Autor: Dra. Isabella Segura

  • Prisão de ventre: o que fazer quando o intestino trava

    Prisão de ventre: o que fazer quando o intestino trava

    Ir ao banheiro deveria ser algo natural — mas para muitas pessoas, é uma verdadeira batalha. A constipação intestinal, ou prisão de ventre, é um problema que afeta milhões de brasileiros e interfere na qualidade de vida.

    Ela acontece quando evacuar se torna difícil, infrequente ou a evacuação é incompleta, com aquela sensação de que o intestino não esvaziou por completo. Embora seja comum, não deve ser ignorada, pois pode ter várias causas e, em alguns casos, sinalizar doenças que precisam de tratamento.

    O que é prisão de ventre

    Os médicos consideram que existe constipação intestinal (prisão de ventre) quando, por pelo menos três meses seguidos, a pessoa apresenta dois ou mais dos seguintes sinais:

    • Menos de três evacuações por semana;
    • Fezes muito ressecadas e duras;
    • Esforço exagerado para evacuar;
    • Sensação de evacuação incompleta;
    • Sensação de “entupimento” na saída;
    • Necessidade de usar laxantes ou até manobras com as mãos para facilitar a evacuação.

    Tipos de prisão de ventre

    Constipação funcional

    É a mais comum. Não está ligada a uma doença específica, mas a hábitos de vida inadequados, como alimentação pobre em fibras, baixo consumo de líquidos, sedentarismo ou idade avançada.

    Ela se divide em três subtipos:

    • Trânsito normal: o intestino funciona, mas evacuar é difícil — geralmente melhora com fibras ou laxantes leves;
    • Trânsito lento: o intestino demora muito a movimentar as fezes;
    • Evacuação obstruída: o intestino produz as fezes, mas há dificuldade na saída.

    Constipação secundária

    Ocorre quando há uma causa definida, como alterações ou lesões no intestino, uso de certos medicamentos (como analgésicos opioides), doenças neurológicas (Parkinson, AVC, doença de Chagas) ou alterações hormonais e metabólicas, como diabetes e hipotireoidismo.

    Quem tem maior risco

    A prisão de ventre pode afetar qualquer pessoa, mas é mais frequente em:

    • Idosos, que têm maior risco de complicações;
    • Mulheres;
    • Pessoas que ingerem pouca água e fibras;
    • Sedentários;
    • Gestantes.

    Principais causas de prisão de ventre

    As causas se dividem em dois grandes grupos:

    • Funcionais: dieta pobre em fibras, falta de atividade física, postura incorreta no vaso sanitário, perda do reflexo de evacuação e abuso de laxantes;
    • Secundárias: tumores, prolapso retal, efeitos colaterais de medicamentos, doenças neurológicas e musculares, diabetes e hipotireoidismo.

    Como é feito o diagnóstico

    O diagnóstico começa com uma conversa detalhada com o médico, que avalia a frequência das evacuações, o uso de remédios, a presença de outras doenças e os hábitos de vida.

    Depois, podem ser realizados exames físicos e complementares, como:

    • Exames de sangue e fezes;
    • Exames de imagem (raio X, colonoscopia ou enema opaco, quando necessário);
    • Testes de funcionamento intestinal, como tempo de trânsito intestinal, manometria e defecografia.

    Esses exames ajudam a diferenciar entre constipação funcional e causas mais complexas.

    Tratamento da prisão de ventre

    Na maioria dos casos, mudanças simples no estilo de vida já trazem alívio significativo:

    • Aumentar o consumo de fibras (frutas, verduras, legumes e cereais integrais);
    • Beber água ao longo do dia;
    • Praticar atividade física regularmente;
    • Criar uma rotina para ir ao banheiro, respeitando os sinais do corpo.

    Quando necessário, o médico pode indicar laxantes ou outros medicamentos para auxiliar na evacuação, sempre com acompanhamento profissional, já que o uso prolongado pode piorar o problema.

    Quando procurar o médico

    Procure ajuda médica se a prisão de ventre for persistente, se houver sangue nas fezes, perda de peso inexplicada, dor abdominal intensa ou alterações súbitas no funcionamento intestinal. Esses podem ser sinais de doenças que exigem investigação.

    Confira: Como montar um prato saudável em buffets? Veja algumas dicas

    Perguntas frequentes sobre prisão de ventre

    1. É normal evacuar só a cada dois ou três dias?

    Depende. Algumas pessoas têm ritmo intestinal naturalmente mais lento, mas se houver esforço, dor ou sensação de evacuação incompleta, pode indicar constipação.

    2. Laxantes podem ser usados todos os dias?

    Não. O uso contínuo pode tornar o intestino “preguiçoso”. Use apenas sob orientação médica.

    3. Água e fibras resolvem sempre?

    Na maioria dos casos, sim. A hidratação e uma dieta rica em fibras ajudam a regular o trânsito intestinal.

    4. Quais frutas ajudam a soltar o intestino?

    Mamão, ameixa, laranja com bagaço, abacate e kiwi são boas opções.

    5. É verdade que o café ajuda a ir ao banheiro?

    Em algumas pessoas, sim. A cafeína pode estimular o movimento intestinal, mas não deve ser usada como tratamento.

    6. A prisão de ventre pode causar hemorroidas?

    Sim. O esforço repetido para evacuar aumenta a pressão nas veias do reto, o que favorece o surgimento de hemorroidas.

    Leia também: 10 alimentos ricos em fibras para regular o intestino

  • Cuidados paliativos: apoiar a vida desde o diagnóstico até o fim

    Cuidados paliativos: apoiar a vida desde o diagnóstico até o fim

    Quando uma doença grave irrompe na vida de alguém, ela atinge além do corpo, pois transforma rotinas, crenças, relações e expectativas. Em meio a tratamentos, medos e incertezas, cresce também a necessidade de acolhimento integral para o paciente e suas famílias. É aí que entram os cuidados paliativos.

    Os cuidados paliativos são uma abordagem que vai além do remédio, pois buscam cuidar da dor, do sofrimento emocional, das decisões difíceis e do significado de viver bem, em todas as fases da doença.

    O que são cuidados paliativos?

    Os cuidados paliativos são uma abordagem médica que busca melhorar a qualidade de vida de quem enfrenta uma doença grave, bem como apoiar suas famílias. Eles atuam para prevenir e aliviar o sofrimento — seja ele físico, emocional, social ou espiritual. A ideia é cuidar sempre, não desistir jamais.

    Princípios centrais dos cuidados paliativos

    • Valorizar a vida e compreender a morte como um processo natural;
    • Não antecipar nem adiar a morte;
    • Iniciar o cuidado o mais cedo possível, junto com outros tratamentos ativos;
    • Garantir o alívio da dor e dos sintomas difíceis;
    • Oferecer cuidado integral — corpo, mente, emoções e espiritualidade;
    • Manter o paciente ativo e com dignidade até onde for possível;
    • Dar apoio contínuo à família, inclusive durante o luto;
    • Atuar com equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros);
    • Manter comunicação clara e empática, permitindo decisões conscientes de paciente e familiares.

    Como os cuidados paliativos ajudam

    • Controle de sintomas: dor, fadiga, náuseas e outros desconfortos são aliviados;
    • Respeito à dignidade: o paciente vive o melhor possível, mesmo diante das limitações;
    • Apoio emocional e espiritual: acolhimento de medos, escuta e conforto;
    • Suporte familiar: acompanhamento e preparo para o luto;
    • Integração com outros tratamentos: os cuidados paliativos podem ocorrer junto a terapias que prolongam a vida, como quimioterapia ou radioterapia.

    Quem pode se beneficiar dos cuidados paliativos?

    Qualquer pessoa, de qualquer idade, com doença grave e potencialmente fatal pode se beneficiar de cuidados paliativos, independentemente do diagnóstico ou do tempo de vida esperado. Isso inclui casos de câncer, doenças cardíacas, pulmonares, neurológicas, renais, entre outras.

    Os cuidados também se estendem às famílias e cuidadores — afinal, quem cuida também precisa de cuidado, suporte emocional e orientação prática.

    Hospice: um conceito de cuidado no final da vida

    O termo hospice não se refere a um local específico, mas a um modelo de cuidado voltado a pacientes em fase avançada da doença, geralmente com expectativa de vida de até seis meses.

    Nesse modelo, o foco é o acolhimento ativo, o alívio de sintomas e o suporte à família, especialmente no processo de morrer e no luto que o segue.

    Um cenário em crescimento

    No Brasil, os cuidados paliativos começaram a se estruturar nos anos 1990. Hoje, com o envelhecimento populacional e o aumento das doenças crônicas, a demanda cresceu significativamente — e tende a dobrar até 2060.

    Embora ainda sejam muito associados a pacientes acima de 50 anos e ao câncer, os cuidados paliativos abrangem diversas doenças crônicas graves e podem beneficiar pessoas de todas as faixas etárias.

    De forma geral, cuidados paliativos não significam desistir do tratamento, mas sim afirmar que, em todos os momentos da vida, é possível cuidar, aliviar, apoiar e oferecer dignidade.

    Confira: Envelhecimento saudável: 6 hábitos para manter a autonomia

    Perguntas frequentes sobre cuidados paliativos

    1. Cuidados paliativos são sinônimo de desistir do tratamento?

    Não. Eles atuam em conjunto com tratamentos ativos, com foco na qualidade de vida, no controle de sintomas e no apoio integral.

    2. Quando começar os cuidados paliativos?

    O ideal é iniciar o quanto antes — desde o diagnóstico da doença grave —, não apenas no final da vida.

    3. Só pacientes com câncer se beneficiam?

    Não. Pessoas com doenças cardíacas, pulmonares, neurológicas, renais, entre outras, também podem e devem receber cuidados paliativos.

    4. Quem compõe a equipe de cuidados paliativos?

    Profissionais de diferentes áreas, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, capelães e nutricionistas.

    5. Os pacientes perdem autonomia nos cuidados paliativos?

    Ao contrário. Um dos princípios é manter o máximo possível de autonomia, respeitando as escolhas e promovendo dignidade mesmo nas fases mais difíceis.

    6. A família também recebe apoio?

    Sim. Os cuidados paliativos oferecem suporte emocional, orientação e acompanhamento no luto para familiares e cuidadores.

    7. Como saber se um hospital ou ambulatório oferece cuidados paliativos?

    Pergunte se há uma equipe multidisciplinar especializada, programas de controle de dor e sintomas, suporte emocional e um plano de cuidado integral voltado à pessoa e à família.

    Leia mais: Polifarmácia: por que usar muitos remédios merece atenção

  • Polifarmácia: por que o uso de muitos remédios merece atenção 

    Polifarmácia: por que o uso de muitos remédios merece atenção 

    Você já ouviu falar em polifarmácia? O termo pode parecer complicado, mas descreve uma situação comum: quando uma pessoa faz uso de cinco ou mais medicamentos ao mesmo tempo, seja por prescrição médica ou por automedicação.

    Esse cenário é mais frequente entre os idosos, já que costumam conviver com múltiplas doenças crônicas que exigem tratamento contínuo. Mas não se engane: cada vez mais pessoas jovens também vivem essa realidade, principalmente diante de condições como obesidade, diabetes e pressão alta.

    Por que a polifarmácia acontece?

    O acúmulo de medicamentos pode ocorrer por vários motivos:

    • Presença de várias doenças ao mesmo tempo (multimorbidade);
    • Acompanhamento por diferentes médicos especialistas, que prescrevem novos remédios sem revisar os anteriores;
    • Automedicação;
    • Uso prolongado de medicações que já não são mais necessárias.

    Assim, é comum que o paciente se veja com uma lista extensa de medicamentos, nem sempre ajustada à sua real necessidade.

    Quais são os riscos da polifarmácia?

    Tomar muitos medicamentos ao mesmo tempo pode trazer consequências sérias, como:

    • Reações adversas: respostas indesejadas ou prejudiciais que ocorrem mesmo com doses corretas;
    • Interações medicamentosas: quando um remédio altera o efeito do outro — ou até é potencializado por alimentos, bebidas e substâncias químicas;
    • Intoxicação medicamentosa: em alguns casos, o excesso ou a combinação inadequada pode ser grave;
    • Não adesão ao tratamento: quanto mais complexa a rotina de medicamentos, maior a chance de esquecimento, confusão ou abandono;
    • Impacto emocional e funcional: pode gerar cansaço, perda de autonomia e até isolamento;
    • Impacto financeiro: gastos altos com medicamentos podem comprometer a renda familiar;
    • Maior risco de quedas, hospitalização e até morte.

    Envelhecimento e maior sensibilidade

    Nos idosos, a polifarmácia merece atenção redobrada. Além de usarem mais medicamentos, o corpo passa por mudanças com o envelhecimento, tornando-se mais sensível tanto aos efeitos benéficos quanto aos colaterais dos remédios. Isso aumenta o risco de reações adversas, quedas e complicações.

    Veja também: 10 alimentos ricos em fibras para regular o intestino

    Como prevenir os problemas da polifarmácia

    Alguns cuidados simples fazem toda a diferença:

    • Evitar a automedicação;
    • Informar sempre ao médico ou farmacêutico todos os medicamentos em uso, incluindo chás, suplementos e fitoterápicos;
    • Ter um médico de referência para revisar regularmente a lista de remédios;
    • Esclarecer dúvidas sobre a função de cada medicamento e como utilizá-lo corretamente;
    • Relatar qualquer sintoma novo ao profissional de saúde;
    • Investir em hábitos saudáveis, como boa alimentação e atividade física, que reduzem a necessidade de medicamentos.

    Perguntas frequentes sobre polifarmácia

    1. Polifarmácia significa que todos os medicamentos são desnecessários?

    Não. Em muitos casos, os remédios são essenciais. O problema está em quando eles não são revisados, acumulam efeitos ou deixam de ser necessários.

    2. Apenas idosos sofrem os efeitos da polifarmácia?

    Não. Embora mais comum nos idosos, jovens com doenças crônicas como diabetes, obesidade e hipertensão também podem precisar de vários medicamentos.

    3. Qual é o maior risco de tomar muitos medicamentos ao mesmo tempo?

    O principal risco é a interação medicamentosa, quando um remédio interfere no efeito do outro, podendo aumentar efeitos colaterais ou reduzir a eficácia.

    4. Como sei se estou em risco?

    Se você usa cinco ou mais medicamentos diferentes, já está dentro da definição de polifarmácia. Vale conversar com seu médico para revisar a lista.

    5. O que fazer se eu esquecer um dos remédios?

    Nunca dobre a dose no próximo horário. O ideal é seguir as orientações do médico ou farmacêutico sobre como proceder em cada caso.

    6. Como reduzir os riscos da polifarmácia?

    Revisando os medicamentos periodicamente com um médico de confiança, evitando automedicação e informando sobre todos os produtos usados — inclusive naturais e suplementos.

    Leia mais: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

  • Por que desmaiamos? O que pode estar por trás da perda repentina de consciência 

    Por que desmaiamos? O que pode estar por trás da perda repentina de consciência 

    Você já deve ter visto em filmes alguém ficando pálido, cambaleando e caindo de repente. Na vida real, o desmaio, chamado de síncope pelos médicos, é um evento comum, que pode assustar quem está em volta e também quem passa por ele. Em muitos casos, dura apenas alguns segundos e a pessoa logo desperta sozinha.

    Mas nem sempre é algo inofensivo. O desmaio pode ser provocado por situações simples, como calor intenso ou levantar-se rápido demais, mas também pode estar ligado a doenças cardíacas ou neurológicas.

    Entender as causas, reconhecer os sinais de alerta e saber quando procurar ajuda médica é importante para garantir segurança e saúde.

    O que é desmaio?

    O desmaio, conhecido na medicina como síncope, acontece quando o cérebro deixa de receber oxigênio suficiente por alguns segundos. Isso leva à perda temporária de consciência: a pessoa fica mole, pode cair e, na maioria dos casos, acorda sozinha pouco depois.

    Embora muitas vezes seja um episódio passageiro e sem maiores consequências, em alguns casos pode indicar uma condição mais séria que merece atenção médica.

    O que pode causar um desmaio?

    As causas de desmaio são variadas, mas as mais comuns são as abaixo.

    Síncope reflexa (vasovagal)

    É o tipo mais frequente. Acontece quando algo específico desencadeia o desmaio, como dor intensa, calor excessivo, ficar em pé por muito tempo, ir ao banheiro ou até ver sangue.

    Pressão baixa ao levantar (hipotensão ortostática)

    Acontece quando a pressão arterial cai de forma repentina, geralmente ao se levantar rápido. Também pode ocorrer em casos de desidratação, uso de certos medicamentos ou perda de sangue.

    Problemas no coração (síncope cardíaca)

    Mais grave, acontece quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para o cérebro. Pode estar ligada a arritmias ou alterações estruturais do coração.

    Quais sinais podem aparecer antes do desmaio?

    Algumas pessoas sentem sintomas de alerta segundos antes de desmaiar, como:

    • Tontura;
    • Visão turva;
    • Suor frio;
    • Náusea;
    • Fraqueza.

    Mas em outros casos, o desmaio pode ocorrer de forma súbita, sem aviso.

    Confira: 5 coisas para fazer hoje e proteger o coração contra o infarto

    Como o médico descobre a causa do desmaio?

    O diagnóstico do desmaio começa com a avaliação clínica: uma conversa detalhada sobre o episódio e o exame físico. Dependendo da situação, o médico pode solicitar exames complementares, como:

    • Eletrocardiograma (ECG): avalia os batimentos do coração;
    • Exames de sangue: investigam alterações metabólicas;
    • Ecocardiograma: mostra a estrutura e o funcionamento cardíaco;
    • Monitoramento cardíaco por alguns dias: útil para flagrar arritmias intermitentes.

    Como tratar desmaio?

    O tratamento depende da causa identificada:

    • Síncope reflexa: evitar os gatilhos que provocam o desmaio, como calor excessivo ou jejum prolongado;
    • Hipotensão ortostática: levantar-se devagar, manter boa hidratação e, se preciso, ajustar medicamentos;
    • Síncope cardíaca: pode exigir uso de remédios, procedimentos específicos ou até implante de aparelhos que corrigem o ritmo cardíaco.

    Quando o desmaio é sinal de alerta?

    Na maioria dos casos, o desmaio é benigno. Mas procurar atendimento médico é fundamental se os episódios forem recorrentes ou se vierem acompanhados de:

    • Dor no peito;
    • Palpitações;
    • Falta de ar;
    • Histórico de doenças cardíacas;
    • Perda de consciência prolongada.

    Perguntas frequentes sobre desmaio

    1. O desmaio sempre significa um problema grave?

    Não. Muitas vezes ele é passageiro e sem consequências, mas pode sinalizar condições sérias, especialmente cardíacas.

    2. Quais são as causas mais comuns de desmaio?

    As mais comuns são a síncope vasovagal, a queda brusca da pressão ao se levantar (hipotensão ortostática) e problemas cardíacos.

    3. O que fazer quando alguém desmaia?

    Deite a pessoa de costas, levante as pernas, afrouxe as roupas apertadas e verifique se ela está respirando. Se não acordar em alguns minutos ou tiver sintomas graves, chame o SAMU (192).

    4. O que pode ser feito para prevenir desmaios?

    Evitar jejum prolongado, manter boa hidratação, levantar-se devagar e controlar doenças crônicas como pressão alta ou diabetes ajudam a reduzir os episódios.

    5. Qual exame é mais importante para investigar desmaio?

    O eletrocardiograma (ECG) é um dos primeiros exames solicitados, mas o médico pode indicar outros, como ecocardiograma ou monitoramento cardíaco.

    Leia também: Novas metas de colesterol em 2025: valores mais rígidos para proteger seu coração

  • Higiene do sono: guia prático para dormir melhor e cuidar da saúde 

    Higiene do sono: guia prático para dormir melhor e cuidar da saúde 

    É esperado passar o dia inteiro de mau humor depois de uma noite mal dormida. O sono ruim afeta a disposição e pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, metabólicas e até prejudicar a memória e a saúde mental.

    É por isso que especialistas destacam a higiene do sono como um dos pilares da saúde, junto com alimentação equilibrada e prática regular de atividade física. Pequenos ajustes na rotina e no ambiente podem fazer toda a diferença para conquistar noites de descanso reparador.

    Por que dormir bem é essencial para a saúde

    Durante o sono, o corpo não desliga, mas trabalha duro para recuperar músculos, reparar tecidos, produzir hormônios e fortalecer o sistema imunológico. Quando essa etapa é interrompida, surgem problemas que vão desde sonolência e irritabilidade até maior risco de acidentes, infartos e até AVC.

    Dormir mal também pode se associar a:

    • Pressão alta e arritmias;
    • Obesidade e resistência à insulina;
    • Ansiedade e depressão;
    • Dificuldades de memória e concentração.

    Quantas horas precisamos dormir?

    A quantidade ideal varia conforme a idade, mas para adultos a recomendação é de 7 a 9 horas por noite. Quem trabalha em turnos pode precisar adaptar o descanso para o dia, mas esse padrão muitas vezes favorece distúrbios de sono.

    Sintomas de noites mal dormidas

    Quando o sono não é de qualidade, alguns sinais começam a aparecer:

    • Dificuldade de iniciar ou manter o sono;
    • Sonolência excessiva durante o dia;
    • Cansaço e fadiga persistente;
    • Alterações de humor (irritabilidade, impulsividade, depressão);
    • Mudanças nos hábitos alimentares;
    • Prejuízos no trabalho, estudos ou vida social.

    Se esses sintomas se tornam frequentes, é hora de buscar avaliação profissional.

    O que é higiene do sono?

    A higiene do sono é um conjunto de hábitos e mudanças no ambiente que favorecem noites de descanso de qualidade. São medidas simples, mas com impacto direto na saúde.

    Hábitos e rotina

    • Estabeleça horários fixos para dormir e acordar (inclusive nos fins de semana);
    • Evite cafeína (café, chás, energéticos, refrigerantes), álcool e refeições pesadas 4 a 6 horas antes de deitar;
    • Pratique atividade física regularmente, mas não próximo da hora de dormir;
    • Se precisar cochilar, limite a até 45 minutos e nunca no final do dia;
    • Desconecte-se das telas pelo menos 1 hora antes de dormir: a luz inibe a melatonina, hormônio que regula o sono;
    • Reduza o tabagismo.

    Ambiente adequado

    • Mantenha o quarto escuro, silencioso e em temperatura agradável;
    • Use roupas confortáveis para dormir;
    • Reserve a cama apenas para dormir ou relaxar – não para trabalhar ou estudar.

    Técnicas de relaxamento

    Mindfulness, meditação, banho morno ou aromaterapia podem preparar corpo e mente para adormecer. O mindfulness, por exemplo, ajuda a focar no presente e reduzir a ansiedade, tornando o sono mais fácil e profundo.

    Confira: Como controlar o sono depois do almoço?

    Perguntas frequentes sobre higiene do sono

    1. O que é higiene do sono?

    É o conjunto de hábitos e ajustes no ambiente que favorecem um sono de melhor qualidade.

    2. Quantas horas de sono um adulto precisa por noite?

    De 7 a 9 horas, segundo recomendações médicas.

    3. Posso compensar noites mal dormidas com cochilos longos durante o dia?

    Não. Cochilos longos podem atrapalhar ainda mais o ciclo do sono. Prefira curtos, de até 45 minutos.

    4. É verdade que usar celular antes de dormir atrapalha o sono?

    Sim. A luz das telas inibe a melatonina, dificultando o adormecer.

    5. Beber álcool ajuda a dormir?

    Apesar de causar sonolência inicial, o álcool prejudica a qualidade do sono e pode gerar despertares noturnos.

    6. Quem trabalha à noite consegue ter sono de qualidade?

    Sim, mas exige mais cuidados: ambiente escuro e silencioso, rotina fixa e higiene do sono rigorosa.

    7. Quando procurar ajuda médica para problemas de sono?

    Se os sintomas forem frequentes, intensos ou afetarem a rotina, é importante procurar um especialista em sono.

    Leia mais: Apneia do sono e a saúde do coração: uma conexão perigosa

  • ‘Doença do beijo’: sintomas e tratamento da mononucleose infecciosa 

    ‘Doença do beijo’: sintomas e tratamento da mononucleose infecciosa 

    Se você já ouviu falar na famosa “doença do beijo”, saiba que ela tem nome científico: mononucleose infecciosa. Causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr (EBV), é uma infecção viral comum entre adolescentes e jovens adultos, mas que pode atingir pessoas de qualquer idade.

    Embora o apelido seja curioso, a mononucleose merece atenção: pode provocar febre, cansaço intenso e até complicações mais graves em alguns casos. A boa notícia é que, na maioria das vezes, a recuperação é rápida e sem sequelas, desde que sejam seguidas as orientações médicas.

    Como a mononucleose é transmitida?

    O vírus Epstein-Barr (EBV) é transmitido principalmente pela saliva, o que explica o apelido de “doença do beijo”. Mas não é apenas o beijo que pode passar o vírus: o compartilhamento de copos, talheres e escovas de dente também pode transmitir a infecção.

    Quais são os sintomas da mononucleose?

    Os sintomas típicos incluem:

    • Dor de garganta;
    • Linfonodos (ínguas) aumentados no pescoço;
    • Febre;
    • Calafrios;
    • Dores de cabeça;
    • Cansaço intenso e fadiga;
    • Mal-estar geral;
    • Dor abdominal;
    • Perda de apetite;
    • Erupções na pele.

    Em alguns casos, pode haver aumento do fígado e do baço. A maioria dos pacientes melhora em cerca de duas semanas, mas a fadiga pode durar mais tempo em algumas pessoas.

    Como é feito o diagnóstico?

    O diagnóstico da mononucleose é clínico, ou seja, baseado na avaliação médica dos sintomas e do exame físico. Em alguns casos, podem ser solicitados exames de apoio, como:

    • Teste de anticorpos heterófilos: confirma a infecção;
    • Exames de sangue gerais: mostram alterações sugestivas;
    • Exames específicos para anticorpos contra o vírus Epstein-Barr: geralmente usados quando o quadro não é típico.

    Confira: Arritmia cardíaca: quando os batimentos fora de ritmo merecem atenção

    Tratamento da mononucleose

    Não existe medicamento específico para eliminar o vírus. O tratamento é de suporte, com foco em aliviar os sintomas:

    • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios;
    • Repouso;
    • Boa hidratação;
    • Evitar atividades físicas de impacto, especialmente na região abdominal (já que o baço pode estar aumentado e frágil).

    Na maioria dos casos, a recuperação é completa em algumas semanas.

    Complicações: quando se preocupar?

    A mononucleose costuma ser uma doença benigna e autolimitada, mas em situações raras pode evoluir com complicações, como:

    • Problemas no sangue (anemia hemolítica, plaquetopenia);
    • Infecções neurológicas (meningite, encefalite, síndrome de Guillain-Barré);
    • Inflamações no coração (miocardite);
    • Síndrome da fadiga crônica ou depressão;
    • Ruptura do baço: complicação rara, mas grave e potencialmente fatal. Nesse caso, a pessoa apresenta dor abdominal intensa e súbita, que deve ser avaliada imediatamente em um pronto-socorro.

    Perguntas frequentes sobre mononucleose

    1. Mononucleose é sempre transmitida pelo beijo?

    Não. Apesar do apelido “doença do beijo”, a transmissão também ocorre pelo compartilhamento de objetos como copos, talheres e escovas de dente.

    2. A mononucleose é contagiosa por quanto tempo?

    A pessoa pode transmitir o vírus por semanas ou até meses após a infecção. Por isso, é importante evitar compartilhar objetos pessoais.

    3. Existe vacina contra a mononucleose?

    Ainda não existe vacina aprovada contra o vírus Epstein-Barr.

    4. Quem teve mononucleose pode ter de novo?

    É raro. Após a infecção, o vírus permanece no corpo em estado “latente”, e a maioria das pessoas desenvolve imunidade duradoura.

    5. É possível saber se uma bebida está contaminada com o vírus Epstein-Barr?

    Não. O vírus não altera cor, cheiro ou sabor de bebidas. A prevenção é evitar compartilhar copos e utensílios.

    6. Quando procurar um médico?

    Se os sintomas forem intensos, prolongados ou acompanhados de dor abdominal forte, deve-se procurar atendimento médico imediato.

    Leia também: Tipos de sinusite: veja as diferenças entre viral, bacteriana e fúngica