos de vida, a orientação é que o bebê seja mantido em amamentação exclusiva até os seis meses de vida, seguido da introdução alimentar com frutas, legumes, cereais e proteínas de forma natural, sem açúcar ou ultraprocessados;
    • Na infância, a base da alimentação deve ser feita de alimentos frescos e preparados em casa. Comer em família também ajuda, já que as crianças aprendem pelo exemplo. Quando os pais valorizam frutas, verduras e refeições caseiras, os filhos tendem a seguir o mesmo caminho.

    O consumo frequente de ultraprocessados na infância, como refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e fast food, está diretamente associado ao aumento dos índices de obesidade infantil e ao desenvolvimento precoce de doenças crônicas já na adolescência, como hipertensão e diabetes tipo 2.

    Por isso, investir numa rotina alimentar desde cedo é fundamental para garantir o crescimento adequado da criança, bom desempenho escolar e proteção contra problemas de saúde no futuro.

    Como saber se a alimentação atual está prejudicando a saúde?

    Segundo a nutróloga Flávia Pfeilsticker, alguns sinais simples já mostram quando a alimentação não vai bem. Cansaço frequente, dificuldade de concentração, ganho de peso sem explicação, prisão de ventre ou diarreia são indícios de que os hábitos alimentares precisam de ajustes.

    Além dos sintomas do dia a dia, exames laboratoriais com alterações, como colesterol, glicemia e triglicérides, podem indicar que a alimentação está favorecendo o desenvolvimento de doenças crônicas.

    “Embora seja possível começar sozinho, o acompanhamento médico e nutricional é muito útil, especialmente para quem já tem doenças como diabetes, hipertensão ou obesidade”, finaliza Flávia.

    Perguntas frequentes

    1. Preciso cortar totalmente doces e frituras para ser saudável?

    A resposta é não. A alimentação saudável é sobre equilíbrio, não sobre restrição. Doces e frituras podem estar presentes em momentos específicos, desde que não façam parte da rotina diária. O problema surge quando esses alimentos ocupam mais espaço que frutas, verduras, legumes e proteínas.

    2. Como montar um prato saudável no dia a dia?

    Uma forma prática de montar um prato saudável é pensar em equilíbrio: metade com vegetais, um quarto com carboidratos como arroz integral, batata ou mandioca e o outro quarto com proteínas, que podem ser carne, frango, peixe, ovos ou leguminosas como feijão e lentilha.

    3. Qual a diferença entre processados e ultraprocessados?

    Os processados são alimentos que passam por alterações para ganhar maior durabilidade, mas ainda preservam boa parte de suas características originais, como queijos, conservas e pães. Eles podem fazer parte da alimentação, desde que consumidos com moderação.

    Já os ultraprocessados passam por diversas etapas industriais, são feitos com ingredientes artificiais e geralmente contêm aditivos químicos, excesso de sal, açúcar e gorduras ruins. Entre eles, podemos citar os refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e embutidos como salsicha e presunto. Eles devem ser evitados no dia a dia.

    4. Comer à noite engorda?

    Na verdade, o que importa é a qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos ao longo do dia, não apenas o horário. Comer à noite só será um problema se houver exagero ou escolhas muito calóricas e pesadas, que atrapalham a digestão e o sono.

    5. Preciso comer de três em três horas?

    Não existe uma regra universal. Algumas pessoas se adaptam bem a refeições mais frequentes e menores, enquanto outras preferem intervalos maiores. O importante é não passar longos períodos em jejum para evitar exageros depois e, principalmente, respeitar os sinais de fome e saciedade.

  • Como o estresse afeta o coração e o que fazer para proteger a saúde cardiovascular 

    Como o estresse afeta o coração e o que fazer para proteger a saúde cardiovascular 

    Viver sob pressão constante virou quase regra no mundo moderno. Trabalho, boletos, responsabilidades, problemas familiares e outras demandas. A questão é que tudo isso ativa no corpo uma espécie de modo de alerta, que pode até ajudar em situações de emergência, mas se mantido por muito tempo cobra um preço alto.

    Além de afetar humor e sono, o estresse crônico mexe com o coração e os vasos sanguíneos, e isso aumenta a pressão arterial, as inflamações e o risco de doenças mais graves, como infarto e AVC. Ou seja, estresse e coração não combinam.

    O que acontece com o corpo quando estamos estressados

    De acordo com a cardiologista Juliana Soares, que integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein, o estresse ativa uma resposta conhecida como “luta ou fuga”, liberando hormônios como adrenalina e cortisol.

    “Esses hormônios promovem de forma imediata a contração dos vasos sanguíneos e o aumento da frequência dos batimentos do coração. A longo prazo, essa situação pode levar à pressão alta, danos nos vasos sanguíneos e ao aumento do processo inflamatório no organismo, favorecendo a formação de placas de gordura dentro das artérias”, explica a médica.

    Estresse e coração: existe mesmo risco de infarto?

    Infelizmente, sim. “As alterações hormonais promovidas pelo estresse fazem com que o coração e os vasos sanguíneos trabalhem em uma situação de sobrecarga, levando a consequências graves como pressão alta, arritmias, alterações metabólicas e maior risco de infarto e acidente vascular cerebral”, afirma Juliana.

    Além disso, ela conta que o estresse crônico aumenta a chance de formação de coágulos no sangue, deixando a pessoa ainda mais vulnerável a AVC e infarto.

    Em outras palavras, não é apenas nervoso. O estresse pode desencadear processos fisiológicos que literalmente sobrecarregam o coração.

    O papel dos hormônios e do sistema nervoso

    O corpo humano é completamente conectado, e o estresse mexe com diversos sistemas ao mesmo tempo.

    “O estresse ativa uma parte do sistema nervoso chamada simpático, que libera adrenalina e noradrenalina. Esses hormônios aumentam a frequência cardíaca, a força de contração do coração e a pressão arterial. Já o sistema parassimpático, responsável por ‘acalmar’ o organismo, fica menos ativo durante o estresse”, explica a cardiologista.

    Outro ponto importante é a liberação contínua de cortisol. “Esse hormônio aumenta os níveis de açúcar no sangue, eleva o colesterol ruim (LDL), promove inflamação e retenção de líquidos. Esses fatores contribuem para hipertensão, diabetes, aterosclerose e, consequentemente, risco de infarto e AVC”.

    Quem é mais vulnerável?

    Embora o estresse seja prejudicial a todos, alguns grupos estão mais expostos. “Estudos mostram que as mulheres podem ser altamente impactadas pelo estresse em relação à saúde cardiovascular. Flutuações hormonais, dupla jornada de trabalho e pressão social aumentam esse risco”, explica a especialista.

    Também entram na lista pessoas com doenças crônicas, como pressão alta e diabetes, indivíduos com depressão ou ansiedade e aqueles em situações de vulnerabilidade social. “O estresse constante pela falta de acesso a serviços de saúde, moradia e alimentação adequada aumenta ainda mais o risco de doenças cardíacas”, acrescenta a médica.

    Sinais de que o estresse já está prejudicando o coração

    Segundo a cardiologista, é preciso prestar bastante atenção em sintomas como:

    • Pressão alta;
    • Batimentos cardíacos acelerados;
    • Sensação de cansaço constante.

    “O estresse crônico nos deixa em constante estado de alerta, e essa desregulação hormonal que ele provoca pode afetar diretamente o sistema cardiovascular”, alerta a especialista.

    Leia também: Palpitações no coração: o que pode ser e quando procurar atendimento médico

    Como reduzir os efeitos do estresse no coração

    Embora não seja possível eliminar completamente o estresse, dá, sim, para reduzir o impacto dele.

    “Hábitos simples, como alimentação adequada, prática regular de atividade física, rotina de sono de qualidade e momentos para atividades relaxantes, ajudam a minimizar os efeitos do estresse no coração”, explica a cardiologista.

    Ela destaca ainda a importância de evitar álcool em excesso, parar de fumar e priorizar momentos de descanso.

    Meditação, sono e exercício são amigos do coração

    A tríade sono de qualidade, exercício físico e técnicas de relaxamento pode ser poderosa.

    “O exercício físico fortalece a musculatura cardiovascular, controla pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue, além de liberar endorfinas, que promovem bem-estar”, diz a médica.

    Sobre meditação, ela destaca que a prática reduz a liberação de hormônios do estresse e melhora a capacidade do organismo em lidar com situações estressantes.

    E não dá para esquecer do sono. “Durante o sono ocorre parte da regulação da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, fundamental para a saúde do coração”.

    Perguntas frequentes sobre o impacto do estresse no coração

    1. Estresse pode causar infarto?

    Sim. O estresse crônico favorece aumento da pressão arterial, arritmias e inflamações, e tudo isso aumenta o risco de infarto.

    2. Estresse momentâneo também faz mal ao coração?

    O estresse pontual pode acelerar os batimentos e a pressão, mas o risco maior vem da exposição contínua, ou o chamado estresse crônico.

    3. Mulheres correm mais risco de problemas cardíacos relacionados ao estresse?

    Sim. Segundo a cardiologista Juliana Soares, fatores hormonais e sociais aumentam a vulnerabilidade feminina, bem como o excesso de trabalho.

    4. O estresse pode causar diabetes?

    Indiretamente, sim. O cortisol em excesso aumenta a resistência à insulina, e isso aumenta o risco de diabetes tipo 2.

    5. Dormir mal aumenta os efeitos do estresse no coração?

    Sim. O sono ruim impede a regulação da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, e isso aumenta o risco para o coração.

    6. Quais hábitos ajudam a controlar o estresse e proteger o coração?

    Alimentação equilibrada, exercícios físicos, sono de qualidade, meditação e diminuir ou abandonar álcool e cigarro.

    7. Quem já tem pressão alta deve se preocupar ainda mais com o estresse?

    Com certeza. O estresse descontrolado pode piorar a pressão arterial e aumentar o risco de complicações no coração.

    Saiba mais: Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer

  • Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer 

    Trabalha sentado o dia todo? Conheça os riscos para o coração e o que fazer 

    O sedentarismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças do coração. Passar horas sentado, seja no escritório ou no home office, prejudica a circulação, favorece o acúmulo de gordura nas artérias e aumenta o risco de condições ligadas a problemas cardiovasculares, como pressão alta.

    Para entender melhor de que forma o excesso de tempo sentado afeta o corpo e quais estratégias ajudam a proteger o coração, conversamos com Giovanni Henrique Pinto, cardiologista e cardio-oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein. Ele aponta os principais riscos do sedentarismo e orienta sobre mudanças simples que podem fazer diferença na saúde ao longo da vida.

    Afinal, por que trabalhar sentado por muitas horas faz mal?

    Quando passamos longos períodos sentados, o metabolismo desacelera e a circulação sanguínea é prejudicada. O cardiologista Giovanni Henrique Pinto explica que a falta de movimento reduz o retorno venoso, favorece o inchaço nas pernas, dificulta o controle da glicose e do colesterol e pode até aumentar a pressão arterial.

    Inclusive, estudos indicam que permanecer muito tempo na mesma posição está diretamente associado ao aumento do risco de hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2 e, consequentemente, complicações cardíacas graves.

    Além dos impactos internos, há também consequências físicas imediatas. A postura incorreta ao ficar horas sentado sobrecarrega a coluna, gera dores musculares e pode causar lesões ao longo do tempo. Isso desestimula ainda mais a prática de atividades físicas, que são muito importantes para uma vida saudável.

    Como saber se você está sedentário?

    Uma pessoa é considerada sedentária quando não pratica atividade física de forma regular, ou seja, não atinge os níveis mínimos de movimento recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa menos de 150 minutos de exercícios moderados por semana ou 75 minutos de exercícios intensos.

    Além disso, o sedentarismo também está relacionado a passar muito tempo em inatividade, especialmente sentado ou deitado, sem movimentar o corpo. Isso é cada vez mais comum em quem trabalha em escritório ou home office.

    Na maioria dos casos, a condição não apresenta sintomas evidentes de imediato, mas, com o tempo, o corpo manifesta sinais de que está sendo afetado pela falta de movimento. Alguns deles incluem:

    • Inchaço nos pés e pernas;
    • Cansaço excessivo mesmo em tarefas simples;
    • Dores nas costas, ombros e pescoço;
    • Dormência ou formigamento em braços e pernas;
    • Falta de flexibilidade;
    • Alterações de humor, com aumento da irritabilidade e ansiedade;
    • Dificuldade para dormir ou sensação de fadiga ao acordar.

    Sinais de alerta para o coração

    Além dos incômodos gerais causados pelo sedentarismo, alguns sintomas precisam de maior atenção por estarem relacionados à saúde do coração. Veja alguns deles:

    • Falta de ar fora do comum;
    • Dor ou pressão no peito durante atividades;
    • Palpitações ou batimentos irregulares;
    • Ganho de peso rápido e sem explicação;
    • Inchaço persistente em pés e pernas.

    Caso os sintomas se manifestem, é importante procurar um atendimento médico. O diagnóstico precoce pode evitar complicações graves e permitir um bom tratamento para proteger o coração.

    Como manter o coração saudável mesmo trabalhando sentado?

    Mesmo pessoas com a rotina agitada podem adotar pequenas mudanças de hábito para reduzir os efeitos do sedentarismo e proteger a saúde do coração. O cardiologista e o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, apontam recomendações práticas que cabem no dia a dia.

    Quanto de atividade física é suficiente

    De acordo com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos devem acumular entre:

    • 150 e 300 minutos semanais de atividade física moderada (como caminhada rápida, dança ou ciclismo leve);
    • Ou 75 a 150 minutos de atividade vigorosa (como corrida ou esportes mais intensos);
    • Também é importante incluir exercícios de fortalecimento muscular pelo menos duas vezes por semana.

    O cardiologista reforça: na prática, isso significa fazer cerca de 30 minutos de atividade moderada por dia, cinco ou seis vezes por semana. E para quem passa muito tempo sentado, a dica é levantar a cada 30 a 60 minutos e se movimentar por 1 a 3 minutos.

    As pausas ajudam a circulação e a energia, e podem ser lembradas por aplicativos de celular ou pelo smartwatch, que emitem alertas para quebrar a inatividade.

    Leia mais: Tosse persistente: quando pode ser problema no coração

    Exercícios simples para fazer no trabalho

    Mesmo sem equipamentos, é possível se movimentar no escritório ou em casa com alguns exercícios simples, como:

    • Mini-pausas: levantar, caminhar pelo corredor, subir de 1 a 2 lances de escada, fazer agachamentos, ficar na ponta dos pés para ativar panturrilhas, alongar peito, ombros e pescoço;
    • Intervalos ativos (2–3 vezes ao dia, de 5 a 10 min): caminhada rápida, polichinelos de baixo impacto, prancha isométrica ou sentar e levantar da cadeira 10–15 vezes;
    • Semana equilibrada: 2 dias de exercícios de força (como flexões ou agachamentos) e 3 a 5 dias de atividades aeróbicas leves a moderadas, como caminhada ou bicicleta.

    O Guia do Ministério da Saúde reforça que toda movimentação vale: subir escadas, varrer a casa, andar até o mercado ou brincar com as crianças já ajudam a sair do sedentarismo.

    Veja também: Saúde do coração após a menopausa: conheça os cuidados nessa fase da vida

    O que comer para manter o coração saudável?

    É comum que pessoas que passam o dia sentadas recorram a lanches fáceis ao longo do dia: salgadinhos, biscoitos, refrigerantes ou sanduíches rápidos. O problema é que alimentos ultraprocessados são ricos em sódio, gorduras e açúcares, fatores que contribuem para a pressão alta, ganho de peso e aumento do colesterol.

    Então, afinal, quais hábitos alimentares podem ajudar a manter a saúde e prevenir problemas cardíacos? O cardiologista recomenda padrões alimentares já comprovados em estudos, como a dieta mediterrânea e o DASH. Eles incluem o consumo de:

    • Frutas, verduras e legumes;
    • Grãos integrais e feijões;
    • Oleaginosas e azeite de oliva;
    • Peixes uma ou duas vezes por semana;
    • Limitação de ultraprocessados, carnes processadas, bebidas açucaradas e excesso de sal.

    No dia a dia do trabalho, planejar os lanches também faz diferença: opções como iogurte natural, frutas frescas e mix de castanhas sem sal ajudam a manter energia.

    Perguntas frequentes sobre como manter o coração saudável

    1. Pequenas pausas para se movimentar realmente fazem a diferença?

    Sim. De acordo com o cardiologista Giovanni Henrique Pinto, as chamadas “micro-pausas” — de 1 a 3 minutos a cada 30 a 60 minutos sentado — ajudam a melhorar a pressão arterial, a glicemia e até os níveis de energia durante o dia. Ou seja, levantar-se para pegar água, ir ao banheiro, se alongar ou caminhar alguns passos já funciona como uma forma de “reset” para o corpo.

    2. O uso de meias de compressão é recomendado para quem trabalha sentado?

    Meias de compressão podem ser úteis em casos específicos para melhorar o retorno venoso e prevenir inchaço, mas o uso deve ser orientado por um médico.

    3. Quanto tempo sentado por dia é considerado perigoso para o coração?

    Não existe um número exato que defina o risco, mas o fator mais preocupante é permanecer em longos períodos contínuos de inatividade. Pesquisas indicam que a exposição prolongada ao tempo sentado está associada a maior incidência de doenças cardiovasculares.

    Um estudo publicado no American Journal of Epidemiology, em 2018, apontou que pessoas que permanecem mais de seis horas por dia sentadas apresentam risco elevado de problemas cardíacos, mesmo quando praticam exercícios em outros momentos.

    Por isso, recomenda-se interromper o tempo sentado a cada 30 a 60 minutos com pequenas pausas de movimento.

    4. Quais hábitos simples podem manter o coração saudável no dia a dia?

    Pequenos ajustes de rotina podem reduzir de forma significativa o risco de doenças cardiovasculares e melhorar a qualidade de vida. As principais recomendações são:

    • Levantar-se a cada meia hora ou uma hora;
    • Fazer alongamentos rápidos no próprio ambiente de trabalho;
    • Reservar 30 minutos do dia para atividade física planejada;
    • Incluir caminhadas, escadas e pequenos esforços ao longo do expediente;
    • Organizar a alimentação para reduzir ultraprocessados;
    • Manter hidratação adequada com água ao alcance;
    • Acompanhar regularmente pressão, peso e exames de sangue.

    5. Quais exames cardiológicos são recomendados para quem trabalha sentado?

    Mesmo sem sintomas, é importante manter um acompanhamento médico. Os principais exames são:

    • Básicos: pressão arterial, IMC, circunferência abdominal, glicemia, hemoglobina glicada e perfil lipídico;
    • Complementares: MAPA em suspeita de pressão alta, eletrocardiograma, teste de esforço ou ecocardiograma, e tomografia de coronárias em casos de maior risco.

    É importante destacar que apenas um cardiologista pode indicar quais exames são mais adequados para cada pessoa, considerando histórico e fatores de risco individuais.

    6. Trabalhar em pé em uma mesa é a solução para o sedentarismo?

    Embora seja melhor do que ficar sentado, trabalhar em pé o dia todo também pode trazer desconfortos, como dores nas pernas, surgimento de varizes e sensação de fadiga.

    O ideal não é apenas substituir a posição, mas sim alternar entre sentar, levantar e se movimentar regularmente, pois o corpo responde melhor quando há variedade de movimentos.

    7. Trabalhar sentado engorda?

    Trabalhar sentado por muitas horas pode contribuir para o ganho de peso, embora nem sempre seja a única causa. O sedentarismo faz com que o corpo queime menos calorias e tenha o metabolismo mais lento, o que facilita o acúmulo de gordura.

    Ficar parado por muito tempo também está ligado a outros fatores de risco para a obesidade, como o aumento da glicemia e dos triglicerídeos.

    8. Trabalhar sentado causa hemorroida?

    Ficar muito tempo sentado pode, sim, aumentar o risco de desenvolver ou agravar as hemorroidas. Isso acontece porque a posição sentada dificulta a circulação na região pélvica e retal, e isso favorece a dilatação das veias. A pressão constante pode causar dor, inchaço, sangramento e desconforto, principalmente em quem já tem predisposição.

    Contudo, é importante apontar que essa não é a única causa da hemorroida. Fatores como prisão de ventre, esforço para evacuar, alimentação pobre em fibras e pouca ingestão de água também podem contribuir para o desenvolvimento do quadro.

    Leia também: Falta de ar: quando pode ser problema do coração

  • Quero começar a correr: preciso ir ao cardiologista antes?

    Quero começar a correr: preciso ir ao cardiologista antes?

    A vontade de calçar o tênis e sair correndo pode aparecer do nada, ou surgir pela intenção de melhorar a saúde, entrar em forma ou apenas desestressar. Mas aí vem a dúvida: é preciso mesmo passar no cardiologista antes para avaliar a saúde do coração?

    Correr é uma das formas mais simples e acessíveis de se exercitar, pois não precisa de mensalidade na academia, dá para fazer sozinho e ainda traz resultados rápidos. Só que, como em qualquer atividade física, é importante respeitar o corpo e começar do jeito certo para evitar sustos e fazer com que o novo hábito dure por muito tempo.

    Quando é necessário fazer avaliação médica antes de correr

    O cardiologista Giovanni Henrique Pinto, que integra o corpo clínico do Hospital Albert Einstein, conta que, se a pessoa não tiver nenhum sintoma de problemas cardíacos, for jovem e sem fatores de risco, ela pode começar a fazer corrida com intensidade leve.

    “Mas é prudente fazer uma avaliação médica antes, especialmente para quem está sedentário ou tem histórico familiar de problemas cardíacos”, recomenda.

    Mesmo quem é jovem pode se beneficiar de uma avaliação preventiva. Quem tem histórico familiar de problemas cardíacos ou está há muito tempo parado, o ideal é passar no consultório antes de acelerar o passo.

    Segundo o cardiologista, alguns sinais indicam que é melhor procurar avaliação médica antes de continuar os treinos:

    • Dor no peito;
    • Falta de ar desproporcional ao esforço;
    • Palpitações (sensação de coração acelerado ou batendo irregular);
    • Tontura;
    • Desmaios.

    “Esses sintomas não devem ser ignorados, mesmo em jovens”, aconselha.

    Leia Mais: Check-up cardíaco: quais exames fazer e com que frequência

    Quais exames o cardiologista pode pedir

    Para avaliar se o coração está pronto para encarar os treinos, os exames mais comuns são:

    • Eletrocardiograma;
    • Teste ergométrico;
    • Ecocardiograma.

    “Esses exames ajudam a identificar alterações que poderiam representar risco durante a atividade física, como arritmias e isquemia”, explica o cardiologista.

    Benefícios da corrida para o coração

    A corrida não é só boa para a disposição, ela também fortalece o coração de várias formas. “Melhora a função cardíaca, reduz a pressão arterial, o colesterol ruim (LDL), melhora o bom colesterol (HDL), diminui a inflamação e o risco de arritmias”, conta o especialista.

    Mas quem tem pressão alta ou colesterol elevado precisa ter um pouco mais de cuidado antes de correr. “Essa pessoa precisa de acompanhamento médico para ajustar medicações e controlar os fatores de risco. O exercício faz parte do tratamento”.

    Se você é sedentário e quer começar a correr, a pressa é inimiga da saúde. Comece devagar e siga estas dicas do cardiologista:

    Por que correr demais ou sem orientação pode ser perigoso

    Nada de exagerar. “O esforço excessivo e súbito pode causar arritmias, aumento de pressão e, em casos raros, eventos cardíacos como parada cardiorrespiratória e morte súbita”, alerta Giovanni.

    O segredo está no equilíbrio. “É importante respeitar os limites, seguir um plano progressivo e fazer acompanhamento médico e físico adequado”, aconselha.

    Perguntas frequentes sobre corrida e cardiologista

    1. Preciso ir ao cardiologista antes de correr se sou jovem e saudável

    Não é obrigatório, mas é recomendado se você está sedentário ou tem histórico familiar de problemas cardíacos.

    2. Quais exames são mais comuns antes de começar a correr

    Eletrocardiograma, teste ergométrico e, em casos específicos, ecocardiograma.

    3. Posso correr com pressão alta?

    Sim, mas com acompanhamento médico para ajustar os remédios e controlar os fatores de risco.

    4. Posso correr com colesterol alto?

    Sim, e a corrida pode ajudar a reduzi-lo, desde que com supervisão médica.

    5. A corrida pode causar problemas no coração?

    Quando feita de forma exagerada ou sem preparo, pode trazer riscos, mas com acompanhamento é segura e faz bem.

    6. Começar correndo é melhor do que começar caminhando?

    Para iniciantes, o ideal é começar com caminhadas e progredir pouco a pouco.

    7. Posso correr se já tive problemas no coração?

    Depende do caso. É muito importante uma avaliação médica com cardiologista antes de retomar as atividades.

    8. Correr faz bem para a saúde mental também?

    Sim! A corrida libera endorfina, diminui o estresse e melhora o humor.

  • 10 coisas para fazer hoje e ganhar mais anos de vida 

    10 coisas para fazer hoje e ganhar mais anos de vida 

    Viver mais é muito bom. Mas viver mais com saúde é ainda melhor. Hoje, a ciência já sabe que várias coisas simples na rotina podem ajudar a ganhar anos de vida no calendário e, de quebra, deixar o dia a dia muito mais leve.

    O cardiologista Giovanni Henrique Pinto, do Hospital Albert Einstein, resume bem. “Os 5 hábitos mais comprovados para viver mais são alimentação balanceada, atividade física regular, sono de qualidade, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebida alcoólica”, conta.

    “A isso, somam-se manter peso saudável, controlar pressão, colesterol e glicemia e cultivar relações sociais, reduzindo o estresse”.

    O que fazer para viver mais – e bem

    Venha saber em mais detalhes e como você pode aplicar essas recomendações no seu dia a dia e ter mais longevidade.

    1. Coma bem, mas com prazer

    Nada de radicalismos. O que funciona mesmo é alimentação balanceada: muitos vegetais, frutas, grãos integrais, azeite, oleaginosas, peixes e carnes magras. “Padrões alimentares como o mediterrâneo ou DASH são cardioprotetores”, explica o cardiologista.

    E o que evitar? Afaste-se de alimentos ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gorduras ruins, como saturada e trans. Essas simples alterações já fazem parte de hábitos para viver mais.

    2. Mantenha-se em movimento

    Você não precisa correr maratonas para ter longevidade, a não ser que este seja um objetivo de vida. A atividade física regular, porém, é essencial para viver mais e melhor. Caminhar, pedalar, nadar ou dançar já valem muito. “A recomendação é de ao menos 150 minutos semanais de atividade moderada”, reforça o médico.

    3. Durma bem

    Sono ruim não traz só uma aparência cansada. Ele realmente envelhece por dentro. “O sono inadequado e não reparador, com menos de 6h ou mais de 9h por noite, aumenta o risco de pressão alta, arritmias e diabetes”, alerta o cardiologista. A meta, então, é dormir de 7 e 9 horas de sono reparador por noite, para adultos, para ganhar mais anos de vida.

    4. Diga não ao cigarro

    O cigarro encurta a vida, e isso não é brincadeira. Parar de fumar aos 40 anos, por exemplo, elimina cerca de 90% do risco extra de mortalidade causado pelo tabagismo. “Mesmo entre 45 e 54 anos, parar de fumar pode fazer a pessoa recuperar cerca de 6 anos de vida”, afirma o médico.

    5. Consuma álcool com moderação

    Se você tem costume de ingerir bebidas alcoólicas, faça isso de forma moderada. O excesso está ligado a doenças do coração, do fígado e a vários tipos de câncer.

    6. Controle peso, pressão e exames

    Manter um peso saudável e fazer check-ups regulares é bem importante e fazem parte dos hábitos para viver mais. “Medir pressão, colesterol, glicemia e função dos rins, além de eletrocardiograma e, se necessário, teste ergométrico ou outros exames cardiológicos ajudam a detectar doenças silenciosas”, orienta o especialista.

    7. Movimente os músculos também

    Aqui vai mais uma dica para viver mais. Não é só o exercício aeróbico que conta, o treino de força faz diferença e é recomendado também. O ideal é reservar dois dias por semana de musculação ou exercícios resistidos que ajudam a preservar ou aumentar os músculos.

    8. Cuide da sua mente

    O estresse crônico é um ladrão de anos de vida. “Ele eleva hormônios como adrenalina e cortisol, que aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca”, explica o cardiologista.

    “Isso aumenta o risco de pressão alta, arritmias, infarto e até um problema no coração induzido pelo estresse, a síndrome de Takotsubo ou ‘síndrome do coração partido’”, detalha o especialista.

    Quem quer viver mais se programa para fazer pausas, ter hobbies e momentos de relaxamento na rotina.

    9. Cultive bons relacionamentos

    Amigos e família fazem bem para o coração além do sentido figurado. Estudos mostram que conexões sociais reduzem estresse e podem até prolongar a vida em comparação com quem vive na solidão. Cultivar essas amizades são hábitos saudáveis para viver mais.

    10. Nunca é tarde para começar

    Talvez você pense que já passou da idade para mudar e ter bons hábitos para viver mais, mas o cardiologista garante que não.

    “Mesmo começando aos 40 ou 50 anos, mudanças de estilo de vida reduzem rapidamente o risco cardiovascular e aumentam a expectativa e a qualidade de vida”, diz o médico.

    “Estudos mostram que mudanças saudáveis mesmo após os 50 anos reduzem risco de infarto, AVC e morte prematura. Nunca é tarde para parar de fumar, começar a se exercitar e adotar hábitos saudáveis”, aconselha.

    7 práticas que mais encurtam a vida

    • Fumar;
    • Excesso de peso, especialmente aquele na região da barriga;
    • Sedentarismo;
    • Alimentação ultraprocessada;
    • Pressão alta não tratada;
    • Colesterol alto;
    • Diabetes mal controlado.

    “Esses fatores, juntos, são responsáveis por mais de 70% das mortes cardiovasculares evitáveis”, alerta o médico.

    Perguntas frequentes sobre como viver mais

    1. Existe uma dieta ideal para viver mais?

    Sim. Padrões como a dieta mediterrânea e DASH, ricas em vegetais, frutas, grãos integrais, azeite e peixes, são protetores do coração.

    2. Quantos minutos de exercício devo fazer por semana?

    Pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de intensa, mais dois dias de treino de força, como musculação, por exemplo.

    3. Dormir demais faz mal?

    Sim. Mais de 9 horas por noite de forma habitual pode estar associado a maior risco de doenças. Dormir menos que 7 horas por dia, no entanto, também faz mal.

    4. Parar de fumar depois dos 50 anos ainda vale a pena?

    Sim. O risco de infarto e morte precoce cai significativamente, mesmo em idades mais avançadas. É sempre melhor mudar hábitos do que esperar ainda mais tempo.

    5. O estresse realmente pode matar?

    Sim. O estresse crônico eleva hormônios que sobrecarregam o coração e aumentam as chances de doenças graves.

    6. Quais exames médicos ajudam na prevenção?

    Pressão arterial, colesterol, glicemia, função dos rins, eletrocardiograma e, quando indicado, teste ergométrico ou outros exames cardiológicos.

    7. Posso viver mais mesmo se tiver histórico familiar de doenças cardíacas?

    Sim. Hábitos saudáveis podem reduzir o impacto da genética.

    8. Preciso cortar totalmente o álcool para viver mais?

    Não necessariamente, mas é preciso moderação. Quanto menos, melhor para a saúde a longo prazo.